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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Agrishow - Embrapa e as pragas

Enviado por Nairo Alméri – qui, 17.4.2014 | às 15h56 - modificado às 17h35
A Embrapa Núcleo de Tecnologia e Demonstração de Campo (divisão da estatal federal Empresa Brasileira de Agropecuária - Embrapa) levará para a 21ª Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, de 28 a 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP) a demonstração prática de experiências de manejo integrado de pragas, com foco especial no combate a Helicoverpa, uma lagarta que ataca diversos tipos de culturas e tem tirado o sono dos produtores, pesquisadores e entidades governamentais. “Nossos técnicos estarão de plantão para tirar todas as dúvidas e fazer os esclarecimentos necessários para os produtores em relação à melhor forma de controlar a proliferação de pragas, em especial, a Helicoverpa”, antecipa chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, Ladislau Skorupa. Para essas ações, serão passadas instruções para a melhor forma de fazer a calibração de alvo para aplicação mecanizada do defensivo em cultura de soja. “Para esta dinâmica de campo, estamos convidando empresas do segmento de máquinas e equipamentos destinados à pulverização”, diz Skorupa.

Dimensão da feira
A Agrishow tem o status de uma das maiores e mais completas feiras de tecnologia agrícola do mundo. A feira é realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag),  Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq),  Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e a Sociedade Rural Brasileira (SRB). A contrata para a organização é a BTS Informa, integrante do Grupo Informa - maior promotor de feiras, conferências e treinamento do mundo. Em 2013, a feira registrou 150 mil acessos ao local, 790 expositores (algumas dezenas do exterior) e negócios da ordem de R$ 2,3 bilhões (aumento de 15% sobre 2012).

Compostagem doméstica e GEE
Além da atenção especial à Helicoverpa, na Tenda Embrapa da Agrishow 2014 serão demonstradas outras tecnologias: arborização de pastagens; compostagem doméstica; o SomaBrasil (Sistema de Observação e Monitoramento da Agricultura no Brasil); Projeto Pecus (avaliação do balanço entre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os sumidouros ("sequestro") de carbono dos vários sistemas de produção da pecuária; fertilizante organomineral de “Cama de Frango”; Biblioteca Embrapa (venda de publicações técnicas); maquete conceitual sobre Integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF); etc.

O Núcleo de Tecnologia
Os organizadores da 21ª Agrishow programaram demonstrações de campo permanentes na feira para o período de 29 a 2 de maio. Serão realizadas no Núcleo de Tecnologia e Demonstração de Campo terá, diariamente, demonstrações por áreas divididas em quatro grupos distintos: Grupo Novas Tecnologias, que compreende as culturas de cana, grão, forrageiras e hortaliças, das 9h40 às 12h; Grupo Agricultura, 9h30 às 12h, para máquinas estacionárias e agricultura familiar, hortifruticultura, demonstrações por empresas e tecnologias diversas; Grupo Empresas, 14h10 às 116h30, dinâmica para empresas, test drive (culturas do café, cana, coast-cross, forrageiras, laranja, milho forrageiro, mombaça, soja, sorgo granífero e sacarino e hortaliças.), ILPF, Plot’s (cana, grama, forrageiras e hortaliças; e, Grupo Pecuária, 14h às 16h30, forrageiras de milho, de capim e de cana, recolhedoras de forragem, fenação e vagões e misturadores. As demonstrações ocorrem em área  aberta de 100 hectares.

Avanços tecnológicos
De carona da onda do marketing da Copa do Mundo, em junho, a Agrishow lançará a campanha publicitária “Os Maiores Craques do Campo”. Trata-se de uma homenagem à dedicação e empenho do produtor rural em fazer do agronegócio brasileiro o mais competitivo do mundo. A feira não é apenas uma grande exposição, mas ambiente de negócios e para o lançamento dos mais significativos avanços tecnológicos do agronegócio brasileiro.

Escola Móvel do Senai
Uma das novidades da feira Agrishow  deste ano será a presença de unidade de Escola Móvel de Simulação  de Colheitadeira de Cana do Senai-SP direcionada para capacitação de profissionais operadores com colheitadeiras nas lavouras de cana-de-açúcar. A unidade é a mesma que o Sistema Senai desloca até as empresas. O projeto faz parte de um programa de oficinas e que consiste em ministrar aulas, práticas e teóricas, para a formação profissional destinada a atender as necessidades de indústrias e agroindústrias, com a comodidade de receber o treinamento na própria empresa. Neste ano, a unidade será apenas exposta na Agrishow 2014 e não haverá cursos, mas o visitante da feira poderá conhecer como será seu funcionamento no futuro. O Senai-SP tem uma frota de 74 unidades móveis dedicadas aos ambientes de ensino (oficinas, laboratórios e salas de aulas), montados sobre carretas. Elas podem se deslocar por todas as regiões do estado, principalmente nas localidades onde não há escolas do Senai.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Contradições (e uso político) do Bolsa Família

País melhora, mas assistidos só aumentam!...

Enviado por Nairo Alméri – ter, 15.4.2014 | às 7h46 - modificado 18.4.2014, às 14h24
O país tem avançado nas áreas econômica e social (surgiu até uma classe de consumidores permanentes C2, espécie de Classe Média do B) desde a estabilização da moeda, com o Plano Real (1994). Então, numa proporção aritmética, e raciocinando em cima da lógica e do bom senso, o número de famílias no programa federal assistencialista Bolsa Família deveria ter caído.
Mas não é isso o que acontece.
De olho na hegemonia eleitoreira, o Governo do Partido dos Trabalhadores (PT), que não quer largar o Palácio Planalto (faz parte do jogo da democracia – mas os meios devem ser democráticos e sem corrupção alguma), só aumenta as estatísticas. O Governo deveria criar instrumentos sólidos de perspectivas de futuro aos assistidos. Estes, observadas as excepcionalidades, deveriam sair compulsoriamente do programa em determinado prazo, tal qual é feito com o salário desemprego!...

Saltos de 2003 para 2012
No primeiro Governo Lula, o Bolsa Família, saltou de cerca de 4 milhões de famílias assistidas para 11,1 milhões, e a conta de R$ 3,4 bilhões para R$ 8,3 bilhões. Neste ano, o orçamento do Planalto está em R$ 25,4 bilhões, para distribuir entre 14,083 milhões de famílias (Ministério Desenvolvimento Social e Combate à Fome – março/2014).

Petrobras, boa ‘Geni’ do Planalto

Combinou com o PT?!...

Enviado por Nairo Alméri – ter, 15.4.2014 | às 7h39 - modificado às 8h25 - modificado em 17.5.2014, às 15h04 - 24.4.2015, às 9h03
À presidente Dilma Rousseff e ao seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT), interessam, e muito, que os políticos da oposição peguem carona no noticiário dos escândalos administrativos e práticas de corrupção na Petrobras. Com a credibilidade política descendo a ladeira, a presidente e o PT elegeram a estatal como vítima dos adversários (como se os adversários estivessem lá, há 12 anos, em confortáveis gabinetes e com rosários de mordomias, administrando as empresas do Grupo Petrobras, assinando todos os contratos, nomeando todos os diretores e cargos de chefias e distribuindo suas polpudas verbas para ONGs, partidos etc.).

Inversão de (falta de) valores
Na maior cara de pau, invertem os papéis, e acusam os de fora da base partidária aliada (PMDB, PDT, PCdoB etc.) de atos políticos para sujar de lama a (até então) boa imagem corporativa. E, então, montados em jegues das manobras eleitoreiras, a presidente e asseclas se apresentam ao povão – aquela massa, infelizmente, de esclarecimento político próximo de zero e dopada com a esmola pública, o Bolsa Família, que oficializou a preguiça como profissão para alguns milhões de beneficiados – como os salvadores da Petrobras, os salvadores da Pátria.

Combinou com o PT?!...
A “Folha de S.Paulo” publica a declaração de Dilma em campanha ontem, em Ipojuca (PE), vestindo um macacão laranja da Petrobras: “Nada nem ninguém’ destruirá a empresa e que irá apurar ‘com máximo de rigor’ eventuais crimes envolvendo a estatal”. Perguntar não ofende: combinou com o PT?...

Menos US$ 5 bilhões
Os fantasmas da eterna perseguição criada pelo PT, desde o estouro dos escândalos e práticas corrupção com verba pública, em 2004, continuarão a rondar o Palácio do Planalto. Experts de empresas de negócios financeiros, de São Paulo, aguardam por boletins de avaliações da agência de riscos Standard & Poor’s (S&P), que não trariam boas notícias para a Petrobras, podendo constar perda de valor de mercado de até US$ 5 bilhões nos primeiros 100 dias de 2014.  No final de março, a S&P rebaixou a nota para investimentos seguros no Brasil, de BBB para BBB. Em 2013, de acordo com a empresa de consultoria financeira Economática, a estatal petrolífera perdeu R$ 40 bilhões no índice da BM&FBovespa.

Um ano depois!...
A Petrobras é obrigada a lançar corrupção em seu balanço patrimonial. "Nunca antes, na história desse país (Lula)" se viu coisa igual!
   
Abrasca (1)
A Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) convocou AGO do seu Conselho de Administração, para o dia 30. Na pauta a votação das Contas da Diretoria de 2013 e o Relatório Anual do exercício. Reunião-almoço será patrocinada pela associada AmBev, no Museu-Cervejaria Bohemia, no Centro Histórico de Petrópolis (RJ).

Abrasca (2)
Pelo twitter: @abrascaBR

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Vargas e Petrobras, o 'mensalão' 2 do PT

Sacolinha on line da Papuda despida

Enviado por Nairo Alméri – seg, 14.4.2014 | às 7h33 - modificado às 7h36

Isso está parecendo seriado "Rambo" para o cinema, de Hollywood. No Brasil, o seriado é para os assaltos aos cofres públicos da União (do Tesouro Nacional) e das estatais. 
As tramas do vice-líder do PT na Câmara (renunciou há uma semana), André Vargas (PT-PR), com o doleiro Alberto Youssef (preso) seguem o mesmo roteiro do “mensalão” 1 do PT, o descoberto em 2004 e que mandou para cadeia (faz de conta) parte da cúpula nacional do partido - José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares - na época do processo, respectivamente, o 'dono' do partido, o presidente e o tesoureiro.
A diferença entre os 'mensalões' 1 e 2 do PT está apenas na forma do assalto aos cofres. No 'mensalão' 1, o então empresário mineiro dono das agências de publicidade SMP&B e DNA, Marcos Valério (preso), fazia as engenharias de como retirar o dinheiro da Viúva. A partilha e contabilização eram de acordo com a cúpula presa do PT (exceto Genoino, que ainda fica em casa). No 'mensalão' 2, o esquema foi descentralizado: executivos da confiança do PT atuam os esquemas dentro das estatais e ministérios.

Vizinho do Planalto
Do ‘mensalão’ 2, por enquanto, estourou apenas a teia montada em cima dos poços, refinarias e projetos ambientais da Petrobras e Ministério da Saúde. Na estatal, sobrou para Paulo Roberto Costa, durante nove anos (2003-2012) do PT chefiando o Governo federal alto diretor do Grupo Petrobras. Outra arquitetura, mais uma vez, estava na sombra do Palácio do Planalto, dentro do Congresso Nacional, mais precisamente na sala do vice-líder do PT na Câmara, André Vargas. O deputado, que está no noticiário há duas semanas, agia com o doleiro Alberto Youssef e sua fonte predileta eram os recursos do Ministério da Saúde.

Retorno da Delta
Na ponta do esquema do deputado do PT, aparece a empreiteira Delta Construções, envolvida em escândalos em obras de vários PACs – Programa de Aceleração do Crescimento –, do Governo federal: PAC da Copa do Mundo - no Rio e Belo Horizonte –, no PAC da Seca - transposição das águas do Rio São Francisco, no Nordeste - e PAC de Logística - construção de rodovias no Paraná. A empreiteira é do empresário Fernando Cavendish, com fortes ligações com Sérgio Cabral, até dez dias governador do Estado do Rio de Janeiro e do PMDB (principal partido de apoio ao PT e ao Governo Dilma Rousseff), e tinha planos para entrar prospecção de petróleo na Bacia de Santos, em poços do pré-sal. 

Coaf acionado
O Conselho de Atividades Financeiras (Coaf – órgão do Ministério da Fazenda) deverá ser acionado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assim que receber a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra a Petrobras. A Polícia Federal (que programa greve geral) também quer as informações cruzadas do Coaf para os esquemas Pasadena (refinaria nos Estados Unidos, que, um mês depois de vendida por US$ 42 milhões custou, inicialmente, à Petrobras 10 vezes mais. A, porém, passa US$ 1,3 bilhão), André Vargas e, novamente, Delta. 

"Lavagem de dinheiro"
O STF retomará a desconfiança lançada quando os petistas presos na Papuda (em Brasília) arrecadaram, sem esforços e em poucos dias, mais de R$ 2 milhões de reais para saldar multas impostas pelo tribunal. Os ministros não engoliram as "doações". De forma contundente, o  ministro Gilmar Mendes apontou indícios de "lavagem" de dinheiro".

'Sobras' na caixinha
Genoino recebeu, na tal 'caixinha on line' - campanha via internet -, R$ 761,9 mil, com sobras que repassou a Delúbio. Este tinha de pagar R$ 466 mil, e "arrecadou" R$ 1,013 milhão. Dirceu, que teve de pagar R$ 971 mil, demonstrou invejável performance com sua sacolinha: R$ 225 mil em dois dias. Diante disso, o PT decidiu que as "sobras" do "caixinha" do ex-tesoureiro iriam para o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Federal João Paulo Cunha (preso), multado em R$ 373 mil.

Mistério de Vargas
Numa infografia da "Folha de S.Paulo", na edição de 16 de fevereiro, intitulada "Sacolinha Petista", mostrando alguns deputados e um senador "doadores" para quatro condenados, apenas André Vargas não declarou a contribuição que daria ao seu ‘afilhado’ da Papuda, João Paulo Cunha, dizendo que a sua mulher definiria o valor.

Coaf, STF, PGR, ...
Com a palavra, então, o Coaf, STF, Procuradoria Geral da Pública (PGR), Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU), ... Enfim, a sociedade.

Poder do Coaf
O Decreto 2.799 , de 8 de outubro de 1998, instituiu o Coaf tendo entre as principais atividades a “prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”.  O Conselho consegue em tempo quase real determinar milhões de operações financeiras realizadas no país e exterior por empresas e pessoas físicas.  Leia o decreto e Resolução Nº 24, de 16 de janeiro de 2013. Leia o decreto e a Resolução Nº 24 , de 16 de janeiro de 2013

Outros 'mensalões'
Esses escândalos, claro, servirão de combustível para o PT pressionar a apuração de outras denúncias de ‘mensalões’: o “mensalão Mineiro”, envolvendo o PSDB, no governo de Eduardo Azeredo; “mensalão do DEM”; o “cartel do Metrô”, governos do PSDB de São Paulo; etc.


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Renan Calheiros (PMDB-AL) zomba de ti

A CPI cegonha da Petrobras

Enviado por Nairo Alméri – sex, 11.4.2014 | às 6h10 - modificado às 6h55
Caso a declaração de propósito não tivesse saída da boca de quem saiu, a do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), após dez doses duplas seguidas de pinga danada de ruim, seria possível começar a tender a acreditar que a CPI cegonha da Petrobras será coisa séria. O que disse o fazendeiro e coronel nordestino de votos, diante dos protestos da turma do “mensalão” ainda não investigado, o de Minas Gerais, é deboche puro:
- Fica difícil (a oposição) dizer que quer investigar. Mas quer investigar uma denúncia isolada. Tem outras denúncias que estão na ordem do dia que não podem ser investigadas. Ora! Como é que o Congresso vai poder investigar a Petrobras, e eu acho que tem que investigar sim, e não vai investigar o metrô, não vai investigar o porto de Suape, não vai investigar a corrupção que houve em relação aos recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia, que inclusive pagou marqueteiro nas campanhas eleitorais? Vamos aproveitar e investigar tudo.
Se não for gozação, Renan Calheiros endoidou. Se for para “investigar tudo”, ou seja, toda corrupção na administração pública do país, mesmo que apenas a partir do Governo Collor de Mello (atualmente senador pelo PTB-AL), 1990 para cá, o mundo terá que convocar uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) de todos os tribunais existentes na face da Terra e convocar milhares de ministros aposentados. Sozinho, o nosso Supremo Tribunal Federal (STJ) precisará de 100 anos (um século) para julgar 10% dos ilícitos. E mais: é impossível (sem aquelas doses duplas da marvada) de se acreditar, pelo histórico construído, em um Renan Calheiros investigador de denúncias de escândalos e “mensalões” envolvendo políticos. Ele começaria fechando o atual o Congresso Nacional. E, com certeza, nem ele escaparia das garras de uma Polícia Federal livre para investigar e determinar prisões.
Na verdade, o senador Renan Calheiros faz um dos tantos jogos do Palácio do Planalto. E, por dentro, debocha de todos os eleitores (incluindo os dele). Ele joga com uma certeza (a mesma do eleitor que elege e reelege conhecidos corruptos): dará em nada!!!... O senador não daria tiros nos pés de seus pares, da ativa e/ou bem aposentados. E, mesmo fora da lucidez, nunca cometeria tal bondade com a parte do povo ainda não dominada pela banalização da corrupção, dando vida a tal utopia dessas e justamente a partir da mesa do Congresso Nacional.
Acorda, povo! É ano de eleições!...

Denúncia de fraude (1)

Denúncia de fraude (2)

Denúncia de fraude (3)
(...)


fraude, Paulo Brossard, Suape, PMDB-AL, PTB-AL

quinta-feira, 10 de abril de 2014

“Vamos... tapear” com a “sensação de corrupção”

Enviado por Nairo Alméri – qui, 10.4.2014 | às  8h13
Depois de o presidente estatal Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo Vale, tentar passar recebido de idiotas para toda a Nação diante da inaceitável bagunça que viraram as obras do aeroporto de Confins (“Nós podemos, vamos dizer assim, tapear as obras de modo que você melhore a operacionalidade sem terminá-las como um todo”), veio algo pior e de uma autoridade do andar de cima no Governo Dilma Rousseff (PT).
“Há mais sensação de corrupção, sim, porque hoje ela não fica embaixo do tapete, porque a Polícia Federal tem independência para fazer isso (investigar)”, disse ontem o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O Governo Dilma, então, acaba de instituir a meia corrupção. É como se fosse possível criar em uma mulher a meia (pela metade) gravidez, quando a natureza do fato é único: se está ou não grávida. Não há um meio termo. Da mesma forma, há ou não há corrupção. 
A corrupção é um fato concreto para os três governos seguidos do PT (Governo Lula, 2003-06/2007-10; Governo Dilma, 2010-14). Mas o partido, depois de combatê-la por palavras durante 20 (duas décadas) de perseguição cubana para conquistar a Presidência da República, vive 12 anos relutando em aceitar que pratica a corrupção no grau mais puro de um diamante que a natureza possa ofertar no planeta.
Mas o país tem, sim, como lançar sua pedra fundamental por um fim da corrupção. Hoje, todos os políticos, com e sem mandatos, do PT, dos partidos da aliada e ministros de Estado rebatem as acusações de corrupção nos governos Lula e Dilma e que o “mensalão do PT” é uma ficção. Exigem da Nação uma reparação e o certificado de lisura. Em conjunto, preferem apontar denúncias de corrupção nos governos do PSDB: “cartel do metrô”, em São Paulo, e o “mensalão mineiro” (que seria a matriz da engenharia do “mensalão do PT”), em Minas Gerais. Da mesma forma, no PSDB e demais partidos de oposição rebatem as pedras jogas em seus telhados de vidro.
Conclusão: na oposição e PT e aliados, nas três esferas da administração pública (federal, estaduais e municipais), todos seriam corruptos, ou gravitariam na atmosfera da “sensação de corrupção”, como sugere o mestre Gilberto Carvalho. Solução: não eleger e nem reeleger ninguém entre deles.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

“Vamos... tapear” (o Brasil)

Enviado por Nairo Alméri – qua, 09.4.2014 | às 7h37 - modificado 10.4.2014, às 8h16
“Nós podemos, vamos dizer assim, tapear as obras de modo que você melhore a operacionalidade sem terminá-las como um todo”. As palavras saíram da boca do presidente estatal Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo Vale, tendo a sua direita o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys, e o presidente da concessionária BH Airport, Paulo Rangel. Ao fundo, um enorme painel, com a frase “Programa de Investimento em Logística”. Situação: entrevista coletiva após a assinatura do contrato de concessão para explosão pública dos serviços do aeroporto de Confins, em Confins (MG). O sentido exato das palavras do presidente da Infraero é: os gastos públicos, de quase R$ 0,5 bilhão, nunca tiraram as obras do estágio do atraso e, então, para atender a uma suposta pressão de passageiros, durante o período da Copa do Mundo, o Governo irá “tapear”. Em todas as frentes as obras estão com cronograma abaixo de 50% e não chegarão aos 60% durante os jogos das seleções de futebol.

Dilma faz campanha
Um dia antes, a presidente da República, Dilma Rousseff, passou pelo mesmo local, em campanha eleitoral, e consagrou a “privatização” da exploração daquele terminal. O palanque montado pela Infraero faz parte do conjunto “vamos... tapear”.

Empreiteiro, não!
O presidente da Infraero disse uma verdade. O Governo usa sempre do expediente “tapear” nos gastos públicos. Só não passam por isso o empreiteiro, pois os contratos asseguram, antes mesmo de colocar o primeiro tijolo, um reajuste futuro de até 25% nos valores dos contratos, por conta de atrasos e encarecimentos de insumos e outras variáveis.

Cultura no Planalto
Mas a verdade dita por Gustavo Vale é incompatível com o exercício da função pública. Na iniciativa privada, os acionistas da empresa o demitiriam ao término da entrevista. No Japão, estariam na cadeia ele e seus pares superiores. Mas, aqui, não acontecerá nada, nem com ele nem com Moreira Franco. Isso porque o Governo Dilma não tem zelo pela coisa pública e perde outra milésima chance de começar a praticá-lo. A preferência dos inquilinos do Palácio do Planalto tem sido, em meio século, continuar a “tapear”.