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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Belo Horizonte será hub da Energisa para América Latina

14/12/2012
No período 2013-2022, o Grupo Energisa (antigo Grupo Cataguazes-Leopoldina) investirá no país R$ 3 bilhões. Parte das decisões para esses investimentos, que se estenderão do Sudeste ao Nordeste, será tomada em Belo Horizonte, onde a Energisa Geração inaugurará, na segunda-feira, a sua nova sede.
A Energisa Geração direciona suas atividades no desenvolvimento de projetos e construção de empreendimentos de energia renovável. A opção pela capital mineira leva em conta a “logística” para negócios no país e América Latina. “A Energisa Geração está em fase de expansão. Temos investimentos de geração renovável em Minas, Rio, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, e estamos estudando a implantação de usinas em países vizinhos”, explica o presidente da Geração, Eduardo Alves Mantovani.

Geração
Com atividades herdadas da Cataguazes-Leopoldina (Cia. Força e Luz Cataguazes-Leopoldina), iniciadas em 1905, com pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), na Zona da Mata, em Minas, o Grupo Energisa informa que retomou os investimentos na área, no Rio de Janeiro e Minas Gerais. No setor de energia renovável, o grupo tem projetos para energia eólica - cinco parques no Rio Grande do Norte, e de biomassa, em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Exército (1)
Recentemente, o jornal  “O Estado de S.Paulo” publicou que o Exército Brasileiro (Brazilian Army) só possui munição para uma hora de guerra.

Exército (2)
A situação parece mais grave. O 4º Distrito Militar, da 4ª Região Militar do Exército, licitou “próteses auditivas”.

Matemática
Os aficionados pela Matemática terão um evento especial no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, de 21 a 26 de janeiro, com a realização do 2º Colóquio de Matemática do Sudeste. Da programação constam sessões temáticas em Equações Diferenciais Parciais, Geometria, Geometria Algébrica e Singularidades, Topologia, Olimpíada e ProfMat. Haverá também oito minicursos.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Clusters no agronegócio

13/12/2012
Lançado pela Editora CRV, com 216 páginas, o livro “Planejamento Estratégico em Arranjos Produtivos Locais” formula uma série de soluções para cadeias do agronegócio. Foi elaborado a partir de estudos de dez pesquisadores ligados à Universidade de São Paulo (USP) em segmentos da cana-de-açúcar, fruticultura, caprinocultura, sisal e tilápia no Estado da Bahia. Os pesquisadores são ligados ao AgroFEA Ribeirão Preto - Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) e ao Markestrat - Centro de Pesquisas em Marketing e Estratégia (da mesma faculdade).

Agricultura de precisão
Vai até o dia 14, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba (SP), a XX Jornada de atualização em Agricultura de Precisão, com discussões de conceitos associados à Agricultura de Precisão.

Via satélite
A jornada na Esalq discutirá inovações em técnicas para gerenciamento das lavouras (sistemas de navegação por satélites e de informação geográfica, mapeamento da produtividade das culturas, monitores e sensores de análise de dados e tomada de decisão), mecanização da aplicação localizada de insumos e assuntos conexos.

Agrotóxicos (1)
Está aberta a temporada da aplicação de agrotóxicos nas lavouras de cereais. De 2010 para 2011, a lavoura brasileira registrou aumento de 3% no consumo de agrotóxicos e fertilizantes, de 827,8 toneladas para 852,8 toneladas (Sindag/Anda).

Agrotóxicos (2)
As campanhas, no país, de prevenção contra intoxicação não são uniformes. Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimava a ocorrência de 3 milhões de intoxicações agudas por agrotóxicos, com 220 mil mortes por ano, das quais 70% no Terceiro Mundo - Brasil era o 8º maior consumidor de agrotóxicos por hectare no mundo. Em 2007, foram, respectivamente, 7 milhões e 70 mil.

Agrotóxicos (3)
Em 2011, o Brasil teve 8 mil casos de intoxicações por agrotóxicos (Fiocruz/Sistema Nacional de Informação de Agravos Notificados). Mas, para cada notificação, a estimativa era de 50 não comunicados.
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Vale pode sair das minas de baixa produção

11/12/2012
Depois que indagado aqui, no dia 6 de novembro, “O que mais a Vale venderá?” – abordagem para as vendas Vale Manganèse France SAS, na França, e a Vale Manganese Norway AS, na Noruega –, na semana passada, em Londres o presidente da companhia, Murilo Ferreira, fez nova oferta: a de negociação de 50% ou mais do capital social da Vale Logística Integrada (VLI - Valley Integrated Logistics VLI).

Fazendo caixa
A empresa pretende captar, nessa operação, acima de US$ 1 bilhão. O valor praticamente banca o projeto de ferrovia no Máli, na fronteira com Moçambique, na África: 136 quilômetros novos, modernização de outros 99 quilômetros, construção de 45 pontes ferroviárias e três viadutos rodoviários. A ferrovia ligará a um sistema portuário de Moçambique e atenderá principalmente ao transporte de carvão mineral.

Minas de baixa produção
Mas a desmobilização de ativos pela Vale não para por aí. Com o frequente discurso de busca de melhor performance nos resultados, diretores de sindicatos Metabase (dos trabalhadores em minas), dentro do Quadrilátero Ferrífero, em Minas, não descartam a probabilidade de a companhia sair também das lavras de minério de ferro com produção inferior a 5 milhões de toneladas/ano. Mas manteria direito de preferência de compra da produção. Com isso reduziria custos operacionais de produção.

Bom exemplo capixaba
Na estrutura da administração direta do governo do Espírito Santo, algumas secretarias que gozam de status em outros estados foram aglomeradas, surgindo a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTIT). Se funcionar, e parece que sim, a julgar pelo crescimento da economia do Estado, deveria ser imitado por outras unidades da federação.

Ceise Br
A diretoria do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), com sede em Sertãozinho (SP), para o triênio 2013-15 será presidido por Antônio Eduardo Tonielo Filho. O novo dirigente (engenheiro agrônomo pós-graduado em Administração de Empresas) é diretor das usinas Virálcool, de Pitangueiras, e Santa Inês, de Sertãozinho.


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

Zagope

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Choro de fabricantes de bens de capital

09/12/2012
A economia vai bem e mal em dois segmentos importantes. Isso é o que traduzem os discursos de dirigentes de entidades setoriais de peso. No dia, pegando carona no ‘pibinho’, de 0,6% no último trimestre, o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, deu alma e cor de catástrofe para indicadores que põe à flor da pele nervos de empresários do setor, formado por 4.500 indústrias de bens de capital (produção de máquinas que fabricam bens de consumo e/ou componentes de peças, conjuntos e equipamentos e geram serviços). Os parques fabris das associadas estagnaram 25% da capacidade, exclusivamente por falta de encomendas. Não se discute preço. Para dar sustentação à alegoria do choro, Velloso exibe uma cronologia: a entrega dos contratos em carteira nas indústrias, que era de 22 semanas (150 dias, ou cinco meses), em 2010, baixou para 15 (105 dias, ou 3,5 meses). Se ele é menor, é porque a demanda recuou. Frisou que muitas estão se transformando em importadoras de bens de capital.

... e festa dos usuários
Ruim para as indústrias, bom para quem demanda os bens de capital, por conta da lei de mercado da oferta e procura. É a conclusão que se tira do anúncio da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, para a feira e congresso Construction Expo 2013 (junho de 2013), que reúne fabricantes, lessors (locadoras) e usuários de máquinas para construção. “A área de edificações no Brasil está em plena expansão”, informa a entidade, debruçada sobre pesquisa encomendada à consultoria Ernst & Young Terco. Destaca que o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento imobiliário brasileiro saltará dos R$ 170 bilhões/ano para R$ 270 bilhões antes de 2022.

Hotéis, hospitais e shoppings
“Nos outros segmentos de edificações, a situação não é diferente”, destaca nota da Sobratema, que aponta, em pesquisa própria, investimentos na área da hotelaria e resorts de R$ 39,3 bilhões até 2017. Em hospitais e shopping centers serão, respectivamente, R$ 822,7 milhões e R$ 654,5 milhões.

Usiminas Mineração
A mineradora do Grupo Usiminas abriu audiência pública para expansão nas intervenções na Mina Central, na serra Itatiaiuçu. Interferirá em interesses de proprietários rurais em Itatiaiuçu e Mateus Leme

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 8 de dezembro de 2012

Estrela do economista Mercadante em alta

08/12/2012
Nas viagens da presidente Dilma Rousseff pela Ásia, o economista e ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esteve sempre ao lado da chefe. Em 30 de novembro, na dissecação do veto de Dilma às propostas de alterações no fatiamento do royalty do petróleo, tinha os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmman, na mesa. Mas quem mais deu o tom do Planalto e fórmulas para partilha orçamentária foi Mercadante. Nesta semana, ele compareceu até em uma sessão de degustação dos melhores cafés de Minas Gerais preparada para a presidente, em Brasília.

Pedido da mídia
Sei não. Agora até a mídia internacional (a importante revista “The Economist”, de Londres) sugere a Dilma a troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em vantagem
O economista do PT paulistano está bem na foto. Melhor que o principal concorrente numa possível vacância na Fazenda, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Ex-prefeito de Belo Horizonte e também economista, Pimentel é de corrente oposta à do colega do MEC dentro do partido.

De fora
A degustação dos cafés de Minas foi preparada pelo Instituto Federal Sul de Minas (IFSuldeMinas), de Pouso Alegre, durante o 7º Encontro Nacional da Indústria (Enai). Era um território para Pimentel surfar.

Congresso ISSCT
Nos dias 20 e 21 de junho de 2013, será realizado o Pré-Congresso da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists), com visitas técnicas de participantes internacionais a cinco usinas e dois centros de pesquisa no interior de São Paulo. Nas visitas, receberão informações do funcionamento da agroindústria sucroenergética e da tecnologia científica aplicada no país. O congresso, organizado pela STAB Nacional - Sociedade dos Técnicos Açucareiros Alcooleiros do Brasil, terá a sua 28ª edição, de 24 a 27 de junho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Bancos
Agências de dois bancos concorrentes dividirão imóvel em construção no Jardim Canadá, bairro de Nova Lima às margens da BR-040.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Palanques da Anpei

07/12/2012
Será de 3 a 5 de junho de 2013, em Vitória (ES), a XIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica 2013 XIII Conference Anpei Technological Innovation 2013), organizada pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). Os eventos da entidade versam exclusivamente sobre inovação nas empresas brasileiras. Na próxima, o tema central será “Inovação Competitiva e Aberta: Transformando o Brasil”.

Promessas...
As duas últimas conferencias da Anpei tiveram enorme peso para o governo. Na penúltima, quando era ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação o economista e ex-senador Aloizio Mercadante (PT-SP), houve uma chuva de compromissos, como colocar acima de 3% do PIB os investimentos do governo na área. Durante a XI Anpei, em junho de 2011, foi efusivamente aplaudido por cientistas e pesquisadores que estão no chão das indústrias.

Vazias
Pouco antes, em março, dentro do campus da UFRJ, Mercadante tinha sido incisivo em afirmar que o MCT iria priorizar investimentos em tecnologia e inovação. Disse que o Brasil realizava esforços para ter avanços tecnológicos, mas que não era tudo. “Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2009 foram da ordem de US$ 24,2 bilhões, mas isso representa apenas pouco mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB)”, afirmou Mercadante. Saiu do MCTI e o compromisso virou voz sem eco.

Com votos
Agora, no Ministério da Educação, praia mais atraente para quem não pretende largar a política, Mercadante, de cara, fez discurso por 100% dos royalties do petróleo para a educação. Em três meses, teve resultado. Não levou a comissão dos poços em produção, mas assegurou a integralidade daquela comissão extraída em poços futuros na camada do pré-sal. A proposta está engajada nas eleições de 2014.

Furnas
O projeto “Furnas nas Escolas”, para capacitação de educadores e sensibilização de alunos para as questões ambientais, fechou 2012 com o envolvimento de 6 mil alunos e 500 professores, de 31 instituições de ensino em cinco municípios de Minas na área de influência da hidrelétrica de Furnas. Sob o tema “Energia Eficiente”, os alunos, todos de escolas públicas e dos ensinos Médio e Fundamental, participaram de programações com palestras, promoveram feiras culturais, com montagem de um aquecedor solar e distribuição de mudas cultivadas no horto florestal da usina. Como resultado, foi criado um livreto de poesias, editado e distribuído por Furnas.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Entrada de capital

06/12/2012
O país continua refém do chamado capital estrangeiro especulativo, que chega para ficar poucos dias em papéis da Bolsa ou engordando em títulos públicos do Tesouro Nacional (financia dívidas e déficits fiscais constantes da União). Por enquanto, dinheiro graúdo que tem batido em fuga da Europa procura apenas os ganhos dos ativos assegurados pelos juros altos da Selic (taxas de juros básicos do Banco Central) e das variações do Ibovespa (Bolsa de Valores).

Saída
Em outubro, o “saldo de capital estrangeiro” na Bovespa foi negativo em R$ 1,2 bilhão, ou seja, os investidores de fora “fizeram lucros” – ou fugiram do pregão -, causando perdas de 3,56% (no Ibovespa). O lucro, claro, foi cobrir obrigações em outras praças.

Passagem rápida
Do volume de compra e venda em outubro, no total de R$ 292,667 bilhões, os investidores estrangeiros compareceram com 20,98%. O percentual representou R$ 121,593 bilhões. E neste valor, 91,33% (R$ 111,060 bilhões) foram investimentos à vista, que, no linguajar popular, significa: liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) no segundo dia útil ao fechamento da transação, e, liquidação financeira (pagamento), no terceiro dia útil após a operação (mas condicionada à liquidação física).

Pouco na produção
Recursos novos estrangeiros que buscam o setor produtivo têm sido troco miúdo frente aos milhões que entram de noite e saem de dia da Bolsa. É o caso dos investimentos da Ammann (Ammann Group), da Suíça, e líder mundial em usinas de asfalto, que reservou R$ 15 milhões para investir em unidade de compactadores e pavimentadores, e a Irmãos Tavares, de Portugal, R$ 20 milhões para fábrica de equipamentos de construção civil, no Rio Grande do Sul.

Agrotóxicos
A presidente da Confederação da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu, quer que o governo revogue as restrições à pulverização aérea das lavouras de arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo com defensivos agrícolas que contenham princípios ativos imidacloprido, tiametoxam e clotianidina. As restrições, até 30 de junho de 2013, foram definidas pelo Mapa/Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte