Um hipermensalão de R$ 719 milhões
Enviado por Nairo Alméri – sex, 13.1.2014 | às 9h15
A tungada que da Caixa Econômica Federal (CEF) contra
525.527 crédulos depositantes (pedreiros, cozinheiras, professores, motoristas,
diaristas, engenheiros, aposentados etc.) em contas de caderneta de poupança,
em 2012, foi de R$ 719 milhões. A denúncia é da revista IstoÉ. Descontada
a parte do Imposto de Renda (IR – que vai para o próprio Governo), teriam
entrado limpinhos nos lucros da CEF, um banco federal, R$ 420 milhões. Parte
dessa apropriação indébita do Governo Dilma teria devolvida, garante o banco.
Mas ninguém foi punido. Em país sério, estariam sentindo cheiro da cadeia as
autoridades máximas do sistema financeiro: ministro da Fazenda, Guido Mantega,
e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Claro, além do presidente
da CEF, Jorge Hereda.
Sempre a Caixa
É bom lembrar que, no final do primeiro Governo Lula, em
meio às primeiras apurações do escândalo do “mensalão” do Partido dos
Trabalhadores (PT), o antecessor de Mantega, o ex-ministro Antonio Palocci caiu
por bem menos: mandou vasar o extrato bancário de um caseiro Francenildo dos
Santos Costa, que depusera contra o então poderoso ministro na Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI). Detalhe: foi na mesma CEF!... E foi a Caixa,
também, a causadora de corrida, em um final de semana de maio, da corrida aos
terminais eletrônicos de boa parte das 11 milhões beneficiários do Bolsa
Família. A corrida foi provocada por boatos, na rede social, que o benefício
acabaria. De pronto, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, usou a
internet para culpar a oposição. Mesmo diante da constatação de culpa da Caixa,
o caso foi encerrado com um simples pedido de desculpas de Hereda. Em país
sério, no mínimo, estariam processados Hereda e Rosário.
Elegeria 4 presidentes!
Em 2010, o PT declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
gasto de R$ 177 milhões com a campanha da presidente Dilma. O PSDB declarou
gastos de R$ 120 milhões.
Tudo igual?!...
Hoje, pelo menos, alguma instituição financeira estará
discordando da publicidade da CEF, no texto lido pela atriz Camila Pitanga, que
diz que “todo banco é igual”. É. Se ninguém espernear, vai ficar parecendo tudo
“igual”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário