Translate

Mostrando postagens com marcador metrô. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador metrô. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 26 de março de 2014

Retorna o BNDES; Putin agradece ao PT

Enviado por Nairo Alméri – qua, 26.3.2014 | às 8h42
Após a revelação dos absurdos nos investimentos realizados pela Petrobras no exterior, na refinaria de Pasadena (EUA), e no complexo de refino de Suape, em Pernambuco, na qual a Venezuela não cumpriu sua parte de aporte de 40% - contrato realizado entre os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Hugo Chávez -, o Governo Dilma Rousseff (PT) terá pela frente que explicar novamente uma série de operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Tribunal de Contas da União (TCU) retomará questionamentos e reafirmações de que o BNDES não fornece informações corretas para os grandes financiamentos envolvendo o Governo, entre eles o de R$ 22,5 bilhões ao consórcio Norte Energia S/A, responsável pela execução do projeto da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Altamira (PA).

10 vezes mais
No exterior, o TCU cobra do BDES informações completas em empréstimos ao governo da Venezuela. O Governo de Caracas não cumpriu sua parte na Refinaria Abreu e Lima, no complexo de Suape, em Pernambuco, que tinha custo inicial de US$ 2,3 bilhões, ultrapassa US$ 22 bilhões investidos e registra atraso de quase quatro anos.  A Venezuela recebeu do banco US$ 750 milhões (não pagos) para o metrô e mais alguns milhões para a construção da UHE La Vueltosa.

Vladimir Putin agradece
O TCU não recebe, também, não é atendido com informações completas para financiamentos em Cuba, onde Dilma inaugurou recentemente um porto, de US$ 1 bilhão, 80% saídos das reservas do BNDES. O maior beneficiário do porto será a Rússia, com a decisão do presidente Vladimir Putin, de retomar a aliança comercial e militar com a ilha. Dilma assumiu ainda com os ditadores cubanos, os irmãos Fidel (aposentado) e Raul Castro, o compromisso de construir um complexo industrial na área – mais US$ 290 milhões. Putin pretende ter bases navais também na Venezuela e Nicarágua, países que recebem recursos do BNDES. O país da América Central recebeu US$ 342 milhões, cerca de 30% do custo da hidrelétrica Tumarín, que deverá começar a operar em dois anos.   

30 vezes mais
Na refinaria dos EUA, a estatal brasileira pagou, em 2006, US$ 360 milhões à Astra Oil, que, no ano anterior, desembolsara apenas US$ 42,5 milhões. Outras operações elevaram o prejuízo para a empresa em mais de US$ 1,2 bilhão.

Aeroportos - US$ 25 bilhões
O BNDES também terá que explicar os aportes liberados em vários projetos do selo político PAC, entre eles os da Copa, principalmente para a construção de hotéis, que ficarão vazios, após os jogos das seleções, em junho, e dos aeroportos, a exemplo dos estádios de futebol, envolvidos em denúncias de superfaturamentos em seus projetos. O banco tem estudo apresentado pelas companhias aéreas comerciais brasileiras apontando “necessidade” de investimentos de mais de US$ 25 bilhões nos terminais até 2020.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Alstom e Eurocopter

Enviado por Nairo Alméri – quar, 22.1.2014 | 22h57
A francesa Alstom começa a jogar as últimas toalhas para confessar, em tribunal, o crime de formação de cartel (preços combinados) nos contratos das estatais Companhia Paulista de Tens Metropolitanos (CPTM) e Metrô de São Paulo, para fornecimento de composições. As compras foram abertas pelo Governo de São Paulo, do PSDB, no final dos anos 90 – contratos assinados em várias épocas, na década passada. Mas, para embaralhar ainda mais os meios escusos aplicados pela multinacional no Brasil, um ex-diretor admite que a direção, em Paris, autorizou também o pagamento de propinas a funcionários públicos da administração paulista do setor de energia elétrica. A comissão teria sido de 15% sobre contratos, de 1983 (com aditivos em 1998), no valor de US$ 45,7 milhões. Também em gestão do PSDB.

Valor
O cartel da CPTM/Metrô envolve também Siemens, da Alemanha, e Bombardier, do Canadá. Contratos investigados no cartel, assinados em 2001/2001, 2004, 2005 e 2007, tinham valores históricos nominais totais de R$ 772 milhões. Atualizados, em dezembro de 2013, somavam R$ 1,187 bilhão.

GEC Alsthom
A Alstom foi fundada em 1928 com a razão Compagnie Générale d'Electricité's Alsthom. Em 1997, mudou de GEC Alsthom para Alstom.

Helicópteros
E perguntar não ofende: foi com 100% de lisura o contrato para a compra 50 helicópteros, por US$ 1,9 bilhão (valor histórico), assinado, no final de 2008, pelo Governo federal, do PT, com a Eurocopter, de capital também francês? Parte dos helicópteros será montada pela controlada francesa Helibrás, montadora instalada em Itajubá (MG).

EADS
Em 2000, o Grupo Aerospatiale, também francês, e o Grupo Daimler, da Alemanha, fundaram o EADS - European Aeronautic Defence and Space Company. O EADS controla os fabricantes Airbus (jatos), Eurocopter (helicópteros) e a Austrium (programas espaciais). A Eurocopter Group surgiu em 1992, como joint venture das divisões de helicópteros da Aerospatiale e da DaimlerChrysler Aerospace AG (DASA). A Helibrás – Helicópteros do Brasil, foi fundada em 1978, em São José dos Campos (SP), pela Aerospatiale e o Governo de Minas Gerais. Era uma montadora de helicópteros 100% importados desmontados (CKD) da França. Em março de 1980, passou a utilizar instalações próprias em Itajubá, no Sul de Minas. Na década passada, assumiu um programa de “nacionalização” de peças e componentes importantes, mas com a Eurocopter detentora da tecnologia. O Governo de Minas é minoritário na Helibras, com menos de 25%.