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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Governo banca empresas ricas na PDAC 2020

Enviado por Nairo Alméri - ter 14/01/2020 | às 15h07

O Governo brasileiro banca empresas ricas da mineração em eventos no exterior. É o caso da PDCA 2020, em Toronto, daqui a dois meses...Leia aqui 




#PDCA #CPRM #Ibram #Vale #BHP #AngloAmerican #InternationalConventionTradeShowEInvestorsExchange #Apex #ADIB #SistemaS 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

MARINHA ASSUME COMMODITIES DO MAR


Motivos do presidente do Bolsonaro para colocar almirante no Ministério de Minas e Energia

Enviado por Nairo Alméri – qua 03.01.2019 | às 01h14

Coluna publicada no HOJE EM DIA, em 26.09.2010 (está no clipping eletrônico da ADIMB), auxilia, em parte, um entendimento para a escolha, pelo presidente Jair Bolsonaro, do almirante Bento Albuquerque para ocupar o Ministério de Minas e Energia. "Antes de chegar à Direção-Geral da DGDNTM (Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha), Órgão que comanda todas as Unidades Científicas e Tecnológicas da Marinha, incluindo o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o Programa Nuclear da Marinha (PNM), Bento Albuquerque foi Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha. Atualmente, exerce, também, a presidência do Conselho Administração da empresa Amazul e é membro do Conselho de Administração da Nuclep" (Fonte: https://www.naval.com.br/blog/2018/11/30/almirante-bento-albuquerque-e-nomeado-ministro-das-minas-e-energia/).

SOB DEFESA DA MARINHA, PETRÓLEO, COBALTO, OURO...

No último domingo, o repórter Sidney Martins, da Editoria de Política do HOJE EM DIA, concluiu uma série de reportagens que ilustraram de forma clara a urgência que o Brasil tem em assumir em absoluto o controle da faixa marinha até a plataforma continental (350 milhas ou 648 km), ou seja, além do conjunto do mar territorial e da zona econômica exclusiva (220 milhas ou 392 km). Essa é a área que o Comando da Marinha chama de "Amazônia Azul", importante para manter a soberania também sobre a "Amazônia Verde" (a Amazônia conhecida). A preocupação em assegurar êxito nas negociações dentro da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), foro das Nações Unidas onde mais de uma centena de países negociam, apareceu sempre. O que torna irrisório o programa de US$ 90 bilhões para, ao final de 36 anos, a Marinha ter poder de fogo à altura da 5ª ou 6ª potência econômica. O valor é pouco acima da média de dois anos de gastos (US$ 88 bilhões) do Plano de Negócios 2010-2014 da Petrobras, de US$ 220 bilhões. Paras as duas Amazônias, os oficiais-generais da Marinha ouvidos pelo repórter não deixaram dúvidas de que o país precisa sim de poderio militar respeitável. Só assim irá assegurar suas riquezas minerais. No mar, a preocupação premente é com a exploração do petróleo e gás natural e o potencial novo, além da atividade pesqueira. No continente, a proteção da água doce - commodity mais valiosa em tempo breve -, da qual o Brasil tem 12% dos mananciais de superfície do planeta, mereceram da Marinha maior atenção que as próprias atividades de mineração e do agribusiness. A riqueza mineral marinha, excluídos o petróleo e o gás, localizados até o extremo da plataforma continental, não estava no foco da reportagem citada. Mas foi abordada, há algum tempo (24/04/2007), por esta coluna, com o título "Mineração invadirá o oceano".

Nova fronteira

A partir da Portaria MB nº 118, a coordenadoria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) criou os subcomitês regionais (Norte, Nordeste, Central e Sul) e definiu, na Proposta Nacional de Trabalho do Programa, suas atribuições e abrangência geográfica. De forma prática, o Governo queria que o programa pesquisasse uma nova fronteira para o conhecimento sobre recursos minerais marinhos no Atlântico Sul. "Os oceanos constituem as últimas fronteiras políticas estratégicas e econômicas do planeta", resumiu, na época, o coordenador do programa, o geólogo Kaiser de Souza, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM - Ministério das Minas e Energia) e especialista em geologia marinha.

Sem avanços

Em fevereiro de 2007, em reunião de áreas do Governo, do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e empresas privadas, o pesquisador observava que, até então (e nada mudou até hoje), as explorações potenciais, pelo Brasil, daqueles recursos estão quase limitadas às explorações de petróleo e gás natural.

Cobalto, ouro...

Aquelas pesquisas identificariam e quantificariam os recursos minerais, em que a plataforma marinha brasileira exibe ocorrências de vários tipos de minerais: fosforita, granulados, crostas cobaltíferas, sulfato de polimetálicos (rochas que podem conter vários metais: zinco, ouro, cobre etc).

Estratégico

Kaiser destacava que, tão logo fossem conhecidas as potencialidades econômicas daqueles minerais, o projeto adquiriria "interesse estratégico e político para o Brasil", pois revelaria informações importantes para a gestão territorial. Isso incluiria dados de interesse ambiental e conhecimento das técnicas que possibilitarão a adequação de regulamentação referente às atividades em áreas marinhas.

Capacitação

O pesquisador citava ainda que a continuidade efetiva do programa, além dos inúmeros avanços como domínio de novas tecnologias de pesquisas em profundidades, que poderiam ser usadas em áreas internacionais, dotariam o Brasil de tecnologia e capacitação para competir, no mesmo nível, na extração mineral em áreas marinhas internacionais. Como antecipar etapas na busca de meios para a exploração eficaz dos recursos minerais marinhos fez parte dos debates do Simpósio de Geologia e Recursos Minerais Marinhos, dentro do XII Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (Colacmar), em abril de 2007, em Florianópolis (SC).

Zona econômica

Pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Convemar), fixada há quase 30 anos, em dezembro de 1982, e vigorando a partir julho de 1994, estabeleceu-se o direito de soberania dos estados costeiros sobre uma zona econômica exclusiva, para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, das águas sobrejacentes ao leito do mar e seu subsolo. Como zona econômica exclusiva, o "limite exterior" foi fixado em 200 milhas náuticas, a partir da costa. A zona econômica exclusiva brasileira possui, aproximadamente, 3,5 milhões de quilômetros quadrados.

900 mil km²

Nos termos da Convemar, o país costeiro tem que estabelecer o "bordo exterior" da sua plataforma continental, quando esta se estender além das 200 milhas náuticas. O Programa de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac) permitiu, então, apresentar às Nações Unidas a proposta para estender sua plataforma continental em mais de 900.000 km2. Daí o fato de a reportagem de Sidney Martins, com base nos dados da Marinha (Estratégia Nacional de Defesa, a END), estimar em 3,6 milhões de km2 a zona econômica brasileira, mas podendo chegar a 4,5 milhões de km².

50% do território

Com a deliberação da ONU, a soberania do país estender-se-á sobre uma zona econômica exclusiva, e a plataforma continental representará mais da metade da área do território brasileiro emerso - de 8,5 milhões de km².

Programa científico chegou primeiro

A coluna publicada em 2007 lembrava que o Comitê de Ciências do Mar (CCM) foi responsável pela elaboração do Programa Piloto em Ciências do Mar (1994-1998), cujo documento básico teve aprovação em novembro de 1994. Entre as suas funções constava adequar permanentemente os instrumentos (recursos humanos e equipamentos), com a finalidade de capacitá-los no atendimento ao programa; acompanhar as mudanças globais e o controle de qualidade ambiental; identificar e explorar de forma sustentável os recursos renováveis e os não renováveis; e estabelecer contatos internacionais para intercâmbio científico e tecnológico. Em maio de 2006, com a Portaria MB nº 118 do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) surgiram os subcomitês regionais do Comitê Executivo para o Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (Remplac), com a missão de gerar para o país as informações sobre os recursos minerais marinhos de sua plataforma continental. Assim como o DNPM possui os mapas dos minerais no continente, a Marinha possui um banco de dados sobre as riquezas do nosso mar.
Fonte: Hoje em Dia
Autor: Nairo Alméri
Data: 26 de setembro de 2010

Perfil NAIRO ALMÉRI

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sustentabilidade vista pelo Ibram

Enviado por Nairo Alméri – ter, 24.9.2013 | às 9h34
Elaborado a partir de pesquisas encomendadas à ERM Brasil, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) lançou ontem o estudo “Gestão para a sustentabilidade na mineração – 20 anos de história”. Como está no título, o documento, de 168 páginas de texto, abriga conteúdo de práticas adotadas no setor mineral nas duas últimas décadas e lança análises com propostas para se “alcançar o padrão de crescimento almejado pela sociedade brasileira, hoje e no futuro”, encerra o prefácio assinado pelo diretor-presidente do Instituto, José Fernando Coura.
Dividido em quatro grandes capítulos – Sustentabilidade, Mineração e Desenvolvimento Sustentável, Práticas de Sustentabilidade da Mineração e Contextos Após a Conferência – Rio+20 e Perspectivas), o estudo adotou tem um viés diferente da modalidade que abrange grandes períodos: as comparações que ilustram “a evolução de práticas de gestão” para as questões de cunho ambiental, econômico, social e de governança pega épocas mais recente, 1990-95 e 2012.

Só 1,3% no GEE
O item que trata das “Mudanças Climáticas”, parte do primeiro capítulo, retira das cotas das empresas de mineração a pecha de agressora significativa no Brasil via emissão de gases efeito estufa (GEE). “As emissões brasileiras decorrem, majoritariamente, de mudança de uso da terra (desmatamento), seguido de emissões do setor agropecuário e de queima de combustíveis em processos industriais e transportes”. No Brasil, em 2008 (Ibram), as emissões de CO2 atingiram ao redor de 1,6 bilhão de toneladas. Desse volume, a mineração foi responsável por 1,3%. “De acordo com inventário feito pelo Ibram (2008), mais de 90% das emissões do setor são relativas ao uso de combustíveis fóssil”.

Alta empregabilidade
A empregabilidade na mineração ainda é intensiva. Essa interpretação se extrai da parte “Mercado e Efeitos Econômicos do Setor”, na parte dedicada ao capítulo 2. No exercício fiscal de 2011, eram 175 mil trabalhadores ocupados nas empresas de mineração. Na cadeia, somavam 2,2 milhões. Empregando dados do Ministério das Minas e Energia (MME – Plano Nacional de Mineração 2030), de 2008, o coeficiente de empregabilidade indireta do segmento é de 1:13, ou seja, cada emprego direto gera outros 13 (Confederação Nacional da Indústria -CNI, 2012). No ano passado, a o PIB mineral brasileiro foi de US$ 51 bilhões, elevação de 500% em dez anos, de acordo com o Instituto.

O GRI não pegou
Um aspecto positivo do estudo do Ibram é a presença de algumas (poucas, ainda) análises críticas. Cabe destacar, conforme relata a publicação, que ainda não pegaram práticas, surgidas na década passada, como as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI). “Apesar do aumento de relatórios de sustentabilidade baseados na GRI, de empresas de mineração com atuação no Brasil, o que indica progressão de suas práticas de monitoramento de desempenho por indicadores de sustentabilidade, a integração e articulação de gestão tem se demonstrado um desafio importante para as empresas. Isto se dá, principalmente, porque foram poucas as empresas que adaptaram seus sistemas de gestão existentes para que estes fornecessem os dados para os indicadores de monitoramento prescritos pela GRI. Desta forma a integração e articulação da gestão tem se demonstrado um desafio importante para as empresas”. Inserida Gestão Ambiental, do terceiro capítulo, a crítica justifica, em tese, a citação em destaque de apenas quatro mineradoras: Vale, Alcoa, Samarco (50% Vale) e Mineração Rio do Norte (Vale/Alcoa).

E o futuro?
No último capítulo, de apenas três páginas, o Ibram sugere uma retrospectiva na mineração tendo como referência a Eco-92 (Conferência Ambiental da ONU, no Rio, em 1992). Afirma que houve “aprendizado”, mas que deve se preparar para mudanças que virão das relações econômicas. “A questão que se coloca agora é sobre o futuro: qual é o papel da mineração na agenda de desenvolvimento do país? O setor está diante de uma janela de oportunidade: ser protagonista no equacionamento de questões ambientais e sociais ampliando sua capacidade de demonstrar à sociedade sua efetiva contribuição”.

Presenças
O lançamento do estudo “Gestão para a sustentabilidade na mineração – 20 anos de história” foi parte da programação de abertura do 15º Congresso Brasileiro de Mineração e Feira Internacional de Mineração (Exposibram), em Belo Horizonte, que dura até quinta-feira. Realizado no estande do Ibram, o evento teve presença autoridades do Governo e executivos do setor. Além do seu diretor de Assuntos Ambientais, Rinaldo César Mancin (um dos organizadores da publicação), estiveram o secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Carlos Nogueira da Costa Júnior, o presidente da CPRM – Serviço Geológico do Brasil, Manoel Barreto da Rocha Neto, o diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Roberto Ventura Santos, e o engenheiro de Minas e consultor José Mendo Mizael de Souza (ex-secretário-executivo e ex-presidente do Ibram).