Enviado por Nairo
Alméri – seg, 13.12.2013 | às 0h02
Enquanto o Grupo Glencore, maior exportador global de carvão
térmico, expande sua produção de forma quase vegetativa, para 146 milhões
de toneladas anuais com o investimentos nas minas Ravensworth e
Ullan, na Austrália, a BHP Billinton dá um salto bem superior. Nas minas de
Carrejon, na Colômbia, conforme a Bloomberg, a BHP, em consórcio com a própria
Glencore e Anglo American, sairá das 8 milhões de toneladas para 40 milhões de
toneladas anuais.
Cartel da droga migra para mineração
Os cartéis do tráfico de drogas do México estão migrando das
atividades com a cocaína para as do setor mineral, principalmente de minério de
ferro que é exportado para a China. O produto é obtido via extorsões contra as
mineradoras e roubos no transporte rodoviário. O produto segue para empresas
legalmente estabelecidas, que executam a exportação. Há também casos de
exploração ilegal das atividades minerárias. Isso teria começado em 2010, diante
da maior pressão das autoridades no combate aos cartéis. A mineração ilegal de
minério de ferro estaria mais acentuada nos estados de Jalisco, Michoacán e
Colima. De acordo com o site WebMine, o minério é exportado pelos portos da
costa do Pacífico.
No carvão
O ex-governador do Estado de Cohauila, Humberto Moreira,
explica que é muito mais vantajoso para
os cartéis extrair carvão pagando salário escravo e vendê-lo a US$ 30 a
tonelada, que continuar no ramo das drogas. O Estado responde por mais de 90%
da produção de carvão térmico do país, com 15 milhões de toneladas
anuais.
Apimec
A aparente
calmaria vivida pela Associação dos Analistas e Profissionais de
Investimento de Mercado de Capitais (Apimec) é sinal de letargia. A gestão nacional está ficando a cada dia
mais distante da base. Na real, a entidade está rachada e isto ficará visível
ainda no primeiro trimestre de 2014, quando uma chapa de oposição será
“apresentada ao mercado”.
Festa garantida
A
movimentação já começou pela Apimec-SP, que concentra o maior número de
analistas. Pelos labirintos do mercado, o comentário é que o presidente atual
da Apimec Nacional, Reginaldo
Ferreira Alexandre, atual
está “se achando” e o seu jeitão centralizador de gerir a entidade conseguiu
fomentar uma frente de oposição muito maior que ele e sua doce vaidade... Mas uma
coisa é certa: em 2014, a entidade comemorará, de um jeito ou de outro, com
oposição vitoriosa ou derrotada, os 25 anos de fundação.
LLX
A troca do nome da LLX, da empresa do ex-bilionário Eike
Batista, dono do Grupo EBX, para Prumo, deve ser uma tentativa romântica de
tirá-la da deriva! A empresa, afundada em dívidas como todas as demais irmãs X,
foi criada em 2007 e administra as obras do projeto do complexo industrial do
Superporto do Açú, em São João da Barra (RJ). Em valores nominais de agosto, os maiores
credores da LLX eram o BNDES (R$ 519 milhões) e o Bradesco (R$ 728 milhões).
Belo Horizonte (1)
Os jornais da capital mineira foram para as bancas ontem com
a seguinte publicidade de página inteira da Prefeitura Municipal: "BH 116
anos. No caminho certo para ser a melhor cidade do Brasil".
Belo Horizonte (2)
Enquanto isso, como acontece todos os anos, nesta estação,
milhares de cidadãos passaram a noite e madruga (e foram notícia nos mesmos
jornais), retirando lama de dentro das casas, que foram inundadas pela chuva. E
olha que a temporada mal está começando.
Belo Horizonte (3)
Moral da publicidade da Prefeitura Municipal: “... melhor
cidade do Brasil” só se for entre aquelas que todo os anos ficam submersas por
conta do descaso público – da Prefeitura, Câmara Municipal, Assembleia
Legislativa e Governo do Estado.