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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Copa 2014, portos e ‘Seu Tóti’

15/01/2013
Ferrovias, portos, aeroportos, rodovias, transportes urbanos e saneamento. Esse enorme leque e seus conjuntos de seus problemas e soluções necessárias urgentes serão servidos por empresários e vistos por autoridades Executivo e Congresso, e vice-versa, no InfraBrasil Expo & Summit, da Associação Brasileira de Infraestrutura – InfraBrasil, no WTC Convention Center, em São Paulo, dias 28 e 29. O segundo painel da plenária de abertura colocará o bode na sala do maior de todos os projetos patrocinados pelo Governo para a realização da Copa do Mundo, em 2014: “Alternativa para utilização dos estádios no pós-copa do mundo 2014: viabilidade financeira, casos de sucesso e projetos”.
Mas, claro, as preocupações não emanam apenas dos estádios. Pelo lado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é sabido, desde meados de 2012, que há um exagero na construção de novos hotéis. Como têm financiamentos de longo prazo, o banco colocou em campo um time de consultores para analisar a situação em capitais onde não há tradição de elevada taxa de ocupação na hotelaria. Há um ano, foi noticiado, pelo "O Estado de S.Paulo", que poderia ocorrer excedente de 5 mil leitos nas capitais da Copa. E durante os jogos – junho de 2014.

‘Pibinho’ contra
Fora dos setores diretamente afins com a Copa, a área portuária deverá criar discussões acirradas no InfraBrasil. O principal motivo, claro, é o PAC da Logística, que simplesmente teorizou uma espécie de nova abertura dos portos no Brasil: agora empresas estranhas aos serviços poderão investir em portos. Quando promoveu essa abertura, no início do mês passado, o Governo Dilma lançou a expectativa da atração de R$ 54,2 bilhões da iniciativa privada (mas, claro, podendo contar com o caixa do BNDES) até 2017. Desse bolão, contava que 57,19% (R$ 31 bilhões) fossem aplicados no triênio 2013-15. Mas o ‘Pibinho’ (crescimento do Produto Interno Bruto, o PIB) de 2012, de menos de 1%, fez murchar a tesão esperada no empresariado. É contra essa ducha de água fria que o Planalto marchará.

‘Seu Tóti’
O Planalto não precisará de muito esforço. É fava contada fazer, em2013, um “pibão” em cima da base de 2012. Com todo respeito, o ‘Seu Tóti’ (Aristóteles Ribeiro), o dono da única venda no Córrego do Feijão (arraial de Brumadinho, em Minas, onde a Vale tem mineração e 10 km a caminho do museu de arte contemporânea e jardim botânico Inhotim) dará novo vareio no Governo. Com oito décadas e meia de existência, seguro nos gastos e investimentos, ele está sempre revisando a vida. Assim fez “pibão” no ano passado. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, poderia buscar um pouco de prática de gestão com esse anônimo empresário da roça, que ainda vende fiado (financia capital de giro para alimentação entre famílias de baixa renda) e a juro zero. A inadimplência em suas cadernetas de anotação é perto de zero. No Córrego do Feijão, a função social do armazém do ‘Seu Tóti’ é maior que tudo aquilo anunciado pela CEF e Banco do Brasil nos horários das novelas – os mais caros nas grades nas emissoras. A meninada do arraial estuda no grupo municipal e, na maioria, dorme e sai de casa alimentada com a venda fiada do armazém.

ABTP e Antaq
O evento da InfraBrasil agendou,  na parte reservada ao setor portuário, palestras e debates com a participação de representantes da ABTP, Brasil Terminal Portuário, Libra Terminais, Logz Brasil, Instituto de Não Ferrosos (ICZ), Mestra, Porto Itapoã, Ecorodovias & Tecondi, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Companhia Docas de São Sebastião e Dnit/Antaq (Ministério Transportes).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Custos da logística

13/11/2012
No final de outubro, foi conhecida uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) dando conta que os serviços de logística no Brasil “comprometem” 13% do faturamento bruto de 126 grandes empresas pesquisadas e responsáveis por uma fatia de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). A revelação, propositadamente, veio após o anúncio do PAC da Logística (ou Programa de Investimentos em Logística – PIL), pelo governo, de R$ 133 bilhões. As ferrovias ficaram com R$ 91 bilhões, mas com programas a perder de vista, pois alguns são para até 25 anos. Para as rodovias a previsão é de R$ 42 bilhões.

Afeta a balança
De meados de agosto para cá, a papelada pouco andou dentro da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal federal que vai gerenciar o pacote. Enquanto isso, o velho conhecido “custo Brasil” vai de vento em poupa. Pelo mesmo estudo da FDC, a logística precária leva 12% de todo o PIB nacional (agricultura, indústria e serviços), bem acima da situação nos Estados Unidos: 8%. A diferença de performance entre dos dois países dá um resultado negativo anual ao Brasil equivalente a US$ 83,2 bilhões, que prejudicam a balança comercial do país.

Na mesa
Quarta-feira, no Transamérica, em São Paulo, se sentarão à mesma mesa, em painel do seminário Transporte e Logística: modelos e oportunidades de inovação colaborativa, representantes de empresas concessionárias de rodovias e ferrovias e empresas afins (CCR/Autoban, Ecovias, ALL Logística, Scania, Volvo, Consat, Semcon, LSP). Em outro painel, estará o mundo acadêmico, incluindo a FDC e empresas gerenciadoras de transporte urbano (USP-SP, USP-SC, FDC, SPTrans, CET). Será o primeiro embate após o lançamento do PIL.

Microcity
Líder no país de Outsourcing para Redes de Internet (LAN) e Desktops, a Microcity nomeou Gisele Saldanha como gerente Comercial para o mercado de Minas Gerais. A executiva entrou para a Microcity em fevereiro de 2011 como gerente de Contas, passou a gerente Comercial da unidade de Seminovos (cargo que permanece exercendo simultaneamente ao de gerente de Vendas para Minas Gerais). Gisele Saldanha é formada em Engenharia Elétrica pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte