Enviado por Nairo Alméri - qua, 30.1.2019 | às 22h18
CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Aplicação das ferramentas inteligentes e softwares aceleram os trabalhos das equipes de resgate dos corpos das vítimas da tragédia causada pelo rompimento (25) de duas represas de rejeitos de minério de ferro na Mina Córrego do Feijão, da VALE S/A. Os bombeiros têm encontrado corpos misturados a destroços de locomotivas, máquinas de mineração, ônibus e veículos. No final desta quarta-feira (30), as estatísticas consolidadas dos números macros eram: 259 desaparecidos, 99 óbitos e 57 vítimas identificadas. No Córrego do Feijão, que registrava 12 desaparecidos, ocorreu, à tarde, o primeiro sepultamento - corpo de uma pessoas que trabalhava na Pousada Nova Estância. Outras três covas estão abertas.
No momento da descida do caixão na cova, o Comando das Operações, do Corpo de Bombeiros de MG, suspendeu os pousos dos helicópteros, em gesto de respeito à dor dos familiares e amigos. Uma estreita passagem divide o alambrado do campo de futebol (transformado em “base” das operações) e o pequeno muro de pedras do cemitério.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - O Major Cosendey, do CBMG e um dos oficiais que atuam diretamente na área de buscas (“zona quente”) com os militares de Minas e de outros estados, além dos agentes federais e polícias civis, fez o balanço do dia. O oficial destacou a aplicação conjugada da equipamentos de buscas com inteligência artificial embarcada, associada à agilidade dos cães farejadores e aos conhecimento dos bombeiros.
DESTROÇOS DAS EDIFICAÇÕES - Como consequência positiva da forte chuva (que paralisou os trabalhos por quase meia hora), à tarde, o major Cosendey aponta o provável afloramento de corpos, principalmente no ponto onde foram encontrados destroços de edificações do restaurante e outras divisões administrativas que concentravam muitas pessoas. Estão 290 metros à jusante do ponto de origem e as equipes acreditam que, nos trabalhos de amanhã, as equipes encontrarão muitos corpos nessa área.
MÁQUINAS PESADAS - Os bombeiros passaram a empregar máquinas pesadas nas buscas de corpos na até arrasada pela lama de minério. Mas com muita cautela, em função de pontos vazios entre os escombros e que podem causar afundamentos.
MAIS REFORÇOS - O CBMG tem recebido novos contingentes de militares e agentes de resgates de vítimas de catástrofes de outros estados. São Paulo enviou hoje 35, helicópteros e cães farejadores.
SUBSTITUIÇÃO DE BOMBEIROS - A partir de amanhã, o Comando de Operações do CBMG, seguindo protocolos das Nações Unidas (ONU) começará a planejar as substituições de parte da equipe. Mas seguirá no comando.
SEM PRAZO - O major Cosendey disse que será “longo”, sem precisar, o tempo demandará as buscas pelos corpos. Mas observou: “(...) Batalhão de Desastres (Batalhão Especializado em Desastres e Emergências Ambientais e Respostas - BEMAD) não sai daqui enquanto esse desastre (buscas) não findar”.
(No link, trecho entrevista)
https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2256477161292785/
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