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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Eike Batista busca culpado – agências de risco

Enviado por Nairo Alméri – sext, 19.7.2013 | às 15h25 - modificado às 15h32 
No artigo de página inteira assinado em o “Valor Econômico” de hoje e no qual um trecho faz o papel de título (“Se pudesse voltar atrás, não recorreria ao mercado”), o empresário e controlador do Grupo EBX, Eike Batista, mescla prepotência (“Eu me enxergo e continuarei a me enxergar como um parceiro do Brasil”) e mea-culpa (“Falhei e decepcionei muitas pessoas, em especial por conta da reversão de expectativas da OGX”). Muitas conclusões podem ser extraídas do punho oferecido pelo, até então, novo Midas da economia brasileira. Entre elas, a de que procura, entre as companhias de consultoria e auditoria em novos negócios, que operaram como adviser na construção de seu império, um culpado. Digamos, uma, digamos uma Arthur Andersen. “Minhas empresas eram auditadas por três das maiores agências de riscos do mundo, e nunca uma delas veio para mim ou a público alertar que não era bem assim (retorno seguro, farto e rápido para os investidores nos papéis que as empresas do Grupo EBX ofertava no mercado). Evidentemente, eu estava extasiado com as informações que me chegavam”.
    
Caso Arthur Andersen
A respeitada Arthur Andersen neste ano completaria 100 anos. Era uma das cinco tops no circo das companhias globais de auditoria financeira. Toda companhia líder de segmento brigava para tê-la como auditor independente de seus balanços. Mas, na abertura deste século, a empresa faliu por conta de perda de credibilidade. Desceu a pela mesma ladeira insustentável que criara para uma de suas maiores contas, a norte-americana Enron Corporation, do setor energético - basicamente distribuição. Na área empresarial, a quebra do Grupo Enron figura como maior escândalo na economia dos Estados Unidos e a causa foi simplesmente fraude nas contabilidades – produzidas pela empresa de auditoria.

Case Enron
A Enron, criada em 1985, fazia ascensão meteórica. Com apenas 15 anos de mercado, rompeu a barreira dos US$ 100 bilhões em faturamento, em 2000 - foi listada em 7º lugar nas 500 maiores do planeta. Mas, em 2001, promotores apontaram “truques contábeis” nos balanços do Grupo Enron, que criavam resultados fictícios, encobrindo resultados negativos. A Enron e a Arthur Andersen não resistiram o peso do escândalo e dividem mesma sepultura na literatura do mercado financeiro mundial. Leia “BNDES vai segurar (mais) Eike” – 19/03/2013

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