15.3.2013
Enviado por Nairo Alméri – sex, 15.03.2013 |
14h31 - Modificado 18.3.2013 | às 14h15
No primeiro dia de seu pontificado, de
Chefe de Estado do Vaticano, o papa Francisco alertou para o risco da transformação
da igreja católica em uma "ONG piedosa". O que diria ele se ficasse
por um dia sentado na mesa da Presidência do Brasil, no Planalto, onde tem dez
ONGs atrás de cada porta?!.. Depois de consertar o Vaticano, bem que ele podia enviar
uma cópia da bula para o Brasil, principalmente para o Planalto, Congresso e
Judiciário.
300 mil
No Brasil, seriam mais de 400 mil ONGs e
assemelhadas. As que mais mamam nas tetas públicas (da União, Estados e
Municípios) têm elos com partidos políticos, ligação parentes dos políticos e
sindicatos de trabalhadores, notadamente os vinculados à Central Única dos Trabalhadores
(CUT), braço direito da militância ideológica do Partido dos Trabalhadores (PT),
no poder há 10 anos consecutivos. Em 2005, pelos dados oficiais, existiam no
Brasil 338 mil entidades sem fins lucrativos, o equivalente a 5,6% do total de
entidade públicas e privadas (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA;
“A complexa relação entre Estado e ONGs”).
Nas eleições
Em 2010 (ano das eleições presidenciais,
para governadores, senadores e deputados federais e estaduais), a União
(Tesouro Nacional – dinheiro dos impostos em poder do Governo federal) entregou
R$ 4,106 bilhões (valor de março de 2011) às entidades privadas sem fins
lucrativos (EPSLs). A soma foi 86,6% superior à verba de 1999. A Associação
Brasileira das Organizações não Governamentais (Abong) mostra crescimento na
dependência das ONGs em relação aos recursos públicos: em 2003 (primeiro ano do
Governo do PT), 16,7% das 200 mil ONGs associadas tinham entre 41% e 100% dos
orçamentos bancados por “recursos federais”. Em 2007, o universo das
dependentes naquela variável tinha crescido para 37,4%.
Religião
Em 2010,
pelas estatísticas da Abong, o cenário
no Brasil era o seguinte: 290,7 mil
Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil), com predominância
para as seguintes áreas: religião (28,5%), associações
patronais e profissionais (15,5%) e desenvolvimento e defesa de direitos
(14,6%).