Na inovação disruptiva, indústrias mudam conceitos e ficam mais próximas dos consumidores
Fabricante de lâmpada “vende” iluminação; de máquina lavar, aluga por m3 de água consumida
As cadeias produtivas buscam caminhos sustentáveis mais visíveis para a sociedade amparadas em design de forte apelo junto ao novo consumidor, como construção civil, com uso de peças de acabamento em resina plástica reciclável, e de embalagens, que não aplica cola nem grampos. “(Mas) A melhor economia circular é aquela que não existe. Assim como o melhor sistema de transporte é o que não existe”, brincou o professor Agnaldo dos Santos, do Departamento de Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR), outro conferencista no Painel Economia Circular, dentro do seminário (08/06) Semana de Produção e Consumo Sustentáveis 2018, para ilustrar a sustentabilidade como uma busca permanente.
Na área de consumo dos recursos, a sustentabilidade de maior apelo está ligada diretamente às questões ambientais, dando maior visibilidade para a água. Daí, explica Agnaldo dos Santos, ser tão comum o marketing de sustentabilidade para a relação “maior eficiência e menor consumo de água”. Esses conceitos avançam rápido pelas linhas das indústrias, que, passaram a marcar presença no “consumo de serviços”. A Whirlpool, por exemplo, fabricante de eletrodomésticos, não vende mais purificador de água, mas água filtrada. “Não se vende mais produto, mas resultado”, frisou o professor da UFPG.