Existe, sim, "arma" mais poderosa que o voto
Enviado por Nairo Alméri - sáb, 26.7.2014 | às 17h17 - modificado 29.7.2014, às 21h09
À luz da idoneidade e da Justiça escandinavas, o Brasil seria uma enorme penitenciaria, justificada na plêiade (parece praga eterna) de políticos candidatos, com mandatos e/ou "aposentados" do voto (mas ainda influentes) que administra espólios pessoais (seus, de familiares, de amizades e agregados em múltiplos viéses). Para quem achar nisso exagero, que releia o noticiário dos principais jornais da semana que se encerra hoje, com manchetes para mais um (o quadragésimo) pacote pró-consumo, de R$ 45 bilhões. Outro casuísmo político do Governo Dilma, que não abandona a bússola da cegueira, para não enxergar a caminhada elementar dos países persistentes na superação das crises econômicas: economias que abraçam, no conluio dos agentes democráticos da sociedade, investimentos para respostas perenes.
Esses remendos políticos do Governo do PT, que tornam o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) misto de cabo eleitoral (puxador de votos pró-releição da candidata do PT) e subprime (nossa hipoteca de alto risco no papel de esteio para políticas estruturais, as longo prazo e sustentam mudanças de resultados medidos), salgarão mais a conta fiscal de 2015, que chegará, irremediavelmente, para todas empresas e pessoas físicas.
A conjuntura do setor produtivo do Brasil é, há seis (06) trimestres, aquarela real de economia cambaleante. Ela só crescerá acima de 1%, ao final deste exercício fiscal, por imposição divina do Palácio do Planalto, a da manipulação pelo IBGE nas contas externas e estatísticas de preços e inflação oficial, a medida pelo IPCA. Pouco se fala, mas o Brasil tem mais indicadores de inflação (DIEESE, FGV etc.) que a Argentina. A ferida aberta pela desaceleração econômica exibe, hoje, o osso em vários setores da transformação, com linhas de bens de capital fixo em franca obsolescência. Isso tem reflexos danosos ao patrimônio intelectual (empregados) das fábricas. O parque fabril, então, não consegue esboçar reações desejadas de retomada, de curto-médio prazo, para avistar-se o páreo de economias concorrentes.
Mas o Governo Dilma, sempre, manteve-se fiel à sistemática política partidária, a da publicidade populista. E fica mais intensa agora, na estação do tudo pelos votos dos (ainda) empregados, e também dos desempregados. E o empresariado não entra nessa atmosfera, pela simples convicção (equivocada) de que seria abatido facilmente. Mas, principalmente, não quer correr riscos de ser taxado de eleitoreiro. Mas isso é do jogo democrático. E é exatamente isso que Governo (todos) faz, o tempo todo - do seu 1º de janeiro, de posse, ao 4º 31 de dezembro, de fechamento do mandato. Mas existem governos, como o atual, que só fazem isso. Mais nada!
Mas ainda, como possível, o empresário sustenta diretrizes de compromissos sociais, ou seja, a sua parte nobre na relação capital-trabalho. Mas, no geral, se comporta como mero observador. Estático. Com algumas exceções, tem sido assim, nestes seis trimestres (18 meses) desastrados para a economia. O lado do capital, de forma expressiva, sustenta muitos elos com a política do Governo, como nos créditos BNDES e de outras agências do fomento. Isso o torna, pelo menos, no sentimento, refém do Planalto. Então, parece prefere ignorar o poder de força (transformador) que tem, permanentemente, em mãos: da sustentação do emprego.
É falso achar que o voto, nas mãos do empresário, funciona como "arma" eficaz para mudanças. O fisiologismo, na mídia dos partidos e em horários gratuitos da Justiça Eleitoral (o Tribunal Superior Eleitoral, o TSE), hipnotiza e move bem mais. É uma canha, inflamando massas e que, no primeiro trago, agrada a 30% do eleitorado. O refrão ao discurso do "rico contra o pobre", então, é capaz de mover um milhão de muralhas de Jericó sobrepostas.
As chances que o empresário tem para entrar no coletivo das mudanças são raras. Mesmo assim, prefere não arriscar. O último bonde, o dos jovens do junho de 2013, passou e a nação não pegou carona. Mesmo sozinha, com pouca maturidade, a garotada colocou na Avenida Paulista, o coração paulistano das transformações da América do Sul, catracas das mazelas enraizadas nos Três Poderes da República (Legislativo, Executivo e Judiciário). Sem a sustentação de alicerces da sociedade, foi presa fácil para a reação dos "movimentos sociais" vermelhos, despachados pelo Governo do PT. Os pelotões partidários de catedráticos em distúrbios urbanos agiram como imperadores. Foram vistos nas diversas plagas, quebrando, incendiando, assaltando etc. Entraram no cotidiano do povo ordeiro com passes livres das instituições públicas de segurança de todas as instâncias.
Não se deve, claro, praticar ingenuidades. Nada indica que o país deixará, num muito breve, de ser uma Arca de Noé dos absurdos, aportada em paraíso de "república de bananas" (nada a ver com o antissocial exibido em estádios de futebol). Seja qual for o resultado das eleições majoritárias de outubro. Prova cabal disso é que o Brasil continua a desfraldar políticas internas e externas de vergonhosos contrastes. Entre elas, a recente trapalhada na diplomacia, além dos banquetes, de estender tapetes vermelhos à inconfundível política de Vladimir Putin, presidente da Rússia, a de restaurar doutrinas do stalinismo (vide os fatos na Ucrânia). Dilma Rousseff assegurou apoio fácil (farto e ilimitado) para seus caprichos, incluído o do expansionismo de influências no Sul da América do Sul.
É lícito ao empresariado agir politicamente para prevenir contra riscos e descaminhos do Brasil. Também fazer suas alianças. Essas são "armas" democráticas para toda sociedade, de forma indistinta. E podem ser usadas em todas as estações do ano, em qualquer ano.
ASSUNTOS PRINCIPAIS: - Ensino e Ciência - Cultura e Veículos de Comunicação - Desenvolvimento, Sustentabilidade e Soberania - Investimento, Produção e Recuperação de Bens - Empresas de Destaque, Profissões do Futuro e Eventos - Logística de Commodities, Bens de Consumo e Exportação - Política de Governo, Leis, Justiça e Cidadania - Economia Internacional e Empresas Globais
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sábado, 26 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
GE Aviation
Enviado por
Nairo Alméri – ter, 22.7.2014 |às 22h
A
Avio Aero, Turim (Itália), e sendo uma divisão da GE Aviation, assinou contrato com
o para manutenção da frota de caças AMX da Força Aérea Brasileira (Comando de
Aeronáutica). Até julho de 2019, a empresa italiana, que tem instalações no
Brasil, fornecerá serviços de reparação e manutenção dos motores Spey Mk 807
dos caças.
Laboratório
Nano/CNPEM
O Laboratório
Nacional de Nanotecnologia (LNNano), ligado ao Centro Nacional de Pesquisa em
Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), passa a oferecer novas
ferramentas (instrumentos e equipamentos) aos usuários das academias,
pesquisadores dos diversos CTs e aos engenheiros inovadores. Ver notícia da Assessoria do CNPEM.
Amazônia
(BNDES)
“O BNDES tem
o desafio de olhar para a questão regional com a prioridade de reduzir as ainda
imensas desigualdades existentes entre as regiões do país e dentro de cada uma
delas”, assim o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e
Econômico (BNDES), Luciano Coutinho, abre o prefácio do livro “Um olhar
territorial para o desenvolvimento: Amazônia”, de 424 páginas, patrocinado pelo
banco. Acesse aqui a versão digital.
Prêmio Abag
2014
O engenheiro
agrônomo e pesquisador Urbano Campos Ribeiral, natural de Ubá (MG) e graduado
pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), turma de 1962, será o homenageado do
13º Congresso Brasileiro Agronegócio, da Abag (Associação Brasileira do
Agronegócio), dia 4 de agosto, em São Paulo. O pesquisador receberá o Prêmio
Norman Borlaug, que está em sua 4ª edição é uma parceria com a USP e a Agrisus.
Na Agroceres
O homenageado
pela Abag foi professor da UFV antes de ingressar na produtora de sementes
Agroceres, onde ajudou a desenvolver diversas espécies de milho híbrido. As
cultivares chegaram responder por cerca de 60% das vendas totais da companhia.
Mais tarde, Urbano Ribeiral foi diretor da Divisão Vegetal. Em 1996, com a
morte do fundador da Agroceres, Ney Bittencourt de Araújo, assumiu a
presidência da companhia.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Células orgânicas fotovoltaicas
Enviado por Nairo
Alméri – seg, 18.7.2014 |às 20h20
O
pesquisador Sungjune Jung, professor assistente do Departamento de Engenharia
Criativo Universidade Pohang de Ciência e Tecnologia (Postech) na Coreia do
Sul, assegura que a aplicação a produção de células fotovoltaicas orgânicas
(OPV, na sigla em inglês) para captação da energia solar apresenta para o mundo
potencial imensurável para se estabelecer como alternativa ao “silício PV
filme”. A vantagem estaria na enorme facilidade ao processo de impressão a
baixo custo, aliado a um imenso leque de aplicabilidade: fachadas de prédios e
janelas, pelo fato de serem células semitransparentes. Isso significa que podem
ocupar enormes superfícies, o que lhes assegura escala em produtividade. Essas
células solares são impressas pelo sistema de jato de tinta.
Energia
solar
Um relatório
do IHS Technology, de Englewood, Colorado, nos EUA, estima que o mercado global
de células fotovoltaicas (PV, na sigla em inglês) crescerá 24% no segundo
semestre frente em relação ao primeiro, com US$ 28,7 bilhões. No primeiro
semestre, foram realizados negócios da ordem de US$ 23,1 bilhões pelas
indústrias de indústrias de silício policristalino PV, “bolachas”, células e
módulos. As receitas com os módulos solares, destaca o relatório, crescerão
próximo dos 30%.
Firjan, inovação
Na sede da
Firjan, no Rio, dias 29 e 30, será realizado o 3º Seminário Nacional de
Incentivo à Inovação. Promovido pelo Instituto Valor e patrocinado pela Quasar
Technology, da, o evento reunirá CEO’s, CFO’s, CIO’s, CSIO’s, Gestores de TI e
Financeiros, pesquisadores Sony Mobile, empreendedores e investidores
preocupados com questões básicas quando o assunto inovação tecnológica: desde leis
de incentivo, venture capital e private equity até as áreas mais promissoras.
sábado, 19 de julho de 2014
Randon, Embraer, Vale, Inovar-Auto e Eike Batista
Posts mais lidos do blog, desde novembro de 2012
Enviado por Nairo
Alméri - 18.7.2014 |às 9h56
Randon pela Randon - 01/03/2013
Embraer busca equilíbrio – 19/06/2013
Vale vai mexer – 17/06/2013
Inovar-Auto
– 12/06/2013
Eike Batista busca culpado – agências de risco – 19/07/2013
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Míssil balístico do Brasil
(PARA RELER)
Enviado por Nairo Alméri -
qui, 29.5.2014 | às 8h07
"O silêncio vale ouro". O ensinamento popular foi
seguido à risca pelo Exército do Brasil na questão do armamento nuclear. Com
isso, a armada conseguiu avançar da "prancheta". Para voltar com a
pauta falta apenas o "endosso político", o que é pensado também pela
força.
Os argumentos para o Brasil acelerar a construção de um míssil
balístico intercontinental (alcance superior a 5.500 km) carregado com ogiva
nuclear são de fortes apelos nacionalistas. A base é uma estratégia de defesa
da soberania do país sobre o domínio dos seus recursos naturais e o respeito
internacional às suas fronteiras e, por extensão, do continente. O
conjunto da Nação.
Dentro de 20 a 30 dias, integrantes do Alto Comando do Exército
se debruçarão, novamente, sobre essa engenharia. Esse programa, para os
próximos 10 anos necessitaria de orçamento mínimo anual de US$ 20 bilhões.
Todos os institutos militares de pesquisa e desenvolvimento (P&D)
participariam desse programa nuclear para fins da defesa.
Esse tema foi tratado aqui no blog em março do ano passado
(reprodução abaixo).
segunda-feira, 11 de março de
2013
Exército
e o pré-sal
11.3.2013
Enviado por Nairo Alméri – seg,
11.3.2012 | às 14h22
O Centro de Estudos
Estratégicos do Exército (CEEx - do Estado-Maior do Exército, o EME) comemora,
em 2013, seu 10º aniversário. O CEEx/EME turbinou ações que estavam, até então,
na esfera no Centro de Estudos Estratégicos da Escola de Comando e Estado Estado-Maior
do Exército (CEE/ECEME). Criado em 2000, a principal missão do CEE/ECEME é
"estudar problemas de segurança internacional e nacional, em seus aspectos
políticos, militares, econômicos, culturais e tecnológicos". A atuação do
CEE/ECEME sobre estudos acadêmicos e pesquisas em unidades do Exército é ampla
e, em 2007, assumiu a Seção de Pós-graduação da Escola, com a missão de
"alinhar a pesquisa acadêmica feita por todos os alunos dos diversos
cursos com a pesquisa aplicada pelo Exército".
Tímido em P,D&I
A filosofia do CEE/ECEME, de
atuação acadêmica sem barreiras com instituições nacionais de pesquisas, está
bem clara em seus, digamos, estatutos. Falta, porém, maior desenvoltura interna
e na linha de frente para pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica
(P,D&I) com o setor produtivo nacional. Em outubro passado, o "Ciclo
de Ciência, Tecnologia e Inovação" para alunos do 1º Ano do Curso de Altos
Estudos Militares (CAEM), foi apenas um briefing de quatro sessões. A alta academia do
EME fica ausente, por exemplo, das conferências da Associação Nacional de
Pesquisa e Desenvolvimento em Empresas de Inovação (Anpei), que terá sua XIII
Conferência Anual, em junho, em Vitória (ES). Neste ano, o tema escolhido pela
Anpei é “Inovação Competitiva e Aberta: Transformando o Brasil”.
Além do pré-sal
Mas o Comando Exército pretende
energizar a passagem do 10º Aniversário do CEEx/EME. Uma fonte do blog e ligada
à instituição da Praia Vermelha, no Rio, diz que deverá ficar conhecido um
amplo estudo para metas em "defesa nacional". E mais: avançaria nas
questões econômicas do “mar azul” – além dentro e fora da plataforma
continental.
Livro
Virou leitura obrigatória de
cabeceira entre os formandos da ECEME o livro "Defesa nacional para o Século XXI: política
internacional, estratégica e tecnologia". A obra, organizado pelos
pesquisadores Edison Benedito da Silva Filho e Rodrigo Fracalossi de Moraes e
oficialmente apresentada na academia no começo de novembro passado, foi lançada
(no mesmo mês) pelo Ipea. Para baixar na integra: www.ipea.gov.br
Ajude o Brasil: limpe uma cela para o seu candidato!
(PARA RELER)
Enviado por Nairo Alméri – sáb,
15.3.2014 -| às 20h11 - modificado às 20h20
Políticos de hoje rasgam (boas)
lições deixadas por brilhantes raposas do passado. Com poucas margens para
erros, pode-se acreditar que a política e atividades correlatas não teriam
subido tão alto no trampolim da desmoralização e do descrédito como nos últimos
quase 30 anos, se tivéssemos ainda algumas personalidades que se foram nas
décadas 80 e 90. Esta rota da redemocratização teria sido abreviada, nem
sobreviveria tanto uma Suprema Corte prestadora de honras a senhores de
engenho. Nossa sociedade “republicana” já teria sepultado a geografia dos poderes
das capitanias hereditárias.
De forma descarada, a cidadania é
agredida por políticos que se autoproclamam “históricos” e/ou “testemunhas” da
história, numa oratória (falsa) de pura sustentação da perpetuação das mazelas
que os mantêm poderosos. Alguns querem o apogeu: figurar entre juízes da
história dos anos de chumbo da ditadura, quando, na verdade, viveram em zonas
de conforto patrocinadas pela própria ditadura. Não tiveram relevância em suas
“células da resistência” (cumpriam tarefas domésticas: limpavam a casa ou eram,
no máximo, “escalados” para pegar o pão na padaria). Outros só deram as caras
em 1978, quando o general Ernesto Geisel percebeu que os milicos tinham
ultrapassado nos exageros e ordenou ao 2º Exército baixar o grau dos métodos das
atrocidades dentro da “Operação Bandeirante - OBAN”. Neste estágio, Geisel
permitiu sindicatos nas ruas e portas das fábricas (a paulada continuava, mas
os sindicalistas presos do ABC paulista podiam dar entrevistas e receber pão
com mortadela e Coca-Cola), e elaborou o “para casa” da “distensão política”
entregue ao último general do Planalto, João Figueiredo (1979-85).
Os “caciques” de hoje ainda montam
feudos pela Câmara e Senado, estados e municípios. Esses não merecem sequer
olhar para as fotografias dos chinelos de políticos que, em momentos críticos,
foram “históricos” para redemocratização - alguns deste, é verdade, até
estiveram ao lado do golpe militar de 1964.
Entre os que foram imprescindíveis
na luta pelo restabelecimento dos esteios da democracia estiveram Ulysses
Guimarães (o “doutor Ulysses”, que presidiu a Câmara e Assembleia Nacional
Constituinte de 1987/88 e que fez inserções pelas prisões em busca de
perseguidos pelos militares), Tancredo Neves (lembrado assim em discurso do
senador Pedro Simon (PMDB-RS), em 20 de abril de 2005: “A luta de Tancredo
começou em 1954. Ele era um jovem ministro quando houve o golpe que levou o Dr.
Getúlio Vargas ao suicídio. Antes, ele havia pedido: “Nomeie-me Ministro do
Exército no lugar desse traidor que é o General Zenóbio. Garanto que o golpe
não sai, e Vossa Excelência ficará na Presidência.” Dr. Getúlio, não querendo
uma guerra civil, preferiu o suicídio”), Nelson Carneiro (propôs, relatou e
conduziu a votação da Emenda Constitucional nº 4, que instituiu o
parlamentarismo no Brasil, em 1961), Franco Montoro (defensor do
parlamentarismo e da descentralização do poder. Promoveu a campanha das
"Diretas Já" em São Paulo), Teotônio Vilela (“O Menestrel das
Alagoas” - no início de 1983, ainda sob o regime da ditadura, o senador, um
usineiro golpista, em 1964, bandeou para o lado da bandeira da luta democrática
e, em programa de TV, surpreendeu ao lançar o movimento nacional pelas eleições
diretas, às “Diretas Já”, para a Presidência da República), Petrônio Portella
(senador do Piauí. Foi o condutor da “Missão Portela”, fez o remanso necessário
à “distensão política”, peça chave para a anistia, em 1979, dos cassados pela
ditadura militar, 1964-1985), Paulo Brossard (o “minuano verbal dos pampas”. O
parlamentar gaúcho provocava quase um feriado nacional, nas tardes em que subia
à tribuna do Senado, e, em pausados pronunciamentos, atacava com brilho e
inteligência singular, e em linha frontal, os generais e defendia a reposição
da democracia. Na política, até com olhar, Brossard balançava as estruturas do
poder. Na economia, ditava a tendência dos indicadores da Bolsa, no fechamento
do dia e abertura seguinte – apimentava ou adoçava o “humor do mercado”, dos
investidores), etc.
'Rouba, mas faz'... 'estupra, mas
não mata'
Hoje, os tidos “melhores quadros”
políticos seguem rotas pessoais e planos de partidos ou de suas correntes
internas, verdadeiras corretoras perseguindo o dinheiro público. São raras as
exceções. Os partidos se comportam, todos, como uma sociedade comercial
limitada, de capital fechado, cuja totalidade da integralização das cotas
deverá sair sempre de um não cotista: o conjunto de cofres públicos da União,
Estados e Municípios. Os líderes, os mais espertos entre os “melhores quadros
políticos”, exercem funções de CEOs das “correntes”. Estas são geridas como
subsidiárias das holdings, representadas pelos comitês nacionais,
estaduais e municipais. As subsidiárias são o “chão da fábrica” e de lá sai a
produção seriada (aprovada por headhunters dos sindicatos filiados), a indicação
dos “melhores quadros” que incham a administração pública com os cabides de
emprego. A expedição, a logística, cabe, às vezes, aos movimentos sociais e
ONGs. Estes abastecem os atacados e o varejo do vamos nos arrumar (vamos
assaltar). Assim funciona o cluster (ou APL – Arranjo Produtivo Local) da
invernada dos salários e patrimônios pessoais entre enorme parcela de políticos
e seus apaniguados, apontam denúncias formalizadas e em processos abertos nas
Procuradorias Gerais da República e Tribunais de todas as instâncias.
O país não merece mais continuísmos
nefastos. Nem ter inquilinos nos Executivos adeptos da clássica tese do “rouba,
mas faz”. O mesmo político, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que recebeu do
leitorado paulistano aquele rótulo, que, também, resume o espírito nacional da
sua classe (classe porque os políticos deram aos mandatos eletivos formato de
empregos, viraram contratados da Nação mais de R$ 100 mil por mês, no
Congresso, 14º salário; fundo de pensão; aposentadora integral; etc. É situação
melhor que para muitos executivos da iniciativa privada dentro d empresa como
Fiat Automóveis, Embraer, Votorantim, Bradesco, Itaú, TV Globo, General Motors,
Ford, Volkswagen, Anglo American, Vale, Basf, Bayer, MRS, ALL, etc.), foi
decisivo na eleição, em 2012, do prefeito Fernando Haddad, em São Paulo.
Luiz Inácio Lula da Silva (do
PT-SP e ex-presidente da República) levou Haddad (seu ministro da Educação e
também de Dilma Rousseff – PT-RS) até os jardins da casa de Maluf. Os três
posaram para foto (registro histórico) do aperto de mãos, o da celebração do
apoio do PP ao PT. Aliado recente do PT, em 1989, quando concorreu pelo PDS,
nas primeiras eleições livres pós-ditadura para a Presidência da República,
Maluf banalizou a violência contra a integridade física e moral das mulheres:
“O que fazer com um camarada que estuprou uma moça e matou? Tá bom, tá com
vontade sexual, estupra, mas não mata!” (palestra na Faculdade de Ciências
Médicas, em Belo Horizonte, registrada pelo “Jornal do Brasil” - repórter Lúcia
Helena Gazolla). Ouça aqui.
Imaginem o Brasil um país sério.
Em todos os parâmetros. E com uma sociedade sob os impérios das leis -
democracia sólida. Agora responda: você encontraria neste Brasil real, o dos
escândalos, corrupção e impunidades (ou punição para inglês cego ver),
candidatos para entregar, via pleito, em 5 de outubro de 2014, o comando do
imaginário Brasil escandinavo?!... E quais as chances dos eleitos, uma vez
empossados no Brasil escandinavo, no dia seguinte, não virarem candidatos à
bancada parlamentar do Complexo Penitenciário da Papuda?
Rodapé de palanque
Em Tempo: o calendário de 2014 foi
o norte em duas recentes decisões eleitoreiras do Governo Dilma.
1) Jogou com a “base parlamentar”
de sustentação do PT e sepultou, na Comissão de Constituição e Justiça do
Senado, o projeto da redução da menor idade penal, para 16 anos, nos crimes
hediondos, tráfico de drogas com uso de violência ou reincidência em crimes
violentos. Entre os brasileiros abaixo dos 18 anos (os “menores”) e acima dos
16, está uma nação de, no mínimo, uma dezena de milhões de eleitores. São
cidadãos exemplares e também de criminosos bárbaros (com requintes de adultos
no crime). No Brasil, esse contingente pode definir a escolha do presidente da
República, e pode matar e não ir para cadeia;
2) Transferiu para 2015 a cobrança
extra e inconstitucional de R$ 12 bilhões (valor do “socorro às energéticas”)
nas contas de uma energia elétrica que não passou pelos relógios dos pontos de
consumo – residências, indústrias, estabelecimentos comerciais e de serviços. A
“crise” e os “apagões” no abastecimento são responsabilidades das
concessionárias geradoras de energia e do Governo (dos Ministérios das Minas e
Energia, do Planejamento e da Fazenda). A origem da situação é a “falta de
planejamento”, mesma fatura jogada nas costas do Governo Fernando Henrique
Cardoso (PSDB-SP), no
Tecnologia não comove Governo
Enviado por Nairo Alméri – seg, 23/9/2013 – às15h54
Há menos de duas semanas, o Expominas foi palco a 50ª conferência anual
da Organização Internacional do Café (OIC), que marcou a Semana Internacional
do Café. Na abertura, a maioria dos discursos convergiu para dois pontos:
inovação tecnológica e transparência nas estatísticas. Na manhã de hoje, na
abertura solene do 15º Congresso Brasileiro de Mineração e Exposição
Internacional de Mineração, realizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração
(Ibram), o tema dos investimentos em tecnologia reapareceu em diversos
discursos. O relator da Comissão da Câmara para o Novo Marco da Mineração,
deputado André Quintão, ao demonstrar que a União destina pouco para tecnologia
mineral, disse que o Cetem recebe R$ 35 milhões para atender ao setor, contra
R$ 1,5 bilhão na área do petróleo. “Não se vai explorar terras raras se não
tivermos tecnologia”, enfatizou.
Reações burocratas
O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que ouviu, ocupando a
mesma mesa, a advertência de Quintão, mesma linha de outras autoridades do setor
e políticos, fez o encerramento da sessão sem responder. Optou por um discurso
administrativo. Foi exatamente o que fizera, dia 9, no mesmo auditório, dentro
do centro de exposições Expominas, em Belo Horizonte, o ministro da
Agricultura, Antônio Andrade, na abertura da Semana Internacional do Café.
Ambos apresentaram balanços ministeriais velhos, sem a menor importância.
Baixa tecnologia
Os dois ministros parecem ignorar que, no 1º semestre, o país registrou
déficit de US$ 46,8 bilhões em produtos industrializados de média e alta
tecnologia. As exportações de café e minério in natura, exaltadas
por eles, figuram como produtos de baixa tecnologia.
US$ 2 trilhões
Talvez Lobão e Andrade também desconheçam fatos importantes em pesquisa,
desenvolvimento e inovação tecnológica (P,D&I) em plena ebulição no mundo
da tecnologia. Um desses fatos levou a Rússia a avaliar e revisar, a cada
semestre, a sua política para biotecnologia (medida adotada em 19 de julho –
via decreto). O Governo de Moscou estima que, até 2030, apenas na produção de
bens de consumo a partir da tecnologia da biotecnologia, os investimentos
globais somarão US$ 2 trilhões – 50% do PIB brasileiro. A indústria russa tem
menos de 1% desse mercado e, por decreto, aplicará todos os meios da tecnologia
para virar para abrir a próxima década acima de 1%.
Metso
O novo presidente global do Grupo Metso para área da mineração será o
brasileiro João Ney Colagrossi. A Metso é fabricante de equipamentos para de
mineração e, no Brasil, tem unidade fabril em Sorocaba (SP), a Metso Brasil
Indústria e Comércio. O anúncio será feito quinta-feira, na Exposibram.
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