Enviado por Nairo
Alméri – sáb, 25.10.2014 | às 19h29 - modificado 28.10.2014 às 22h48
Numa pule de dez, se a Nação abraçar a causa das mudanças
concretas e profundas, faculdade ou universidade que criar curso de MBA digno
de fé para qualificar cidadãos ao exercício de mandatos políticos poderá
bombar. Mas deverá prepará-los para os princípios do bom senso, da moral, da
dignidade, da melhor interpretação e da defesa e aplicação das leis. Isso cria
uma chance de podermos contar, no futuro, com uma plataforma inovadora (para
nossa realidade atual) de candidatos a vereador, deputado, senador, governador
e presidente da República. O país não pode se dar ao luxo de conviver com um
cenário pitoresco: possuir um time razoável de cientistas políticos fadado às
análises de pensamentos medíocres de candidatos. A maioria dos postulantes, até
para a máxima cadeira da República, concretam a imagem do país na galeria do
submundo do atraso como uma Nação. Situação repetida nestas eleições. E, pelo
saldo extraído, podemos prever, sem as "margens de erros", que
teremos um desastre em 2016 e, uma catástrofe, em 2018.
O Brasil irá às urnas amanhã, 26 de outubro, pagando juros
sobre juros da enorme fatura de uma transição política muito longa e graduada
em ilícitos - do coronelismo político do antes, durante e pós-ditadura militar;
da corrupção dos amigos e ex-amigos do período dos generais; dos
ex-esquerdistas que migraram para a centro-esquerda nas eleições livres para
governadores (1982) e no reinício, mais amplo, da redemocratização, com
eleições livres para presidente (1989); e, por fim, desta abominável república
do sindicalismo dito de esquerda.
O país está mergulhado em déficit primário de inteligências
políticas, com enorme peso no item honestidade. O primeiro passo, para se olhar
uma superação desse apagão, poderá, até mesmo, dispensar uma reforma política
clássica. Pode-se optar pelo fim da instituição do político profissional,
acabando com a reeleição nos Executivos e limitando-se as eleições nos
Legislativos. Mas, é claro, não sejamos ingênuos, que os políticos adotarão.
Não darão tiro nos pés. Então, como permite a democracia, as pressões
democráticas terão que surgir nas ruas, nas instituições e nos meios que
conduzem a opinião pública.
Pela reforma política clássica desejável, completa e
acabada, a espera será longa. E incerta. Poderemos ter que esperar meio século.
Nas medidas práticas, deve-se adotar a redução dos salários
(ganhos totais) nas funções dos mandatos políticos. E fixá-los a um indexador,
como a base cálculo do salário mínimo - ter igual percentual de correção.
Impõe-se com essa medida o fim das faraônicas e incontroláveis verbas das
despesas dos gabinetes dos Legislativos e Judiciários dos Executivos. Em
paralelo, incorporar-se-ia aos gabinetes os profissionais de funções
legislativas e administrativas existente nos quadros do serviço público
(federal, estadual e municipal) local, mas sem transferências de pessoal de
outros estados e cidades. Não deve ter aceitação argumentos para nomeações
parentes e amigos para os chamados cargos de confiança. Afinal, são funções no
serviço público e, como tal, não devem assumir práticas do sigilo e da
confidencialidade contra a opinião pública.
A Nação deveria, a partir do fechamento das urnas, amanhã,
dedicar uma fração diária da jornada do trabalho, da sala de aula e, até mesmo,
do lazer para essa pauta: quais candidatos queremos e elegeremos em 2016,
2018,...
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