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terça-feira, 25 de junho de 2013

PAC salva pescoço

Enviado por Nairo Alméri – ter, 25.6.2013 | às 13h27

Na prática, aquilo que a presidente Dilma Rousseff apresentou ontem a governadores e prefeitos das capitais servirá mais a ela que aos interlocutores. A estratégia foi fazer acreditarem, o que tem muito de verdade, que todos estão no centro do alvo dos protestos nas ruas. Portanto, unidos terão maiores chances na tentativa de abortar as mudanças exigidas pelos jovens. E, assim, manterem intocável o atual status quo da marmelada política.
Por isso, e exclusivamente isso, Dilma propôs a opção da cumplicidade ao seu pseudo pacto federativo, ancorado em duas provocações latentes: Constituinte e plebiscito. Não é necessário nada disso para se pôr fim ao leque de corrupção e ao rosário de mazelas apontados. Basta acabar com as imunidades de parlamentares e ministros e fazer valer, para todos cidadãos, as leis que existem.
Mas o objetivo claro da presidente puxar o Congresso para arena, o que abrirá espaços para o PT (e suas organizações) e partidos aliados da base. A partir da Câmara e do Senado, o Planalto quer expulsar das “negociações” os jovens que protestam de forma apartidária. Dilma nunca comungou com aquilo que levou ontem para a mesa ovalada. Se não tivesse acontecido o 6 de junho - dia em que o Movimento Passe Livre (MPL) ganhou as ruas de São Paulo, contra os R$ 0,20 nas tarifas dos coletivos -, a chefe do Planalto estaria exibindo seu topete na rota dos jogos da Seleção por este Brasil afora, usando camarotes dos caríssimos dos estádios. Estádios que tiraram verbas públicas de itens essenciais para a população. E certamente, iria ao jogo final, no Maracanã, onde receberia mais uma bajulação pobre do governador Sérgio Cabral.
De momento, a presidente só quer afrouxar a corda posta no seu pescoço. Aparentemente, parece ter conseguido aumentar a laçada e encaixar a cabeça de todos os governadores e prefeitos. Eles serão, espalhados pelo território nacional, bois de piranhas do Planalto. E têm a missão de patrolar os espaços negados ao PT nestes episódios populares. O desgaste dos donos do poder é tal que, desde as vaias recebidas na abertura desta Copa, em Brasília, Dilma vestiu vermelho, a cor oficial de seu partido, uma só vez.
Mesmo acuados, ministros, governadores e prefeitos parecem resistir em aceitar que a vida nacional aponta novos rumos. A agenda que viram é para chorar, mas muitos deles sorriam na companhia de Dilma. O gesto é um deboche ao clamor por mudanças radicais ou a certeza (equivocada) de que os protestos foram para o saco. Mas é o mesmo cristalino equívoco do prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, que não teve capacidade de avaliação ampla para o que se descortinava, no momento em que o MPL surgiu em praça pública e foi adotado como fermento que deu voz, cor e forma ao descontentamento. O movimento ganhou voz e pegou os políticos em pijamas e camisolas.
As vozes que Dilma diz ouvir (e somente agora – lembra Lula, que nunca sabia de nada) datam de muito tempo. Na Era PT, vem desde 2004, com a revelação do esquema de corrupção político-financeiro "mensalão", montado pelo partido. Naquele instante, estava certificado que o partido rasgara o que possuía de mais nobre, e de diferente em relação aos demais partidos: esperanças do fim das roubalheiras, licitações de cartas marcadas, corrupção com células até no quarto andar do Planalto, reformas políticas... Foi para isso que os petistas receberam o aval das urnas.
Ao girar o holofote para a cara de governadores e prefeitos, Dilma divide a enorme fatura da impopularidade que surge. E propositadamente incorreu em erros elementares no rito entre os três poderes da República. A babel formada por sua agenda cumprirá a missão de sombrear o debate amplo por reformas profundas, e substituir as ruas pelos guetos do Congresso. Nos conchavos e no voto secreto na Câmara e Senado, esses políticos, rejeitados em todos os quadrantes da nação, alimentam a certeza de que sufocarão essa geração insatisfeita.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

UFMG será ocupada antes do jogo do Brasil

Enviado por Nairo Alméri - seg, 24.6.2013 | às 18h08 

É exatamente isso que diz o "comunicado" assinado pelo  reitor Clélio Campolina e a vice-reitora Rocksane Norton da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi postado na manhã do domingo, às 10h15, na ressaca de mais um dia de vandalismos contra estabelecimentos comerciais próximos à UFMG e violência generalizada na repressão da Polícia Militar. O comunicado salienta que a medida está respaldada na Lei Geral da Copa e que está acertada com o Ministério da Justiça e o Governo de Minas Gerais. Leia o Comunicado

Gafisa de novo

Enviado por Nairo Alméri – seg, 24.6.2013 | às 14h28

Depois de negociar por R$ 1,4 bilhão o controle de Alphaville, repassando 70% aos fundos Pátria e Blackstone, a holding Gafisa S/A poderá colocar mais ativos de seu balanço na janela. A empresa tem ações listadas no pregão da BMF&Bovespa e controla ainda a imobiliária Gafisa e a construtora Tenda. No balanço do primeiro trimestre, a Gafisa mostrou um balanço consolidado (com as equivalências patrimoniais) com prejuízo líquido de R$ 52 milhões (R$ 32 milhões, mesmo período de 2012), para uma receita líquida de R$ 699 milhões (menor 20%). O endividamento fechou em R$ 3,93 bilhões (R$ 3,94 bilhões).

Enviado por Nairo Alméri – seg, 24.6.2013 | às 14h28

Da Assessoria da Imprensa SBP - www.sbpcnet.org.br

A biomédica e professora Helena Bonciani Nader (titular da Universidade Federal de São Paulo -Unifesp), foi reeleita presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para o mandato julho de 2013 a julho 2015. A entidade reelegeu também os vices Ennio Candotti (físico da Universidade do Estado do Amazonas - UEA) e Dora Fix Ventura (psicóloga da Universidade de São Paulo - USP), e, para  Secretaria Geral Aldo Malavasi (biólogo da Biofábrica Moscamed Brasil). Leia Mais 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Brasil

Enviado por Nairo Alméri - sex, 21.6.2013 | às 22h33

Sabendo usar, não vai faltar!

Do Riocentro aos vândalos de 2013

Enviado por Nairo Alméri – sex, 21.06.2013 | às 12h40
Durante a ditadura militar (1964-1985), agentes da repressão (das Forças Armadas, Policias Civil, Militar e Federal) agiam em duas frentes. Numa, infiltrados nos movimentos contrários ao regime,  que se manifestavam e lutavam armados pela volta da democracia. Na outra, praticando “atentados terroristas” contra instituições civis e militares, uma tática para jogar a culpa nos opositores. Nos últimos anos daquele período, explodiam bancas de jornais, em clara ameaça aos veículos da imprensa que apoiavam segmentos que pregavam a redemocratização do país.
Mas, a casa caiu (não cessaram as práticas de atentados de Estado) em 1º de maio de 1981, no último governo militar, o do general João Baptista de Figueiredo. A esse governante coube o papel de realizar a “distensão política”: decretar anistia, assegurar o retorno de exilados políticos, formação de partidos de todas correntes de pensamento, primeiras eleições livres, depois de 1965, para governadores e senadores (em 1982) etc. Os militares saíram do poder porque estavam totalmente desgastados por terem mergulhado o país em catástrofes social e econômica (o “milagre brasileiro” afundará nos custos dos seus projetos), por denúncias de corrupção etc. Eles não contavam mais com apoio integral de políticos e entidades civis que os ajudaram a aplicar o golpe de Estado.
Na noite da sexta-feira 30 de abril de 1981, um capitão e um sargento do Exército, pertencentes ao antigo Serviço Nacional de Inteligência (SNI - espionagem das três forças militares) e ao Centro de Inteligência do Exército (CIE), deixaram uma bomba (falou-se em bombas) explodir dentro do Puma em que se encontravam. Estavam no estacionamento do Riocentro, na Barra da Tijuca, no Rio. Eles representavam áreas do Exército que não concordavam com a volta dos civis ao poder. O sargento Guilherme Pereira do Rosário morreu dentro carro. O capitão Wilson Dias Machado foi socorrido dentro Puma, sobreviveu, atingiu a patente de oficial superior e foi professor no Colégio Militar.
Naquela noite, no Riocentro, era realizado um grande show musical, pelo Dia do Trabalho. Participavam consagrados compositores e intérpretes engajados na oposição política como Chico Buarque, Gonzaguinha, Beth Carvalho, Djavan, Paulinho da Viola, Gal Costa, Fagner, Ney Matogrosso, João Bosco, João Nogueira, MPB4, Francis Hime, Alceu Valença e Ivan Lins. Tinha alguns milhares de pessoas presentes. O atentado frustrado tinha o propósito de provocar muitas mortes, pânico e prisões aleatórias de “culpados”. Atenderia ao fortalecimento de núcleos radicais contrários à “distensão política”.
Hoje, os recursos dos centros de espionagem e inteligência das forças de segurança sob responsabilidade dos Estados e do Governo federal são infinitamente superiores (em profissionais, equipamentos rastreadores etc.) aos dos tempos do regime de opressão, encerrado em 1985. Então, é de se imaginar que a sociedade faça, neste momento, várias perguntas à presidente Dilma, ministros de Estado e governadores. Do tipo:
- A quem interessaria mais uma semana de baderna e vandalismos noturnos (a noite facilita ações criminosas, dificulta ação rápida da Polícia e o registro mais apurado pela mídia) indiscriminados?
- Apenas o Governo do PT, que vinha com a presidente Dilma em queda livre de popularidade e descontrole na política econômica, sairá perdendo com os episódios deste fim de outono?
- A oposição, que, em tese, se favoreceria com o fim do movimento no instante em que as prefeituras do Rio e São Paulo decidiram baixar as tarifas de ônibus, metrô e trens, como fica com a continuidade da baderna?
- O porquê de a Polícia Federal, cuja massa cinzenta (capacidade raciocínio e operação tática) supera toda a inteligência das Forças Armadas juntas, não apontar publicamente, até agora, onde operam os núcleos do vandalismo e de não ter, também, agido (ou revelado que agiu) para neutralizá-los?
- Repetir não será exagero: a quem interessa esticar esse forró dos vândalos e quem são eles?

Enviado por Nairo Alméri – sex, 21.6.2013 – às 12h40 - última alteração, 22.6.2013 | às 11h22 

Por Nelson Tucci – 21.6.2013 – blog nelsontucci 
Geeeeeeenteee... o que tem de sociologia de botequim no Facebook é brincadeira! Leia Mais  

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Embraer busca equilíbrio

Enviado por Nairo Alméri – quar, 19.06.2013 | às 4h21

Apesar dos anúncios de segunda-feira e ontem, de vendas de mais 114 aeronaves (quatro E-170 para Japan Air Lines; sete E-190, para Conviasa, da Venezuela; e, três E-170, Air Costa, da Índia; 100 E-175-E2, para SkyWest  Inc, Estados Unidos ) e “cartas de intenções” para outras 265, os executivos da Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica vivem o desafio de sustentar uma tendência de retomada das receitas mantendo os preços. Na abertura do 2º semestre, a companhia colocará em prática postura mais agressiva na prestação de serviços no exterior, ou seja, compensar canais de faturamento com os aviões.

Entregas
No primeiro trimestre, o lucro líquido, de R$ 62 milhões (queda de 67% em comparação com mesmo trimestre de em 2012), equivaleu a apenas 2,87% do faturamento líquido, de R$ 2,157 bilhões. De janeiro a março último, a Embraer entregou 27 aeronaves (comerciais e executivas), contra 76 no trimestre outubro-dezembro. No ano, o somatório das receitas da empresa, incluindo o despacho de 205 aeronaves, fechou em R$ 12,2 bilhões (na moeda norte-americana, a meta era ficar entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,2 bilhões) . Em abril, o diretor de Relações com Investidores da companhia, José Filipo, fez uma previsão de faturamento na ordem de US$ 6,4 bilhões para o atual exercício fiscal.
 
Curva
No primeiro trimestre deste ano, a carteira de pedidos da Embraer fechou em US$ 13,3 bilhões, o mais baixo entre todos os períodos desde 2007 (US$ 15 bilhões; 1º tri 2008, US$ 20,3 bilhões; 1º tri 2009, US$ 19,7 bilhões; 1º tri 2010, US$ 16 bilhões; 1º tri 2011, US$ 16 bilhões; 1º tri 2012, US$ 14,7 bilhões). Mesmo assim apresentou recuperação em relação ao 4º trimestre de 2013 (US$ 12,5 bilhões) e ao 3º (US$ 12,4 bilhões). Do 1º trimestre de 2007 ao mesmo período de 2013, a carteira de pedidos da Embraer exibe as seguintes médias mais baixas e altas por trimestres seguidos (fonte: Embraer):
- 1º ao 3º trimestre 2007: US$ 15,9 bilhões
- 2º ao 4º trimestre 2008: US$ 21,0 bilhões
- 2º ao 4º trimestre 2010: US$ 15,3 bilhões
- 1º ao 3º trimestre 2011: US$ 15,9 bilhões
- 2º ao 4º trimestre 2012: US$ 12,6 bilhões

Bombardier
Na semana passada, a canadense Bombardier Aeroespace, principal concorrente da Embraer no mercado de jatos regionais, entregou, em 2012, 233 aeronaves – meta era 235. Para o período 2013-2032 a projeção da companhia é comercializar 24 mil jatos executivos, e, 12.800 comerciais (20 a 149 assentos). Com o primeiro lote, a receita apurada chegaria a US$ 650 bilhões. No segundo, US$ 646 bilhões.

67ª SBPC
A 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 21 a 26 de julho no campus da UFPE, em Recife (PE), terá como tema “Ciência para o Novo Brasil!”.

Futebol
Os cientistas terão, nos vários painéis da 67ª SBPC, temas que discutirão políticas indígenas, ética e futebol. Este último tópico, por sinal, ganhou força com os protestos destes dias cujos destaques são os custos das passagens de ônibus e da Copa do Mundo 2014.

Enviado por Nairo Alméri – quar, 19.6.2013 | às  4h21

Por Milton Rego – ter, 18.6.2013 – blogdomiltonrego

No dia 6 de junho escrevi um post sobre a novela que virou a questão do emplacamento de máquinas agrícolas e rodoviárias.
Pois bem, uma semana depois, no dia 11 de junho, temos novos capítulos. Foi publicada no Diário Oficial da União, a Portaria 130, que finalmente regulamentaria a concessão do registro, ou seja, a possibilidade de emplacamento para máquinas agrícolas e rodoviárias. Isso é um passo importante para o setor e principalmente para os clientes, pois diminui o custo de financiamento e dá a garantia da adequação da máquina às normas vigentes. Leia Mais

terça-feira, 18 de junho de 2013

Submarino nuclear

Enviado por Nairo Alméri – ter, 18.06.2013 | às 13h28

DEFESA MILITAR
A Marinha do Brasil ainda não esclareceu o projeto de “nuclearização” de todos os submarinos SBr, do Prosub – Programa de Desenvolvimento de Submarinos, que receberá da francesa DNCS, com a transferência de tecnologia. De acordo com site especializado defesabr.com, bastaria alongar o submarino (o que foi feito no atual projeto – Leia Partes do submarino francês), via colocação de uma nova seção para o reator nuclear, em substituição ao motor a diesel e suas baterias.
  
Aço da França
O Estaleiro e Base Naval (EBN), da Marinha, em Itaguaí (RJ), importará chapas de aço naval da França para a construção dos cascos de dois dos três submarinos classe Secorpène  S-Br, com propulsão convencional (a diesel), e para o primeiro da SN-Br, com propulsão nuclear. Os submarinos, juntamente com o primeiro convencional, cujas partes chegam aos poucos da França, desde o mês passado, fazem parte do Prosub.

No pré-sal
A chapa de aço aplicada pela francesa DNCS, fornecedora da tecnologia, tem nomenclatura HY 100 ou HLES 80. Trata-se de uma chapa microligada (mais fina e mais resistente), que permite ao submarino descer a mais de 400 metros de profundidade. Isso é importante para a Marinha nas operações de defesa dos campos de petróleo e gás natural na camada do pré-sal. Alguns campos ficarão a até 7 mil metros de profundidade.

Randon
De uma encomenda de 325 retroescavadeiras à Randon Veículos (Grupo Randon), o Governo federal entregará hoje, em Belo Horizonte, as primeiras 20 unidades a municípios mineiros atendidos em PAC-2 via Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

 
Enviado por Nairo Alméri – ter, 18.06.2013 | às 13h28

JUSTIÇA DO TRABALHO
Por Lourdes Côrtes /CF TST – 18.6.2013 | às 10h39

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão que condenou a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a pagar diferenças sobre a remuneração de licença-prêmio a um auxiliar técnico de tráfego, decorrentes da integração, à sua base de cálculo, do adicional de periculosidade. A condenação baseou-se nas normas coletivas da categoria, segundo as quais a licença-prêmio corresponde ao pagamento salarial durante os dias de repouso e, por constituir salário, são devidos os reflexos do adicional. Leia Mais