Agricultores nos EUA dispõem de 17 vezes mais rodovias asfaltadas por 1 mil km2 de lavoura
Enviado Nairo Alméri – sex, 22.06.2018 | às 18h57
O Brasil tem 63% da logística de cargas no modal rodoviário
- sobre eixos de caminhões. Apenas próximo dos 30% sobre trilhos, ferrovias. Se
interessar ao Governo (este ou o futuro) acabar status quo de uma economia
refém dos motoristas de caminhões, é começar de imediato uma política planejada
de Estado (bem diferente de política de Governos - partidos e pessoas). Quem
tiver dúvidas da urgência que o país tem para inverter essa situação, relembre
o que aconteceu em todo o país na recente greve (maio/junho) dos caminhoneiros.
Analise em separado o porquê de Bauru, não ter apresentado o caos da falta de
combustíveis na área urbana.
Exportando frete
A tonelada da soja transportada de Sorriso (MT) ao Porto de
Santos (SP) teve variação de 59,15%, de R$ 295,00 para R$ 440,00 nas safras de
2017 para 2018. De Sorriso para Porto de Paranaguá (PR), variação de 53%, para
R$ 430,00. A pesquisa, citada hoje (22/06) no Portal Canal Rural, é da
Consultoria Safras & Mercado e consideram os impactos da greve dos
motoristas. A tabela ofertada pelo Governo, como forma de interromper o
movimento, teria respondido por 40% no encarecimento do transporte.
Comprativo com os EUA
Não é preciso enveredar-se pelo mundo da engenharia dos
números para se entender um pouco do caos na logística da soja no Brasil (115
milhões t safra 2017/2018). Basta uma simples comparação com o maior produtor
mundial, os Estados Unidos (120 milhões t safra 2017/2018). Na opção pelo modal
rodoviário, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou (abril 2018)
que o país possui apenas 25 km de rodovias pavimentadas para cada 1 mil km2 de
lavoura de soja, contra 438 km nos EUA.
Vale da Eletrônica
Cerca de 330 indústrias de soluções, componentes, equipamentos, conjuntos e embalagens do Vale da Eletrônica, formado pelo polo de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, faturaram R$ 3,2 bilhões (2016). Na recente greve dos caminhoneiros, as indústrias locais foram afetadas. “Está um caos”, avaliou o presidente do SINDVEL (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica), Roberto Souza Pinto, quando indagado, no meio do movimento, qual era a situação.
Defesa da Mulher – Itabira
A Câmara de Vereadores de Itabira, terra do poeta Carlos Drummond de Andrade e onde nasceu a maior mineradora do país, a Vale, aprovou (19/06) projeto de lei, o PL 43/2018, que permite às mulheres o desembarque fora dos pontos de ônibus após às 22h. A lei visa proporcionar mais segurança às mulheres nas vias públicas à noite. Ótimo! Mas, pensando bem, a medida é tão racional que outros municípios do país poderiam adotar de imediato, via Portaria do Poder Concedente das linhas, até que a medida a virar lei. Ou, então, que o Congresso Nacional, em regime de urgência autorize os Executivos municipais nesse sentido, enquanto as Câmaras legalizam a medida (Notícia do www.defatoonline.com.br/).