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sábado, 29 de novembro de 2014

Eike Batista abaixo dos US$ 100 milhões

Enviado por Nairo Alméri – 29.11.2014 | 0h14
Sem as badalações do jet set, nacional e internacional, que o faziam um sorridente de bochechas que reluziam ouro, até 2012, o ex-bilionário Eike Batista completou 54 anos, dia 3 deste mês, mais esquecido que carrinho de mão com pneu murcho. Gerado in vitro no pregão da BM&FBovespa, contratos privilegiados do BNDES e propagandas oficiais dos Governos Dilma e Lula (ambos do PT, no poder desde 2003), Eike nasceu em 1956, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, Leste de Minas. Não fosse a derrocada, a partir do momento em que os atores do mercado de investidores em ações começaram a desconfiar de um Midas alavancado em projetos que se aposentavam nas pranchetas, certamente ele viraria filho mais ilustre da cidade, seria nome de avenida e teria seu busto com olhar sobre a própria cabeça, em uma praça. Mas, na primeira chance, o tal mercado de risco fechou o registro do duto da dinheirama fácil. Sem esse combustível, perdeu força o meteoro que cruzava a atmosfera iluminando com bilhões de dólares projetos por todos os cantos do país, sem deixar de fora de uma única oportunidade. Não conhecia limites em suas aventuras: bancava desde o salário de um jogador de futebol de seu clube preferido – Botafogo – em final de carreira até as tentativas de extração de petróleo em poços  a 7 mil metros de profundidade, na camada pré-sal. Em 2008, Eike figurava como 142ª Fortuna do planeta (Revista Forbes), no alto de uma montanha de US$ 6,6 bilhões. Em quatro anos, ela quase quintuplicou, para US$ 30 bilhões e Eike galgou o 7º posto global dos bilionários do Planeta. Era 2012 e o buraco em sua conta viraria uma cratera na mesma velocidade com que tocou as estrelas. Em menos de um ano e meio, ruiu o império do Grupo EBX, com as ações do capital das suas empresas coladas no índice dos investidores ‘micados’. Com dificuldades para negociar (capitalização das dívidas) com credores, Eike vendia seus papéis a preços promocionais. Não era mais um bilionário. Hoje, Bloomberg e Forbes devem estimar a fortuna pessoal dele abaixo dos US$ 100 milhões.

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