Enviado por Nairo Alméri - ter, 03.06.2018 | às 12h07
O país está precisando. E é urgente!
Perfil NAIRO ALMÉRI
ASSUNTOS PRINCIPAIS: - Ensino e Ciência - Cultura e Veículos de Comunicação - Desenvolvimento, Sustentabilidade e Soberania - Investimento, Produção e Recuperação de Bens - Empresas de Destaque, Profissões do Futuro e Eventos - Logística de Commodities, Bens de Consumo e Exportação - Política de Governo, Leis, Justiça e Cidadania - Economia Internacional e Empresas Globais
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terça-feira, 3 de julho de 2018
quarta-feira, 27 de junho de 2018
Agrotóxicos: Inca x Andef
Brasil é recordista nas aplicações de veneno pela agricultura
Enviado por Nairo Alméri – sex, 17.4.2015 | às 23h09 (postado novamente: 27.6.2018 | às 17h59
Na semana passada, os laboratórios fabricantes de
agrotóxicos – venenos para matar ervas daninhas, insetos, fungos etc. – nas
lavouras, hortas e pomares foram parar no fio da navalha da opinião pública. O
feito veio... http://nairoalmeri.blogspot.com/2015/04/agrotoxicos-inca-x-andef.html
Oi, Rede Globo!
E NÃO ERA ELE...TCHAU, GALVÃO BUENO!
Enviado por Nairo Alméri – qua, 27.6.2018 |às 17h48
No início da partida Brasil e Sérvia, esta tarde, caminhei
por 14 quarteirões da Rua Gonçalves Dias, em Belo Horizonte. Comecei no bairro
Funcionários e parei em Lourdes. Os dois na Zona Sul, área densa em condomínios
residenciais de classe média. Do passeio, a locução ouvida, que vinha dos
televisores ligados nas residências, alternava duas vozes. Mas, nenhuma era a
dele, do Galvão Bueno! Deram tchau ao dono do clichê "amigos da Rede
Globo!".
Novos conceitos
Isso tem nome e a Rede Globo Televisão precisa interpretar:
mudança no conceito do consumidor para aquilo que a televisão oferece (empurra).
Mas, não basta trocar um Galvão por outro Galvão, piorado! E mais: o consumidor,
com o controle de canais em mão, é dono do seu nariz. O ufanismo do locutor em
pauta deixou de ser apelo de mídia, virou fuga de mídia!
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Vitta Química
Pretende instalar fábrica em Minas Gerais
Enviado por Nairo Alméri - sex, 22.06.2018 | às 23h33 - modificado
Pertencente ao Grupo TQA, de Pindamonhangaba (SP), a empresa assinou
propósito de instalar uma unidade em São Gonçalo do Rio Abaixo, no Quadrilátero
Ferrífero, em Minas, às margens da BR-381. A indústria produz coagulantes para
tratamento de efluentes (monitoramento e tratamento em circuito fechado) e
indústrias de papel e celulose. Fornece também outros insumos para diversos
segmentos. Os principais produtos são cloreto férrico, policloreto de alumínio
e sulfato férrico.
Papel e celulose
O Grupo TQA é formado Vitta Química, a TQA Químicos (principais
mercados: alimentício, de tratamento de água, fertilizantes, ração animal,
petroquímico, papel e celulose) e TQA Elastômeros (compósitos de borracha;
correias transportadoras e elevadoras indústrias e agrícolas; e, correias
laminadas).
Logística
Além de Pindamonhangaba, o grupo opera unidades em Bragança
Paulista (SP) e Simões Filho (BA). São Gonçalo atenderá à estratégia de logística da empresa para atender mercados em Minas, Espírito Santo e São Paulo.
Ferrovias x caminhoneiros
Agricultores nos EUA dispõem de 17 vezes mais rodovias asfaltadas por 1 mil km2 de lavoura
Enviado Nairo Alméri – sex, 22.06.2018 | às 18h57
O Brasil tem 63% da logística de cargas no modal rodoviário
- sobre eixos de caminhões. Apenas próximo dos 30% sobre trilhos, ferrovias. Se
interessar ao Governo (este ou o futuro) acabar status quo de uma economia
refém dos motoristas de caminhões, é começar de imediato uma política planejada
de Estado (bem diferente de política de Governos - partidos e pessoas). Quem
tiver dúvidas da urgência que o país tem para inverter essa situação, relembre
o que aconteceu em todo o país na recente greve (maio/junho) dos caminhoneiros.
Analise em separado o porquê de Bauru, não ter apresentado o caos da falta de
combustíveis na área urbana.
Exportando frete
A tonelada da soja transportada de Sorriso (MT) ao Porto de
Santos (SP) teve variação de 59,15%, de R$ 295,00 para R$ 440,00 nas safras de
2017 para 2018. De Sorriso para Porto de Paranaguá (PR), variação de 53%, para
R$ 430,00. A pesquisa, citada hoje (22/06) no Portal Canal Rural, é da
Consultoria Safras & Mercado e consideram os impactos da greve dos
motoristas. A tabela ofertada pelo Governo, como forma de interromper o
movimento, teria respondido por 40% no encarecimento do transporte.
Comprativo com os EUA
Vale da Eletrônica
Cerca de 330 indústrias de soluções, componentes, equipamentos, conjuntos e embalagens do Vale da Eletrônica, formado pelo polo de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, faturaram R$ 3,2 bilhões (2016). Na recente greve dos caminhoneiros, as indústrias locais foram afetadas. “Está um caos”, avaliou o presidente do SINDVEL (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica), Roberto Souza Pinto, quando indagado, no meio do movimento, qual era a situação.
Defesa da Mulher – Itabira
terça-feira, 19 de junho de 2018
Eliezer Batista, nosso Jack Welch desperdiçado...
Saindo de apuros: se escreve Eliezer, “mas se lê Ahmad”
Enviado por Nairo Alméri – ter, 19.6.2018 | às 18h45 - modificado às 19h47
Alguém, certa vez, definiu assim o engenheiro Eliezer
Batista da Silva: “Embaixador do mundo!”. Ouvi isso também de um funcionário na,
então, estatal Companhia Vale do Rio Doce S/A (CVRD), em dezembro de 1978, em Itabira
(MG), ainda principal província minerária da extração e beneficiamento de
minério de ferro da companhia. A expressão tinha dois vértices. O “doutor Eliezer”
(mineiro gosta de chamar “doutor” os ocupantes de cargos), tratamento dado
pelos funcionários da CVRD (privatizada em 1997; depois, virou Vale S/A), era
respeitoso e iluminava sua importância e inteligência de estrategista – nisso ele
era “doutor”, singular. E, segundo, porque era ele quem abria muitas portas
para o Brasil no mundo dos negócios. Isso graças, também, ao domínio de oito
idiomas* – entre os mais difíceis, na época, japonês, mandarim e russo, de
Moscou.
Uma coisa só
Falar da carreira do engenheiro Eliezer (Universidade
Federal do Paraná, 1948), sem deixar para trás detalhes importantes, é um
desafio que nem os excelentes biógrafos conseguiram. Sempre ficam (e ficarão) disponíveis
ângulos diferentes, memoráveis. Ele foi fonte inesgotável em cases de sucessos.
São sólidos aprendizados as referências registradas nos livros. A Vale, ou a CVRD, e Eliezer são gêmeos nas melhores fases da maturidade (ponto de equilíbrio do Grupo CVRD) e do crescimento. A companhia teve, sim, cabides de emprego, imposições do controlador majoritário: o Tesouro Nacional, a serviço da sede dos influentes em tantos (des)governos.
Mauá e Eliezer
Esse engenheiro, nascido em Nova Era, no Vale do Aço, em
Minas, em 1924, com todo o mérito à inteligência empreendedora (leiam a
história da CVRD e suas coligadas), foi o maior estrategista de negócios do
país, no Século XX. Depois de Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza, 1813/1889), não houve outro por aqui empreendedor de enorme relevância - leiam sobre o Mauá e concluam. Eliezer presidente da CVRD pela primeira vez e ministro das Minas e Energia no Governo João Goulart. E ministro de Assuntos Estratégicos no Governo Collor de Mello. Mas, neste último, por tanta corrupção envolvendo o chefe do Planalto, sua passagem não encontrou interlocutores sérios nessa fase.
Um Welch perdido
Não fosse o Brasil o país com enorme vocação pelas oportunidades perdidas, por patrocínio dos roubos da classe política, Eliezer teria operado neste território continental milagre similar ao que a competência de Jack Welch (1935) empreendeu no Grupo General Electric, nos Estados Unidos. Welch assumiu, em 1980, um grupo multinacional quebrado e valendo US$ 12 bilhões na Wall Street. 20 anos depois, entregou aos acionistas uma GE saneada e avaliada em US$ 412 bilhões.
Esqueçam o filho
Eliezer Batista faleceu ontem (18/06), no Rio. A memória
do “doutor Eliezer” deve ser preservada e associada ao reconhecimento do legado
que deixou para o Brasil, nunca pelo barulho global de recentes fracassos de um
dos filhos!
Privilégio de um jornalista
O conheci Eliezer Batista na curta temporada que fiquei na CVRD (dez/1978 a março/1979), entre o Rio e Itabira, às vésperas dele assumir o segundo mandato. Depois, ele já empossado (março de 1979), tive o privilégio de entrevistá-lo por inúmeras vezes, como repórter de Economia (1979 e 1981-1992) do “Jornal do Brasil”, na Sucursal de Belo Horizonte. E também como colunista diário do Hoje em Dia (1997-2012).
*“Podia, dependendo da situação,
assumir outros nomes. Nos anos 70, no auge de mais uma das muitas crises entre
árabes e israelenses, fazia check in em um hotel na Árabia Saudita quando ouviu
de um desconfiado funcionário: "Eliezer é um nome judeu". Respondeu de imediato: "No meu país se escreve assim, mas se lê
Ahmad". Desconcertou o interlocutor e conseguiu o quarto”. (Folhapress
-18.06.2019)
quarta-feira, 13 de junho de 2018
Ecoblock e Granja Barreirinho
Enviado por Nairo Alméri - qua, 13/06/2018 | às 23h20
Três cases de indústrias de Minas Gerais foram apresentados no seminário Semana de Produção e Consumo Sustentáveis 2018 (08/06): da Ecoblock, que fábrica “madeira” de plástico reciclável, com o conceito “madeiras feitas para durar”; da Áurea Lúcia Slow Fashion, confecção com tinturaria de cores naturais; e, Granja Barreirinho, com sistema de suinocultura e bovinocultura sustentáveis na produção de energia (biodigestor), compostagem, proteção de mananciais de água e reprocessamento de resíduos dos restaurantes da indústria local. Os cases foram parte do Painel Economia Circular.
A sócia-proprietária da Ecoblock Indústria e Comércio, de Belo Horizonte, Gabriela Borges, fez a abordagem “Consciência Sustentável”, demonstrando que “mudança de comportamento traz oportunidade de negócios”. A madeira biossintética entregue por sua empresa é blend de plástico reciclado com fibras - de casaca de arroz, de casca de coco etc. e celulose. A empresária garante que não emprega água no processo, mas apernas no “sistema fechado” de resfriamento.
“Tudo que entra no sistema produtivo (da Ecoblock) sai ecomadeira”, afirma Gabriela Borges. Esclarece que todo resíduo gerado e produto “não aprovado” retornam ao processo. A empresa tem capacidade instalada para “transformação” de 500 toneladas/mês de resíduos de plásticos e fibras retiradas do lixo ou resíduos industriais. A empresária calcula que
cada 700 gramas de produto saídas de sua fábrica “poupam uma árvore”. No site, a empresa, faz também a relação de equivalência a “233 mil sacolas de supermercados”. A Ecoblock faz marketing dizendo que seu produto é “excelente solução para empresas que conquistaram a ISO 14001 e estão obrigadas a rastrear seus passivos. ambientais”.
“Tingimentos e estamparia são feitos de maneira 100% ecoeficiente”. Em cima dessa mídia, no portal Áurea Lúcia Slow Fashion, de Belo Horizonte, a empresaria Áurea Lúcia Gonçalves garante que a produção da empresa é literalmente dentro do tema proposto para sua palestra: “Uma nova moda alinhada com os princípios da Economia Circular”.
A empresa está há 15 anos no mercado e produz, em grande parte, de forma artesanal: tingimento, estamparia, bordados, tricô, crochê, acabamentos totalmente feitos à mão. Os processos utilizam corantes naturais extraídos da casca de cebola, açafrão, feijão preto hibiscus, eucalipto, etc. Outra prática sustentável da confecção é a captação de água da chuva. Na estamparia, a fábrica utiliza folhas e pétalas de flores. “Depois estampadas (flores e folhas), os resíduos vão para compostagem e voltam à terra”, relatou Áurea Lúcia. Na confecção, os resíduos têxteis são utilizados como retalhos para outras peças.
Graduada em Design, pela FUMEC, a empresária levou suas coleções para uma das edições do Minas Trend (2014), ponto alto da moda nacional. Áurea Lúcia pratica o viés da sustentabilidade também no leque social: busca propostas das comunidades de baixa renda, apoia associações como a Associação Flores do Carmo, de Itabira, e ocupação de mulheres na terceira idade, que estiveram ou trabalharam em empresas de moda – aposentadas ou pessoas precisam criar fonte de renda, que, normalmente, trabalham em suas casas. Essas senhoras participam das atividades da empresa em eventos como feiras, palestras, desfiles, etc. A
empresa também patrocina oficinas de moda sustentável em associações de artesãs no interior de Minas Gerais.
Numa parceria com a PepsiCo, que completou 10 anos, dos subprodutos (resíduos) da fabricação de alimentos (bebidas prontas e salgadinhos) a Granja Barreirinho produz ração para os suínos. Dos restaurantes da montadora de ônibus, utilitários e caminhões Iveco, retira resíduos dos restaurantes utilizados em processos de compostagem.
Nas suas instalações, as atividades principais são para a suinocultura e os cortes de carnes industrializados para o mercado consumidor. Mas, em busca de práticas sustentáveis e ambientais, a Barreirinho criou outras frentes paralelas ao core business, tais como: bioeletricidade (energia gerada a partir de conjunto de aproveitamento do gás metano dos dejetos dos suínos), biofertilizantes (a partir da massa sólida dos biodigestores e a da compostagem de outros materiais orgânicos, incluindo resíduos dos restaurantes de empresas); e, captação de água da chuva.
empresa. A prática da fertirrigação permite à granja criar 7 a 8 cabeças de gado por hectare, contra a prática comum, no país, de apenas um animal. O sistema de captação de água da chuva permitiu a redução diária de 90mil a 100 mil litros/dia para 70 mil. Na empresa foi implantado um programa de recomposição da mata cicliar dos cursos de água, e instalação de cerca de proteção distante 30 metros das margens dos córregos.
Algumas inciativas, a Barreirinho não obteve êxito. Entre elas, o fundador lamenta não ter avançado na proposta à Prefeitura Municipal de Sete Lagoas da coleta de sobras de óleo comestível (de cozinha) nas escolas públicas, restaurantes e indústrias. “O biodiesel (produzido a partir do óleo coletado) movimentaria toda a frota da Prefeitura”, avaliou o empresário. A proposta previa a entrega de “selo verde” aos participantes. Mas, em contrapartida, foi implementada a do recolhimento das folhas das árvores resultantes das podas em áreas públicas e destinação à compostagem e, no final, envio do composto orgânico às hortas comunitárias.
O tema abordado, no Painel Economia Circular, por José Arnaldo Penna foi “Economia circular na suinocultura: case Granja Barreirinho”. O empresário acredita que, comprovadamente, a Granja Barreirinho contribui em cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidas pelo conselho (ONG) ligado às Nações Unidas (ONU), para até 2030: 2 (Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável), 7 (Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos), 12 (Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis), 13 (Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos) e 15 (Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade).
Cases da economia circular e sustentabilidade: madeira de plástico, confecção com tingimento de cores naturais e suinocultura alinhada aos 17 ODS da ONU para 2030
Madeira biossintética dá uso plásticos do lixo; confecção sustentável emprega idosas; e; granja gera eletricidade com dejetos e faz compostagem com resíduos de restaurantes
Três cases de indústrias de Minas Gerais foram apresentados no seminário Semana de Produção e Consumo Sustentáveis 2018 (08/06): da Ecoblock, que fábrica “madeira” de plástico reciclável, com o conceito “madeiras feitas para durar”; da Áurea Lúcia Slow Fashion, confecção com tinturaria de cores naturais; e, Granja Barreirinho, com sistema de suinocultura e bovinocultura sustentáveis na produção de energia (biodigestor), compostagem, proteção de mananciais de água e reprocessamento de resíduos dos restaurantes da indústria local. Os cases foram parte do Painel Economia Circular.
A sócia-proprietária da Ecoblock Indústria e Comércio, de Belo Horizonte, Gabriela Borges, fez a abordagem “Consciência Sustentável”, demonstrando que “mudança de comportamento traz oportunidade de negócios”. A madeira biossintética entregue por sua empresa é blend de plástico reciclado com fibras - de casaca de arroz, de casca de coco etc. e celulose. A empresária garante que não emprega água no processo, mas apernas no “sistema fechado” de resfriamento.
“Tudo que entra no sistema produtivo (da Ecoblock) sai ecomadeira”, afirma Gabriela Borges. Esclarece que todo resíduo gerado e produto “não aprovado” retornam ao processo. A empresa tem capacidade instalada para “transformação” de 500 toneladas/mês de resíduos de plásticos e fibras retiradas do lixo ou resíduos industriais. A empresária calcula que
cada 700 gramas de produto saídas de sua fábrica “poupam uma árvore”. No site, a empresa, faz também a relação de equivalência a “233 mil sacolas de supermercados”. A Ecoblock faz marketing dizendo que seu produto é “excelente solução para empresas que conquistaram a ISO 14001 e estão obrigadas a rastrear seus passivos. ambientais”.
Moda feminina sustentável: tingimento natural e vez à terceira idade
“Tingimentos e estamparia são feitos de maneira 100% ecoeficiente”. Em cima dessa mídia, no portal Áurea Lúcia Slow Fashion, de Belo Horizonte, a empresaria Áurea Lúcia Gonçalves garante que a produção da empresa é literalmente dentro do tema proposto para sua palestra: “Uma nova moda alinhada com os princípios da Economia Circular”.
A empresa está há 15 anos no mercado e produz, em grande parte, de forma artesanal: tingimento, estamparia, bordados, tricô, crochê, acabamentos totalmente feitos à mão. Os processos utilizam corantes naturais extraídos da casca de cebola, açafrão, feijão preto hibiscus, eucalipto, etc. Outra prática sustentável da confecção é a captação de água da chuva. Na estamparia, a fábrica utiliza folhas e pétalas de flores. “Depois estampadas (flores e folhas), os resíduos vão para compostagem e voltam à terra”, relatou Áurea Lúcia. Na confecção, os resíduos têxteis são utilizados como retalhos para outras peças.
Graduada em Design, pela FUMEC, a empresária levou suas coleções para uma das edições do Minas Trend (2014), ponto alto da moda nacional. Áurea Lúcia pratica o viés da sustentabilidade também no leque social: busca propostas das comunidades de baixa renda, apoia associações como a Associação Flores do Carmo, de Itabira, e ocupação de mulheres na terceira idade, que estiveram ou trabalharam em empresas de moda – aposentadas ou pessoas precisam criar fonte de renda, que, normalmente, trabalham em suas casas. Essas senhoras participam das atividades da empresa em eventos como feiras, palestras, desfiles, etc. A
empresa também patrocina oficinas de moda sustentável em associações de artesãs no interior de Minas Gerais.
Suinocultura faz reuso de resíduos, combate emissão metano e cumpre cinco dos 17 ODS (ONU)
A Granja Barreirinho, de Sete Lagoas, fundada em 1973, além das atividades comuns a uma empresa que cresceu com as mudanças de mercado de consumo de proteína suína, concentra práticas ambientais e algo mais. Neste último item, estão atividade que relacionam a empresa outras de marcas globais como PepsiCo e Iveco (Grupo FCA), que têm instalações fabris no município.Numa parceria com a PepsiCo, que completou 10 anos, dos subprodutos (resíduos) da fabricação de alimentos (bebidas prontas e salgadinhos) a Granja Barreirinho produz ração para os suínos. Dos restaurantes da montadora de ônibus, utilitários e caminhões Iveco, retira resíduos dos restaurantes utilizados em processos de compostagem.
Nas suas instalações, as atividades principais são para a suinocultura e os cortes de carnes industrializados para o mercado consumidor. Mas, em busca de práticas sustentáveis e ambientais, a Barreirinho criou outras frentes paralelas ao core business, tais como: bioeletricidade (energia gerada a partir de conjunto de aproveitamento do gás metano dos dejetos dos suínos), biofertilizantes (a partir da massa sólida dos biodigestores e a da compostagem de outros materiais orgânicos, incluindo resíduos dos restaurantes de empresas); e, captação de água da chuva.
Compensação com economias nos custos de processos
A geração de eletricidade a partir do biodigestor gera para empresa a economia equivalente a 8,3% (com variação até 10%) na conta de luz da Barreirinho. Além disso, a destinação ao processo dos dejetos dos suínos (e também de bovinos), evita a emissão de mais gás metano na atmosfera. “(O que não virou eletricidade), vai virar compostagem industrial, para hortas e jardins”, comenta José Arnaldo Cardoso Penna, fundador daempresa. A prática da fertirrigação permite à granja criar 7 a 8 cabeças de gado por hectare, contra a prática comum, no país, de apenas um animal. O sistema de captação de água da chuva permitiu a redução diária de 90mil a 100 mil litros/dia para 70 mil. Na empresa foi implantado um programa de recomposição da mata cicliar dos cursos de água, e instalação de cerca de proteção distante 30 metros das margens dos córregos.
Atende metas sustentáveis fixadas pela ONU para 2030
Algumas inciativas, a Barreirinho não obteve êxito. Entre elas, o fundador lamenta não ter avançado na proposta à Prefeitura Municipal de Sete Lagoas da coleta de sobras de óleo comestível (de cozinha) nas escolas públicas, restaurantes e indústrias. “O biodiesel (produzido a partir do óleo coletado) movimentaria toda a frota da Prefeitura”, avaliou o empresário. A proposta previa a entrega de “selo verde” aos participantes. Mas, em contrapartida, foi implementada a do recolhimento das folhas das árvores resultantes das podas em áreas públicas e destinação à compostagem e, no final, envio do composto orgânico às hortas comunitárias.O tema abordado, no Painel Economia Circular, por José Arnaldo Penna foi “Economia circular na suinocultura: case Granja Barreirinho”. O empresário acredita que, comprovadamente, a Granja Barreirinho contribui em cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidas pelo conselho (ONG) ligado às Nações Unidas (ONU), para até 2030: 2 (Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável), 7 (Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos), 12 (Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis), 13 (Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos) e 15 (Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade).
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