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quarta-feira, 17 de setembro de 2025
CRIME AMBIENTAL
Derrubada de extensas áreas de Mata Atlântica para obras da Prefeitura de Brumadinho (MG). A prefeitura recebe recursos diretos do acordo indenizatório da tragédia da Mina Córrego do Feijão, firmado na Justiça pela mineradora Vale S.A., de R$ 37,7 bilhões. Imagem de 20/08/2025 - Crédito: Nairo Alméri - LEIA AQUI.
segunda-feira, 19 de junho de 2023
NASCI EM 1950 E EM 2023…
(Post de Nairo Alméri na conta Facebook, 18/06/2023)
NASCI EM 1950 E EM 2023…
Pois bem! Ontem mesmo, pouco antes das 17h, pela BR-040, retorno ao Córrego Ferreira, que fica na vertente de Brumadinho da Serra da Moeda.
Na subida da Mata da Mutuca para Posto Chefão, no Jardim Canadá, em Nova Lima, notei que as nuvens (fotos minhas - 17h24) seguravam uma represa da Copasa. Era previsível que não ficaria assim por muito tempo. Logo adiante, a chuva. Pensei em parar no posto. Teria sido a melhor opção. Mas, como a chuva cessou, segui.
A pista ainda estava muito molhada. De longe, na aproximação ao posto da PRF, havia leve congestionamento.
Cruzei o ponto da Patrulha e os carros seguiam lentos. Cerca de cinco quilômetros após, na descida do Condomínio Miguelão, o Uno (1.500 CC, ano 1985, que foi do meu sogro) ameaçou uma saída de lado, com a traseira. Resolvi mudar para faixa de velocidade baixa, a dos caminhões.
Mas, ocorre que, caminhão não para. A aproximação de um deles me fez manobrar em retorno à faixa anterior. Estava a bem menos de 40 km/h. Na troca, acelerei um pouco. A área estava com uma nata visível de óleo. Foi o suficiente para o Uno rodar de traseira, para fora da pista, pelo lado direito. Por sorte não atingiu veículo algum nem fui atropelado.
A perda de controle foi inevitável. Uno desceu o barranco gramado, declive de 45 graus. Vieram, em sequência, um enorme tranco e o barulho da batida. A parte lateral direita, bem na coluna, foi contra duas pedras enormes de minério de ferro (matacões). Essas não são da Vale S.A. Estão ali incorporadas ao paisagismo local.
Tudo aconteceu em fração de segundos.
Com a pancada, o carro girou e parou, de frente para o barranco da BR. Ficou coisa de 10 a 15 metros da pista. Mas, medindo a partir do ponto de saída até a parada, foram 20 a 25 metros. O desnível acima de três metros.
Sem as pedras no caminho, talvez (talvez), o carro apenas deslizasse até a vala (estreita) de coleta da água da chuva.
O cinto de segurança impediu que meu corpo fosse projetado para frente, cima e lados. Os óculos voaram. Mas localizei de imediato, no interior do carro.
Não fiquei assustado. E, o principal, estava vivo.
Fiz o carro funcionar e acendi as luzes. Desliguei tudo e saí para o reconhecimento da situação.
Na frente, o pneu esquerdo murchou (deve ter rasgado), e, o da direita, dobrado para dentro, por conta da ponteira do eixo quebrada. Este pneu parecia pneu de Kombi: cambota!… O capô do motor um pouco danificado, a grade solta e a lente das luzes da esquerda quebrada.
A lateral do carona ficou feia de se ver. A parte inferior da coluna foi o local do impacto mais violento contra a pedra de minério: empurrou o assoalho para dentro. Mas não encostou no banco. Os vidros das janelas e o parabrisa inteiros, sem danos. A porta do carona continuou travada, porém, subiu para fora, criando, digamos, uma enorme boca. Partes traseira e lateral do motorista da lataria, aos olhos do momento, intactas.
Por mais que eu diga que não sentia nada, as perguntas, de preocupação, da Belkiss se sucediam. Peço que venha um dos filhos.
Ligo, em seguida, para um amigo, em Belo Horizonte, o Eider (nome dele tem grafia bem mais bonita - não me lembro qual… Minha filha me ajuda: Eydher), em busca de indicação de reboque. O Uno não tem seguro. Ele se oferece para vir até onde estou. Agradeço, pois, alguém de minha casa virá e que o manterei atualizado das etapas.
É começo da noite.
Em menos de dez minutos, a UTI aportou. Pessoal pergunta o básico: O que está sentido? Algum machucado? Ponto de pancadas? Tonteira? Etc. E encerra a bateria de forma incisiva: se, mesmo assim, eu desejava seguir para um atendimento hospitalar. Me pareceu que confiaram em minhas respostas, que afastaram tal deslocamento.
O escriba da ocorrência local da concessionária me solicita documentos. Ao ver a minha identidade da Fenaj, diz que trabalhou em uma TV, do Centro-Oeste de Minas, a TV Itapecerica.
O movimento aumenta com a chegada de uma patrulha da PRF (o posto está a 5 km).
A inspetora faz perguntas. Atenciosa, me deseja boa sorte. Atrás da viatura da patrulha, chegou junto um carro bem surrado (pareceu um Santana duas portas). Tinha luzes apagadas e estava lotado. A agente da lei comenta com o pessoal da UTI: “Sem luzes, sem habilitação, sem licenciamento… Pacote (de irregularidades) fechado!”, brincou. Os agentes entraram na viatura e seguiram à frente do "pacote", no modo batedor.
A noite parece ser mais veloz à beira de uma rodovia.
Chegou o reboque da Via 040. O pessoal da UTI, antes de sair, me informa o padrão no “atendimento mecânico”: retirar o veículo do local e levar até um "ponto seguro". No caso, seria o posto de gasolina mais próximo (o Parada Boa), do outro lado da BR, a uns 800 metros.
Auxilio o operador do reboque. Entro no Uno e atendo aos seus comandos: “Puxa freio de mão! Pisa no pedal do freio. Segura firme o volante, mantém o freio de mão puxado e pisa no pedal do freio!”… Parece que fiz bem a lição.
O Pratinha está embarcado. Todo prejudicado. Eu também, no sentimento. Em três a cinco minutos, estamos no posto de desembarque. Novamente, sob comando do motorista, faço minha parte voluntária. Com o veículo no chão, o reboque se afasta.
Eu abro, então, a sessão de caça de outro reboque. Na terceira tentativa, enfim, acerto um serviço. São 19h30 e a previsão é a de pintar no pedaço em uma hora.
Meu filho chega.
Aguardamos dentro do carro. Temperatura local batendo nos 12 graus.
Aproximações de reboques, coisa comum em BR, turbinavam nossa expectativa.
20h30...
Nada!...
Victor acende o pavio de seu nano estopim. Propõe cancelar o serviço. Sugiro que esperemos um pouco mais.
Passado algum tempinho refaço contato. O rapaz, em outra parte de Nova Lima, explica que “agarrou”, por conta da forte chuva onde se encontrava.
22h20. Finalmente, o Pratinha posicionado novamente em cima do reboque. Mais uma vez, com a minha efetiva participação de pisador em pedal de freio...
Pegamos BR, no sentido Trevo de Ouro Peto, para Córrego Ferreira, uns 13 quilômetros adiante. Meia hora depois, o pisador em freio faz nova ponta com a sua expertise. Pratinha no solo. Em frente de casa.
Às 23h30, ainda respondia aos questionamentos de minha mulher. Ela parecia dar pouco crédito, ou quase nada (nada, fica melhor), às minhas afirmativas: “Está bem mesmo? Não está sentindo alguma dor?”. Ouvi pacientemente todos os repetecos. Fui compreensivo, coisa rara. Mas tinha motivo para o upgrade (falo adiante).
Antes do banho, do lanche e ir dormir, refaço alguns tópicos do acidente :
- Estou vivo. Esse o principal patrimônio que meu filho trouxe para casa;
- Não houve terceiros envolvidos;
- A Via 040 bem que podia retirar aqueles matacões de minério de ferro próximos à beira da rodovia. Sem eles, no Miguelão, por exemplo, talvez acidentes não sejam graves ou tão.
- A Via 040 deveria instalar guard rail porreta em toda a extensão daquele desnível (e em outros). No ponto da passagem sob a BR, bem em frente à portaria do Miguelão, a altura chega aos sete metros;
- O óleo diesel derramado nas pistas das rodovias é o prelúdio de potencial tragédia. Ela passou ao meu lado;
- E uma indagação: se fosse ainda sob administração do DNIT/ANTT, do Governo, a comunicação do acidente e as chegadas da UTI móvel e reboque seriam também em questão de três, 10, 20, minutos?
Nasci em 21 de setembro de 1950, em São Borja (RS), e, também em 17 de junho de 2023, em Nova Lima (MG). Virei, portanto, conterrâneo do Valentín, meu neto. Depois, explico que o vovô é, porém, um nova-limense mais novo que ele…
Vida que segue, agora, por outra via!...
Abs
quinta-feira, 23 de junho de 2022
CSN quer Samarco; Vale não vende

CSN confirma interesse na Samarco; Vale e BHP refutam
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em comunicado desta quarta (22/06), confirmou a contratação de “assessoria financeira” com vistas à possibilidade de investir na Samarco Mineração. Controlada pela Vale S/A e anglo-australiana BHP Billiton, a Samarco tem extração de minério de ferro concentrada em Mariana (MG). Crédito da foto no texto do link. Acesse AQUI.
terça-feira, 29 de março de 2022
Zema usa vítimas da Vale

Zema usa vítimas da Vale em monumento de pura vaidade
O governador Romeu Zema (Novo) encerra sua administração 2019-2022 colecionando alguns absurdos. Entre os últimos, o projeto de um monumento, em tese, às 270 vítimas da tragédia causada por rompimento de barragens na Mina Córrego do Feijão, em Córrego do Feijão, Brumadinho, em 2019. Entretanto, bem distante do local da tragédia. Ficará nos gramados da Cidade Administrativa. Provavelmente, ao alcance do nariz do governador em seu gabinete. CONTINUE LENDO AQUI.
quinta-feira, 8 de julho de 2021
Samarco: reflorestamento de 13 mil ha
Enviado por Nairo Alméri - qui 08/07/2021 | às 11h04
Renova quer reflorestar 13 mil ha na Bacia do Rio Doce
SAMARCO -Tem a expectativa, via Fundação Renova, envolver até 4.500 produtores Bacia do Rio Doce em Minas Gerais e Espírito Santo rurais atingidas pela tragédia do rompimento da barragem de rejeitos de minério em Mariana (MG), em 2015. Leia mais AQUI.
#BaciaDoRioDoce #BHPBilliton #EspíritoSanto #FundaçãoRenova #Edital #Mariana #MinasGerais #MinaGermano #RecuperaçãoDeÁreasRuraisAfetadas #Samarco #TragédiaRompimentoBarragem Fundão #Vale #WWFBrasil.
sexta-feira, 30 de abril de 2021
STJ decide contra a Vale
Enviado por Nairo Alméri - sex 30/04/2021 | às 21h44
STJ decide que a Vale S.A. não poderá ter atividades em barragem de rejeitos de Barão de Cocais (MG). Veja AQUI
#STJ #Vale #BarragemDeRejeitosDeMinérioDeFerro #MinaCórregoDoFeijão #Brumadinho #Mariana #MinaGongoSoco #MinaBrucutu
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
MINA CÓRREGO DO FEIJÃO, ... TEVE ALERTA
Enviado por Nairo Alméri - seg 25/01/2021 | às 12h08
Alerta de 01/08/2018, seis meses antes, para o risco de uma tragédia no arraial Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), com o rompimento (25/01/219) de barragem de rejeitos de minério de ferro B1, na Mina Córrego do Feijão, propriedade da Vale S.A.
https://lnkd.in/etaJZTK e Vale, BHP, Samarco, MIB,...Kiruna
Post, na conta Facebook, de 25/01/2021: Um manto sobre os culpados.
#ValeSA #MinaCórregoDoFeijão #TragédiaNaMina #RompimentoBarragemDeRejeitosDeMinérioDeFerro #BHPBillinton #Samarco #Mariana #Brumadinho
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Vale pode lucrar US$ 6,1 bi
Embarques mais estáveis para China e desvalorizações cambiais impulsionaram resultados da mineradora
Sem atropelos no mercado de minério de ferro no Sudeste Asiático e zero de loucura do Brasil com a China, a Vale S.A. poderá fechar o balanço patrimonial cheio de 2020 com lucro líquido entre US$ 5,6 bilhões e US$ 6,1 bilhões. Pela cotação da moeda norte-americana nesta ter (01/12), R$ 29, 5 bilhões a R$ 31 bilhões.
No 3T20, a mineradora registrou vendas de US$ 10,7 bilhões, portanto ligeiramente superior (4,9%) ao mesmo período de 2019 (US$ 10,2 bilhões). O lucro liquido, contudo, exibiu variação espetacular de 81,3%: de US$ 1,6 bilhão para US$ 2,9 bilhões.
Então, dificilmente a Vale fechará novo contrato excepcional de vendas com entregas ainda neste ano. Ou seja, estaria fora de cogitação uma turbinada extra, nos próximos 28 dias, no Balanço Patrimonial a ser encerrado em 31 de dezembro.
Escalada
No 2T20, a Vale lucrou US$ 995 milhões e, no 1T20, US$ 239 milhões. De janeiro a setembro, a mineradora apurou receita de R$ 129,590 bilhões (US$ 22,9 bilhões) e lucro líquido de R$ 21,887 bilhões (US$ 3,880 bilhões, pela cotação de 30 de setembro).É provável estimar, portanto, dentro do cenário estável, que fechará o 4T20 com lucro líquido de US$ 3,9 bilhões a US$ 4,2 bilhões. E, para o exercício fiscal cheio de 2020, entre US$ 5,6 bilhões (R$ 29,5 bilhões - cotação de 01/12) a US$ 6,1 bilhões (R$ 31 bilhões).
Graças à China
A performance dos negócios de último trimestre (calendário civil) nos setores de mineração e siderurgia praticamente repete o período anterior.Por conta das compras chinesas e da desvalorização do real frente ao dólar, a Vale apresenta bons resultados desde o 2T20. O acionista Bradespar (Bradesco Participações), em relatório ao mercado, que a equivalência patrimonial daquele trimestre refletia a “demanda saudável da China”. E também às desvalorizações cambiais do real.

Vale mantém investimentos em US$ 5 bilhões neste ano/
Rejeito- ANM faz consulta para rejeito virar commodity sustentável
LEIA MAIS SOBRE MINERAÇÃO AQUI 👉 ALÉM DO FATO/
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Vale nega novos riscos no Córrego do Feijão
Enviado por Nairo Alméri - qui 29/10/2020 | às 10h59
Do site ALÉM DO FATO
Vale nega risco de novo “rompimento” no Córrego do Feijão
por Nairo Alméri | publicado: 15/10/2020 - 22:21 | atualizado: 16/10/2020 - 09:34
“… não há risco de rompimento em nenhuma das barragens localizadas na unidade de Córrego do Feijão”. É o que diz parte do último comunicado da Vale S.A., nesta quinta (15/10). A companhia firmou essa posição após revelar o surgimento de duas trincas na “estrutura remanescente” da barragem de rejeitos B1, na Mina do Córrego do Feijão.
Essa barragem foi a que se rompeu em 25 de janeiro de 2019. Na tragédia na Mina Córrego do Feijão, no Córrego do Feijão, arraial de Brumadinho, 290 pessoas morreram. Onze corpos ainda não foram encontrados.
Como consequência da constatação das trincas, a empresa cessou temporariamente as “atividades” num raio de 3 km a jusante da B1. O número de trincas, todavia, foi informado pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
As medidas da Vale, portanto, obrigaram as equipes de resgate interromper as buscas.
Cenário após a tragédia na Mina do Córrego do Feijão, no distrito de mesmo nome, em Brumadinho . Poucos metros abaixo da cratera deixada pelo rompimento, ficavam as instalações operacionais - tratamento de minério, baias de secagem e embarque ferroviário. Em seguida, o complexo de apoio e administrativo. Foto: Ibama/Reprodução
Vale não fará remoções
A Vale comunicou, contudo, que todas as medidas anunciadas hoje foram “preventivas”. Portanto, “…não há necessidade de remoção de moradores das comunidades vizinhas”.
No último comunicado, a mineradora enfatizou: ” … reforçamos que todas as comunidades de Brumadinho estão seguras“.
“Como prevenção, as barreiras hidráulicas e as estruturas de contenção implantadas estão dimensionadas e são suficientes para conter qualquer movimentação do rejeito que venha da B1. Dessa forma, não haverá nenhum impactos em comunidades ou no rio Paraopeba”, completa a companhia.
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