Comentário para reportagem do tipo “Mineração e represas ameaçam
ecossistemas brasileiros”, do "Estadão"
Enviado por Nairo Alméri – sáb, 08.11.2014 | às 13h58
- Como todo o respeito: colegas nas Redações continuam produzindo reportagens pelo
lado mais simples e burocrático (óbvio). Aquele que rende infográficos em cima
de informações oficiais e/ou pró(é)-oficiais. O problema do país é de cultura,
em sala de aula e de gestão nos gabinetes dos executivos das empresas e das
repartições públicas. Nessa linha do noticiário atual, rapidamente anunciaremos
o ÚLTIMO Km2 DE MATA DA AMAZÔNIA. E isso adiantará alguma coisa?! Se os
editores e repórteres que estão nas redações não conseguem (ou não querem)
enxergar isso, que seus chefes e patrões (sérios) ponham todos numa sala e
informem que o mundo toma novos caminhos. Esta semana, por exemplo, todos
veículos brasileiros de comunicação acharam ótimo (o estado da arte no serviço
de opinião pública) dar chamadas e manchetes para os índices da economia no mês
de SETEMBRO. Estamos em NOVEMBRO. Estamos ENCERRANDO 2014!!!... As empresas e
até o Governo (pelo menos no papel) já PLANEJARAM e REPLANEJARAM 2015, a partir
de JUNHO. O que interessa, então: é saber o comportamento da economia hoje
(institutos de pesquisas políticas não fazem projeção com 1.200 eleitores,
sendo a base um colegiado de 142,9 milhões de eleitores?!...). Então, peguem
dois ou três dos 40 indicadores mais expressivos e mostrem as tendências
(ponham o pessoal do IBGE/IPEA/BC etc. para se reciclar) da semana. É em cima
disso que as empresas e o próprio Governo corrigirão rumos para 2015! O mais, é
jornal, rádio, TV e sites enganando, na cara de pau, o leitor e o ouvinte! Mas
prestem atenção: leitor e ouvinte não serão enganados sempre! Voltando à
reportagem em questão. Nem mesmo as grandes (e poderosas) empresas de pecuária,
agricultura e mineração sustentarão a mesma situação numa campanha de opinião
pública séria, consistente e objetiva. Lembro que, em 1976, o velho, saudoso e
bom "" peitou o Governo Geisel (penúltimo general-governante da
ditadura e patrocinador da "abertura" política). A reação foi
imediata: cortar o JB das verbas de publicidade do principal Jornal do Brasil anunciante,
a Petrobras (ISSO, POR ACASO, NÃO LEMBRA ENSAIOS DO PT QUE RETORNARAM, APÓS AS
ELEIÇÕES?!...). Pois bem. A resposta do velho diário da resistência e luta pela
redemocratização veio em forma de editorial que resumia no seguinte: não
precisamos dos anúncios da Petrobras. A linha editorial assumida pelo jornal dava
certeza (SEGURANÇA) de que o empresariado supriria a ausência daquela polpuda
conta! Relembro isso com orgulho, pois, na época, não era, ainda, do JB.
Gabinetes, executivos, empresas, 2015, Jornal do Brasil,