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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Cenibra: recorde de vendas e prejuízo

 Enviado por Nairo Alméri - sex 30/04/2021 | às 22h59

Cenibra encarou bem desafios da Covid-19, até com recordes de produção e venda de celulose. Mas pecou no financeiro: amargou prejuízo ao garantir dividendos aos acionistas. Veja AQUI.

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Indústria de celulose

28/12/2012

Em rápida conversa, o economista Paulo Brant, diretor presidente da Celulose Nipo-Brasileira S/A (Cenibra) e ex-economista Chefe do BDMG, mostra um rosário de dados que colocam o Brasil como debutante em negócios da cadeia global da celulose. Apesar da minúscula extensão territorial, comparada com a do Brasil, o Japão, por exemplo, supera em muito os de nosso país em vários aspectos da cadeia. No país do Oriente, são ao redor de 10 milhões de hectares de florestas plantadas. No Brasil, 6,5 milhões ha (Anuário Estatístico da Abraf 2012 – base 2011), sendo 74,8% com eucalipto, e, 25,2%, pinus. As florestas representaram R$ 53,91 bilhões em VBP (valor bruto da produção).
A Finlândia, país coberto por neve, é melhor posicionado que o Brasil como fabricante de produtos florestais. E olha que o país da Europa utiliza florestas nativas (22,5 milhões ha – FAO, 2006) de pinus, distribuídas por pequenas propriedades agrícolas. “E o (primeiro) corte da árvore (naquele país) ocorre com 60 anos. Aqui (no Brasil), com seis anos”, observa Brant. Ele defende que o Governo dê incentivos às empresas que são produtoras de fato, como a indústria de celulose, que “são verdadeiras indústrias químicas”. Empresas de aparelhos celulares, beneficiadas com linhas de crédito e incentivos fiscais, seriam apenas “linhas de montagens (de peças de terceiros)”.

Valores
O Brasil possuía, em 2006, 478 milhões ha florestais totais. Naquele ano, de acordo com a própria FAO, o mercado mundial de produtos florestais foi de US$ 204 bilhões. O Brasil participou com US$ 5,653 bilhões – atrás do Canadá (US$ 28,471 bilhões), Alemanha (US$ 19,047 bilhões), Estados Unidos (US$ 18,481 bilhões), Suécia (US$ 14,375 bilhões), Finlândia (US$ 14,342 bilhões), Rússia (US$ 8,634 bilhões), China (US$ 8,293 bilhões), França (US$ 7,633 bilhões), Áustria (US$ 6,649 bilhões) e Indonésia (US$ 6,174 bilhões).

Contratação
O presidente da Cenibra aponta no cultivo intensivo do eucalipto, mesclado à preservação de áreas nativas, uma forma de correção de solos degradados (“uma ação ambiental efetiva”) e de fixação do agricultor e seus familiares no campo. No momento, a companhia, dona de 255,2 mil ha (50,5% cultivados, 40,4% “reserva natural” e 9% infraestrutura etc. – balanço patrimonial de 2011) executa programa de contratação direta de 3.500 dos 7 mil funcionários terceirizados que mantinha na área das florestas. 

Perfil
A planta industrial de celulose de fibra curta branqueada da Cenibra fica em  Timóteo (MG), no Vale do Rio Doce, e está em produção há 35 anos. Foi fundada em joint venture da antiga CVRD (Cia. Vale do Rio Doce, atual Vale S/A), ainda eststal, com a holding JBP – Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development, atualmente controladora de 100% do seu capital. A empresa produz 1,2 milhões t/ano celulose (nível mantido desde 2009), mais de 45% comercializadas no Japão e demais mercados da Ásia, e tem faturamento anual de R$ 1,238 bilhão (2011). Os números constam do balanço patrimonial de 2011.

Resultados do Brasil
Na semana passada, a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Abracelpa) deu conhecimento de dados preliminares da produção brasileira de celulose para os 11 primeiros meses, de 12,7 milhões t, e, para papel, 9,3 milhões t. Ficaram estáveis na comparação com o período de 2011, mas com ganhos de 9% na receita, de US$ 6,6 bilhões. Em 2011, o Brasil ocupou 21% do mercado global de celulose – foi o terceiro produto e o 1º fabricante comercializados (Abraf – Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O desafio em áreas rurais degradadas


21/11/2012
O país está com 19 milhões de hectares de terras de pastagens degradadas. E sobre isso o diretor presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, comentou, durante o Seminário de Planejamento Estratégico 2013, mês passado, em São Paulo, que significa “boas oportunidades para o aumento do mercado de máquinas e implementos agrícolas”, mas com a necessidade de “concentrar esforços no desenvolvimento de novos tipos de equipamentos”.

Produtores pobres
O seminário criou discussões sobre o sistema conhecido por integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF). Para essa e a questão dos novos equipamentos agrícolas, o executivo da Deere salientou que o país terá que “desenvolver plantadeiras capazes de plantar ao mesmo tempo milho e braquiária”. O representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eliseu Alves, complementou que outro desafio na cadeia do agronegócio será “fazer a tecnologia chegar aos 3,9 milhões de produtores pobres”.

Contêineres
Dentro da Transpo Quip – Latin America 2012, organizada pela Log – Brasil Logística S/A, de hoje até sexta-feira, em São Paulo, será realizado o 1º Fórum de Contêineres com discussões voltadas à segurança, produtividade e redução de custos na movimentação de cargas conteinerizadas. Mas o que mais preocupa o setor, no momento, é a enorme ociosidade desses compartimentos, pelo efeito da crise na economia mundial.

No mundo
Em fins de janeiro, quando a crise na Europa era bem menos aguda, havia enorme excesso de oferta sobre a demanda por contêineres. A agência Portal Naval chegou a estimar que, nos primeiros dias do ano, eram 246 navios ancorados em portos de todos os continentes, ou 595 mil TEUs (TEU é a medida de um contêiner de 20 pés). Aquele volume era próximo a 4% da frota mundial. Em agosto, estaria próximo a 10%.

Portocel
Localizado em Barra do Riacho (ES), o porto Portocel, pertencente à Fibria (Votorantim - 51%) e à Cenibra (49%), terá capacidade de manejo de cargas mais que duplicada, de 6 milhões t/ano para 14 milhões t/ano, ao custo de R$ 480 milhões – não incluídos juros do capital. O terminal é o maior do país especializado no embarque de celulose. Por lá passam 70% da celulose brasileira exportada.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte