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quinta-feira, 25 de julho de 2013

“Dia D” da Agrenco Ltd.

Enviado por Nairo Alméri – qui, 25.7.2013 | às 12h47
Os credores da Agrenco Ltd, que tem sede nas Bermudas (paraíso Fiscal do Caribe), retomam amanhã a Assembleia Geral de Credores, interrompida dia 18. A Agrenco é controlada da Agrenco Holding B.V. e possui quatro subsidiárias no Brasil, lideradas pela Agrenco Bioenergia, Indústria e Comércio de Óleos e Biodiesel Ltda. O grupo executa atividades de esmagamento de soja, produção de biodiesel e cogeração de energia nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná.

BDRs
Todas as controladas da Agrenco (Agrenco Bioenergia, Agrenco Administração de Bens, Agrenco Serviços de Armazenagem e Agrenco do Brasil) estão em recuperação judicial desde 22 de setembro 2009. A companhia tem BDRs (Brazilian Depositary Receipts - certificados de depósito, emitidos e negociados lastreados em valores mobiliários de emissão de companhias estrangeiras) negociados na BM&FBovespa. São- 235.706.286  BDRs  emitidos, dos quais 227.211.881 em circulação no mercado.

Patrimônio blindado
Conforme petição dos advogados ao juiz da 1ª Vara de Falências Recuperação Judicial e Falências de São Paulo, a AGC considera a aprovação das alterações propostas ao Plano Geral de Recuperação Judicial como cruciais. Desde 14 de abril, por liminar da Justiça, os credores estão impedidos de ajuizar pedidos de expropriação de bens do Grupo Agrenco.

PL negativo
No balanço patrimonial apresentado à Justiça, referentes ao terceiro trimestre de 2012, a Agrenco tinha ativo total de R$ 746,4. O passivo circulante era também de R$ 746,4 milhões, e, o de longo prazo, de R$ 1,821 bilhão. O patrimônio líquido estava negativo R$ 1,076 bilhão, pois o capital social, de R$ 770,630 milhões, era insuficiente para fazer frente aos prejuízos acumulados (R$ 1.822,331 bilhão) e ajustes acumulados de conversão negativos (R$ 25,092 milhões).

Prejuízo financeiro
Porém, no site da Bovespa, a última informação trimestral, de 30/09/2012, apontava o patrimônio líquido negativo em R$ 1,137 bilhão. O resultado financeiro também era negativo, em R$ 270 milhões.

Única saída
A AGC de segunda-feira foi interrompida a pedido de dois credores estrangeiros. As alterações no plano de recuperação seriam a “proposta final”, diz o documento protocolado dia 22 na Justiça, das empresas, “na medida em que reflete o limite máximo econômico, técnico, operacional e de sua capacidade de pagamento, e que qualquer alteração, especialmente para melhorar as condições de prazos de pagamento, tornará o plano inviável”.

Credores
São “credores estratégicos” da Agrenco: AM3 (construção), De Smet do Brasil Comerci, Dedini , Egelte Engenharia, Environquip Engenharia, Focklink Instalações Elétricas, Indústria Mecânica Zanuto, Isotran Transportes, Lara &Lara Comércio, Level Mecânica Industrial, Porfil-Lara Consertos e Locações, RC Tech Montagens Eletric, Sathel Energia, Siemens Ltda, TNL Indústria Mecânica, TSG Indústria Mecânica, Tubos Ipiranga Indústria, Westfalia Separator, Zuleide Ferrari Surdi, Elói Vitório Marchett, Carolina Armazéns Gerais e ALL América Latina Logística do Brasil.

Com terceiros
A Agrenco informa que, via Agrenco Bionergia, concentrará as atividades nos serviços para terceiros em secagem, limpeza e armazenagem de grão, nos municípios de Alto Araguaia e Caarapós, até a retomada de processamento da própria matéria-prima. Para evitar o risco de arresto dos produtos de terceiros, a companhia precisa da aprovação do novo plano de recuperação judicial. Além do serviço a terceiros, retomaria a cogeração energia elétrica.

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