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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Brasil entra setembro sem opção

Aécio, Dilma e Marina pioram o que estava péssimo!...

Nairo Alméri – ter, 02.09.2014 | às 13h03 - alterado às 13h54
Errou feio quem aquele que assistiu, no dia 26 passado, ao pseudo debate organizado pela TV Band entre os sete candidatos (dos 11) melhores posicionados nas pesquisas para as eleições à Presidência da República e apostou que ontem, na TV SBT, haveria um up grade nos discursos – algum progresso e apresentação de propostas sérias, factíveis e com amparos científicos e práticos. A TV Band pecou ao optar por só colocar jornalistas ‘prata da casa’ como entrevistadores. O canal de Sílvio Santos até que tentou melhorar o nível do confronto de ideias, digamos, ao fazer parcerias com a “Folha de S.Paulo”, UOL e “Rádio Jovem PAN”, que tiveram jornalistas como questionadores.
Mas de nada valeu. Em uma semana, Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSD) não tiveram capacidade de pensar e apresentar um, um ao menos, projeto para estabelecer rumos de grandiosidade para o Brasil. Eles parecem ter viajado a um planeta exclusivo para republiquetas de bananas e regidas pelo regime de ignorância profunda. E pior: seus habitantes parecem aceitar. Não saiu da boca dos três, por exemplo, uma só proposta concreta para se retirar economia do país da recessão em que se encontra.
Parecem todos abestalhados com o crescimento bíblico de Marina nas pesquisas. Esta parece também pouco entender se passou a encarnar o símbolo do voto do “não”, de um plebiscito contra os governantes que assumiram o Planalto em 2003 (Lula duas vezes e Dilma), ou se os eleitores optaram, novamente, por jogar voto fora. Foi assim, mas com certa dose de picardia, quando os brasileiros elegeram o rinoceronte Cacareco (vereador de São Paulo, 1959 - 100 mil votos), macaco Tião (prefeito do Rio, 1988 - 400 mil votos) e o palhaço (sua profissão) Tiririca (deputado federal em São Paulo, 2010 – 1,35 milhão de votos, com recorde nacional).
Ontem, no SBT, o eleitor saiu perdendo. Teve que ouvir uma Dilma que tenta se algemar à cadeira no Planalto em cima de bate-boca de briga de rua, prática típica das militâncias do PT, agora também nas redes sociais. Aécio pareceu atropelado por uma locomotiva. E mesmo diante de tanta mediocridade o tucano não consegue ressuscitar. E Marina, por fim, não consegue usufruir da ascensão, e se ocupa com explicações para o dinheiro que recebeu em palestras cujas fontes pagadoras estão ocultas por exigências contratuais.
Como ainda estão em campanha, os candidatos poderiam pensar no país. E vai, aqui, uma singela colaboração de temas que estão nas ruas e algumas provocações:

- Fim da indicação dos ministros para os tribunais superiores (TSE; TST; STF) pelo Executivo, e, do administrativo (TCU) pela Câmara Federal; e assim por diante nos Estados e Municípios;
- Limitação a três nomes nas nomeações para os gabinetes de parlamentares e todos os cargos nas administrações públicas (Executivos, Judiciários e Legislativos), nas autarquias, estatais etc.; otimização e redução do tamanho da máquina nas administrações públicas; fixação de regras rígidas e inibidoras à criação de ministérios, secretarias, autarquias, estatais etc. nas administrações federal, estaduais e municipais;
- Fim do voto obrigatório; retorno à idade mínima de 18 anos para retirar o título de eleitor; criação do voto distrital;
- Mandatos coincidentes e de cinco (05) anos para todos os cargos; sem reeleição, mas podendo retornar após a quarentena por uma legislatura;
- Criação de penitenciárias profissionalizantes para o último terço das penas a serem cumpridas pelos presidiários;
- Redução da maioridade penal para 16 anos; e, após quatro anos, para 14;
- Reforma fiscal básica: discutida, de forma ampla pela sociedade, em um semestre; em discussão no Congresso Nacional em outro semestre e votação;
- Redução no número de impostos federais e estaduais e de suas alíquotas;
- Programa de redução dos impostos na produção e extração de commodities direcionadas à manufatura no país;
- Incentivos à redução da exportação de commodities in natura;
- Programa de incentivo ao trabalhador (serviço público e privado) e militar para vir a ser empreendedor nos cinco anos restantes para a aposentadoria;
- Incentivo ao ingresso das Prefeituras Municipais (de forma isolada ou em consórcio) em programas de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (P,D&I), com metas anuais de superação e comparação internacional;
- Programa de incentivo ao sucateamento de veículos (rodoviários, aéreos, náuticos e ferroviários) com mais de 10 anos de fabricação mediante isenção de impostos, mas declarado à Receita Federal pelo proprietário;
- Voto distrital; redução do número de vereadores, deputados e senadores;
- Fim do cargo de vice-prefeito para municípios com menos de 200 mil habitantes;
- Um hospital de pronto socorro para cada 50 mil habitantes;
- Revisões semestrais junto aos países desenvolvidos de programas de combates às doenças;
- Uma Delegacia de Polícia para cada 5 mil habitantes;
- Transferência permanente de conhecimentos táticos e de cursos da Polícia Federal e das Forças Armadas para as forças de segurança pública e Corpo de Bombeiros dos Estados;
- Poder bélico estratégico de defesa militar do território nacional comparável ao dos países que hoje têm poder veto no Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, Rússia, Reino Unido e França);
- Uma Escola Técnica para cada 50 mil habitantes;
- Reciclagem obrigatória, em escolas públicas e privadas, dos professores a cada três anos, sendo obrigatória a comprovação de que atingiu a meta;
- Livros didáticos com edições válidas por prazos mais longos;
- Fixação de prazo para o término de todos os programas assistenciais que transferem dinheiro público para conta dos cidadãos;
- Fixação de prazo para retirada do país de todos os profissionais estrangeiros que chegaram para programas de políticas assistenciais de Governo;
- Um quartel de Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para cada 50 mil habitantes. Envolvimento dos militares em atividades comunitárias;
- Uma barreira de polícia rodoviária Estadual e/Federal a cada 50 km de rodovia;
- Instalação de bases militares conjuntas (Exército, Marinha/Fuzileiros e Aeronáutica) a cada 50 km de fronteiras;
- Política internacional com privilégios somente às nações signatárias e praticantes dos princípios das determinações das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos;
- Máximo de 30 alunos por sala de aula nos ensinos Fundamental e Médio;
- Ocupação semanal, durante o dia, nos dias de semana, dos estádios de futebol como escolas públicas;
- Fim da exclusividade nas transmissões pelos canais de televisão de competições que tenham verbas públicas (da administração direta) e de empresas estatais como patrocinadoras de atletas, clubes e anunciantes no horário.
- Permanência máxima por dois mandatos dos presidentes das federações e confederações esportivas;
- Permanência máxima de dois mandatos dos dirigentes de clubes de futebol que estão no Programa de Recuperação Fiscal (Refis);
- Fim das acumulações dos prêmios das loterias da Caixa Econômica Federal – não tendo acertador(es) para o prêmio máximo, o valor será rateado nas classificações abaixo;
- Programa de transporte coletivo avaliação mensal de eficiência pelos poderes públicos, usuários e concessionários, com a fixação de critérios de satisfação para reajustes tarifários;
- Programas de incentivo à preservação ambiental em toda a sua amplitude destinado às crianças e jovens (até os 40 anos), com bonificações e/ou acúmulos de créditos fiscais para utilização em transações no país e ingresso no país com importados;
Etc. etc. etc. etc.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Acordo Petrobras e Braskem

Foi imposição. Mercado reage mal

Enviado por Nairo Alméri – seg, 1.9.2014 | às 12h56 - alterado às 13h31
Depois de um rosário de escândalos, que se forma desde o 1º Governo Lula (PT), 2003-2006, parece que tudo onde a Petrobras pisa cheira enxofre. Hoje os analistas para investimentos no mercado de capitais reagiram de nariz torcido ao novo acordo (acordo entre aspas) de seis meses que a Petrobras impôs ao preço do nafta que vende para a Braskem, principal petroquímica da América Latina. A análise no site da XPF Invest traduz bem o tal acordo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Candidatos isolam Brasil

Enviado por Nairo Alméri - qua, 27.8.2014 | às 9h10
Os sete candidatos à Presidência da República que foram ao pretenso debate na TV Band, ontem, não possuem políticas para as relações internacionais. A omissão total desse relacionamento foi, porém, ótimo para a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), que não foi confrontada (foi poupada) de ver questionada o fracasso da diplomacia brasileira. Não se discutiu as perdas de ativos financeiros pela Petrobras no exterior (desde os confiscos pela Bolívia), as relações comerciais gerais via regras da Organização Mundial do Comércio (OMC - dirigida atualmente por um brasileiro), os acordos comerciais com a China e Rússia, o fracasso do Mercosul, a parceria band-aid dentro dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), as preferencias perdidas nos mercados da África etc; as questões políticas na Venezuela, Rússia, Irã, Síria, Ucrânia, Afeganistão e Israel, além dos fracassos da ONU, OEA e o fiasco que é a tal Unasul (criada por Lula, ex-presidente e padrinho de Dilma).  

Aécio Neves nomeou Armínio Fraga

Enviado por Nairo Alméri - qua, 27.8.2014 | às 8h56
A menos de 40 dias das eleições, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) começou a nomeação de seu futuro Ministério. É uma jogada política, diante do manifesto de "descrédito" do empresariado com a política econômica do atual governo de Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Ontem, no pretenso debate da TV Band entre sete dos candidatos à Presidência da República, Aécio "nomeou" o economista Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central do Governo FHC), seu ministro da Fazenda. O candidato ainda não tem o mandato e caiu para o terceiro lugar na pesquisa do Ibope, ultrapassado por Marina Silva (PSB). Mas, de qualquer forma, inovará, caso chegue ao final da campanha com o eleitorado conhecendo previamente todos os seus "ministros". Terá tempo para nomeá-los e, evidentemente, colocá-los na campanha. Seria bom se indicasse também os seus presidentes para BNDES, BB, CEF, Petrobras, Eletrobras, Furnas etc.   

"Mais Médicos" nas TVs Band e Globo

Enviado por Nairo Alméri - qua, 27.8.2014 | às 8h39
O debate, na TV Band, entre sete dos candidatos à Presidência da República terminou era mais de 1h desta quarta-feira. A presidente Dilma Rousseff (PT), defendeu o sucesso na política da saúde pública com o seu "Mais Médicos" - e a importação de médicos: só de Cuba, mais de 11 mil, em abril. Assegurou que com os cubanos levou saúde a mais de "50 milhões" de brasileiros. Às 7h40, no "Bom Dia, Brasil", da TV Globo, foi mostrado o caso de uma cidadã que teve a "previsão" de atendimento agendada para "junho de 2015". No caso, para um teste para tuberculose.

Despreparo visto na TV Band

Enviado por Nairo Alméri - qua, 27.8.2014 | às 8h24
Ao comentarem o programado debate com sete dos candidatos à presidência da República, ontem, à noite, na TV Band, uma eleitora com bacharelado e licenciatura em Belas Artes, e ilustradora científica por profissão, e o estudante de Administração de Empresas reagiram indignados. O protesto é que candidatos a empregos nas empresas privadas e no serviço público (por concurso) precisam ter doutorado para lecionar etc.. Em caso empate (na iniciativa privada), o imbróglio vai para comprovação de competência nos currículos nas funções exercidas. Mas, enquanto isso, candidatos a presidente do Brasil, que é (por vezes) a 6ª economia do planeta, não precisam comprovar nada, bastando dominar correntes dentro de um partido e militâncias nas redes sociais.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Antônio Ermírio de Moraes foi um dos “oito”

Enviado por Nairo Alméri – seg, 25.8.2014 | às 7h52
Um dos momentos opostos mais importantes na história do empresariado brasileiro, a pós o golpe militar de 1964, nascido dentro da influente (hoje pouco, ou quase nada) Associação Brasileira da Indústria de Base (ABID) foi em 1978. Naquele ano, um grupo de líderes dos principais grupos empresariais do país lançou um manifesto em defesa da indústria nacional, desagradando os generais da ditadura militar (1964-1985), o “Manifesto dos oito”. Antônio Ermírio de Morais Antônio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, que já foi o maior no Brasil, estava lá. Com a morte de Antônio Ermírio, ocorrida domingo e anunciada na madrugada desta segunda-feira, a história da indústria brasileira encerra um dos capítulos mais importantes. Tive o privilégio de entrevistá-lo, por várias vezes, como repórter de Economia do velho e bom “Jornal do Brasil”. Acompanhei, mais como leitor, o peso político de suas palavras, olhares e, até, saídas em silêncio (pouco comum). Alguns amigos da velha guarda da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o tratavam por “Tonhão”, a maioria, “Dr. Antônio”. Ele foi fundamental na articulação do apoio do empresariado (e pressão política deste) a Tancredo Neves, então governador de Minas Gerais, na eleição (ainda indireta, no Colégio Eleitoral dentro do Congresso) para presidente da República (cargo que não assumiu), em 1985, contra o candidato da ditadura militar, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), de São Paulo.