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sábado, 26 de julho de 2014

Papel político do empresariado

Existe, sim, "arma" mais poderosa que o voto

Enviado por Nairo Alméri - sáb, 26.7.2014 | às 17h17 - modificado 29.7.2014, às 21h09
À luz da idoneidade e da Justiça escandinavas, o Brasil seria uma enorme penitenciaria, justificada na plêiade (parece praga eterna) de políticos candidatos, com mandatos e/ou "aposentados" do voto (mas ainda influentes) que administra espólios pessoais (seus, de familiares, de amizades e agregados em múltiplos viéses). Para quem achar nisso exagero, que releia o noticiário dos principais jornais da semana que se encerra hoje, com manchetes para mais um (o quadragésimo) pacote pró-consumo, de R$ 45 bilhões. Outro casuísmo político do Governo Dilma, que não abandona a bússola da cegueira, para não enxergar a caminhada elementar dos países persistentes na superação das crises econômicas: economias que abraçam, no conluio dos agentes democráticos da sociedade, investimentos para respostas perenes. 
Esses remendos políticos do Governo do PT, que tornam o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) misto de cabo eleitoral (puxador de votos pró-releição da candidata do PT) e subprime (nossa hipoteca de alto risco no papel de esteio para políticas estruturais, as longo prazo e sustentam mudanças de resultados medidos), salgarão mais a conta fiscal de 2015, que chegará, irremediavelmente, para todas empresas e pessoas físicas. 
A conjuntura do setor produtivo do Brasil é, há seis (06) trimestres, aquarela real de economia cambaleante. Ela só crescerá acima de 1%, ao final deste exercício fiscal, por imposição divina do Palácio do Planalto, a da manipulação pelo IBGE nas contas externas e estatísticas de preços e inflação oficial, a medida pelo IPCA. Pouco se fala, mas o Brasil tem mais indicadores de inflação (DIEESE, FGV etc.) que a Argentina. A ferida aberta pela desaceleração econômica exibe, hoje, o osso em vários setores da transformação, com linhas de bens de capital fixo em franca obsolescência. Isso tem reflexos danosos ao patrimônio intelectual (empregados) das fábricas. O parque fabril, então, não consegue esboçar reações desejadas de retomada, de curto-médio prazo, para avistar-se o páreo de economias concorrentes. 
Mas o Governo Dilma, sempre, manteve-se fiel à sistemática política partidária, a da publicidade populista. E fica mais intensa agora, na estação do tudo pelos votos dos (ainda) empregados, e também dos desempregados. E o empresariado não entra nessa atmosfera, pela simples convicção (equivocada) de que seria abatido facilmente. Mas, principalmente, não quer correr riscos de ser taxado de eleitoreiro. Mas isso é do jogo democrático. E é exatamente isso que Governo (todos) faz, o tempo todo - do seu 1º de janeiro, de posse, ao 4º 31 de dezembro, de fechamento do mandato. Mas existem governos, como o atual, que só fazem isso. Mais nada!   
Mas ainda, como possível, o empresário sustenta diretrizes de compromissos sociais, ou seja, a sua parte nobre na relação capital-trabalho. Mas, no geral, se comporta como mero observador. Estático. Com algumas exceções, tem sido assim, nestes seis trimestres (18 meses) desastrados para a economia. O lado do capital, de forma expressiva, sustenta muitos elos com a política do Governo, como nos créditos BNDES e de outras agências do fomento. Isso o torna, pelo menos, no sentimento, refém do Planalto. Então, parece prefere ignorar o poder de força (transformador) que tem, permanentemente, em mãos: da sustentação do emprego.  
É falso achar que o voto, nas mãos do empresário, funciona como "arma" eficaz para mudanças. O fisiologismo, na mídia dos partidos e em horários gratuitos da Justiça Eleitoral (o Tribunal Superior Eleitoral, o TSE), hipnotiza e move bem mais. É uma canha, inflamando massas e que, no primeiro trago, agrada a 30% do eleitorado. O refrão ao discurso do "rico contra o pobre", então, é capaz de mover um milhão de muralhas de Jericó sobrepostas.  
As chances que o empresário tem para entrar no coletivo das mudanças são raras. Mesmo assim, prefere não arriscar. O último bonde, o dos jovens do junho de 2013, passou e a nação não pegou carona. Mesmo sozinha, com pouca maturidade, a garotada colocou na Avenida Paulista, o coração paulistano das transformações da América do Sul, catracas das mazelas enraizadas nos Três Poderes da República (Legislativo, Executivo e Judiciário). Sem a sustentação de alicerces da sociedade, foi presa fácil para a reação dos "movimentos sociais" vermelhos, despachados pelo Governo do PT. Os pelotões partidários de catedráticos em distúrbios urbanos agiram como imperadores. Foram vistos nas diversas plagas, quebrando, incendiando, assaltando etc. Entraram no cotidiano do povo ordeiro com passes livres das instituições públicas de segurança de todas as instâncias. 
Não se deve, claro, praticar ingenuidades. Nada indica que o país deixará, num muito breve, de ser uma Arca de Noé dos absurdos, aportada em paraíso de "república de bananas" (nada a ver com o antissocial exibido em estádios de futebol). Seja qual for o resultado das eleições majoritárias de outubro. Prova cabal disso é que o Brasil continua a desfraldar políticas internas e externas de vergonhosos contrastes. Entre elas, a recente trapalhada na diplomacia, além dos banquetes, de estender tapetes vermelhos à inconfundível política de Vladimir Putin, presidente da Rússia, a de restaurar doutrinas do stalinismo (vide os fatos na Ucrânia). Dilma Rousseff assegurou apoio fácil (farto e ilimitado) para seus caprichos, incluído o do expansionismo de influências no Sul da América do Sul.
É lícito ao empresariado agir politicamente para prevenir contra riscos e descaminhos do Brasil. Também fazer suas alianças. Essas são "armas" democráticas para toda sociedade, de forma indistinta. E podem ser usadas em todas as estações do ano, em qualquer ano.


terça-feira, 22 de julho de 2014

GE Aviation

Enviado por Nairo Alméri – ter, 22.7.2014 |às 22h
A Avio Aero, Turim (Itália), e sendo uma divisão da GE Aviation, assinou contrato com o para manutenção da frota de caças AMX da Força Aérea Brasileira (Comando de Aeronáutica). Até julho de 2019, a empresa italiana, que tem instalações no Brasil, fornecerá serviços de reparação e manutenção dos motores Spey Mk 807 dos caças.

Laboratório Nano/CNPEM
O Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), ligado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), passa a oferecer novas ferramentas (instrumentos e equipamentos) aos usuários das academias, pesquisadores dos diversos CTs e aos engenheiros inovadores. Ver notícia da Assessoria do CNPEM.

Amazônia (BNDES)
“O BNDES tem o desafio de olhar para a questão regional com a prioridade de reduzir as ainda imensas desigualdades existentes entre as regiões do país e dentro de cada uma delas”, assim o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), Luciano Coutinho, abre o prefácio do livro “Um olhar territorial para o desenvolvimento: Amazônia”, de 424 páginas, patrocinado pelo banco. Acesse aqui a versão digital.

Prêmio Abag 2014
O engenheiro agrônomo e pesquisador Urbano Campos Ribeiral, natural de Ubá (MG) e graduado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), turma de 1962, será o homenageado do 13º Congresso Brasileiro Agronegócio, da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), dia 4 de agosto, em São Paulo. O pesquisador receberá o Prêmio Norman Borlaug, que está em sua 4ª edição é uma parceria com a USP e a Agrisus.

Na Agroceres
O homenageado pela Abag foi professor da UFV antes de ingressar na produtora de sementes Agroceres, onde ajudou a desenvolver diversas espécies de milho híbrido. As cultivares chegaram responder por cerca de 60% das vendas totais da companhia. Mais tarde, Urbano Ribeiral foi diretor da Divisão Vegetal. Em 1996, com a morte do fundador da Agroceres, Ney Bittencourt de Araújo, assumiu a presidência da companhia.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Células orgânicas fotovoltaicas

Enviado por Nairo Alméri – seg, 18.7.2014 |às 20h20
O pesquisador Sungjune Jung, professor assistente do Departamento de Engenharia Criativo Universidade Pohang de Ciência e Tecnologia (Postech) na Coreia do Sul, assegura que a aplicação a produção de células fotovoltaicas orgânicas (OPV, na sigla em inglês) para captação da energia solar apresenta para o mundo potencial imensurável para se estabelecer como alternativa ao “silício PV filme”. A vantagem estaria na enorme facilidade ao processo de impressão a baixo custo, aliado a um imenso leque de aplicabilidade: fachadas de prédios e janelas, pelo fato de serem células semitransparentes. Isso significa que podem ocupar enormes superfícies, o que lhes assegura escala em produtividade. Essas células solares são impressas pelo sistema de jato de tinta.

Energia solar
Um relatório do IHS Technology, de Englewood, Colorado, nos EUA, estima que o mercado global de células fotovoltaicas (PV, na sigla em inglês) crescerá 24% no segundo semestre frente em relação ao primeiro, com US$ 28,7 bilhões. No primeiro semestre, foram realizados negócios da ordem de US$ 23,1 bilhões pelas indústrias de indústrias de silício policristalino PV, “bolachas”, células e módulos. As receitas com os módulos solares, destaca o relatório, crescerão próximo dos 30%.

Firjan, inovação
Na sede da Firjan, no Rio, dias 29 e 30, será realizado o 3º Seminário Nacional de Incentivo à Inovação. Promovido pelo Instituto Valor e patrocinado pela Quasar Technology, da, o evento reunirá CEO’s, CFO’s, CIO’s, CSIO’s, Gestores de TI e Financeiros, pesquisadores Sony Mobile, empreendedores e investidores preocupados com questões básicas quando o assunto inovação tecnológica: desde leis de incentivo, venture capital e private equity  até as áreas mais promissoras.

sábado, 19 de julho de 2014

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Míssil balístico do Brasil

(PARA RELER)

Enviado por Nairo Alméri - qui, 29.5.2014 | às 8h07

"O silêncio vale ouro". O ensinamento popular foi seguido à risca pelo Exército do Brasil na questão do armamento nuclear. Com isso, a armada conseguiu avançar da "prancheta". Para voltar com a pauta falta apenas o "endosso político", o que é pensado também pela força. 
Os argumentos para o Brasil acelerar a construção de um míssil balístico intercontinental (alcance superior a 5.500 km) carregado com ogiva nuclear são de fortes apelos nacionalistas. A base é uma estratégia de defesa da soberania do país sobre o domínio dos seus recursos naturais e o respeito internacional às suas fronteiras e, por extensão, do continente. O conjunto da Nação. 
Dentro de 20 a 30 dias, integrantes do Alto Comando do Exército se debruçarão, novamente, sobre essa engenharia. Esse programa, para os próximos 10 anos necessitaria de orçamento mínimo anual de US$ 20 bilhões. Todos os institutos militares de pesquisa e desenvolvimento (P&D) participariam desse programa nuclear para fins da defesa.   
Esse tema foi tratado aqui no blog em março do ano passado (reprodução abaixo). 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Exército e o pré-sal

11.3.2013
Enviado por Nairo Alméri – seg, 11.3.2012 | às 14h22

O Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEx - do Estado-Maior do Exército, o EME) comemora, em 2013, seu 10º aniversário. O CEEx/EME turbinou ações que estavam, até então, na esfera no Centro de Estudos Estratégicos da Escola de Comando e Estado Estado-Maior do Exército (CEE/ECEME). Criado em 2000, a principal missão do CEE/ECEME é "estudar problemas de segurança internacional e nacional, em seus aspectos políticos, militares, econômicos, culturais e tecnológicos". A atuação do CEE/ECEME sobre estudos acadêmicos e pesquisas em unidades do Exército é ampla e, em 2007, assumiu a Seção de Pós-graduação da Escola, com a missão de "alinhar a pesquisa acadêmica feita por todos os alunos dos diversos cursos com a pesquisa aplicada pelo Exército".

Tímido em P,D&I
A filosofia do CEE/ECEME, de atuação acadêmica sem barreiras com instituições nacionais de pesquisas, está bem clara em seus, digamos, estatutos. Falta, porém, maior desenvoltura interna e na linha de frente para pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P,D&I) com o setor produtivo nacional. Em outubro passado, o "Ciclo de Ciência, Tecnologia e Inovação" para alunos do 1º Ano do Curso de Altos Estudos Militares (CAEM), foi apenas um briefing de quatro sessões. A alta academia do EME fica ausente, por exemplo, das conferências da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Empresas de Inovação (Anpei), que terá sua XIII Conferência Anual, em junho, em Vitória (ES). Neste ano, o tema escolhido pela Anpei é “Inovação Competitiva e Aberta: Transformando o Brasil”.

Além do pré-sal
Mas o Comando Exército pretende energizar a passagem do 10º Aniversário do CEEx/EME. Uma fonte do blog e ligada à instituição da Praia Vermelha, no Rio, diz que deverá ficar conhecido um amplo estudo para metas em "defesa nacional". E mais: avançaria nas questões econômicas do “mar azul” – além dentro e fora da plataforma continental.

Livro
Virou leitura obrigatória de cabeceira entre os formandos da  ECEME o livro "Defesa nacional  para o Século XXI: política internacional, estratégica e tecnologia". A obra, organizado pelos pesquisadores Edison Benedito da Silva Filho e Rodrigo Fracalossi de Moraes e oficialmente apresentada na academia no começo de novembro passado, foi lançada (no mesmo mês) pelo Ipea. Para baixar na integra: www.ipea.gov.br

Ajude o Brasil: limpe uma cela para o seu candidato!

(PARA RELER)
Enviado por Nairo Alméri – sáb, 15.3.2014 -| às 20h11 - modificado às 20h20
Políticos de hoje rasgam (boas) lições deixadas por brilhantes raposas do passado. Com poucas margens para erros, pode-se acreditar que a política e atividades correlatas não teriam subido tão alto no trampolim da desmoralização e do descrédito como nos últimos quase 30 anos, se tivéssemos ainda algumas personalidades que se foram nas décadas 80 e 90. Esta rota da redemocratização teria sido abreviada, nem sobreviveria tanto uma Suprema Corte prestadora de honras a senhores de engenho. Nossa sociedade “republicana” já teria sepultado a geografia dos poderes das capitanias hereditárias.
De forma descarada, a cidadania é agredida por políticos que se autoproclamam “históricos” e/ou “testemunhas” da história, numa oratória (falsa) de pura sustentação da perpetuação das mazelas que os mantêm poderosos. Alguns querem o apogeu: figurar entre juízes da história dos anos de chumbo da ditadura, quando, na verdade, viveram em zonas de conforto patrocinadas pela própria ditadura. Não tiveram relevância em suas “células da resistência” (cumpriam tarefas domésticas: limpavam a casa ou eram, no máximo, “escalados” para pegar o pão na padaria). Outros só deram as caras em 1978, quando o general Ernesto Geisel percebeu que os milicos tinham ultrapassado nos exageros e ordenou ao 2º Exército baixar o grau dos métodos das atrocidades dentro da “Operação Bandeirante - OBAN”. Neste estágio, Geisel permitiu sindicatos nas ruas e portas das fábricas (a paulada continuava, mas os sindicalistas presos do ABC paulista podiam dar entrevistas e receber pão com mortadela e Coca-Cola), e elaborou o “para casa” da “distensão política” entregue ao último general do Planalto, João Figueiredo (1979-85).
Os “caciques” de hoje ainda montam feudos pela Câmara e Senado, estados e municípios. Esses não merecem sequer olhar para as fotografias dos chinelos de políticos que, em momentos críticos, foram “históricos” para redemocratização - alguns deste, é verdade, até estiveram ao lado do golpe militar de 1964. 
Entre os que foram imprescindíveis na luta pelo restabelecimento dos esteios da democracia estiveram Ulysses Guimarães (o “doutor Ulysses”, que presidiu a Câmara e Assembleia Nacional Constituinte de 1987/88 e que fez inserções pelas prisões em busca de perseguidos pelos militares), Tancredo Neves (lembrado assim em discurso do senador Pedro Simon (PMDB-RS), em 20 de abril de 2005: “A luta de Tancredo começou em 1954. Ele era um jovem ministro quando houve o golpe que levou o Dr. Getúlio Vargas ao suicídio. Antes, ele havia pedido: “Nomeie-me Ministro do Exército no lugar desse traidor que é o General Zenóbio. Garanto que o golpe não sai, e Vossa Excelência ficará na Presidência.” Dr. Getúlio, não querendo uma guerra civil, preferiu o suicídio”), Nelson Carneiro (propôs, relatou e conduziu a votação da Emenda Constitucional nº 4, que instituiu o parlamentarismo no Brasil, em 1961), Franco Montoro (defensor do parlamentarismo e da descentralização do poder. Promoveu a campanha das "Diretas Já" em São Paulo), Teotônio Vilela (“O Menestrel das Alagoas” - no início de 1983, ainda sob o regime da ditadura, o senador, um usineiro golpista, em 1964, bandeou para o lado da bandeira da luta democrática e, em programa de TV, surpreendeu ao lançar o movimento nacional pelas eleições diretas, às “Diretas Já”, para a Presidência da República), Petrônio Portella (senador do Piauí. Foi o condutor da “Missão Portela”, fez o remanso necessário à “distensão política”, peça chave para a anistia, em 1979, dos cassados pela ditadura militar, 1964-1985), Paulo Brossard (o “minuano verbal dos pampas”. O parlamentar gaúcho provocava quase um feriado nacional, nas tardes em que subia à tribuna do Senado, e, em pausados pronunciamentos, atacava com brilho e inteligência singular, e em linha frontal, os generais e defendia a reposição da democracia. Na política, até com olhar, Brossard balançava as estruturas do poder. Na economia, ditava a tendência dos indicadores da Bolsa, no fechamento do dia e abertura seguinte – apimentava ou adoçava o “humor do mercado”, dos investidores), etc.
Havia uma legião de confiáveis bandeiras, chegadas a Brasília de todos os quadrantes do país. Dos citados, ainda vivem Brossard (fora da política) e Simon (senador PMDB-RS).

'Rouba, mas faz'... 'estupra, mas não mata'
Hoje, os tidos “melhores quadros” políticos seguem rotas pessoais e planos de partidos ou de suas correntes internas, verdadeiras corretoras perseguindo o dinheiro público. São raras as exceções. Os partidos se comportam, todos, como uma sociedade comercial limitada, de capital fechado, cuja totalidade da integralização das cotas deverá sair sempre de um não cotista: o conjunto de cofres públicos da União, Estados e Municípios. Os líderes, os mais espertos entre os “melhores quadros políticos”, exercem funções de CEOs das “correntes”. Estas são geridas como subsidiárias das holdings, representadas pelos comitês nacionais, estaduais e municipais. As subsidiárias são o “chão da fábrica” e de lá sai a produção seriada (aprovada por headhunters dos sindicatos filiados), a indicação dos “melhores quadros” que incham a administração pública com os cabides de emprego. A expedição, a logística, cabe, às vezes, aos movimentos sociais e ONGs. Estes abastecem os atacados e o varejo do vamos nos arrumar (vamos assaltar). Assim funciona o cluster (ou APL – Arranjo Produtivo Local) da invernada dos salários e patrimônios pessoais entre enorme parcela de políticos e seus apaniguados, apontam denúncias formalizadas e em processos abertos nas Procuradorias Gerais da República e Tribunais de todas as instâncias.  
O país não merece mais continuísmos nefastos. Nem ter inquilinos nos Executivos adeptos da clássica tese do “rouba, mas faz”. O mesmo político, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que recebeu do leitorado paulistano aquele rótulo, que, também, resume o espírito nacional da sua classe (classe porque os políticos deram aos mandatos eletivos formato de empregos, viraram contratados da Nação mais de R$ 100 mil por mês, no Congresso, 14º salário; fundo de pensão; aposentadora integral; etc. É situação melhor que para muitos executivos da iniciativa privada dentro d empresa como Fiat Automóveis, Embraer, Votorantim, Bradesco, Itaú, TV Globo, General Motors, Ford, Volkswagen, Anglo American, Vale, Basf, Bayer, MRS, ALL, etc.), foi decisivo na eleição, em 2012, do prefeito Fernando Haddad, em São Paulo. 
Luiz Inácio Lula da Silva (do PT-SP e ex-presidente da República) levou Haddad (seu ministro da Educação e também de Dilma Rousseff – PT-RS) até os jardins da casa de Maluf. Os três posaram para foto (registro histórico) do aperto de mãos, o da celebração do apoio do PP ao PT. Aliado recente do PT, em 1989, quando concorreu pelo PDS, nas primeiras eleições livres pós-ditadura para a Presidência da República, Maluf banalizou a violência contra a integridade física e moral das mulheres: “O que fazer com um camarada que estuprou uma moça e matou? Tá bom, tá com vontade sexual, estupra, mas não mata!” (palestra na Faculdade de Ciências Médicas, em Belo Horizonte, registrada pelo “Jornal do Brasil” - repórter Lúcia Helena Gazolla). Ouça aqui.
Imaginem o Brasil um país sério. Em todos os parâmetros. E com uma sociedade sob os impérios das leis - democracia sólida. Agora responda: você encontraria neste Brasil real, o dos escândalos, corrupção e impunidades (ou punição para inglês cego ver), candidatos para entregar, via pleito, em 5 de outubro de 2014, o comando do imaginário Brasil escandinavo?!... E quais as chances dos eleitos, uma vez empossados no Brasil escandinavo, no dia seguinte, não virarem candidatos à bancada parlamentar do Complexo Penitenciário da Papuda?

Rodapé de palanque
Em Tempo: o calendário de 2014 foi o norte em duas recentes decisões eleitoreiras do Governo Dilma.
1) Jogou com a “base parlamentar” de sustentação do PT e sepultou, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o projeto da redução da menor idade penal, para 16 anos, nos crimes hediondos, tráfico de drogas com uso de violência ou reincidência em crimes violentos. Entre os brasileiros abaixo dos 18 anos (os “menores”) e acima dos 16, está uma nação de, no mínimo, uma dezena de milhões de eleitores. São cidadãos exemplares e também de criminosos bárbaros (com requintes de adultos no crime). No Brasil, esse contingente pode definir a escolha do presidente da República, e pode matar e não ir para cadeia;
2) Transferiu para 2015 a cobrança extra e inconstitucional de R$ 12 bilhões (valor do “socorro às energéticas”) nas contas de uma energia elétrica que não passou pelos relógios dos pontos de consumo – residências, indústrias, estabelecimentos comerciais e de serviços. A “crise” e os “apagões” no abastecimento são responsabilidades das concessionárias geradoras de energia e do Governo (dos Ministérios das Minas e Energia, do Planejamento e da Fazenda). A origem da situação é a “falta de planejamento”, mesma fatura jogada nas costas do Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), no 

Tecnologia não comove Governo

Enviado por Nairo Alméri – seg, 23/9/2013 – às15h54
Há menos de duas semanas, o Expominas foi palco a 50ª conferência anual da Organização Internacional do Café (OIC), que marcou a Semana Internacional do Café. Na abertura, a maioria dos discursos convergiu para dois pontos: inovação tecnológica e transparência nas estatísticas. Na manhã de hoje, na abertura solene do 15º Congresso Brasileiro de Mineração e Exposição Internacional de Mineração, realizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o tema dos investimentos em tecnologia reapareceu em diversos discursos. O relator da Comissão da Câmara para o Novo Marco da Mineração, deputado André Quintão, ao demonstrar que a União destina pouco para tecnologia mineral, disse que o Cetem recebe R$ 35 milhões para atender ao setor, contra R$ 1,5 bilhão na área do petróleo. “Não se vai explorar terras raras se não tivermos tecnologia”, enfatizou.
Reações burocratas
O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que ouviu, ocupando a mesma mesa, a advertência de Quintão, mesma linha de outras autoridades do setor e políticos, fez o encerramento da sessão sem responder. Optou por um discurso administrativo. Foi exatamente o que fizera, dia 9, no mesmo auditório, dentro do centro de exposições Expominas, em Belo Horizonte, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, na abertura da Semana Internacional do Café. Ambos apresentaram balanços ministeriais velhos, sem a menor importância.

Baixa tecnologia
Os dois ministros parecem ignorar que, no 1º semestre, o país registrou déficit de US$ 46,8 bilhões em produtos industrializados de média e alta tecnologia. As exportações de café e minério in natura, exaltadas por eles, figuram como produtos de baixa tecnologia.

US$ 2 trilhões
Talvez Lobão e Andrade também desconheçam fatos importantes em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P,D&I) em plena ebulição no mundo da tecnologia. Um desses fatos levou a Rússia a avaliar e revisar, a cada semestre, a sua política para biotecnologia (medida adotada em 19 de julho – via decreto). O Governo de Moscou estima que, até 2030, apenas na produção de bens de consumo a partir da tecnologia da biotecnologia, os investimentos globais somarão US$ 2 trilhões – 50% do PIB brasileiro. A indústria russa tem menos de 1% desse mercado e, por decreto, aplicará todos os meios da tecnologia para virar para abrir a próxima década acima de 1%. 

Metso
O novo presidente global do Grupo Metso para área da mineração será o brasileiro João Ney Colagrossi. A Metso é fabricante de equipamentos para de mineração e, no Brasil, tem unidade fabril em Sorocaba (SP), a Metso Brasil Indústria e Comércio. O anúncio será feito quinta-feira, na Exposibram.