Quem decide
não é Dilma Rousseff
Enviado por
Nairo Alméri – qua, 30.7.2014 | às 22h50 - modificado às 22h55
A presidente
Dilma Rousseff foi marionete na condução da diplomacia nacional destes dias.
Melhor, ao desastre diplomático. Quando disse sim a Vladimir Putin, presidente beligerante
e expansionista da Rússia, ela buscou uma saída política contra um visível confinamento
no Hemisfério Sul nas relações com os chefes de Estado importantes acima da
linha do Equador. Então, recebeu como troféu o abraço de Putin, que desembarcou
no país exalando a ditadura dos irmãos Castro (Raul e Fidel), que mantém o povo
de Cuba enjaulado há meio século. Além disso, o chefe russo começava a sentir o
gosto mais amargo das medidas de repúdio do primeiro mundo, por causa da sua política
de fatiamento da República da Ucrânia, da qual, recentemente, usurpou a
Criméia.
Poucas horas
da volta do Brasil, o ex-dirigente da temida KGB (serviço secreto da ex-União
Soviética) passou a sofrer a desconfiança internacional na derrubada do Boeing
777 comercial da Malasya Airlines, com 298 pessoas a bordo, maioria da Holanda,
em área dominada por separatista da Ucrânia, em área da fronteira e sombreada
por tropas da Rússia. O jato, é a versão predominante até agora, teria sido
derrubado por foguete de fabricação russa.
A diplomacia
de Dilma Rousseff se manteve muda, cega e surda – mais uma vez confinada -
diante de uma Rússia sob todas as suspeitas. Mas resolveu ver, ouvir e falar
contra a ofensiva desigual das tropas de Israel em território palestino da
Faixa de Gaza. Motivo simples: agradar Putin, atacando um aliado dos Estados
Unidos. Porém, para vexame brasileiro, saiu da toca de forma trapalhada e, há
uma semana, paga mico (o “anão diplomático”) na conta de uma resposta de um
diplomata israelense nível quatro.
Mas a
presidente partiu para cima do Governo de Israel não por expertise estadista
(se a tivesse e fosse estadista, não o teria feito). Quem decidiu por ela foi o
espólio deixado por seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva, dentro do
Planalto, com o título de assessor especial para assuntos internacional, Marco
Aurélio Garcia. Dilma só assumiu condenar os massacres cometidos por tropas
israelenses na sequência a Evo Morales, da Bolívia, outro assecla dos Castro e
Putin. O “MAG”, como é conhecido entre os “cumpanheiros” chegados, esteve
presente em todas as decisões desastradas do Governo Lula para a América Latina
- nos apoios a Hugo Cháves (Venezuela) e à guerrilha do narcotráfico
FARCS (Colômbia) e na "cochilada" inexplicável quando a Bolívia confiscou instalações de mais de US$ 1 bilhão da Petrobras etc.
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