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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Córrego do Feijão, amém...

Enviado por Nairo Alméri - sex, 01.2.2018 | às 10h08

(Da conta Facebook)

CÓRREGO DO FEIJÃO, AMÉM!...
Daqui a pouco, 12h28, o horário da sexta-feira que ninguém queria que houvesse! Os helicópteros voam desde às 6h. É provável que silenciem quando os relógios tocarem nos corações das pessoas, que as sirenes chorem por Justiça!
É mais uma página da enciclopédia da irresponsabilidade humana destruindo sonhos, famílias, lares,

VALE - MAIS UM VAZIO SE APROXIMA


(Da conta Facebook, 31.01.2019)
Enviado por Nairo Almeri - sex, 01/02/2019 | às 8h30

VALE - MAIS UM VAZIO SE APROXIMA

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - No sétimo dia, as operações de resgate e ações paralelas já começam a virar um cotidiano. As pessoas do local vão se acostumando com centenas (centenas) de desconhecidos. Agora na transição de conhecidos para vizinhos.
Mas como será, quando se forem ? E quando a imprensa se retirar e também não tiver mais as sequências dos “vivos” das televisões? E voltar o silêncio, que se forem os roncos das turbinas dos helicópteros, que, nestes dias, enchem todos os vales do Córrego do Feijão, do amanhecer ao anoitecer? E não houver mais o congestionamento de tantos carros, maior sensação de que o arraial não está sozinho?
Nesse dia final, todos retornarão para a dependência umbilical da VALE. Mas será que a mineradora aparecerá? Ou mandará terceirizados confortar quem perdeu filhos, pais, irmãos, amigos?
Hoje, a dolorosa estatística do final do dia (110 corpos resgatados [71 identificados] e 237 desaparecidos) fazia as pessoas pensarem de forma mais concreta que, logo, haverá um segundo vazio nos seus lares. A queda do número de “desaparecidos“ eleva o de mortos. É a lógica nesta catástrofe.
Na missa de sétimo dia, celebrada na pracinha do arraial, a tragédia provocada pelo rompimento de duas barragens da Mina do Córrego do Feijão, da VALE S/A, dia 25, foi citada na homilia como um “crime”. O sacerdote apelou para que os moradores não abandonem a “luta” contra as mineradores.

Além das barragens da Vale, existe a MIB - Mineração Ibirité, pertencente ao Grupo. Aterpa. Está tem três barragens a montante da comunidade, sendo uma distante 500 a 600 metros da comunidade. As atividades da MIB assorearam o ribeirão Córrego do Feijão A suspensão das atividades não retiram do caminho o risco em potencial que suas barragens representam. Isso nunca foi novidade para as autoridades públicas de Brumadinho, Governo de Minas e Governo Federal.

BUSCAS - Hoje, quebrando a rotina, nem tenente, nem capitão, nem major é bem tenente-coronel dos Corpo de Bombeiros falou das operações com os jornalistas. Essa era a rotina, com até três entrevistas diárias, que foi quebrada aqui no Córrego do Feijão. Na tarde esta quinta-feira choveu, mas foi pouco. O que seguirá na rotina serão as buscas: por volta das 4h, uma equipe dos bombeiro faz preparação e indicação de novas identificações do terreno na “zona quente”; às 5h, em Belo Horizonte, os pilotos chegam no hangar e decolam para a “base” da Igreja Nossa Senhora das Dores; às 6h, as equipes de terra começam a trabalhar; e, a partir daí as missões aéreas são retomadas dentro das demandas da área da catástrofe.

MÁQUINAs PESADAS - Como não teve coletiva, o jeito é buscar informações em canto de conversa com os militares e agentes. Hoje, as máquinas fizeram movimentação, criando espécies de talude dês de apoio, em áreas onde estão foram parar escombros das edificações, 300 metros abaixo de onde ficava a Portaria. Amanhã, assegurou-me um bombeiro, poderão iniciar as escavações em buscas de corpos.

SUBSTITUIÇÃO - Em função da chuva, logo após às 17h (não teve a intensidade da que ocorreu onte), as operações foram encerradas mais cedo. Ainda havia luz  e, por volta das 18h, foram iniciados, simultaneamente, dois eventos. Em frente à igrejinha, troca de equipes com alguns militares saindo do Córrego do Feijão e outros chegando - incluindo os de outros estados. Na pracinha, a missa, que durou uma hora e meia.

Fotos no link:
https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2257129107894257/



quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

VALE/TRAGÉDIA - CHUVA FORTE

Enviado por Nairo Almeri - qua, 30.1.2019 | às 26


CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Choveu muito, com queda de granizo, no Córrego do Feijão.  As equipes interromperam as buscas reestatizações de corpos. Mas assim que a chuva passou, os helicópteros voltaram a decolar.

https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2256362077970960/



VALE - USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NAS BUSCAS

Enviado por Nairo Alméri - qua, 30.1.2019 | às 22h18

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Aplicação das ferramentas inteligentes e softwares aceleram os trabalhos das equipes de resgate dos corpos das vítimas da tragédia causada pelo rompimento (25) de duas represas de rejeitos de minério de ferro na Mina Córrego do Feijão, da VALE S/A. Os bombeiros têm encontrado corpos misturados a destroços de locomotivas, máquinas de mineração, ônibus e veículos. No final desta quarta-feira (30), as estatísticas consolidadas dos números macros eram: 259 desaparecidos, 99 óbitos e 57 vítimas identificadas. No Córrego do Feijão, que registrava 12 desaparecidos, ocorreu, à tarde, o primeiro sepultamento - corpo de uma pessoas que trabalhava na Pousada Nova Estância. Outras três covas estão abertas.
No momento da descida do caixão na cova, o Comando das Operações, do Corpo de Bombeiros de MG, suspendeu os pousos dos helicópteros, em gesto de respeito à dor dos familiares e amigos. Uma estreita passagem divide o alambrado do campo de futebol (transformado em “base” das operações) e o pequeno muro de pedras do cemitério.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - O Major Cosendey, do CBMG e um dos oficiais que atuam diretamente na área de buscas (“zona quente”) com os militares de Minas e de outros estados, além dos agentes federais e polícias civis, fez o balanço do dia. O oficial destacou a aplicação conjugada da equipamentos de buscas com inteligência artificial embarcada, associada à agilidade dos cães farejadores e aos conhecimento dos bombeiros.

DESTROÇOS DAS EDIFICAÇÕES - Como consequência positiva da forte chuva (que paralisou os trabalhos por quase meia hora), à tarde, o major Cosendey aponta o provável afloramento de corpos, principalmente no ponto onde foram encontrados destroços de edificações do restaurante e outras divisões administrativas que concentravam muitas pessoas. Estão 290 metros à jusante do ponto de origem e as equipes acreditam que, nos trabalhos de amanhã, as equipes encontrarão muitos corpos nessa área.

MÁQUINAS PESADAS - Os bombeiros passaram a empregar máquinas pesadas nas buscas de corpos na até arrasada pela lama de minério. Mas com muita cautela, em função de pontos vazios entre os escombros e que podem causar afundamentos.

MAIS REFORÇOS - O CBMG tem recebido novos contingentes de militares e agentes de resgates de vítimas de catástrofes de outros estados. São Paulo enviou hoje 35, helicópteros e cães farejadores.

SUBSTITUIÇÃO DE BOMBEIROS - A partir de amanhã, o Comando de Operações do CBMG, seguindo protocolos das Nações Unidas (ONU) começará a planejar as substituições de parte da equipe. Mas seguirá no comando.

SEM PRAZO - O major Cosendey disse que será “longo”, sem precisar, o tempo demandará as buscas pelos corpos. Mas observou: “(...) Batalhão de Desastres (Batalhão Especializado em Desastres e Emergências Ambientais e Respostas - BEMAD) não sai daqui enquanto esse desastre (buscas) não findar”.

(No link, trecho entrevista)

https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2256477161292785/



terça-feira, 29 de janeiro de 2019

VALE - LAYOUT DA TRAGÉDIA 25.01.2019

Enviado por Nairo Alméri - ter, 29.01.2019 | às 18h24 - modificada em 11.01.2020

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG)- A Mina do Córrego do Feijão, 100% pertencente da Vale S/A, tinha todas áreas técnicas, de atendimento de fornecedores, de permanência de terceirizados, de serviços e administração concentrados e na parte baixa (ver no link da conta Facebook abaixo, a sinalização sobre a foto). Como o rompimento (dia 25/01/2019) das barragens de rejeitos ocorreu em horário do almoço, a presença de pessoas por onde desceu a lama era enorme. Em média, por dia, no site da mineração circulavam, às sextas-feiras, ao redor de 400 pessoas. A  Portaria ficava próxima ao Almoxarifado. Ou seja, as pessoas estavam também em pontos a jusante das barragens.

#Vale #CórregoDoFeijão #Brumadinho #RompimentoDaBarragemDeRejeitos #RioParaopeba #MinaCorregoDoFeijão #LamaDestruiuInstalações #Mariana #BarragemDeRejeitos #Tragédia


https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2255736644700170/


VALE - NO FINAL DA TRAGÉDIA...

Enviado por Nairo Almeri - ter, 29.1.2019 | às 17h13

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) -- Passado o período das esperanças (até 48 horas após) de se resgatar sobreviventes, para uma tragédia da magnitude que foi o rompimento de duas barragens da Vale e composição da lama, aos poucos, a população do Córrego do Feijão lança olhar perdido entre aquilo que sobrou do Pico dos Três Irmãos (lavrado, como o Pico do Cauê, em Itabira, para extração do ferro), símbolo natural do município, e a igrejinha Nossa Senhora das Dores.
A menos de 50 metros da igrejinha, está o muro de pedra do pequeno cemitério. Nesta manhã, foram abertas mais duas covas, atingindo o limite. Sem espaço para mais túmulos, uma escavadeira limpava do outro lado do muro, onde será criado um anexo.
No momento do rompimento das barragens. tinham 12 trabalhadores deste arraial nas partes afetadas da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, que pertence 100% ao capital da Vale. Dentro da Mina, ao longo de meio século (desde a Ferteco) foram construídas sete barragens de rejeito de minério de ferro. Até a manhã desta terça-feira, as equipes de resgate do Corpo de Bombeiros tinham retirado da lama cerca de 70 corpos e fragmentos (partes). Mas, 280 pessoas eram classificados como “desaparecidas”.
As equipes de resgate, além dos militares do CBMG e do Rio e do Exército de Israel, tem agentes da PRF, Polícia Civil, Defesa Civil de MG e SP, IEF-MG, Corpo de Bombeiros Civil de Congonhas.
Em média, a Mina do Córrego do Feijão recebia diariamente 400 pessoas. Esse número englobava funcionários diretos da Vale, terceirizados e fornecedores de bens e serviços. Mas entre os atingidos estão moradores do entorno e pessoas que trafegavam nas estradas municipais.
O comando-geral das operações de resgate é do Corpo de Bombeiros de MG. A área atingida pela a lama foi dividida em dois comandos, em função dos equipamentos israelenses: Brasil e Israel (com participação brasileira).



VALE - GOV. DE MINAS SE OMITIU

Televisão do Governo de Minas fez a reportagem anunciando tragédia em 2016

Enviado por Nairo Alméri - ter, 29.1.2019 | às 8h20 - modificado

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Há três anos, em novembro de 2015, a TV REDEMINAS, estatal do Governo de Minas Gerais, fez reportagem dentro do Córrego do Feijão, narrando exatamente aquilo que aconteceu há cinco dias (25). Ouviu um morador que fez denúncia clara para o risco de uma tragédia.  Mas órgãos ambientais do próprio Governo de Minas, FEAM, COPAM, IEF, Polícia Militar Ambiental, Secretaria do Meio Ambiente e a Promotoria Publica de Meio Ambiente preferiram o mais cômodo e incompatível com funções: a omissão, mesmo sendo a TV REDEMINAS parte da estrutura do Governo de Minas Gerais. No link, a reportagem:


https://www.youtube.com/watch?v=EIlY8EaGDbw