Translate

Mostrando postagens com marcador blog nairo almeri. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador blog nairo almeri. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Indústria de celulose

28/12/2012

Em rápida conversa, o economista Paulo Brant, diretor presidente da Celulose Nipo-Brasileira S/A (Cenibra) e ex-economista Chefe do BDMG, mostra um rosário de dados que colocam o Brasil como debutante em negócios da cadeia global da celulose. Apesar da minúscula extensão territorial, comparada com a do Brasil, o Japão, por exemplo, supera em muito os de nosso país em vários aspectos da cadeia. No país do Oriente, são ao redor de 10 milhões de hectares de florestas plantadas. No Brasil, 6,5 milhões ha (Anuário Estatístico da Abraf 2012 – base 2011), sendo 74,8% com eucalipto, e, 25,2%, pinus. As florestas representaram R$ 53,91 bilhões em VBP (valor bruto da produção).
A Finlândia, país coberto por neve, é melhor posicionado que o Brasil como fabricante de produtos florestais. E olha que o país da Europa utiliza florestas nativas (22,5 milhões ha – FAO, 2006) de pinus, distribuídas por pequenas propriedades agrícolas. “E o (primeiro) corte da árvore (naquele país) ocorre com 60 anos. Aqui (no Brasil), com seis anos”, observa Brant. Ele defende que o Governo dê incentivos às empresas que são produtoras de fato, como a indústria de celulose, que “são verdadeiras indústrias químicas”. Empresas de aparelhos celulares, beneficiadas com linhas de crédito e incentivos fiscais, seriam apenas “linhas de montagens (de peças de terceiros)”.

Valores
O Brasil possuía, em 2006, 478 milhões ha florestais totais. Naquele ano, de acordo com a própria FAO, o mercado mundial de produtos florestais foi de US$ 204 bilhões. O Brasil participou com US$ 5,653 bilhões – atrás do Canadá (US$ 28,471 bilhões), Alemanha (US$ 19,047 bilhões), Estados Unidos (US$ 18,481 bilhões), Suécia (US$ 14,375 bilhões), Finlândia (US$ 14,342 bilhões), Rússia (US$ 8,634 bilhões), China (US$ 8,293 bilhões), França (US$ 7,633 bilhões), Áustria (US$ 6,649 bilhões) e Indonésia (US$ 6,174 bilhões).

Contratação
O presidente da Cenibra aponta no cultivo intensivo do eucalipto, mesclado à preservação de áreas nativas, uma forma de correção de solos degradados (“uma ação ambiental efetiva”) e de fixação do agricultor e seus familiares no campo. No momento, a companhia, dona de 255,2 mil ha (50,5% cultivados, 40,4% “reserva natural” e 9% infraestrutura etc. – balanço patrimonial de 2011) executa programa de contratação direta de 3.500 dos 7 mil funcionários terceirizados que mantinha na área das florestas. 

Perfil
A planta industrial de celulose de fibra curta branqueada da Cenibra fica em  Timóteo (MG), no Vale do Rio Doce, e está em produção há 35 anos. Foi fundada em joint venture da antiga CVRD (Cia. Vale do Rio Doce, atual Vale S/A), ainda eststal, com a holding JBP – Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development, atualmente controladora de 100% do seu capital. A empresa produz 1,2 milhões t/ano celulose (nível mantido desde 2009), mais de 45% comercializadas no Japão e demais mercados da Ásia, e tem faturamento anual de R$ 1,238 bilhão (2011). Os números constam do balanço patrimonial de 2011.

Resultados do Brasil
Na semana passada, a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Abracelpa) deu conhecimento de dados preliminares da produção brasileira de celulose para os 11 primeiros meses, de 12,7 milhões t, e, para papel, 9,3 milhões t. Ficaram estáveis na comparação com o período de 2011, mas com ganhos de 9% na receita, de US$ 6,6 bilhões. Em 2011, o Brasil ocupou 21% do mercado global de celulose – foi o terceiro produto e o 1º fabricante comercializados (Abraf – Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Boeing, Dassault e Saab

Na primeira semana de fevereiro de 2013, enquanto o Congresso Nacional se ocupar do Orçamento Geral da União  (OGU), a presidente Dilma vai preparar terreno para reagendar a discussão da compra dos 36 caças para a FAB. Na pista das ofertas estão a Boeing (EUA), com o F-18, a Dessault (França), com o Rafale, e a Saab (Suécia), com o Gripen NG. O pacote desse negócio, deixado pelo ex-presidente Lula, beirava os US$ 5 bilhões (equivalente à previsão orçamentária prevista para Belo Horizonte para 2013). Como se acostumou a desautorizar postulados até seus, a presidente, então, colocará por terra a sua notícia, quando passou por Moscou, há três semanas, a de que, mais uma vez, suspenderia aquelas tratativas. A justificativa de que é preciso esperar um fôlego na economia – o PIB anda em baixa – não agradou na caserna, da mesma forma o rumor de uma possível abertura para os russos. Mas se os russos entrarem no páreo, acalma um brigadeiro-do-ar aposentado, seria apenas para baixar preços. E justifica: “O Brasil não tem a tradição de confiar (nos russos) em matéria de segurança territorial”.

Estrada virou commodity
Em breve o mercado terá conhecimento do desvio de uma estrada municipal, em Minas, para que uma empresa possa retirar minério de ferro que está depositado por baixo. Depois, a estrada deverá retornar ao seu curso, um caminho aberto no Século XIX. Tudo licenciado.

Codemig
A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) receberá inscrições entre 9 de fevereiro e 13 de março para o concurso público de formação de “cadastro de reserva” que selecionará 36 profissionais com formação de níveis superior e médio. Os salários chegam a até R$ 5.100 mensais.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vale – minério do minério

26/12/2012
Desde fins da década de 1980, a Vale, via controlada Minas da Serra Geral, que extraia minério de ferro nas minas Timbopeba e Capanema (minas exauridas), em Ouro Preto e Mariana, aplica a tecnologia de recuperação de ‘rejeito’ de minério de ferro, com ganhos de 30%. Fazia isso com escala econômica. E desde a década passada, não se fala mais em ‘rejeito’ em lavra de minério de ferro. Do Centro de Desenvolvimento Mineral (CDM), complexo de laboratórios para testes e ensaios com vários materiais e finalidades (na prática, um centro de pesquisas científicas e tecnológicas), que a empresa mantém em Santa Luzia (o KM-13, na BR-381), surge uma nova técnica para beneficiamento de itabiritos bem pobres, abaixo de 22% de teor de ferro. “Não vamos perder nem o fino de minério”, ilustrou, para o blog, um técnico do CDM. Completou que a novidade supera em muito a técnica do “peneiramento” via aproveitamento da “umidade do ambiente”, aplicada, há algum tempo, pela Vale na Serra dos Carajás, no Pará.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Universitário A+A

23/12/2012
Em Belo Horizonte, um universitário de 19 anos faz três cursos simultâneos: engenharias mecânica e aeronáutica e curso de piloto.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Bancos não ficarão como os automóveis: muito iguais

22/12/2002

O HSBC Bank Brasil aposta fichas no "aconselhamento" aos clientes que já estavam acima da nova C brasileira. O executivo da conta de patrimônios do HSBC, Gilberto Posso, está gastando horas de vôo na implantação dessa cultura na rede do banco. Não acredita que, em determinado momento, os bancos top ficarão muito iguais nos serviços, como ocorre com os automóveis em seus "segmentos".

sábado, 22 de dezembro de 2012

2013, o ano das terras devolutas

22/12/2012

Escritórios de advocacia, em Minas Gerais, se preparam para grandes batalhas na Justiça envolvendo clientes reflorestadores de grandes áreas com origem em terras devolutas da União e/ou Estado. Em 2013, terão muitas petições para protocolar na Justiça. Em Minas, o estoque seria de 11 milhões de hectares de terras públicas (João Paulo Stédile – “O massacre de Felisburgo, impune até hoje”, 21/11/2012, site carosamigos.com.br). Os advogados de grandes companhias reflorestadoras acreditam que o Governo abrirá muito palanque em 2013 (véspera de ano eleitoral) no campo da reforma agrária.

Quem pode cobiçar
Os olhos dos sem-terras não estarão sozinhos na vigília das ações do Governo. O governo de Minas (Iter-MG) lista como candidatos a ocupação de terras devolutas “as prefeituras municipais, igrejas, fundações e quaisquer outras entidades com interesses sociais poderão requerer terras urbanas ou rurais devolutas do Estado, desde que essas sejam destinadas exclusivamente ao atendimento de necessidades da população (fins sociais)” (sic).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Proteção de dados na nuvem

20/12/2012
Em maio, a “Information Week” apresentou uma discussão sobre o “serviço em nuvem”, nova opção da web para armazenamento e proteção de dados. Trouxe alerta para o fato de que as corporações estão utilizando nesse expediente as mesmas práticas de proteção anteriores contra vazamentos de dados.

Ainda há falhas
A publicação chamava atenção para algo mais sério: “Ainda assim, há inúmeras maneiras menos óbvias de vazamento de dados e pesquisas em andamento mostram que clientes de serviços em nuvem – mesmo serviços em nuvem seguros – precisam se preocupar com seus dados. Por exemplo, sistemas de gerenciamento de acesso e identidade podem travar a senha e as credenciais do usuário, mas não avalia o fato de que a fonte de acesso e sua frequência é uma informação valiosa. Em outros casos, chamadas de APIs para um serviço podem carregar informações sobre quais recursos uma empresa acessa, bem como outros detalhes”.

Risco maior
Citado pela “Information Week”, o vice-presidente de Soluções e Segurança para Provedor de Aplicativos de Segurança em Nuvem (Radware) da Cloud Security Alliance (CSA), Carl Herberger, disse que “esses ataques chamados de ‘canais laterais de ataque’ na rede, não são novos, mas com a popularidade dos serviços em nuvem estão se tornando mais sérios”.

Desafios para TI em pauta
É isso que a CSA, instalada em Santa Clara (Califórnia – EUA), no Vale do Silício, colocará em discussão na 2ª Innovation Conference 2013, dia 24 de janeiro. Além de questões para fomentar a educação e transparência de emergência e tecnologias inovadoras para segurança na nuvem, o evento pautará “os desafios atuais, as melhores práticas, inovações e tendências na computação em nuvem e segurança”.

Público
A conferência da CSA é direcionada para arquitetos de TI, executivos, start-ups e líderes da indústria.

Caladão
Turistas que optam pelo acesso ao Museu Inhotim, em Brumadinho, pela BR-40, enfrentam frequentes “áreas sombreadas” (falta de sinal) das operadoras de celular - TIM, Oi, Vivo e Claro.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Novo fôlego para a Mercedes-Benz em Juiz de Fora

18/12/2012
Nos primeiros dias de maio, a multinacional Mercedes-Benz do Brasil, com matriz na Alemanha, fez sua terceira inauguração da planta em Juiz de Fora. A primeira foi em 1998. Tentava, assim, apagar dois fracassos no segmento de veículos de passeio – para os mercados interno e exterior. Desta vez, colocou uma linha para caminhões. Em 1998, investiu mais de US$ 800 milhões (valor histórico). Agora, US$ 220 milhões em linhas para caminhões leves e pesados, com capacidade para 50 mil unidades/ano.
Mas o mercado dos caminhões não bombou como previam os executivos da Alemanha. A unidade de Juiz de Fora conheceu novas retrações e as metas viraram discursos esquecidos pela matriz. Afim de ser enquadrado na linha de financiamento Finame (BNDES - mínimo de 60% de peças nacionais), o caminhão pesado Actros tinha uma cronograma de nacionalização crescente: sairia de 52%, em maio, para 64%, em 2013, e, em 2014, 72%. Esse foi o previsto pelo vice-presidente e COO of Mercedes-Benz Trucks (Caminhões), Ronald Linsmayer.
O futuro da planta de Juiz de Fora será medido no tratamento que a subsidiária brasileira dará ao projeto das áreas de montagem bruta das cabines e pintura (essas etapas são executadas em São Bernardo). A previsão, em maio, era que entrariam em operação em janeiro de 2013. Nestes dias, surge a expectativa da retomada no nicho de caminhões, em 2013, por conta de uma safra recorde. Ela traz novo fôlego para Juiz de Fora.

Marcopolo
Maior encarroçadora de ônibus da América Latina, a Marcopolo, de Caxias do Sul (RS), assumiu a maioria do capital social da Metalsur Carrocerias S.R.L. A operação foi fechada via coligada Metalpar. A operação, de US$ 9 milhões, consolidará a Marcopolo na fabricação de carrocerias de ônibus rodoviários na Argentina. A nova coligada da empresa gaúcha monta ônibus de dois andares.

Recorde cooperativo no PR
As cooperativas do Paraná devem encerrar o ano com crescimento de até 15% no faturamento sobre 2011, com R$ 37 bilhões. A previsão é do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. As cooperativas do PR têm ao redor de 1 milhão de cooperados e, neste ano, geraram 100 mil novos empregos, fechando com 1,6 milhão de ocupações.


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

PT aplica lei de véspera do AI-5

16/12/2012
A ditadura militar, surgida em Golpe de Estado, foi de 31 de março (ou 1º de abril) de 1964 a 15 de março de 1985, data em que o general João Figueiredo deixou o Planalto pelos fundos, para não entregar a faixa presidencial a José Sarney (atual presidente do Senado). Este foi golpista (era da Arena, partido dos militares). Em 1984, porém, deu às costas aos ditadores e virou vice de Tancredo Neves (MDB – partido da oposição). Tancredo adoeceu, não tomou posse, morreu em abril de 1985 e Sarney cumpriu o mandato.
Tancredo e Sarney foram eleitos como os dois últimos (dos cinco) generais que ocuparam o Planalto: eleição indireta, em “colegiado eleitoral”.
Criado em 1980, o Partido dos Trabalhadores (PT) brigou quatro eleições, desde 1989, e sempre com Lula até entrar no Planalto. A partir de 2003, Lula cumpriu dois mandatos seguidos e fez a sucessora, Dilma Rousseff. Ex-metalúrgico do ABC Paulista, Lula surgiu quando o general Geisel sinalizava com a “distensão” política (1978): anistia de políticos (1979) e eleições livres para governadores (1982). Na prática, Lula foi uma invenção da mídia opositora aos generais: ela o vigiava (protegia) 24 horas. Isso a partir de 12 de maio de 1978, quando liderou a greve de São Bernardo. Foi preso e solto. Nunca torturado, pois Geisel não toleraria.
O PT empunhava um rosário de dogmas. Em nome da democracia plena, apontava “maracutaias” (Lula), compras de votos, desvios de verbas públicas etc. Minoria no Congresso, pedia CPIs e, quando um governo admitia, antecipava que acabariam em pizzas – em nada.
Pois bem. Da posse de Lula, em 2003, até hoje, o PT vive de abafar escândalos de seus políticos, “blindar” ministros e impedir as CPIs. Além de transformar investigações em pizzas.
O PT se faz cego para aqueles 20 anos de estrada. Em pleno dezembro de 2012, permite ao IBGE ameaçar com a Lei 5.534, de 14/11/1968, todo cidadão que se recusar a participar da PNAD 2012. A lei antecede 30 dias ao Ato Institucional Nº 5 (AI-5), de 13/12/1968, a incubadora da ditadura para crimes bárbaros e fechamento do Congresso Nacional. Quem não atende ao IBGE, recebe, via Correio, cópia daquela lei, baixada pelo general Costa e Silva (morto), Delfim Netto, Jarbas Passarinho e outros. Ameaça com multa de até 10 vezes o valor do salário mínimo, podendo dobrar, sem excluir a obrigatoriedade com o IBGE. Se o “infrator” for servidor público, poderá perder “um mês de seu vencimento ou salário”.
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 15 de dezembro de 2012

Startups brasileiras fora do interesse

15/12/2012
A Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) faz uma análise, com base em publicação do “The New York Times”, que mostra que, ao mesmo tempo em que as startups brasileiras passaram a despertar interesse de empresas de capital de risco do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), segmentos promissores da área de tecnologia têm sido ignorados. A Anpei salienta que empresas privadas investem em e-commerce e outras áreas, mas rejeitam campos como nanotecnologia, robótica e tecnologia da informação.  
Diante disso, o governo brasileiro determinou ao BNDES a criação do fundo Criatec, para dar sustentação às novas empresas de base tecnológica, não deixando apenas por conta das venture capital (empresas de investimento de capital de risco) para área de P,D&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica). 
Acima de US$ 10 milhões 
A Anpei informa que alguns investidores estrangeiros começam a avaliar a carteira do Criatec, mas não demonstram interesse em startup brasileira com faturamento inferior a US$ 10 milhões anuais. 
Husqvarna no Brasil
A BMW Group Brasil colocou o executivo Matteo Mônaco Villano no comando da Husqvarna no país. Formando em Administração de Empresas e pós-graduado em Marketing, Villano está no setor automotivo desde 1998, começando pelo setor de autopeças da Siemens VDO. 
Mercadante 
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, continua bem na foto. Quinta-feira, em Moscou, como em outras viagens da presidente Dilma Rousseff ao exterior, ele estava ao seu lado na entrevista. Enquanto isso, Guido Mantega, da Fazenda, e Fernando Pimentel, ficaram por aqui descascando seus pepinos. Mantega, de um PIB cada vez mais ‘Pibinho’, e Pimentel, contornando denúncias contra sua gestão na Prefeitura de Belo Horizonte. 
Milho
O Ministério da Agricultura divulgou o zoneamento agrícola de risco climático para a cultura de milho consorciado com braquiária, utilizado em práticas sustentáveis como no Sistema de Plantio Direto. Anunciou também os zoneamentos para amendoim, aveia, canola, cevada (de sequeiro e irrigada), feijão (3ª safra), milho e trigo (de sequeiro e irrigado).
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Belo Horizonte será hub da Energisa para América Latina

14/12/2012
No período 2013-2022, o Grupo Energisa (antigo Grupo Cataguazes-Leopoldina) investirá no país R$ 3 bilhões. Parte das decisões para esses investimentos, que se estenderão do Sudeste ao Nordeste, será tomada em Belo Horizonte, onde a Energisa Geração inaugurará, na segunda-feira, a sua nova sede.
A Energisa Geração direciona suas atividades no desenvolvimento de projetos e construção de empreendimentos de energia renovável. A opção pela capital mineira leva em conta a “logística” para negócios no país e América Latina. “A Energisa Geração está em fase de expansão. Temos investimentos de geração renovável em Minas, Rio, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, e estamos estudando a implantação de usinas em países vizinhos”, explica o presidente da Geração, Eduardo Alves Mantovani.

Geração
Com atividades herdadas da Cataguazes-Leopoldina (Cia. Força e Luz Cataguazes-Leopoldina), iniciadas em 1905, com pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), na Zona da Mata, em Minas, o Grupo Energisa informa que retomou os investimentos na área, no Rio de Janeiro e Minas Gerais. No setor de energia renovável, o grupo tem projetos para energia eólica - cinco parques no Rio Grande do Norte, e de biomassa, em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Exército (1)
Recentemente, o jornal  “O Estado de S.Paulo” publicou que o Exército Brasileiro (Brazilian Army) só possui munição para uma hora de guerra.

Exército (2)
A situação parece mais grave. O 4º Distrito Militar, da 4ª Região Militar do Exército, licitou “próteses auditivas”.

Matemática
Os aficionados pela Matemática terão um evento especial no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, de 21 a 26 de janeiro, com a realização do 2º Colóquio de Matemática do Sudeste. Da programação constam sessões temáticas em Equações Diferenciais Parciais, Geometria, Geometria Algébrica e Singularidades, Topologia, Olimpíada e ProfMat. Haverá também oito minicursos.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Clusters no agronegócio

13/12/2012
Lançado pela Editora CRV, com 216 páginas, o livro “Planejamento Estratégico em Arranjos Produtivos Locais” formula uma série de soluções para cadeias do agronegócio. Foi elaborado a partir de estudos de dez pesquisadores ligados à Universidade de São Paulo (USP) em segmentos da cana-de-açúcar, fruticultura, caprinocultura, sisal e tilápia no Estado da Bahia. Os pesquisadores são ligados ao AgroFEA Ribeirão Preto - Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) e ao Markestrat - Centro de Pesquisas em Marketing e Estratégia (da mesma faculdade).

Agricultura de precisão
Vai até o dia 14, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba (SP), a XX Jornada de atualização em Agricultura de Precisão, com discussões de conceitos associados à Agricultura de Precisão.

Via satélite
A jornada na Esalq discutirá inovações em técnicas para gerenciamento das lavouras (sistemas de navegação por satélites e de informação geográfica, mapeamento da produtividade das culturas, monitores e sensores de análise de dados e tomada de decisão), mecanização da aplicação localizada de insumos e assuntos conexos.

Agrotóxicos (1)
Está aberta a temporada da aplicação de agrotóxicos nas lavouras de cereais. De 2010 para 2011, a lavoura brasileira registrou aumento de 3% no consumo de agrotóxicos e fertilizantes, de 827,8 toneladas para 852,8 toneladas (Sindag/Anda).

Agrotóxicos (2)
As campanhas, no país, de prevenção contra intoxicação não são uniformes. Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimava a ocorrência de 3 milhões de intoxicações agudas por agrotóxicos, com 220 mil mortes por ano, das quais 70% no Terceiro Mundo - Brasil era o 8º maior consumidor de agrotóxicos por hectare no mundo. Em 2007, foram, respectivamente, 7 milhões e 70 mil.

Agrotóxicos (3)
Em 2011, o Brasil teve 8 mil casos de intoxicações por agrotóxicos (Fiocruz/Sistema Nacional de Informação de Agravos Notificados). Mas, para cada notificação, a estimativa era de 50 não comunicados.
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Vale pode sair das minas de baixa produção

11/12/2012
Depois que indagado aqui, no dia 6 de novembro, “O que mais a Vale venderá?” – abordagem para as vendas Vale Manganèse France SAS, na França, e a Vale Manganese Norway AS, na Noruega –, na semana passada, em Londres o presidente da companhia, Murilo Ferreira, fez nova oferta: a de negociação de 50% ou mais do capital social da Vale Logística Integrada (VLI - Valley Integrated Logistics VLI).

Fazendo caixa
A empresa pretende captar, nessa operação, acima de US$ 1 bilhão. O valor praticamente banca o projeto de ferrovia no Máli, na fronteira com Moçambique, na África: 136 quilômetros novos, modernização de outros 99 quilômetros, construção de 45 pontes ferroviárias e três viadutos rodoviários. A ferrovia ligará a um sistema portuário de Moçambique e atenderá principalmente ao transporte de carvão mineral.

Minas de baixa produção
Mas a desmobilização de ativos pela Vale não para por aí. Com o frequente discurso de busca de melhor performance nos resultados, diretores de sindicatos Metabase (dos trabalhadores em minas), dentro do Quadrilátero Ferrífero, em Minas, não descartam a probabilidade de a companhia sair também das lavras de minério de ferro com produção inferior a 5 milhões de toneladas/ano. Mas manteria direito de preferência de compra da produção. Com isso reduziria custos operacionais de produção.

Bom exemplo capixaba
Na estrutura da administração direta do governo do Espírito Santo, algumas secretarias que gozam de status em outros estados foram aglomeradas, surgindo a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTIT). Se funcionar, e parece que sim, a julgar pelo crescimento da economia do Estado, deveria ser imitado por outras unidades da federação.

Ceise Br
A diretoria do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), com sede em Sertãozinho (SP), para o triênio 2013-15 será presidido por Antônio Eduardo Tonielo Filho. O novo dirigente (engenheiro agrônomo pós-graduado em Administração de Empresas) é diretor das usinas Virálcool, de Pitangueiras, e Santa Inês, de Sertãozinho.


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

Zagope

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Choro de fabricantes de bens de capital

09/12/2012
A economia vai bem e mal em dois segmentos importantes. Isso é o que traduzem os discursos de dirigentes de entidades setoriais de peso. No dia, pegando carona no ‘pibinho’, de 0,6% no último trimestre, o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, deu alma e cor de catástrofe para indicadores que põe à flor da pele nervos de empresários do setor, formado por 4.500 indústrias de bens de capital (produção de máquinas que fabricam bens de consumo e/ou componentes de peças, conjuntos e equipamentos e geram serviços). Os parques fabris das associadas estagnaram 25% da capacidade, exclusivamente por falta de encomendas. Não se discute preço. Para dar sustentação à alegoria do choro, Velloso exibe uma cronologia: a entrega dos contratos em carteira nas indústrias, que era de 22 semanas (150 dias, ou cinco meses), em 2010, baixou para 15 (105 dias, ou 3,5 meses). Se ele é menor, é porque a demanda recuou. Frisou que muitas estão se transformando em importadoras de bens de capital.

... e festa dos usuários
Ruim para as indústrias, bom para quem demanda os bens de capital, por conta da lei de mercado da oferta e procura. É a conclusão que se tira do anúncio da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, para a feira e congresso Construction Expo 2013 (junho de 2013), que reúne fabricantes, lessors (locadoras) e usuários de máquinas para construção. “A área de edificações no Brasil está em plena expansão”, informa a entidade, debruçada sobre pesquisa encomendada à consultoria Ernst & Young Terco. Destaca que o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento imobiliário brasileiro saltará dos R$ 170 bilhões/ano para R$ 270 bilhões antes de 2022.

Hotéis, hospitais e shoppings
“Nos outros segmentos de edificações, a situação não é diferente”, destaca nota da Sobratema, que aponta, em pesquisa própria, investimentos na área da hotelaria e resorts de R$ 39,3 bilhões até 2017. Em hospitais e shopping centers serão, respectivamente, R$ 822,7 milhões e R$ 654,5 milhões.

Usiminas Mineração
A mineradora do Grupo Usiminas abriu audiência pública para expansão nas intervenções na Mina Central, na serra Itatiaiuçu. Interferirá em interesses de proprietários rurais em Itatiaiuçu e Mateus Leme

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 8 de dezembro de 2012

Estrela do economista Mercadante em alta

08/12/2012
Nas viagens da presidente Dilma Rousseff pela Ásia, o economista e ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esteve sempre ao lado da chefe. Em 30 de novembro, na dissecação do veto de Dilma às propostas de alterações no fatiamento do royalty do petróleo, tinha os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmman, na mesa. Mas quem mais deu o tom do Planalto e fórmulas para partilha orçamentária foi Mercadante. Nesta semana, ele compareceu até em uma sessão de degustação dos melhores cafés de Minas Gerais preparada para a presidente, em Brasília.

Pedido da mídia
Sei não. Agora até a mídia internacional (a importante revista “The Economist”, de Londres) sugere a Dilma a troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em vantagem
O economista do PT paulistano está bem na foto. Melhor que o principal concorrente numa possível vacância na Fazenda, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Ex-prefeito de Belo Horizonte e também economista, Pimentel é de corrente oposta à do colega do MEC dentro do partido.

De fora
A degustação dos cafés de Minas foi preparada pelo Instituto Federal Sul de Minas (IFSuldeMinas), de Pouso Alegre, durante o 7º Encontro Nacional da Indústria (Enai). Era um território para Pimentel surfar.

Congresso ISSCT
Nos dias 20 e 21 de junho de 2013, será realizado o Pré-Congresso da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists), com visitas técnicas de participantes internacionais a cinco usinas e dois centros de pesquisa no interior de São Paulo. Nas visitas, receberão informações do funcionamento da agroindústria sucroenergética e da tecnologia científica aplicada no país. O congresso, organizado pela STAB Nacional - Sociedade dos Técnicos Açucareiros Alcooleiros do Brasil, terá a sua 28ª edição, de 24 a 27 de junho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Bancos
Agências de dois bancos concorrentes dividirão imóvel em construção no Jardim Canadá, bairro de Nova Lima às margens da BR-040.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Freio de US$ 15 bilhões

28/10/2012
A enorme queda nos lucros, de 57%, no último trimestre, para R$ 3,3 bilhões, frente igual período de 2011, impõe a Vale S/A revisão de projetos. Poderá cortar US$ 15 bilhões. O BNDES, financiador e parte no bloco do controle da mineradora (dono de ações golden share – com direito a vetos), funciona como amortecedor político junto ao PT, para segurar no cargo o atual presidente, Murilo Ferreira. Na quinta-feira, ele figurou na agenda da presidente Dilma.

China levou
No banco, a unanimidade é que as perdas na Vale refletem erros nas operações externas, notadamente na África. A mineradora leva poeira da China. Pior: em países de língua portuguesa.

Mais de US$ 1 bi
No projeto da mina de carvão em Moatize, no centro de Moçambique, a Vale desembolsou mais de US$ 1 bilhão para cerca de 400 empresas prestadoras de serviços.

Paga caro
Privatizada em 1997 (antiga Cia. Vale do Rio Doce - CVRD), a Vale embarcou 1 milhão de toneladas de carvão, entre agosto de 2011 e maio deste ano. No confronto com o US$ 1 bilhão em serviços, o volume de carvão embarcado mostra que a mineradora paga caro em solo africano.

Debêntures de hospital
Acionistas da Rennó & Kallas Participação, Administração e Serviços de Saúde S/A, que teve razão social mudada para Hospital Maria Thereza Rennó S/A, de Santa Rita do Sapucaí (MG), fazem AGE amanhã. Na pauta: emissão de debêntures conversíveis em ações e de bônus de subscrição.

Fim da Santo Antônio
Fracassada a recuperação judicial, concedida pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo, os acionistas da Cia. Agrícola Santo Antônio, de Januária (MG), aprovaram a dissolução e liquidação da empresa. A empresa atuava na pecuária de gado da raça canchin.

Intervenção do BC
A controladora majoritária da Santo Antônio é também Massa Falida, a Atrium Participações Consultora e Administração Ltda e está em liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central, em 4 de março de 2011. O BC identificou 13 empresas coligadas, controladas e associadas, incluindo uma DTVM, factoring, de hotelaria e turismo e uma importadora.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Encruzilhada em alto mar

As encomendas de navios da Petrobras Transporte S/A -Transpetro, controlada da Petrobras para logística, viraram saco de pancada. O principal motivo está na forma desordenada como o Governo Lula, nos dois últimos anos, geriu a política naval.
Via Programa de Modernização e Expansão de Frota (Promef), a estatal chegou anunciar encomendas acima de 40 embarcações dos mais variados tipos. A ordem era espalhar pedidos por quase meia dezena de estaleiros, entre novos, velhos e reativados. Alguns eram verdadeiros cascos furados. O novíssimo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, estado de Lula, chegou a ter suspensas 16 encomendas, no total de R$ 5,3 bilhões.
A avalanche da carteira naval pela Transpetro seguia dois vieses oficiais: dar mídia ao programa exploração da Petrobras em campos na área do pré-sal, a 7 mil metros no fundo mar. O outro, em terra firme (onshore), assegurar votos nas campanhas para o Partido dos Trabalhadores.
Agora, bate um vento de proa na sala da presidência da Transpetro. O mercado não é ofertante de oficiais de Marinha Mercante e demais quadros para tantos navios. De uma só tacada, a estatal corre contra a maré para formar, ao menos, 300.

Parceiro antigo
Ganha uma rodada de pizza de angu do Gomes aquele que adivinhar de onde surge uma voluntária proposta de solução. Isso mesmo. Da China. A exemplo da construção da Cia. Siderúrgica do Atlântico (SCA), em Santa Cruz, no Rio, quando quis aportar no Brasil  600 e tantos engenheiros, o governo do país asiático tem um regimento completo, desde oficiais de náutica até taifeiros, para cantar o ‘Cisne Branco’ no espelho d’água do Palácio do Planalto.

Mico na CSA
A CSA, inaugurada em junho de 2010, com capacidade para 5 milhões de toneladas/ano de aço,  ‘micou’:  consumiu cerca de R$ 13 bilhões da Vale S/A e da ThyssenKrupp e convive, desde a construção, com a recessão mundial. Em 2011, a sobra mundial de aços superou 500 milhões de toneladas.

domingo, 28 de outubro de 2012

Lula vira 'pedra no caminho' de Dilma


Em 2008, empresários da Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pensaram em lançar Roger Agnelli, então poderoso executivo, por força do cargo de  presidente da Vale S/A, candidato ao Governo do Rio de Janeiro, em 2010. Lula, ainda presidente, satanizou a vida de Agnelli, porque queria reeleger Sérgio Cabral (PMDB). 
líder petista pressionou com discursos nacionalistas contra a multinacional brasileira. Acusava a ex-estatal federal de gerar mais empregos no exterior que no país. E usou do poder do cargo esculhambar com o executivo nos corredores do Bradesco, que é líder na holding, a Valepar, do bloco de controle do capital social da mineradora. 
O ainda presidente da Vale percebeu que seria descartado logo, após quase dez anos de "bons serviços" - assumiu a empresa com lucro anual de R$ 8 bilhões e entregou nos R$ 30 bilhões. Saiu no dia 20 de maio de 2011. 
Resumindo a ópera: Lula queria Agnelli fora da Vale não por problemas na administração que realizava, pois dava bons dividendos à União, que continua acionista. A questão era a enorme proximidade do executivo com o atual senador Aécio Neves (PSDB), na época governador de Minas. 
Aécio, em 2010, fez o seu vice, Antonio Anastasia (PSDB), seu sucessor. Com Anastasia, em Minas, e, se vingasse a candidatura Agnelli, no Rio de Janeiro, e fosse vitoriosa, isso melhoraria o  páreo para Aécio, virtual pré-candidato tucano na corrida presidencial em 2014. Lula foi alertado para isso, pois pensava firme em eleger Dilma Rousseff e retornar ao final do primeiro mandato dela. 
O PT, então, evitou um problema enorme ao manobrar com sucesso, em 2010, contra os projetos da Vale, pois segurou o poder da máquina administrativa - o PMDB é partido da 'base aliada'. Agora, por ironia, cria um imbróglio com o sucesso do ex-ministro (de Lula) Fernando Haddad, na corrida pela prefeitura de São Paulo (cidade mais rica da América Latina). Este foi praticamente carregado nas costas pelo ex-presidente, que vê sua estrela brilhar. Acontece que Dilma caiu no gosto da militância do PT e alargou margens nos partidos da 'base aliada', ao impor marca própria no Planalto, afastando quase todos os ministros herdados e a sombra do padrinho Lula,  embora não deixe de consultá-lo para decisões populares importantes (que pode ser uma estratégia).
No final da apuração, ontem, dos votos dos paulistanos, o PT passou a ter dois virtuais candidatos em 2014: Dilma e o ex-presidente Lula. Seja quem for, a maior empreitada, agora do partido, será reaproximar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, o mais paparicado por Aécio nestas eleições. Aliás, os dois foram aliados e vitoriosos, em primeiro turno, na corrida para a  prefeitura de Belo Horizonte, com a reeleição de Marcio Lacerda (PSB).

Sonho tucano

O PSB, que registrou crescimento expressivo em número de prefeituras, na capital mineira rompeu com o PT, do qual é aliado nacional (em 2008, a tríplice aliança PT-PSDB-PSB puxou um carrocel de partidos e elegeu Márcio Lacerda). O governador de Pernambuco, com o partido melhor na foto do cenário político, não aceita, por enquanto, pose de vice para as chapas que irão às urnas em 2014 disputar a cadeira do Planalto em 2014. Ter Campos como vice é o sonho de consumo de Aécio.