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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Jornalismo dos juros e inflação


Enviado por Nairo Alméri - quin, 18.4.2013 | às 15h04 

Pronto! O Globo, O Estado de S.Paulo, Valor Econômico, Folha de S.Paulo e Zero Hora, que são os principais jornais do país – critérios de tiragem e/ou credibilidade (e os dois juntos) -, foram atendidos pelo Comitê de Política Econômica (Copom), do Banco Central – do Ministério da Fazenda.  A taxa de juros básicos, a Selic, foi aumentada em 0,25 ponto percentual. Agora corrige ganhos e onera dívidas em 7,5% ao ano. O Governo concordou com todo o noticiário e comentários dos artigos e colunistas dos últimos 20 dias: a medida é uma “cautela” para “conter” a inflação que estourou “teto da meta”.

Nas manchetes, de hoje, nos cinco diários citados, as palavras-chaves se repetem. E são velhas conhecidas de ajustes passados pelo Copom, em 2011, 2009, 2007... Os textos seguem mesma linha histórica. O fascínio dos jornais brasileiros por “inflação”, “juros altos”, “estouro da meta” etc. é tal que, nas Redações, são festejados os releases das “avaliações” tipo múltipla escolha para o juro Selic (alta, baixa e manutenção), remetidas de véspera ou horas antes pelas assessorias de presidentes de federações e confederações e outras entidades empresariais. Absurdo! Desrespeito para com leitores (assinantes e avulsos) e anunciantes.

Nenhum dos jornais, entre O Globo, Estadão, Valor, Folha e Zero Hora, optou por avançar, nas manchetes (também iguais em número de linhas: duas), no day after à decisão do Copom. Como ficará a vida do país – do consumidor, da indústria, do comercio, da empresa de serviços etc. Aliás, essa deveria ser a discussão, 20 dias antes. Agir para tornar insignificante a reunião do Copom com diante de um fórum nacional pelo fim de mesmices administrativas e fisiológicas da administração pública (federal, estadual e municipal) e demais poderes: incompetência, custos elevados da máquina (criação de mais ministério, atendimento aos reajustes salariais de deputados, senadores e ministros dos tribunais, aposentadorias milionárias), nepotismos, desvios de verbas, corrupção, superfaturamentos etc. Não permitir a eternização do benefício dos culpados, que sempre apostam no esquecimento da opinião pública, e que o escândalo (e são tantos) de hoje sepultará o de ontem.

A elevação dos juros não era novidade. Portanto, não merecia manchete. Tratava-se de desejo unânime do noticiário (dos mesmos jornais e tantos outros), há, pelos menos, duas semanas. O Governo (Copom), portanto, optou por isso. Tinha clima favorável na mídia. Os jornais fizeram a cama para o ministro da Fazenda, Guido Mantega repousar sua inércia. Um segundo motivo para não merecer alto de página é que, desde a noite de ontem, a decisão tinha sido devorada nos telejornais, rádios, sites diversos, blogs, facebook, twitters. Também comentada em botecos, pontos de busões, plataformas dos metrôs, dentro dos táxis, ciclovias, salas de embarques de aeroportos etc. Até agiotas tinham, em mãos, novas tabelas para os seus juros.

A melhor prestação de serviço (a mais inteligente) teria sido criar clima amplo para a discussão de redução nos gastos públicos; pela qualidade nas aplicações das verbas públicas; por apurações rápidas e sérias no uso de orçamentos sem licitação da Presidência da República etc. Qualquer Chefe de Reportagem iniciante é servido, diariamente, por uma lista bíblica de temas relevantes. Não há dificuldade alguma em deixar de pautas releases pró-presidente, pró-governadores, pró-prefeitos etc.

Nenhum dos cinco jornais nominados tem sede em Brasília. Mas todos gostam (abusam) do noticiário chapa branca. É uma assessoria de imprensa gratuita para Governo, autarquias e empresas estatais. A União, diga-se, tem custo fixo de assessoria de imprensa que orçamentos de capitais.  Os jornais prestam, no geral, igual serviço ao Senado, Câmara de Deputados e Tribunais. Cumprir pautas pró-Governo virou ofício em Brasília. É um padrão e jornal algum parece desejar abandonar. No dia seguinte, então, tudo igual (como hoje, na manchete para o Copom). Resultado: que tiver menor fôlego de mídia perde mais assinantes, leitores avulsos, publicidades etc. E, no final da semana, acumula um rosário maior de consequências, como se não bastasse as perdas (sem esforço de caixa) que o mundo digital causa.

Às vezes, a torcida pela elevação de juros é tanta que o Copom frustra colunistas. Em rede de telejornal matinal, ontem (17/04/2013), foi dito mais ou menos o seguinte (por isso não vai com aspas): a expectativa do mercado é da elevação de meio ponto (0,50) percentual. Mantega e seus pares do BC, então, estão no débito, pois o(a) porta-voz pedira 100% a mais.

E é comum, jornalista que torcem pelo pior, mas que não desejam assumir isso. Aí, se valem de fontes inventadas, que ganham vida no recurso do off : “...uma fonte me disse...”, “conversei com uma fonte do mercado” etc. As expressão funcionam, também, como lobby em causa própria, para transparecer conhecimento. É outra praga que deveria ser banida das Redações. Nesse campo sobrevivem: ... “o mercado diz...”, “... a expectativa do mercado”, “... o mau humor do mercado...”, etc.

Passou da hora (milhares de horas) de os Diretores de Redação – em televisão, rádio, jornal e revista – darem um basta na falta de criatividade e do noticiário sem conteúdo day after ao fato. É também, com atraso, o momento para se aposentar mentiras do tipo “... o mercado interpreta...”.

Faltam 41 dias (28 e 29 de maio) para a abertura da próxima reunião do Copom. É tempo razoável para os comandantes dos jornais pensarem mais no país, e se precisam, mesmo, ‘manchetar’ a Selic, o ministro Mantega, a presidente Dilma, ... Certamente, e valerá bem mais tratar disso, o país seguirá o dia a dia nacional: caos nos portos, derrubadas na Amazônia, falta de água no sertão do Nordeste, violência urbana (criminalidade infantil, motoristas bêbados no trânsito – causando mortes e sendo inocentados do flagrante via fianças), podridão na saúde pública e ensino, ociosidade nos quartéis das Forças Armadas, sobrepreços em contratos (da Petrobras, União, Estados e Municípios), débitos dos clubes de futebol com INSS/FGTS (e brindados com estádios novinhos pagos com dinheiro de impostos – recurso que falta em hospitais, segurança, ensino, transporte etc.) entre outros. Os jornais poderiam transformar uma das espertezas do Planalto, que tanto noticiam, em assunto amplo: “agenda positiva”, mas para o país!

Para o bem do país, a imprensa mudar. Já!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

(Bons) Lucros das lagartas


Enviado por Nairo Alméri – quar, 10.4.2013 | às 12h19 

Safra difícil
Por Richard Jakubaszko – Agro DBO – 9.04.2013

Foi um festival de emoções a safra de verão que vai chegando ao fim, tendo em vista que imprevisíveis batalhas foram travadas nas lavouras de soja e milho Brasil adentro.
(...)
A reportagem do jornalista Ariosto Mesquita mostra a evolução dos acontecimentos em relação às invasões das lagartas no milho e outras lavouras. O episódio, crítico em algumas regiões, indica as gigantescas dificuldades do jornalismo em busca da verdade. Como já se filosofou em outros tempos, “quando há uma guerra, a primeira vítima é a verdade”. Guardadas as proporções, há uma guerra de interpretações sobre as causas do fato, e não é outro o objetivo da entrevista com o entomologista Fernando Valicente, da Embrapa Milho e Sorgo, senão o de contrapor a visão da ciência versus a emoção dos produtores. Ele informa, entre outras coisas, que "o problema das lagartas vai continuar". .


No Inhotim, até os Fuscas

Enviado por Nairo Alméri – quar, 10.04.2013 – às 12h19 

Ainda Inhotim, um outro olhar


terça-feira, 9 de abril de 2013

Mona Lisa - o sonho

Enviado por Nairo Alméri – ter, 09.04.2013 | às 16h08 - modificado às 18h26

Vou esticar o comentário feito, há poucos dias, mas só trato agora, ao blog por respeitada fonte – respeitada autoridade nacional em sua área. Me disse que a mais famosa pintura do mestre renascentista italiano Leonardo da Vinci (1452-1519), “Mona Lisa” (óleo sobre madeira de álamo; 77 x 53 cm; Florença, 1504 – ano provável da pintura), poderá deixar o Museu do Louvre, em Paris (França), para uma exposição no Brasil. No próximo dia 15, em homenagem à data de nascimento de Da Vinci, o universo das artes celebra o Dia Mundial do Desenhista. Quanto ao comentário da fonte, com todo respeito, é esperar por algo (historicamente) improvável.

Centenários da volta
Em 4 de janeiro de 2014, o Louvre vai comemorar o 1º centenário do retorno de Mona Lisa, após o roubo, em 21 de agosto de 1911, pelo italiano Vincenzo Peruggia, também florentino. Em julgamento, disse que pretendia, apenas, retornar a obra para a Itália. Teve apoio da opinião pública italiana. A pintura foi recuperada em 13 de setembro de 1913.

Sem precedentes
A história registra apenas uma exposição de Mona Lisa fora da França, desde sua venda, pelo próprio Da Vinci, ao Rei Francisco I de França, em 1516: na Galeria Uffizi, em Florença, imediatamente após ser recuperada. Antes de ser levada para o Louvre, no Século XVIII, a tela decorou dois palácios franceses, Royal Château Fontainebleau e Versailles.

Nem pelos Rafales 
Nem mesmo uma operação casada do Governo do PT com o da França, do tipo entregar à Dassault, fabricante do caça Rafale, a encomenda para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB), moveria Mona Lisa de sua confortável e vigiada parede. O pactote, para 36 caças, foi avaliado acima e abaixo de US$ 7,5 bilhões e se arrasta desde o Governo Lula. Disputam com o francês um modelo da linha F-18 (Boeing - Estados Unidos) e o Gripen (Saab - Suécia).

Mooca ou Lapa?
De resto, então, é embalar o sonho (mesmo de todos os povos do planeta) em apostas sobre onde o retrato de Mona Lisa, a mulher mais famosa dos cinco últimos séculos, em vindo, ficaria melhor exposto no Brasil. Contudo, reafirmo: a fonte é séria. Sabe lá?!...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

TV Record Minas, Copa, Dilma, dengue...



Enviado por Nairo Alméri – sex, 05.04.2013 | às 14h30

O telejornal matinal da Record Minas, “Minas no Ar”, apresentado pelo jornalista Eduardo Costa, fez, na manhã de hoje, jornalismo puro (nato) ao tratar dos problemas da mobilidade urbana em um nicho. Em horário de rush, a repórter Patrícia Gomes levou dois vereadores para dentro dos ônibus. Foram ter momentos de povão. Um dos parlamentes é usuário de cadeira de rodas (não me agrada a expressão “cadeirante” – ela discrimina tanto quanto a forma deficiente físico). A Record exibiu dois dramas: depender desse meio de transporte coletivo e o de ser um usuário de cadeiras rodas, dentro e fora dos ônibus. Sem tons elevados, voz melodramática, a repórter foi cartesiana e a notícia cumpriu o seu papel.

Cadê o TSE ?
Mas o lamentável é que o país da presidente Dilma Rousseff seja literalmente a continuidade do antecessor, o Luiz Inácio Lula da Silva. Ela faz o jogo da Copa do Mundo (Lula fez o da pré-Copa). Dilma está em plena campanha eleitoral usando o tema. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) optou por jogar pela lateral - foi fiscalizar a Venezuela. Os partidos da “base aliada” do Partido dos Trabalhadores (PT) embutem nos seus programas do horário gratuito de TV as inaugurações e lançamentos de obras públicas - pagas com impostos recolhidos de empresas e cidadãos. Entre estes, alguns milhões não petistas e nem dos partidos parceiros.

Dono do ônibus fatura mais com mesma frota
Totalmente desimpedido, o Governo vai anestesiando o povo com futebol – com ajuda dos grandes anunciantes de bebidas na televisão. Enquanto isso, continuando sobrevivendo mazelas eternas do serviço público: transporte urbano e rodoviário sofrível, e o empresariado sem nada perder com isso. Pelo contrário, aufere receitas maiores, pois transporta mais com a mesma fresta - não precisa imobilizar mais capital e nem crescer a folha de salários.

Dengue nos condomínios de luxo; maconha livre
Outros serviços públicos também estão podres. Na saúde pública, tem Prefeituras escondendo das estatísticas os focos da dengue em condomínios residenciais verticais de luxo no entorno de Belo Horizonte. Em hospitais, também na capital mineira, cresce o número de funcionários próprios com dengue. Daqui a pouco, para entrar em torcida organizada dos grandes clubes, se alistar para o serviço militar, se matricular na universidade ou abrir conta bancária será obrigatório o atestado que ex-portador da dengue. E, em Minas Gerais, o governo está banalizando a epidemia  da dengue da vez forma como o consumo de maconha, às 8h, 12h e 15h, em ruas detrás (Rua da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo etc.) e paralelas ao Comando Geral da Polícia Militar. Vão dizer que a fumaça da maconha afasta os mosquitos transmissores da dengue - Aëdes aegypti e Aëdes albopictus. 
     
Chama o farmacêutico; as Forças Armadas
O país está bichado, do combate à inflação, das diretrizes do ministro da Fazenda, Guido Mantega (há 12 anos no trono), ao simples diagnóstico para uma febre em prontos socorros de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Porto Alegre. Nas outras capitais, só resta ao cidadão a automedicação (pois não consegue senha ou não encontra médicos nos postos e hospitais) ou implorar ao farmacêutico uma “medicação”. A assistência médica faliu e os hospitais de campanha das Forças Armadas ainda não foram para as ruas.

Culpando Deus; risos da claque chapa branca
Enquanto isso, Dilma acha que o país está uma maravilha, pois foi isso que Lula lhe contou ao entregar a sala, no Planalto. A crença dela é tal (até hoje e sob toda podridão escancarada diariamente na mídia), que se julgou acima dos céus ao querer fazer humos com o povo da vizinha Argentina, ainda nos limites do Vaticano, após a audiência do para Francisco para chefes de Estado: “o papa é argentino, mas Deus brasileiro”. Transferiu toda a incompetência do Partido dos Trabalhadores (PT) para alguém no além. E se saiu pior humorista que o inglês Mister Bean. Por dever de ofício, acharam a melhor tirada de toda a história da humanidade os assessores (entre estes, jornalistas) e o candidato do PT ao governo de São Paulo, ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Rota da Colômbia


Enviada por Nairo Alméri – ter, 2.4.2013 | às 13h53

A queridinha, do momento, na América Latina, para novos investimentos globais, a Colômbia logo, logo, terá que adotar o português como segundo idioma estrangeiro preferencial, depois do inglês. Isso tamanho o contingente de empresários, diretores executivos de empresas top brasileiros que desembarcam na capital Bogotá ultimamente. Executivos de instituições top de ensino para formação gerencial (pós-graduação) internacional entraram na rota. Deste bloco, embarca, segunda-feira, para o país andino o fundador (1976) da Fundação Dom Cabral (FDC) e seu presidente até 2012, Emerson Almeida. Atualmente, ele preside a Diretoria Estatutária, cuja função principal é “formular as estratégias de longo prazo e ser guardiã dos valores da FDC”, define Emerson.

Soja sem abrigo
Capacidade estática de grãos no país apresenta déficit equivalente a 49 milhões de toneladas por ano safra. Alerta parte, pela 4ª vez, em quatro anos consecutivos da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja).  No próximo dia 11, durante a abertura do 8º Circuito Aprosoja, em Cuiabá (MT), que marca a pré-safra de grãos no país, o tema estará na mesa. No estado, a soja é dominada pela família Maggi, que tem rei, ex-rei, príncipes, barões etc. nadando nos lucros derivados dela – do farejo, óleo, grão in natura ao biodiesel.

40 anos da Mecânica de Comunicação
 A Mecânica de Comunicação, com sede em São Paulo, acaba  de completar 40 anos de atividade ininterrupta em assessoria de imprensa empresarial (publicações, gerenciamento de crises, clipagem analítica, organização de eventos, pool de imprensa nacional e internacional etc.) para grandes companhias e entidades. Em sua carteira figuram eventos e clientes como Agrishow, Randon, Abag, ANDA, Andef, Sobratema, Anpei, Tuper e ABERC. A Mecânica (http://www.meccanica.com.br/) tem ações por todo território nacional, atendendo empresas e grupos econômicos dos segmentos da alimentação, automotivo, aviação, agronegócio, calçados, relações internacionais (câmaras de comércio), construção, consular (embaixadas), entidades de classe, feiras, financeiro, informática e telecomunicação (TI e TIC), químico, farmacêutico, têxtil etc. Seu fundador e diretor é o jornalista Ênio Campói (também relações públicas e publicitário). Ele trabalhou em redações de jornais e empresas de publicidade de São Paulo e assessorias de grandes grupos (Volkswagen do Brasil, Scania Vabis e Ultrafértil). No país, poucas agências de assessoria de imprensa empresarial, um nicho importante do jornalismo, atingiram tamanha longevidade – e com competência.

‘Papagaios’ candidatos
Nas últimas viagens oficiais da presidente Dilma Rousseff ao exterior, incluindo a recente (e polêmica por conta da farra de quartos ocupados pela comitiva em hotel de Roma) ao Vaticano, para recepção do Papa Francisco a chefes de Estado, o ministro da Educação, Aloisio Mercadante, esteve em todas. O petista de São Paulo apareceu em todas as fotos, colado em Dilma (tipo santinho oficial de campanha). Pois bem. Foi anunciado informalmente, o que todo mundo já sabia: Mercante é o candidato ao Governo de São Paulo. Agora, na cúpula dos países Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e demais países em desenvolvimento, o Ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, petista mineiro, teve seus 15 minutos de papagaio. Apareceu ao lado de Dilma e garantiu seu “santinho” para aquilo que também se sabe desde há muito: é o candidato do PT ao Governo de Minas.

Verba benta
Na onda do Papa Francisco, o famoso rio brasileiro de mesmo nome poderá surfar a verba de R$ 200 milhões, para gastar, em 2013 e 2014, na melhoraria da navegabilidade. Se uma ONG esperta arrancar do chefe de Estado do Vaticano um apelo pelo rio, a verba dobra. Se leva-lo até o xará, bate no bilhão. Ele estará no Rio de Janeiro em julho.

Crime ambiental – em área federal
O Ibama (Ministério do Meio Ambiente) e a Polícia Federal (Ministério da Justiça) sabem e não combatem: garimpeiros estão bateando, amoitados, a menos de 4 km da nascente do Rio São Francisco, dentro da área implantada do Parque Nacional da Serra da Canastra. O rio é federal.

Lula cotado no empresariado  
Enviado por Nairo Alméri – ter, 02.4.2013 | às  13h53

Texto escrito por José de Souza Castro:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que viajou a países da África e da América Latina com despesas pagas por empresas privadas, depois de deixar o governo. Existem embaixadas brasileiras que podem auxiliar empresários a fazer negócios no exterior, mas há empresas que consideram Lula mais eficiente nessa atividade.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Um não "familiar" comandará a Cedro

Enviado por Nairo Alméri - qui, 28.03.2013 | às 12h59

O Conselho de Administração da Cedro e Cachoeira (textil), companhia com ações do capital social listadas na BM&FBovespa,  após um processo interno seletivo entre três de seus executivos, escolheu o atual diretor de Gestão e Recursos Humanos, Marco Antônio Branquinho Júnior, para assumir a presidência da Diretoria em 31 de dezembro. A sucessão foi anunciada pelo atual presidente, Agnaldo Diniz Filho, na manhã de hoje, durante a apresentação da Apimec (dos resultados financeiros de 2012), em Belo Horizonte. Ele chamou atenção para um fato importante na história da companhia: pela primeira vez, em 140 anos de existência (desde 1872) de produção ininterrupta, a Cedro terá seu comando exercido por um executivo não descentente das famílias fundadoras. Branquinho, há oito anos na empresa, está em processo de transição e será o 13º presidente. Com 40 anos de idade e graduado em Engenharia Mecânica (UFMG), concorreu com outros dois executivos que são do bloco "familiar" e teve voto de um deles, revelou o atual presidente. Agnaldo Diniz, também presidente (reeleito) da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), entrega o cargo por ter atingido a idade limite prevista no Estatuto. Ele está há 43 anos na Cedro, dos quais 12 no comando.
Obs.: Resultado da Cedro será abordado mais tarde.

terça-feira, 26 de março de 2013

“Passa” pela prefeitura de BH


Enviado por Nairo Alméri – ter, 26.3.2013 | às 12h45 - modificado às 14h33

Há alguns anos atrás, era comum se ouvir nos discursos dos políticos, toda vez que buscavam entendimento em aliança nacional, a frase: “passa por Minas”. Refletia o peso político que o Estado tinha no Congresso e no cenário nacional. A frase foi consolidada por uma das últimas raposas políticas (no sentido de como fazer política) deste país, o então governador Tancredo Neves, quando articulava sua candidatura à Presidência República. Foi o último pleito pelo voto indireto (dentro do Colégio Eleitoral imposto pela ditadura militar), em 1983 e 1984. O mineiro enfrentou o paulista Paulo Maluf, representante do sistema militar.
O misto da importância política de Tancredo e a sede do país por democracia plena patrocinaram fantástica romaria nacional de políticos e empresários (dos maiores grupos da produção e de banqueiros – Mathias Machline, Antônio Ermírio de Moraes, Amador Aguiar etc.) à capital mineira. Os portões do Palácio da Liberdade ficaram estreitos para o cotidiano entra e sai. A mídia nacional foi obrigada fortalecer suas sucursais locais.
Quase 30 anos depois, o neto de Tancredo, o ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB-MG), revê as lições do avô. Tenta aglutinar fatores para uma provável corrida ao Palácio do Planalto. Enquanto Tancredo dava luz ao Palácio da Liberdade (abria os portões para os refletores), Aécio negocia ao pé do ouvido. No momento, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é a melhor opção visível de Aécio para vice. Por coincidência, é a mesma desejada pela presidente Dilma Rousseff, em sua corrida ir à reeleição, em 2014. Nas pesquisas, de momento, o governador e neto de Miguel Arraes (um dos maiores políticos em tempos de democracia do Nordeste e duas vezes governador do mesmo estado) é fator de desequilíbrio.
A desejada composição de Aécio com o chefe do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, “passa” pela Prefeitura de Belo Horizonte. Para ter Campos como vice, Aécio terá, antes de tudo, de convencê-lo que a sua oferta é uma boa moeda de troca: garantia da chapa do prefeito reeleito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB), para o governo de Minas. Dilma oferta os cofres do Tesouro Nacional como o arco-íris que transformará todo sertão do Nordeste numa Suécia tropical brasileira.

Commodities de Aécio
Até 2008, Márcio Lacerda era conhecido como ex-empresário bem-sucedido (serviços para operadoras de telefonia fixa e de montagem de pequenas centrais telefônicas), ex-secretário-geral de Ministério da Integração Nacional (primeiro Governo Lula) e ex-secretrário do Desenvolvimento de Minas (segundo Governo Aécio). O prefeito foi invenção política do senador do PSDB. A sua metamorfose deixou patente que a política terá, cada vez mais, soluções de proveta. Assim como ele, o atual governador de Minas, Antônio Anastasia, professor universitário de Direito e técnico em administração pública (ex-secretário-geral no Ministério do Trabalho, no primeiro Governo Fernando Henrique), é outra commodity política OGM (de organismo geneticamente modificado) plantada por Aécio.

Colheita
O senador mineiro terá que fazer boas colheitas por todas as estações que restam de 2013 e até a primavera-verão de 2014. E, como tem sido especulado, não se descarta nova pavimentação por uma estrada bem conhecida, a que leva de volta à Praça da Liberdade.

O 21 de abril
O jogo político sugere atenção às agendas do próximo dia 21 de abril, quando o país rende homenagens aos heróis da Inconfidência Mineira. É também data do anúncio da morte de Tancredo, em 1985. Se o céu do campo de pouso de São João del-Rei ficar pequeno, muda a análise nacional.

Camilo Penna
De João Camilo Penna (ex-presidente das elétricas Cemig e de Furnas, ex-secretário da Fazenda de Minas e ex-ministro da Indústria e Comércio) para este blog: “A velhice é uma boa característica. Pena que dure pouco”.


Corintianos órfãos de diplomacia
Enviado por Nairo Alméri – ter, 27.3.2013 | às 14h33

Por Cristina Moreno Casto, do blog kikacastro – 25.3.2013