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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Partes do submarino francês

Enviado por Nairo Alméri - quin, 6.6.2013 | às 12h29 - modificado 01.2.2014 | às 11h36

Chegaram ao Brasil, na semana passada, duas seções do casco (S3 e S4) do primeiro submarino convencional com tecnologia fornecida pela França para o Prosub -Programa de Desenvolvimento de Submarinos, da classe S-Br, ainda com motor a propulsão convencional - a diesel. O programa inclui mais dois de mesma classe, e, um quarto com propulsão nuclear, o SN-Br. A montagem do primeiro (partes vindas da França) e a fabricação e montagem dos demais serão no Estaleiro e Base Naval (EBN), de Itaguaí (RJ)
Operação em 2018
O primeiro submarino S-Br será concluído em 2016. Cumprirá, etapa de testes por 18 meses. A previsão de entrega ao sistema operacional da Marinha é para 2018.
Nuclear em 2025
A partir de 2017, em intervalos de 18 meses, a Marinha receberá os outros dois submarinos convencionais. Em 2015, o EBN começará o desenvolvimento do primeiro submarino com propulsão nuclear. Este entrará em testes no mar e cais em 2022. Em 2025, após três anos de experimentação, será entregue à Marinha. 
O EBN
O Prosub foi viabilizado a partir de um convênio Brasil-França, em 2009,que assegura a transferência da tecnologia militar. O complexo denominado EBN é dividido em três plantas distintas, com um total de 750 mil m2 de edificações: Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), Base Naval e o Estaleiro. A UFEM, inaugurada em março, é onde começa a fabricação dos submarinos e que recebeu as duas seções embarcadas dia 14 de maio, em Cherbourg, na França.
Estaleiro e Base
O estaleiro da EBN ficará pronto em 2015. A Base, em 2016. Até 2017, a preços de maio, o Prosub consumira R$ 7,8 bilhões.

Segurança
O Prosub, conforme justificativa do Governo para sua aprovação, decorre da necessidade de assegurar a defesa dos 3,6 milhões de km2 do mar territorial brasileiro, por onde o país realiza 95% de seu comércio exterior e produz 88% da produção de petróleo.
A França
A escolha da França, depois de o país ter construído quatro submarinos convencionais (três classe Tupi e um Tikuna), na década de 1990, de acordo com o capitão-de-mar-e-guerra, da reserva, José Carlos Negreiros Lima, da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), se deveu ao fato de  ter sido o único país, entre os cinco que dominam a tecnologia (Rússia, Estados Unidos, Inglaterra, França e China) no mundo, a concordar com a transferência total da tecnologia militar para o Brasil.
Construction Expo 2013
O oficial fez ontem, na sessão do Congresso da Construction Expo 2013 - Feira internacional de Edificações e Obras de Infraestrutura, realizada pela Sobratema - Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, a palestra sobre o Prosub. A feira é realizada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, e irá até sábado.
Odebrecht
A partir do acordo com a França, em 2009, a Marinha contratou a DCNS, empresa francesa e uma das líderes em construção naval, para executar o projeto da EBN. A brasileira Norberto Odebrecht, dentro do consórcio, responde pela construção das edificações.
Assimilação
A partir do acordo de 2009, o Brasil mandou para a França o primeiro grupo de 26 engenheiros, para o curso do projeto do submarino convencional, o S-Br. Depois, fizeram exercícios do projeto. Mais tarde, outros cinco engenheiros foram incorporados ao grupo, para o curso do submarino a propulsão nuclear (SN-Br).
Alteração
No segundo semestre de 2012, os engenheiros regressaram ao Brasil, e deram início ao projeto do submarino, na concepção do equipamento. No atual semestre, de acordo com o capitão Negreiros Lima, fizeram "uma melhoria" do projeto - alongamento de 5 metros, com aumento de peso, de 1.717 tonelada para 1.870 tonelada.
Projeto básico
A partir do segundo semestre, será iniciado o projeto básico, que se estenderá pelo prazo de 1,5 ano. "A partir daí (no segundo semestre de 2015), começará a construção e o detalhamento de tudo", pontua o oficial da Marinha. Nesse "tudo" estão o reator, sistemas de combate, propulsão, tripulação e máquinas de apoio.
500 engenheiros
Até o momento, o Prosub tem um grupo de 150 engenheiros envolvidos. Por volta de 2018, na fase de desenvolvimento, precisará de cerca de 500 engenheiros, militar e civis.
*Nairo Alméri é convidado da Sobratema

quarta-feira, 5 de junho de 2013

País com (e sem) obras


Enviado por Nairo Alméri - quar, 05.06.2013 | às 13h24
As empreiteiras e as locadoras de máquinas e equipamentos para construção pesada e mineração não enfrentam gargalos na oferta de capital. O problema de momento, porém, é a falta de obras, gerado pelo descompasso do Governo entre a liberação de editais e a contratação de projetos de infraestrutura. Entre grandes e médias obras públicas e privadas em áreas essenciais (energia, óleo & gás, transporte, esporte e outras de infraestrutura), a  Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração tem como referência que o país possui 8.948 projetos (públicos e privados) para até 2017 a serem iniciados, que estão em andamento e serão concluídos até 2017. Somam R$ 1,260 trilhão.

Faltam regras

“Hoje, não há falta de capital”, assegura o presidente da Sobratema, Afonso Mamede. Acrescenta que o Brasil representa uma enorme “oportunidade para investimentos”, mas está amarrado à dependência das liberações das obras pelo Governo. Ao contrário do segmento de agronegócio, que elogiou, ao longo de 2012 e neste semestre a fixação de regras bem antes dos plantios das safras – favorecendo investimentos em máquinas, adubação do solo, manutenção das lavouras e compra de equipamentos -, a área da construção tem queixas exatamente nisso. “O que a gente precisa é de regras claras”, frisou o presidente da Sobratema, durante a coletiva da diretoria antes da abertura, nesta manhã, da Construction Expo 2013, que irá até sábado, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.

Pessimismo

Entre as principais novas obras de infraestrutura que o Governo anunciou – concessão de portos, dois aeroportos e sete ferrovias - , a diretoria da Sobratema tem pouca expectativa de que algum contrato de financiamento seja assinado em 2013 .  “Nenhuma ferrovia (a assinatura de contrato) ocorrerá em 2013”, foi enfático o vice-presidente Mário Humberto. Ele observa que, no momento, as prioridades do Governo estão voltadas para questões de ordem política.

Afeta o PIB

Além disso, acrescenta Mário Humberto, o Governo está mais preocupado de encontrar medidas políticas para economia, diante dos sinais de que o Produto Interno Bruto (PIB) não atingirão mais os 2,8% projetados até o final do primeiro quadrimestre. “Se fala em 2,67%. Receio que, à medida em que o tempo passe, comece (a projeção) a cair”, pontuou o vice.  Pouco antes observara que “PIB só se poderá cria através de investimentos”.

Decepção

Mário Humberto disse que “todos nós, brasileiros, estamos muito decepcionados com o nível de investimentos no país”. Sua observação é a de que os investimentos, ao longo dos últimos 15 anos, não teriam acompanhado, na construção voltada conforto e atendimento social, a melhoria na distribuição de renda, que levou para o mercado de consumo a massa de 30 milhões de pessoas.    

Perde capital

Outro vice da Sobratema, Euremilson Daniel, esboçou preocupação de que a demora do Governo acabe redirecionando do Brasil para outros mercados decisões de investidores.

Acesso ao BNDES

Apesar das constantes análises que apontam para a falta de poupança interna do país, Euremilson Daniel assegura que há um crescimento no número de empresas, até médias, prestadoras de serviços em construção para infraestrutura em geral e mineração com acesso às linhas de capital fixo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Endividamento suportável

“Em 2011, as demandas de obras não saíram geraram problemas no caixa”, admitiu Daniel Euremilson. Mas assegura que o nível de endividamento das empresas, enquanto estiverem ao redor de 30% do faturamento, “é suportável” e que “hoje não existe (nelas) necessidade de investimentos e capital (fixo)”.    

Expo 2013

A feira, apoiada por 135 entidades, reúne 332 expositores do Brasil e outros 15 países – Alemanha, Argentina, Canadá, China, Colômbia, Coreia, Estados Unidos, Espanha, França, Índia, Itália, Peru, Polônia e Portugal. Além de conferências (eram 2 mil inscritos pela manhã), o evento tem com atrativo para discussões de tecnologias e tendências, os Salões das Grandes Construções (Arena Corinthians, Linha 4 do Metrô do Rio, Porto Maravilha, Prosub e Construindo Desafios) e de Sistemas Construtivos (Construção Industrializada do Concreto, Construção Seca e Rental).  

*Nairo Alméri está na feira a convite da Sobratema