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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Indústria bélica terá que ir à luta (1)

17/10/2012
O Brasil precisa substituir as importações de material de defesa militar e passar à condição de exportador firme – hoje só exporta de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões em um mercado de US$ 1,5 trilhão ano, ou seja, participação de 0,13% a 0,2%.

E mais: as Forças Armadas não protegerão a indústria local contra a multinacional que oferecer a melhor tecnologia e competitividade, assegurar a operacionalidade de defesa desejada para importância econômica do país e garantir continuidade de abastecimento (investimentos) com produção em território nacional. Assim, a indústria nacional deve estar pronta para ser comprada, engolida, a qualquer tempo, pelo capital estrangeiro.

Esse novo retrato em matéria de defesa do solo e mar territorial nacionais foi ponto alto da conferência, segunda-feira (15), do chefe do Departamento de Produto de Defesa (Deprod) do Ministério da Defesa, general de divisão Aderico Mattioli, intitulada “Participação do Ministério da Defesa no Fortalecimento Industrial e na CT&I” (Participation in the Ministry of Defence and Industrial Building in CT & I). Ela foi realizada por iniciativa do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), e o general deu ênfase para “os principais desafios do setor de defesa brasileiro”.

Preço perde peso

Tendo por base as novas propostas e posturas dentro dos objetivos determinados pela Lei 20.598/12 (a chamada lei das indústrias base da industrial da defesa, Lei da BID), o oficial-general foi taxativo e claro ao advertir que preço deixa de ter o peso de antes nas compras (das licitações convencionais) pelas Forças Armadas na implantação e operação do Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (PAED). “Em produto de defesa, o importante não é (apenas) o preço, é o valor agregado (ganho tecnológico e poder de combate) para a sociedade”.

O general Mattioli observou, contudo, que a retirada do protecionismo não é tudo, e que prevalecerá, primeiro, o critério da produção no país. Mas também, que o país não pretende produzir tudo em defesa, porque, pelas relações comerciais clássicas, precisa importar. Contudo, o Ministério da Defesa não aceitará que uma empresa de fora venha mascarar produto no Brasil.

“Valerá o critério desenvolvimento (toda cadeia de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica - P,D&I) no país”, assegurou. As compras das três armas pontuarão também pelos insumos com forte “conteúdo nacional”. O general frisou que todo processo de fabricação integrada, ou seja, a cadeia do produto, será relevante para o Exército, Marinha e Aeronáutica. “Como um chip, que pode não parecer relevante”, exemplificou.
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte