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sexta-feira, 20 de junho de 2014

O porquê de minha saída do Facebook

Enviado por Nairo Alméri – sex, 20.06.2014 | às 10h24
Foi por discordar das posturas de colegas jornalistas (entre eles, respeitáveis e admirados por mim, até então) que assumiram, de forma cega, militâncias partidárias - se entregaram de corpo e alma ao fisiologismo dos políticos. E, como serviçais desses, se prestam ao linguajar chulo, nojento. Sou um recém-chegado ao Facebook. Até acreditei que, naquela janela virtual, jornalistas travavam, em maioria, diálogos e discussões construtivos em prol do país. Errei. Errei feio. Então, ontem (19.06), optei por deixar um “tchau”. Até o final das eleições, não entrarei mais para “curtir”, “comentar” e nem “compartilhar”. Ficarei, então, privado dos ideais e ideias de outros jornalistas, poucos, que, inteligentemente, renunciam a hegemonia e o papel de cabrestos do patrulhamento ideológico e dos remendos partidários. Ainda acredito na nobreza dos jornalistas para a sociedade e é com esses que busco aprendizados.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Devolução do IR e as urnas

Enviado por Nairo Alméri – qua, 18.06.2014 | às 0h25
A orientação da presidente Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à reeleição, para a Receita Federal é dar velocidade na restituição do imposto de renda retido na fonte das pessoas físicas. A malha fina também deverá ser abrandada. Milagre de um ano de eleições. No primeiro lote liberado este semana, conforme a Receita, figuram 1.361.028 contribuintes (declarações deste ano e daquelas que de outros exercícios fiscais retidas). Para eles, o desembolso previsto será de R$ 2 bilhões.

Economistas
Um diretor de Relações com Investidores (RI) de importante companhia aberta (com ações do capital social listadas no pregão da BM&FBovespa) faz crítica pertinente: “Jornalista quer saber como solucionar problemas da economia do país, mas só houve economistas de bancos. E nosso maior problema é dinheiro caro para investimentos”. Ele tem razão. A todo instante está um “economista chefe” deste ou daquele banco dando pitacos pelas indústrias (dizendo o que é melhor para segmento manufatureiro) em estúdios de tevês, citado em reportagens, assinando colunas etc.

Só no BNDES
Aquele economista com os pés no chão da fábrica tem razão, pois os bancos privados, por exemplo, não concorrem com as linhas de longo prazo, para investimentos fixos e para formação de capital de giro, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem o PSI – Programa de Sustentação dos Investimentos. A fonte mais segura do PSI é via FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, que gere a conta do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O PSI empresta com juros anuais de 4%, para inovação, 6% para caminhões, ônibus, máquinas  agrícolas e de bens de capital, e, 8%, para contratos de exportação. 

Zonas de conforto
Os bancos privados, no máximo, operam como repassadores do BNDES, que cobra “remuneração básica” de 0,9% ao ano e 0,5% de intermediação financeira. A remuneração do banco repassador é negociação livre com o tomador do empréstimo. O risco do BNDES, nessas intermediações, é zero, ou seja, é 100% do banco comercial privado repassador.

US$ 1,6 bi do Fonplata
Fonplata é sigla para Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata. Criado em 1974, tem sede em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, capital de US$ 1,6 bilhão. Seus recursos são destinados às melhorias das infraestruturas urbanas em países da Bacia do Prata, principalmente das cidades de fronteira. Seria o caso de melhorias em cidades do Acre, que estão recebendo uma avalanche de refugiados do Haiti. O Fonplata é gerido pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai e tem características de um Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) dentro da Bacia do Prata. O fundo recebe aportes do BID e opera no limite estatutário de US$ 250 milhões anuais em aprovações.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Fed e BC mexem com fantasmas das subprime

Na mira a KPMG, Deloite e Ernest & Young
Enviado por Nairo Alméri – seg, 16.06.2014 | às 7h21 - modificado às 19h58
Há seis anos, em 2008, ocorreu o rompimento da represa dos investimentos derivativos alavancados pelas hipotecas imobiliárias de alto risco, as subprime. Em efeito dominó, os habitantes do planeta descobriram que a Terra estava pendurada por um fio de teia de aranha. Eram US$ 63 trilhões de dólares em opções, derivativos etc. sem a menor garantia. A crise começou em junho de 2007 e a implosão quase que por completa do sistema financeiro global veio em 15 de setembro do ano seguinte, com a quebra do Lehman Brothers.

Aviso prévio lá
A crise das subprime teve um aviso prévio. Em2001, o Grupo Enron, do setor de energia e grande alavancador dos investidores na Bolsa de Nova York, quebrou quando a manipulação de seus balanços não suportou uma investigação mais atenta das autoridades financeiras. Criado em 1985, a partir de fusões, em 2001 estava no ranking das 70 maiores empresas em valor de mercado nos Estados Unidos – US$ 85 bilhões. A descoberta de fraudes em seus balanços arrastou também a maior empresa de auditoria do mundo, a Arthur Andersen.

Opção pelo consumo
O Governo do Brasil suportou o maremoto de 2008 alavancando a economia na política de consumo: manteve forte política de crédito, abriu mão de impostos, alimentou os bancos com renúncia de recolhimentos compulsórios e transferiu para eles saques nas reservas internacionais. As reservas apresentavam saldo médio de US$ 210 bilhões. A opção pelo consumo permanece até hoje, e, com isso, a base mais sólida da economia, a da produção, ficou a reboque da concorrência internacional. 

Desconfiança do Fed
Na semana de abertura da Copa do Mundo, uma notícia silenciosa surge nos EUA e traz mesmo alerta de 2001, quando quebrou o Grupo Enron. Publicada pelo “Valor Econômico”, material da agência “Reuters” avisa que o Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) investiga o mercado: “EUA tentam fechar o cerco a empréstimos alavancados” (título dado pelo jornal brasileiro). E cita o emblemático caso de transação “alavancada”, em 2007, da Texas Energy Future Holdings, por US$ 48 bilhões. A dívida da empresa,  de US$ 40 bilhões, seria 8,2 vezes o lucro antes da dedução dos impostos, juros etc.

Aviso prévio cá
Mera coincidência ou não, a “Folha de S.Paulo”, trouxe ontem a revelação de que os fiscais do Banco Central apontaram falhas de três entre as maiores empresas de auditorias que atuam no país, a KPMG (Holanda), Deloite (EUA) e Ernst & Young (Inglaterra), na auditagem dos balanços patrimoniais dos Bancos Rural e BVA, liquidados extrajudicialmente em 2013. Os bancos quebraram com rombos de R$ 1,3 bilhão e R$ 1,6 bilhão, respectivamente.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Os vermelhos do PT ficarão mais COLLOR(idos)!

Enviado por Nairo Alméri - qua, 11.6.2014 | às 8h16 - modificado às 8h18
Nestes dias de Copa do Mundo, a maioria dos partidários que vestem vermelho no país ficarão duplamente COLLOR(idos): na cores do Brasil, para a torcida com o time de Felipão e, na renovação do apoio do ex-presidente cassado (via impeachment, em 1992) e atual senador Fernando COLLOR de Mello (PTB-AL) à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT).

terça-feira, 10 de junho de 2014

Lupatech ganha fôlego

Enviado por Nairo Alméri – ter, 10.06.2014 | às 8h05
Fabricante de equipamentos e prestadora de serviços em petróleo e gás (O&G), a Lupatech S/A, enfim, obteve da 2ª Vara de Justiça da Comarca de Nova Odessa, no Estado de São Paulo, aprovação de seu plano de recuperação extrajudicial para renegociação da dívida atrelada aos bônus perpétuos. A peregrinação na Justiça, que se arrasta há longo tempo, custou à companhia perdas expressivas: o patrimônio líquido fechou negativo R$ 688,390 milhões, no final do 1º trimestre; ativo imobilizado caiu de R$ 908 milhões, em 31 de dezembro, para R$ 865 milhões; a receita, de R$ 140 milhões para R$ 130 milhões; e, o prejuízo líquido, saltou de R$ 58 milhões para R$ 95 milhões.
A companhia tem em seu capital, representado exclusivamente por ações ordinárias, com enorme peso de recursos diretos do Tesouro Nacional (BNDESPAR Participações, 31,14%) e indiretos (Fundação Petrobras de Seguridade Social – 24,45%). O terceiro acionista de peso e Oil Field Services Holco Llc (15,85%). A decisão da Justiça é do dia 6, mas somente ontem a companhia fez o comunicado à BM&FBovespa e, por coincidência, as ações apresentaram alta de 7,40%. Entenda o caso no post Lupatec com maré baixa, de 05.8.2013.

sábado, 7 de junho de 2014

PT - máquina de dinheiro (2)

Enviado por Nairo Alméri – sáb, 06.06.2014 | às 18h58
Depois de arrecadar mais de R$ 1,770 milhão, em 20 e poucos dias, para as multas de dois mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e presos, o PT assumirá plano de R$ 750 mil para fazer o ex-ministro Antônio Padilha, conhecido pelo interior de São Paulo. O partido dá sinais de bem capitalizado e que dinheiro não é problema. Como não é empresa do setor produtivo e nem financeiro (pelo menos não consta que tenha carta do Banco Central para operar como tal), pode-se dizer, então, que tem uma máquina de fazer dinheiro! (05.02.2014)

Gato no telhado
É. Mas tem “gato no telhado” do partido para as contas que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveu analisar. Tem nomes de peso sob a lupa de ministros. Detalhe: não é apenas do PT. Tem PSDB, PMDB, PP, PCdoB, PDT, PTB e por aí vai o baile!

Legado da Copa não é para qualquer país

Enviado por Nairo Alméri – sáb, 06.06.2014 | às 18h - modificado às 19h04
Há pouco, na página do Facebook, travei diálogo – com algumas posições de embate – com um jornalista amigo sobre o tal “legado” da Copa. Eu discordando de meu amigo, que tem análise apurada – e opta por fundamentação em pilares fundamentados. Cito países que foram sedes da Copa e não evoluíram. Até mesmo na Europa. Para o Brasil, mostro que o país tem prioridades básicas e que, em 2012, foi o 19º em registro de patentes, seis posições no gráfico da competividade, indo para em 64º, e que segurava lanterna entre os BRICS. Está em minha página no FB.


A FIGURA DO "LEGADO" NÃO É UMA PULE DE DEZ PARA QUALQUER PAÍS ANFITRIÃO DAS COPAS - Prezado Marcelo (...), "modelo compartilhado" é o desafio. Em matemática, só se faz comparações entre coisas e/ou períodos iguais. Análises entre os diferentes, passa ao campo das relações. Há enormes diferenças entre as três esferas de poder público - município, estado e união. E não vejo, e afirmo com total serenidade, legado da Copa possível para o Brasil, reafirmando a total e absoluta falta de planejamento e omissão propositada à realidade social do país. Há um fato, Marcelo, e tua inteligência não permite ignorar: conquistas da Copa e Olimpíada, no Brasil, fizeram dupla na carta de navegação de um plano partidário. Não se pode, então, se desejar impor a figura do legado ignorando a realidade de seus agentes e entes. Não devemos fazer comparações entre situações diferentes, repito. Então o ambiente para um legado de uma Copa na Europa não se aplica à África ou à América Latina. Exemplos: veja as realidades para os tais legados para Alemanha, África do Sul e México (América do Norte - duas copas, em 1970 e 1986), Argentina (1978). E veja que o tal legado não funcionou também na parte pobre da Europa Ocidental, caso da Espanha (1982). Na outra banda da Europa, também não houve legado, caso da Itália (1990). O relatório anual da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO), ano base 2012, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil (41.453) era o 19º , em 20 países avaliados - perdia para Polônia (tinha 211 a menos). Os estados Unidos (2,2 milhões), Corei do Sul (738 mil) e outros tantos - até o Principado de Mônaco, com 42.838) nos davam poeira. Dentro dos BRICS, era um vareio coletivo da China (875 mil), Rússia (181 mil), África do Sul (112 mil) e Índia (42.991). No Índice Global de Inovação 2013. Os dados fazem parte do ranking elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), tinha perdido 6 posições, ido para 64º, como "país mais inovador". A principal causa da queda do Brasil foi, conforme o relatório, análise das instituições, que dá enorme peso a "ambientes políticos, regulatórios e empresariais, o Brasil ficou no 95° lugar. O mal rendimento nos tópicos sofisticação do mercado, pesquisa de capital humano e resultados de atividade criativa também influenciaram a perda de posições" (Fonte: Qua, 10 de Julho de 2013 15:58 Escrito por Agência Gestão CT&I). Então, meu caro Marcelo (...), estamos analisando por vetores diferentes. Minha opção, enquanto o Brasil continuar como mero coadjuvante de realidades estatísticas como essas (e devemos levar em conta que seus movimentos nela estão diretamente relacionados ao comportamento dos demais figurantes), é, ainda, duvidar de um legado que, por vontade política (aqui outro imbróglio!), injete um novo ciclo de "milagre brasileiro" (primeira metade da década de 1970). Lembrar que o primeiro tinha lances parecidos para jogar propaganda de mobilização popular do atual Governo: envolvimento popular sob a sonoridade de dobrados e publicidade ufanistas. Mas gosto do debate em nível de seriedade. Obrigado pela oportunidade. Forte abraço!