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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Argentina: opção para Itaqui e Uruguaiana

Enviado por Nairo Alméri - seg 13/05/2024 | às 10h04 - atualizado às 10h26
PONTE SOBRE RIO IBICUÍ SEGUE INTERDITADA; CHEIAS
O DNIT (Ministério dos Transportes) mantém interdição total da ponte da BR-472, em função de nova elevação do nível do Rio Ibicuí, que tem nascente no área central do Rio Grande do Sul, onde voltou a chover forte. O cenário da tragédia se agravou nas regiões afetadas por esta tragédia, iniciada com as cheias a partir do final de abril. Mais de 450 dos 497 municípios do Estado foram afetados.

Outro fator é o represamento das águas do Ibicuí no ponto onde desemboca no Rio Uruguai, que faz a divida Brasil-Argentina. Este rio está, desde ontem, com nova alta de volume, por conta das chuvas na cabeceira (divisa com Santa Catarina) e Norte do RS.
Fonte: Google Maps

Veja as opções para fazer a ligação Itaqui-Uruguaiana, incluindo a volta pela Argentina, por causa da interdição da ponte:

Argentina virou desvio no RS

Acesse AQUI, em reportagem da Zero Hora, a situação das Estradas dentro do RS.

Nesta manhã, o Uruguai subia em vários pontos e a situação era essa, de acordo com a previsão no
Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Uruguai (Governo Federal), emitido ontem (12/05):

-
São Borja - A partir das 07h de hoje (13), o Uruguai atingiria a cota 10,22m. O “nível de inundação" é 9,00m. Estava ontem (12) em 10,58m;

-
Itaqui - A partir das 12h, atingirá 11,83 m, sendo a cota de inundação 8,30m. Estava e estava em 12,06m; e,

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Uruguaiana - A partir das 14h, atingirá 12,01m, sendo a cota de inundação 8,50m. Estava em 12,12m).

Leia o boletim completo.


LEIA TAMBÉM:

quinta-feira, 9 de maio de 2024

ARGENTINA VIROU DESVIO NO RS

Enviado por Nairo Alméri - qui 09/05/2024 - às 12h11
Interdição de ponte; Argentina vira caminho mais curto

As cheias no Rio Grande do Sul impuseram na quarta (08/05) nova interdição da ponte (1.317 metros) da BR- 472 sobre o Rio Ibicuí, na divisa dos municípios de Itaqui e Uruguaiana, fronteira Oeste do RS com a Argentina. As sedes dos municípios estão distantes 103 km. Mas, em função da interdição da ponte, virou um longo caminho, sendo a opção mais curta via Argentina, do outro lado do Rio Uruguai.

A ponte está próxima ao encontro do Ibicuí com o Uruguai.

O novo bloqueio do trânsito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT - Ministério dos Transportes) se deve à cheia. O Ibicuí recebe enorme volume de água das chuvas no Centro do Estado. Agrava a situação o represamento pelo Uruguai. Este, por sua vez, recebe enorme volume de água na cabeira e dos afluentes da parte Norte do RS.


O deslocamento entre as duas cidades ou transporte de cargas, portanto, impõe para quem estiver, por exemplo, em Uruguaiana duas opções. Porém longas. Uma, entrar na Argentina, em Passos de Los Libres, seguir a Rota-14, na Província de Corrientes, até Santo Tomé. Dessa cidade, atravessar a ponte sobre o Uruguai para São Borja e seguir, pela 472, até Itaqui. Este arco é de 320 km.

Sem sair do RS, a alternativa é rumar até por rodovias para Alegrete, Santiago e São Borja. Desta última cidade, seguir pela BR-472 até Itaqui. Esta volta, porém, é cinco vezes mais longa. O DNIT, porém, recomenda, porém, que se faça esse caminho.

Para quem estiver em Itaqui, a rota é inversa.

LEIA: Lula! Cadê o plano consistente de "recuperação" do RS?

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Vale, BHP, Samarco, MIB...Kiruna


É preciso prevenir contra uma nova Bento Rodrigues

Enviado por Nairo Alméri – quar, 01.08.2018 | às 12h45


Para hoje (quarta-feira, 01/08/2018), às 16h, está convocada uma reunião no arraial Córrego do Feijão, município de Brumadinho. Foi convocada pela MIB – Mineração Ibirité Ltda (Grupo Aterpa, dona da empreiteira Construtora Aterpa; executa contratos do Governo Federal no Norte do país, como a Ferrovia Norte-Sul e te concessões em portos, como áreas no Porto Itaqui, Maranhão). No Córrego do Feijão, estão instaladas a Vale, com a Mina Córrego do Feijão, e a MIB. Exploram minério de ferro.

Métodos

Há mais tempo, a Vale promoveu reunião (“audiência pública”) dentro da Câmara de Vereadores de Brumadinho, para presentar suas barragens (Menezes, I, II e III) de rejeitos no Córrego do Feião. Lotou a Câmara com empregados uniformizados. Ao mesmo tempo, circulou a conversa de que, se a barragem em questão não fosse aprovada, a empresa fecharia as atividades e desempregaria algumas dezenas. Imaginem o terror que esse diálogo promoveu para cima de pessoas pouco esclarecidas do arraial, com o país, na época, de 13 milhões de desempregados? Quem ousasse questionar questões ambientes, compromissos etc. ouvia a pergunta ameaçadora (de representantes da empresa e defendida por seus empregados; e aprovadas por políticos do município): você vai dar emprego a essas pessoas?

Logo depois, ...

Ou seja, pouco importa a discussão dos impactos na fauna e flora; a exaustão das minas etc. Pouco depois, em junho de 2017, no arraial Tejuco, em área próxima da mina da Vale, houve rompimento da barragem de rejeito da mineradora Tejucana.

Mesmo ritual

Voltando à audiência de logo mais. As tratativas da MIB com a comunidade seguem a multinacional Vale e apresentam mesmas reações nas pessoas: filhos e mulheres dos empregados importam-se exclusivamente com o emprego do momento, sem a menor luz para o futuro com a fauna, flora, água... Não se perguntam como será quando chegar ao ponto de exaustão da mineração.

Alienação patrocinada

Essa alienação, aliás, é marca de sucesso nas direções (dos executivos de comando e suas sub-hierarquias, até o mais humilde funcionário de Portaria) de todas mineradoras no Brasil. Parece até que os acionistas pagam bonificação em cima disso!

 
“Poço para criar peixe”

As atividades da MIB estão a menos de 500 metros, a montante, da área urbana do arraial Córrego do Feijão. O córrego que dá nome ao arraial (nasce no alto da serra que forma o  conjunto do Pico Três Irmãos), passa dentro da área explorada pela MIB e está em processo acelerado de assoreamento - perda de mais de 50% da vazão de antes da empresa chegar, há coisa de cinco anos. A reunião foi comunicada para o “centro cultural”, construído pela Vale. Em voz corrente no arraial (com o pedido para não serem envolvidas), as pessoas comentam que, para tranquilizar a população quanto à segurança da represa de rejeito, funcionários da MIB fazem o seguinte paralelo: a represa é “segura”, como se fosse um “poço para criar peixe”.

Ops?!... E Fundão?

Vejam o “poço” Barragem Fundão, da Samarco, em Mariana (MG), mineradora controlada da Vale e BHP Billiton: apesar de toda engenharia das duas maiores mineradoras do mundo – Vale e BHP Billiton -, a barragem rompeu-se, na tarde de 5 de novembro de 2015, com o rejeito (55 milhões de m3, 70 milhões de m3 , ...) passando sobre outra barragem, a Santarém.  Destruiu por inteiro (tirou do mapa) o Distrito Bento Rodrigues, causou a morte de 19 (dezenove) pessoas, e traçou um vale de catástrofe sobre vidas, flora e fauna, até a foz do Rio do Doce, no Espírito Santo, no mar – também afetado. Foi a maior catástrofe na história da mineração do país. Apesar dos bilhões de dólares em faturamento e patrimônio líquido da BHP e Vale, até hoje não houve uma solução para as pessoas atingidas diretamente, indenizações não foram pagas etc.

Ministério Público

Perguntar não ofende: o Ministério Público de Minas Gerais conhece os riscos das barragens de rejeitos em Brumadinho, Itabirito, Itatiaiuçu, Nova Lima, Rio Acima, Ouro Preto, Mariana (aqui, não!...), Santa Bárbara, Barão de Cocais, Congonhas, São Gonçalo Rio Abaixo, Itabira. Guanhães, Conceição do Mato Dentro, ... ?


Em Kiruna (modificado em 25/01/2021)

A propósito, sugiro o post “Isso só poderia acontecer em um país do Terceiro Mundo”, de 27/07/2018, do executivo MILTON REGO, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL):