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terça-feira, 2 de maio de 2017

Santander e Abimaq

Enviado por Nairo Alméri - 02.05.2017 - às 18h33

RIBEIRÃO PRETO (SP) - Em tese, ninguém não há setor que conheça melhor os problemas dos empresários da agropecuária, não importando o tamanho da atividade, que o financeiro. Desde a fase do plantio, manutenção das lavoras, colheita, armazenamento e transporte. Pois bem. Em coletiva de imprensa que tratou das linhas de crédito exclusivas para o setor rural, com pré-aprovação de R$ 1 bilhão, para negócios na 24ª Agrishow 2017, o superintendente executivo de Agronegócios do Banco Santander, Carlos Aguiar Neto, resumiu tudo isso numa frase, enquanto o Governo faz festa com a supersafra de grãos, projetada para 230 milhões de toneladas. “Safra recorde, problema recorde”. Esperando melhores preços, produtores estão “segurando a safra”.
Esperando por melhores preços, até o momento, apenas o produtores de Mato Grosso teriam atingindo mais de 50% da comercialização, enquanto nos regiões dos estados do Sul apresentariam variação de 10% a 15%, disse o executivo do Santander. E virá a pressão da segunda safra, a “safrinha”. Carlos Aguiar negou que possa ocorrer problema de armazenamento e que o produto mesmo internado nas lavouras não sofreria ameaças de danos. Acreditando nisso, disse, o Santander não realizou qualquer provisão para prováveis perdas.

ABIMAQ DISCORDA
Mas esse não o mesmo entendimento do presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos de Oliveira. Na abertura da feira, dia 1º, o executivo disse que a entidade reivindica urgência do Governo na liberação dos créditos ao Programa da Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Ele estimou entre 50 milhões e 70 milhões de toneladas o déficit para armazenamento de cereais no país. “Estamos pedindo R$ 230 milhões”, disse.
 
MENOS R$ 50 MILHÕES

 No mesmo dia, na abertura oficial da feira, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, informou que o Governo poderá liberar R$ 180 milhões, até 30 de junho. O Ministério admite os “riscos do acúmulo” de safra pelo produtor.    

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Coordenador de Dilma admite erro no etanol

Auditório do Congresso da Abag foi pró-Aécio

Enviado por Nairo Alméri - seg, 04.08.2014 | às 19h54
O tema central foi " Agronegócio brasileiro: valorização e protagonismo". Porém, o 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado ontem, em São Paulo, abriu e fechou um dia de debates com um assunto aparecendo em todos os painéis: sustentabilidade do agronegócio. Por ser ano eleitoral, claro, os cerca de 800 participantes ao evento respiraram e transpiraram, o dia inteiro, propostas aos candidatos à Presidência da República. Os empresários cobraram dos representantes dos candidatos até mesmo "compromissos" que não poderiam constar nos programas de governo (para Executivo), como questões que são objeto de lei, de decisão no Congresso.
Os representantes dos candidatos Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT) convergiram poucos pontos, como o da venda de terras para o capital estrangeiro. Nesse item, apontaram que os candidatos estariam abertos à discussão para essa regulamentação. Mas ficaram em posições contrárias quando problemas atuais interessavam mais ao auditório, com enorme peso de empresários do setor sucroalcooleiro - do Estado de São Paulo. O ex-ministro Odacir Klein, coordenador do programa de agroenergia na campanha de Dilma, foi bombardeado pelos adversários no painel - Xico Graziano (PSDB) e Maurício Rands (PSB) - e, até mesmo, admitiu que o Governo "errou" na política do etanol. "Reconheço que, no caso específico do etanol, há uma situação complicada", disse. E afirmou que fazia o reconhecimento sob de receber "vaia, perder o respeito e ser chamado de mentiroso".
Klein foi indicado para a função pelo vice presidente da República, Michel Temer (PMDB), que continua na chapa de reeleição de Dilma. Temer esteve no congresso, na parte de tarde, e fez, em dez minutos, um "relato" do Governo Dilma para o setor da agronegócio. 

Termômetro dos aplausos 
Aécio compareceu ao painel de abertura, mas não fez pronunciamento. Ele saiu assim que o presidente da Abag - Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, acabou seu pronunciamento, para comparecer a uma sabatina. Mas, na descida do palco, passou pelo microfone e fez apelo de voto: " Vou buscar uns votos, por aí. Me ajudem por aqui". Quando anunciando para subir ao palco e compor a ala de autoridades (governador Geraldo Alckmin, os ex-governadores paulistas José Serra e Alberto Goldman, senador Aloysio Nunes, e o ministro da Agricultura, Neri Geller - foi muito aplaudido. Foi bem mais que Temer, na sessão da tarde. 

Eleições em "88"
Este, por sinal, ao encerrar sua fala, cometeu e repetiu por duas vezes seguidas erro de cronologia ao desejar "boas eleições, em 5 de outubro de 88 (1988)". Já havia se despedido e saído do palco, e foi advertido e retornou para retificar que ficará com o "88" na memória em função de ter sido deputado da Câmara Federal Constituinte, a que elaborou a atual Constituição, fato citado por ele.

Marina não fala
No debate entre os representantes dos três candidatos foi nítida a torcida majoritária pelas alfinetadas ao Governo Dilma. Também não teve boa vida o representante de Eduardo Campos, que esgotou boa parte de suas intervenções para justificar a vice da chapa, a ex-senadora Marina Silva (ex-PV), que os empresários do agronegócio a têm como "inimiga" do empresário do campo. A desaprovação a Marina vem desde os tempos em que foi ministra de Meio Ambiente do Governo Lula, quando se posicionou frontalmente contra desmatamentos no país e exigia rigor aos crimes ambientais dentro do novo Código Florestal. Ela foi demitida e o código aprovado com vitórias da agropecuária no confronto com as posições que defendia. "O governador Eduardo Campos (se eleito) vai tratar diretamente (com os agropecuaristas)", respondeu Maurício Rands, quando cobrada uma interlocução sobre questões ambientais como demarcação de terras indígenas, áreas quilombolas etc. Isso fez o moderador do painel "Agronegócio e os presidenciáveis", jornalista William Waack, até brincar: "Manchete: Marina não fala", o que provocou risos da plateia.