Enviado por Nairo Alméri – seg, 25.8.2014 | às 7h52
Um dos momentos opostos mais importantes na história do
empresariado brasileiro, a pós o golpe militar de 1964, nascido dentro da
influente (hoje pouco, ou quase nada) Associação Brasileira da Indústria de
Base (ABID) foi em 1978. Naquele ano, um grupo de líderes dos principais grupos
empresariais do país lançou um manifesto em defesa da indústria nacional,
desagradando os generais da ditadura militar (1964-1985), o “Manifesto dos
oito”. Antônio Ermírio de Morais Antônio
Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, que já foi o maior no Brasil,
estava lá. Com a morte de Antônio Ermírio, ocorrida domingo e anunciada na
madrugada desta segunda-feira, a história da indústria brasileira encerra um dos
capítulos mais importantes. Tive o privilégio de entrevistá-lo, por várias vezes,
como repórter de Economia do velho e bom “Jornal do Brasil”. Acompanhei, mais
como leitor, o peso político de suas palavras, olhares e, até, saídas em silêncio
(pouco comum). Alguns amigos da velha guarda da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), o tratavam por “Tonhão”, a maioria, “Dr. Antônio”.
Ele foi fundamental na articulação do apoio do empresariado (e pressão política
deste) a Tancredo Neves, então governador de Minas Gerais, na eleição (ainda
indireta, no Colégio Eleitoral dentro do Congresso) para presidente da
República (cargo que não assumiu), em 1985, contra o candidato da ditadura
militar, o deputado Paulo Maluf (PP-SP), de São Paulo.
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