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terça-feira, 1 de julho de 2014

BNDES gosta de crise argentina

Estava escrito nas estrelas!
Enviado por Nairo Alméri – ter, 01.07.2014 | às 0h43
Por enquanto o tormento da Argentina, com sua dívida externa, está em tribunais dos Estados Unidos. Mas é só por enquanto!
Faça uma conta rápida. A Argentina possuiria US$ 28 bilhões em reservas. A dívida vencida (fica a dúvida se com os juros ou apenas valor de face – principal), calculada por especialista ouvida pela “Folha”, estima em US$ 26,4 bilhões. Só com fundos, que estão no epicentro do desastre financeiro da Argentina – são cerca de US$ 2,5 bilhões vencidos em junho -, o principal dos compromissos do país platino superam US$ 120 bilhões – em conta total de US$ 200 bilhões.
Um calote da Argentina não será novidade, pois fez isso em 2001 – US$ 81 bilhões. Isso foi após o Brasil, no Governo José Sarney (1985-1990) e o seu malfadado Plano Cruzado, ter declarado moratória (calote, mesmo) nos compromissos com os credores. No Brasil, grupos de peso como Techint, da família Rocca, ítalo-argentina, há algum tempo, transferiram decisões de algumas operações importantes e estratégicas para escritórios no Brasil.
Na primeira metade da década passada, o Governo da Argentina teve a caridade bolivariana dos petrodólares da Venezuela, do populista Hugo Chávez. Com um pacote chavista, além de renegociar – dilatar bem - a dívida direta com a Venezuela e trocar parte por alimentos, a Argentina colocou vencimentos longos nos compromissos com outros países. Mas, Chávez morreu e a Venezuela, apesar da riqueza gerada com o petróleo, está em crise, há dois anos. Agora, o a bondade bolivariana com argentinos não é mais a mesma.
A presidente Dilma Rousseff só consegue ser solidária com a colega argentina, Cristina Kirchner. Com economia estagnada, escândalos com a Petrobras que parece mais um poço do pré-sal, sem fim, e queda nas pesquisas eleitorais, a também coadjuvante de populismo brasileira não tem como estender os braços de polvo do BNDES até o outro lado da fronteira de Uruguaiana (RS).
O sinal laranja para o Brasil veio em janeiro, com queda, em dólares, de 13,7% (MDIC/SECEX/Balança Comercial Brasileira janeiro/2014) nas exportações para a Argentina, na comparação com mesmo mês de 2013.  Mas, em setembro passado, estudo da Fiesp/Ciesp apontava que a economia argentina inspirava mais cuidados que o Governo Dilma optara por ignorar. “Panorama Econômico da Argentina: entre janeiro e julho, o saldo comercial argentino apresentou queda de 27,8% em relação (em comparação) ao mesmo período de 2012. Diante da redução das reservas internacionais, o governo instituiu a anistia a dólares não declarados no exterior. [págs. 02-03]”.

BNDES vai no risco
Mesmo com o Governo de Cristina afundado em dívidas e prestes a abrir calote, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na semana passada, negociava com uma linha o financiamento, para um projeto ferroviário, na malha de Buenos Aires, de US$ 1,5 bilhão. A Argentina acumula participação de 22% no saldo dos financiamentos do BNDES às exportações – atrás de Angola (33%).

China também em alerta


sábado, 28 de junho de 2014

Randon, Embraer, Vale e Usiminas

No blog, posts mais relidos no 1º semestre

Enviado por Nairo Alméri – sáb, 28.06.2014 | às 11h16
Os temas foram comentados por diversos ângulos. Mais comuns: empresa de sucesso; gerou riqueza para acionistas privados e está mal administrada; e, programa, o Inovar-Auto, que não colocará a competitividade do Brasil à frente dos concorrentes na indústria automotiva mundial.  

01/03/2013
19/06/2013
17/06/2013,
12/06/2013
08/06/2013,

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Edital da CVM para PPPs

Abrasca e as tendências macroeconômicas

Enviado por Nairo Alméri – ter, 24.06.2014 | às 0h02 - modificado às 7h04
Terminará amanhã (25) o prazo determinado no Edital de Audiência Pública SDM Nº 06/14, que trata da Alteração da Instrução CVM nº 426, de 28 de dezembro de 2005 – Divulgação das demonstrações financeiras e dos fatos relevantes do Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas na rede mundial de computadores. As propostas de alterações à minuta apresentada devem ser encaminhadas “por escrito” à Superintendência de Desenvolvimento de Mercado, preferencialmente pelo endereço eletrônico (audpublica0614@cvm.gov.br) ou para a sede da CVM no Rio de Janeiro.

Abrasca
A Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) tem pronta a sua pesquisa  sobre “TENDÊNCIAS MACROECONÔMICAS para o 2° Semestre”. Os números revelam que, mesmo com o atual cenário, de baixo crescimento, os investimentos privados serão mantidos. Outro destaque é que, em 82% das empresas, os executivos acreditam que o Ibovespa, principal indicador da BM&FBovespa, fechará 2014 acima dos 55 mil pontos.  Na segunda quinzena de dezembro de 2013, a previsão do presidente da Abrasca, Antonio Castro, era a de que aquele indicador ficaria, ficaria entre 52 mil e 55 mil pontos.

Importância
As empresas que responderam ao questionário da Pesquisa equivalem a 70% do valor de mercado do conjunto das companhias com ações do capital social listadas em Bolsa. No final de 2013, a Abrasca tinha 160 associadas. A estatística da BM&FBovespa mostra que, ao final de maio, as empresas listadas (524 empresas eram negociadas no mercado de Bolsa) tinham valor de mercado de US$ 1,052 trilhão, uma variação negativa 0,62% em relação a abril. Na sexta-feira (20), fecharam o pregão valendo US$ 1,112 trilhão.

O que foi 2013
No fechamento do ano fiscal de 2012, a Abrasca congreva 193 companhias associadas e a soma de seus valores de mercado chegavam a US$ 1,1 trilhão de dólares. Aquela expressão monetária correspondia a 85% do valor de mercado do conjunto das empresas listadas na BM&FBovespa. No final do ano passado, o sentimento dos executivos das empresas, traduzido por Antonio Castro, foi de que 2013 não deveria ter existido: “Este é um ano para esquecer”.

Congresso Abag
Previsto para 4 de agosto, em São Paulo,  o 13º Congresso Brasileiro do Agronegócio da ABAG - Associação Brasileira do Agronegócio colocará em pauta o tema “Agronegócio Brasileiro: Valorização e Protagonismo”, puxando para mesa análises para as políticas públicas em relação aos principais temas das cadeias produtivas do setor: desenvolvimento sustentável, competitividade, orientação e mercados, segurança jurídica e governança institucional. Serão exibidas ao plenário as propostas para o agronegócio dos três candidatos à Presidência da República que liderarem as pesquisas de opinião pública.

Novas Mídias
Neste ano, o congresso da Abag terá palestrante da abertura o economista Samuel Pessôa, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, que focará no tema central do evento. Na sequência, o Painel 1 tratará do Agronegócio e as Novas Mídias, apresentado pelo jornalista Rodrigo Mesquita, tendo como debatedora a professora Elizabeth Saad Corrêa (Escola de Comunicação e Artes, da USP) e por Paulo Nassar (diretor presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial - Aberje). A coordenação será do jornalista Heródoto Barbeiro.

Premiação
A parte da manhã do congresso Abag será encerrada a entrega dos prêmios “Norman Borlaug” e “Ney Bittencourt de Araújo”, respectivamente, ao presidente do Conselho da Agroceres, Urbano Campos Ribeiral, e, João Paulo Koslovski, presidente do Sistema Ocepar – Organização das Cooperativas do Paraná.

Bolivar Lamounier
No painel da tarde, o diretor do Núcleo de Agronegócio da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, José Luiz Tejon, apresentará a pesquisa de opinião Agronegócio e a Sociedade. Esse trabalho será o espelho para os debates do cientista político Bolívar Lamounier (sócio-diretor da Augurium Consultoria) e Christian Lohbauer (diretor de Assuntos Corporativos da Bayer). O painel será coordenado pelo presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho. No encerramento, o empresário Roberto Rodrigues (ex-ministro da Agricultura e do Centro de Agronegócio da FGV-SP) coordenará o painel com as propostas dos presidenciáveis.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

"Invasão" patrocinada pela Fifa

Enviado por Nairo Alméri - sex, 20.6.2014 | às 12h21
O noticiário, em praticamente todos os jornais das grandes capitais, mostram, desde a abertura da Copa, dia 12, que a Fifa e seu presidente, Joseph Blatter, fracassaram no "governo" de aluguel dentro do Estado Brasileiro. O poder a Blatter foi outorgado pelo Palácio do Planalto (a presidente Dilma Rousseff - PT) e o Congresso Nacional (todos os partidos).
A "invasão" no Maracanã, no Rio, por nano parcela da torcida do Chile, existiu, sim. Mas foi uma farsa. Essa "invasão" não foi "invasão". Foi uma permissão, da Fifa, de "invasão". A federação de Blatter administra as dependências do estádio e parte estratégica da segurança - via empresa contratada. 
Para se acreditar que foi numa "invasão" clássica (aos olhos das câmeras eletrônicas), será preciso, primeiro, passar pela crença na existência de Papai Noel, bruxas etc. E mais: aceitar a tal "invasão", sem facilitação, seria passar atestado de burrice às elites militares em "inteligência" da Polícia Militar, das Forças Armadas e da Polícia Federal. 
Há escândalos acobertados pelo Ministério dos Esportes e Fifa. Há, nas sedes dos jogos desta Copa, favorecimentos a políticos, partidos, empresariado etc. que encheriam uma bíblia, de Genesis ao Apocalipse. Não se resume a essa "administração" da Copa em estádios das capitais politicamente expressivas - São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Brasília. Credenciais "Fifa", por exemplo, desfilam em pescoços de motoristas de políticos, seguranças do Planalto, Congresso e Judiciário e até copeiros! 
Então, pseuda "invasão" chilena foi uma engenharia. Foi facilitada, para cair como uma luva nas mãos sujas da Fifa e de parte da administração pública federal. A multinacional, dirigida Blatter, irá valorizá-la ao máximo, na tentativa encobrir escândalos bem mais graves, alojados atrás das cortinas das diversas salas de autoridades da Copa e governos federal e estaduais. 
Punição exemplar àquela nano torcida do Chile atende plenamente interesses políticos de Blatter e Dilma.  
invasão, Chile, farsa, Joseph Blatter, Fifa

O porquê de minha saída do Facebook

Enviado por Nairo Alméri – sex, 20.06.2014 | às 10h24
Foi por discordar das posturas de colegas jornalistas (entre eles, respeitáveis e admirados por mim, até então) que assumiram, de forma cega, militâncias partidárias - se entregaram de corpo e alma ao fisiologismo dos políticos. E, como serviçais desses, se prestam ao linguajar chulo, nojento. Sou um recém-chegado ao Facebook. Até acreditei que, naquela janela virtual, jornalistas travavam, em maioria, diálogos e discussões construtivos em prol do país. Errei. Errei feio. Então, ontem (19.06), optei por deixar um “tchau”. Até o final das eleições, não entrarei mais para “curtir”, “comentar” e nem “compartilhar”. Ficarei, então, privado dos ideais e ideias de outros jornalistas, poucos, que, inteligentemente, renunciam a hegemonia e o papel de cabrestos do patrulhamento ideológico e dos remendos partidários. Ainda acredito na nobreza dos jornalistas para a sociedade e é com esses que busco aprendizados.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Devolução do IR e as urnas

Enviado por Nairo Alméri – qua, 18.06.2014 | às 0h25
A orientação da presidente Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à reeleição, para a Receita Federal é dar velocidade na restituição do imposto de renda retido na fonte das pessoas físicas. A malha fina também deverá ser abrandada. Milagre de um ano de eleições. No primeiro lote liberado este semana, conforme a Receita, figuram 1.361.028 contribuintes (declarações deste ano e daquelas que de outros exercícios fiscais retidas). Para eles, o desembolso previsto será de R$ 2 bilhões.

Economistas
Um diretor de Relações com Investidores (RI) de importante companhia aberta (com ações do capital social listadas no pregão da BM&FBovespa) faz crítica pertinente: “Jornalista quer saber como solucionar problemas da economia do país, mas só houve economistas de bancos. E nosso maior problema é dinheiro caro para investimentos”. Ele tem razão. A todo instante está um “economista chefe” deste ou daquele banco dando pitacos pelas indústrias (dizendo o que é melhor para segmento manufatureiro) em estúdios de tevês, citado em reportagens, assinando colunas etc.

Só no BNDES
Aquele economista com os pés no chão da fábrica tem razão, pois os bancos privados, por exemplo, não concorrem com as linhas de longo prazo, para investimentos fixos e para formação de capital de giro, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem o PSI – Programa de Sustentação dos Investimentos. A fonte mais segura do PSI é via FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, que gere a conta do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O PSI empresta com juros anuais de 4%, para inovação, 6% para caminhões, ônibus, máquinas  agrícolas e de bens de capital, e, 8%, para contratos de exportação. 

Zonas de conforto
Os bancos privados, no máximo, operam como repassadores do BNDES, que cobra “remuneração básica” de 0,9% ao ano e 0,5% de intermediação financeira. A remuneração do banco repassador é negociação livre com o tomador do empréstimo. O risco do BNDES, nessas intermediações, é zero, ou seja, é 100% do banco comercial privado repassador.

US$ 1,6 bi do Fonplata
Fonplata é sigla para Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata. Criado em 1974, tem sede em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, capital de US$ 1,6 bilhão. Seus recursos são destinados às melhorias das infraestruturas urbanas em países da Bacia do Prata, principalmente das cidades de fronteira. Seria o caso de melhorias em cidades do Acre, que estão recebendo uma avalanche de refugiados do Haiti. O Fonplata é gerido pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai e tem características de um Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) dentro da Bacia do Prata. O fundo recebe aportes do BID e opera no limite estatutário de US$ 250 milhões anuais em aprovações.