Enviado por Nairo Alméri - qui, 28.03.2013 | às 12h59
O Conselho de Administração da Cedro e Cachoeira (textil), companhia com ações do capital social listadas na BM&FBovespa, após um processo interno seletivo entre três de seus executivos, escolheu o atual diretor de Gestão e Recursos Humanos, Marco Antônio Branquinho Júnior, para assumir a presidência da Diretoria em 31 de dezembro. A sucessão foi anunciada pelo atual presidente, Agnaldo Diniz Filho, na manhã de hoje, durante a apresentação da Apimec (dos resultados financeiros de 2012), em Belo Horizonte. Ele chamou atenção para um fato importante na história da companhia: pela primeira vez, em 140 anos de existência (desde 1872) de produção ininterrupta, a Cedro terá seu comando exercido por um executivo não descentente das famílias fundadoras. Branquinho, há oito anos na empresa, está em processo de transição e será o 13º presidente. Com 40 anos de idade e graduado em Engenharia Mecânica (UFMG), concorreu com outros dois executivos que são do bloco "familiar" e teve voto de um deles, revelou o atual presidente. Agnaldo Diniz, também presidente (reeleito) da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), entrega o cargo por ter atingido a idade limite prevista no Estatuto. Ele está há 43 anos na Cedro, dos quais 12 no comando.
Obs.: Resultado da Cedro será abordado mais tarde.
ASSUNTOS PRINCIPAIS: - Ensino e Ciência - Cultura e Veículos de Comunicação - Desenvolvimento, Sustentabilidade e Soberania - Investimento, Produção e Recuperação de Bens - Empresas de Destaque, Profissões do Futuro e Eventos - Logística de Commodities, Bens de Consumo e Exportação - Política de Governo, Leis, Justiça e Cidadania - Economia Internacional e Empresas Globais
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quinta-feira, 28 de março de 2013
terça-feira, 26 de março de 2013
“Passa” pela prefeitura de BH
Enviado por Nairo Alméri – ter,
26.3.2013 | às 12h45 - modificado às 14h33
Há alguns
anos atrás, era comum se ouvir nos discursos dos políticos, toda vez que
buscavam entendimento em aliança nacional, a frase: “passa por Minas”. Refletia
o peso político que o Estado tinha no Congresso e no cenário nacional. A frase
foi consolidada por uma das últimas raposas políticas (no sentido de como fazer
política) deste país, o então governador Tancredo Neves, quando articulava sua
candidatura à Presidência República. Foi o último pleito pelo voto indireto
(dentro do Colégio Eleitoral imposto pela ditadura militar), em 1983 e 1984. O
mineiro enfrentou o paulista Paulo Maluf, representante do sistema militar.
O misto da importância
política de Tancredo e a sede do país por democracia plena patrocinaram
fantástica romaria nacional de políticos e empresários (dos maiores grupos da
produção e de banqueiros – Mathias Machline, Antônio Ermírio de Moraes, Amador
Aguiar etc.) à capital mineira. Os portões do Palácio da Liberdade ficaram
estreitos para o cotidiano entra e sai. A mídia nacional foi obrigada fortalecer
suas sucursais locais.
Quase 30
anos depois, o neto de Tancredo, o ex-governador e senador Aécio Neves
(PSDB-MG), revê as lições do avô. Tenta aglutinar fatores para uma provável corrida
ao Palácio do Planalto. Enquanto Tancredo dava luz ao Palácio da Liberdade (abria
os portões para os refletores), Aécio negocia ao pé do ouvido. No momento, o
presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é a melhor
opção visível de Aécio para vice. Por coincidência, é a mesma desejada pela presidente
Dilma Rousseff, em sua corrida ir à reeleição, em 2014. Nas pesquisas, de
momento, o governador e neto de Miguel Arraes (um dos maiores políticos em
tempos de democracia do Nordeste e duas vezes governador do mesmo estado) é
fator de desequilíbrio.
A desejada composição
de Aécio com o chefe do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de
Pernambuco, “passa” pela Prefeitura de Belo Horizonte. Para ter Campos como vice,
Aécio terá, antes de tudo, de convencê-lo que a sua oferta é uma boa moeda de
troca: garantia da chapa do prefeito reeleito da capital mineira, Márcio
Lacerda (PSB), para o governo de Minas. Dilma oferta os cofres do Tesouro
Nacional como o arco-íris que transformará todo sertão do Nordeste numa Suécia
tropical brasileira.
Commodities de Aécio
Até 2008, Márcio
Lacerda era conhecido como ex-empresário bem-sucedido (serviços para operadoras
de telefonia fixa e de montagem de pequenas centrais telefônicas), ex-secretário-geral
de Ministério da Integração Nacional (primeiro Governo Lula) e ex-secretrário do
Desenvolvimento de Minas (segundo Governo Aécio). O prefeito foi invenção política
do senador do PSDB. A sua metamorfose deixou patente que a política terá, cada
vez mais, soluções de proveta. Assim como ele, o atual governador de Minas, Antônio
Anastasia, professor universitário de Direito e técnico em administração
pública (ex-secretário-geral no Ministério do Trabalho, no primeiro Governo
Fernando Henrique), é outra commodity política
OGM (de organismo geneticamente modificado) plantada por Aécio.
Colheita
O senador
mineiro terá que fazer boas colheitas por todas as estações que restam de 2013
e até a primavera-verão de 2014. E, como tem sido especulado, não se descarta nova
pavimentação por uma estrada bem conhecida, a que leva de volta à Praça da Liberdade.
O 21 de
abril
O jogo político sugere atenção às agendas do próximo dia 21 de abril, quando o
país rende homenagens aos heróis da Inconfidência Mineira. É também data do
anúncio da morte de Tancredo, em 1985. Se o céu do campo de pouso de São João
del-Rei ficar pequeno, muda a análise nacional.
Camilo Penna
De João
Camilo Penna (ex-presidente das elétricas Cemig e de Furnas, ex-secretário da
Fazenda de Minas e ex-ministro da Indústria e Comércio) para este blog: “A velhice
é uma boa característica. Pena que dure pouco”.
Corintianos órfãos de diplomacia
Enviado por Nairo Alméri –
ter, 27.3.2013 | às 14h33
Por
Cristina Moreno Casto, do blog kikacastro – 25.3.2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Passageiros fora das ferrovias
Enviado por Nairo
Alméri – seg, 25.3.2013 |às 14h17
Em setembro de 2011, na coluna diária de economia que eu
assinava no jornal “Hoje em Dia” (“Negócios S/A”), de Belo Horizonte, tratei do
descumprimento “cláusula” de contrato pelas atuais concessionárias ferrovias a
respeito do transporte de passageiros. Pois bem. Na semana passada, em
Brasília, reuniram-se representantes da Associação Nacional das Transportadoras
Ferroviárias (ANTF), de um lado, e dos Ministérios dos Transportes e o do Planejamento,
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Agência Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT) e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL –
estatal que o Governo Dilma criou para gerenciar o PAC da Logística). Na pauta
apenas o interesse das concessionárias pelo uso de áreas (patrimônio) da União
que estavam com a extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) e não constaram
nos editais de privatização, em 1996. As empresas querem usar essas áreas para expansões
da malha e dos pátios de manobras. Para isso, então, o Governo baixou o Decreto
7.929/2013, denominado “Reserva Técnica”, criando condições para entrega do
remanescente. Da agenda e das conversas entre representantes do Governo e das
concessionárias, não constou absolutamente nada sobre a obrigatoriedade de
abertura da malha para volta do transporte de passageiros.
Ferrovias têm que abrir linhas para passageiros; MRS e FCA
indiferentes
Nairo Alméri – Hoje em
Dia, “Negócios S/A” - 26.9.2011
As empresas ferroviárias concessionárias descumprem uma
cláusula nos contratos de privatização, a partir de 1996, das malhas que
pertenceram à Rede Ferroviária Federal S/A, que obriga a criação de linha de
passageiros. A grita parte de um grupo de prefeitos do Sul do Estado do Rio de
Janeiro. Esse assunto já foi tratado aqui, mas sem o conhecimento de tal
"cláusula". Na quarta-feira, em demanda da coluna, a Agência Nacional
de Transporte Terrestre (ANTT) confirmou, via assessoria de imprensa, a
existência da "cláusula", mas sem revelar o artigo nos contratos -
que fora solicitado.
No dia 20 de julho, a ANTT deverá revelar o novo "marco
regulatório" para o setor ferroviário.
No Estado do Rio de Janeiro, os prefeitos de Volta Redonda (Antônio Francisco Neto), Resende (José Rechuan) e Barra do Piraí (José Luis Anchite), há algum tempo, tentam junto às concessionárias MRS Logística (controlada por um pool de empresas, incluindo Bradesco, Usiminas e Vale) e Ferrovia Centro Atlântica (FCA - 1 da Vale) viabilizar o retorno de vários ramais de passageiros, inclusive entrando em Minas Gerais (até Andrelândia, na Serra da Mantiqueira). Mas, conforme relataram ao jornal "Diário do Vale", enfrentam dificuldades com as empresas e a ANTT. O diário diz que as concessionárias admitiram conhecimento da "cláusula".
No Estado do Rio de Janeiro, os prefeitos de Volta Redonda (Antônio Francisco Neto), Resende (José Rechuan) e Barra do Piraí (José Luis Anchite), há algum tempo, tentam junto às concessionárias MRS Logística (controlada por um pool de empresas, incluindo Bradesco, Usiminas e Vale) e Ferrovia Centro Atlântica (FCA - 1 da Vale) viabilizar o retorno de vários ramais de passageiros, inclusive entrando em Minas Gerais (até Andrelândia, na Serra da Mantiqueira). Mas, conforme relataram ao jornal "Diário do Vale", enfrentam dificuldades com as empresas e a ANTT. O diário diz que as concessionárias admitiram conhecimento da "cláusula".
A ANTT deu respostas vazias para o assunto.
"Realmente existem cláusulas nos contratos de concessão
(excluindo-se os contratos da Vale, na Estrada de Ferro Vitória Minas e na
Estrada de Ferro Carajás, que já realizam o transporte ferroviário de
passageiros), em que as concessionárias são obrigadas a abrir janelas para
"apenas dois pares de trens diários", dando preferência de tráfego
aos mesmos, em conformidade com o Regulamento do Transporte Ferroviário.
Entretanto, acreditamos (logicamente que dependemos de estudos mais
aprofundados de demanda para confirmar tal hipótese) que essas duas janelas não
seriam suficientes para a maioria dos pleitos apresentados", respondeu a
ANTT à pergunta sobre a existência da cláusula citada pelos prefeitos.
Projeto amplo
Na questão sobre o que poderia fazer para que as
concessionárias atendam aos pleitos das prefeituras, a ANTT respondeu:
"Todos os pleitos consistentes e fundamentados de implantação de
transporte de passageiros em vias concessionadas para o transporte de cargas
tiveram sucesso. Para isto foi inserida a citada cláusula. É importante que
sejam feitos estudos completos onde fique definida uma série de questões como
origem/destino, demanda a ser atendida, horários, frequência, tarifa,
especificação do material rodante e sua compatibilidade com as características
operacionais da ferrovia, plano de contingenciamento de risco, adaptações e
melhorias das estações. Importa ressaltar que no trecho que corta os municípios
de Barra do Piraí e Volta Redonda, o de maior densidade de tráfego da malha
ferroviária do Brasil, circulam em média 80 trens por dia".
Chega a Minas
O prefeito de Volta Redonda diz que tentou convencer as
empresas a implantarem o trem de passageiros ligando bairros ao Centro. O de
Resende conta que desenvolveu projeto técnico, incluindo incentivo ao turismo,
mas que encontrou "obstáculos" nas operadoras das ferrovias. O
prefeito de Barra do Piraí também declarou apoio ao retorno dos trens de
passageiros, pois facilitaria a viagem de trabalhadores da capital para as
empresas do município.
José Rechuan disse que procurou pelo Consórcio Cercanias,
formado por 15 municípios de São Paulo, Minas e Estado do Rio, em busca de
parceiros no empresariado da região para ativar dois trens: Volta
Redonda-Aparecida do Norte (SP), e Andrelândia (MG)-Barra Mansa (RJ), podendo
ir até Angra dos Reis (litoral Sul Fluminense), com partida de Resende. Essa
proposta, de acordo com o prefeito, está na mesa da ANTT.
Concessionária nega a obstrução
Concessionária nega a obstrução
O gerente geral de Concessão e Arrendamento da MRS, Sérgio
Carrato, nega que tenha recebido o pleito das prefeituras fluminenses.
"Nunca chegou documento nesse sentido. Eu desconheço", frisou.
Sérgio Carrato admitiu que a cláusula prevê que a
concessionária é obrigada a "disponibilizar dois horários", mas que
"o equipamento (a composição de passageiros) é por conta de quem quer
fazer o transporte". Ele cita a Resolução 359/2003 da ANTT, mas que trata
de "procedimentos relativos à prestação não regular e eventual de serviços
de transporte ferroviário de passageiros com finalidade turística,
histórico-cultural e comemorativa", sem citar o transporte regular de
passageiros. O gerente da MRS insistiu que a empresa não pode ser apontada como
obstáculo ao pleito dos prefeitos. "Não temos qualquer pedido (para
transportar passageiros) e não estamos autorizados. A concessão dada pela União
é para carga", concluiu.
FCA
FCA
A ferrovia controlada pela Vale também não esboça interesse
com a operação do trem de passageiros reivindicado pela frente de prefeitos de
Volta Redonda, Resende e Barra do Piraí. "A FCA esclarece que seus
contratos de concessão e arrendamento são exclusivos para o transporte
ferroviário de cargas, não prevendo o transporte de passageiros", diz nota
liberada pela assessoria de imprensa. A empresa menciona as operações com os
trens turísticos (finais de semana e feriados ) em cidades históricas: Ouro
Preto-Mariana e São João del Rei-Tiradentes.
Com a ANTT
Com a ANTT
Na mesma linha da MRS, a empresa da Vale diz apenas que
"participa de discussões que fomentam a realização de trens de passageiros
em sua malha". Mas deixa claro, também, o que não assumirá a dianteira:
"(...) os interessados precisarão obter as devidas autorizações da ANTT
para os transportes eventuais e/ou turísticos".
Seminário em SP
Seminário em SP
No dia 1º de julho, em São Paulo, será realizado o Seminário
Concessão de Ferrovias - Impactos do Novo Modelo para a Infraestrutura, com
foco na situação paulista. Não consta do programa a utilização da malha
existente para operação de trens de passageiros.
700 obras
700 obras
O programa do evento paulista cita a perspectiva de
ampliação dos atuais 29 mil km de malha para 40 mil km, até 2020. O gargalo
ferroviário existente no país representaria uma demanda reprimida para 700 obras
para a iniciativa privada.
sexta-feira, 22 de março de 2013
Gel mágico para medicina
Enviado
por Nairo Alméri – sext, 22.3.2013 | às 12h54 -
Por Carolina Vilaverde 21 de março de 2013 – SUPER INTERESSANTE
Fontes: Geekologie e FOX News
Carolina Vilaverde
21 de março de 2013 – SUPER INTERESSANTE
Fontes: Geekologie
e FOX News
Dois estudantes da Universidade de Nova York
(NYU), Joe Landolina e Isaac Miller, criaram uma fórmula que pode facilitar
a vida dos profissionais de saúde. A invenção é um gel “mágico” chamado
Veti-Gel, que é capaz de parar qualquer tipo de sangramento, inclusive
os mais intensos.
quinta-feira, 21 de março de 2013
CVM doma o Ebtida
Enviado por Nairo Alméri -
qui, 21.3.2013 | às 11h32
21.3.2013
Diretores de Relações com Investidores (os RIs) das
companhias com ações do capital social listadas na Bolsa (na BM&FBovespa)
estão menos eufóricos com as apresentações do lucro antes de juros, impostos,
depreciações e amortizações (Lajida/Lajir - ou Ebtida/Ebit, na sigla em inglês).
A explicação para isso está na Instrução
CVM nº 527/12, da Comissão de Valores Mobiliários (autarquia ligada ao
Ministério da Fazenda e encarregada de funcionar como uma agência reguladora do
mercado de capitais), que disciplinou uma farra dos bois em que foi
transformada a publicação daquele resultado. A norma está em vigor desde 1º de
janeiro e, da forma como era feita (sem disciplina mais severa). Até então, as
companhias davam expansão ou minimizavam a baixa formação de caixa. Entre as novidades
da resolução da CVM, aparece a facilidade de comparação do caixa entre
companhias de mesmo segmento. Quem acompanha as reuniões Apimecs –
apresentações de resultados para analistas do mercado de capitais – tem reparado
o novo tom da conversa dos diretores de RI nesse item contábil. Os encontros
com analistas serão mais frequentes de agora até 30 de abril, data limite para
a publicação dos balanços patrimoniais anuais pelas sociedades anônimas - as S.As.
Anefac
De 11 a 14 de abril, em Camaçari (BA), a Associação Nacional
dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) realizará o
seu congresso anual, embalado pelo tema “Execução Inteligente, Resultado
Surpreendente – Do Planejamento à Ação”.
Lácteos
A estatal Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(Epamig) marcou para 16 a 18 de julho, em Juiz de Fora (MG), o Minas Láctea. Os
eventos principais serão a 41ª Expomaq - Exposição de Máquinas,
Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista, a 40ª Expolac
- Exposição de Produtos Lácteos, e o 40º Concurso Nacional de Produtos
Lácteos.
O Relatório Integrado, a governança e o investidor
Enviado por Nairo Alméri – qui, 21.3.2013 | às 11h32
Terça-feira, 19 de março de 2013
Da Virtual Comunicação
A iniciativa mundial de reporte integrado, conduzido pelo International
Integrated Report Council (IIRC), foi um dos temas da última reunião
conjunta entre as Comissões Técnicas da ABRASCA-Associação Brasileira das
Cias. Abertas. No último dia 7, reuniram-se em São Paulo a Comissão de
Mercado de Capitais (COMEC) e a Comissão Jurídica (COJUR), tendo como convidada
Vânia Borgerth, do BNDES.
Edina Biava, representante da ABRASCA no Grupo de Trabalho do IIRC, ressaltou a importância do reporte integrado enfatizando que esta integração de informações “é fundamental para garantir a transparência” nas diversas frentes. Ela ainda pontuou que, ao contrário do que é o senso comum, o “reporte integrado pode trazer economia para as companhias abertas”.
Leia mais: http://virtualcomunicacao.blogspot.com.br/
UFMG
- acesso e racismo
Enviado por
Nairo Alméri - qui, 21.3.2013 | às 12h59
Vestibular
é um sistema de avaliação massacrante e restritivo, que é criticado desde
que me entendo por gente. Um sistema que valoriza a decoreba e que filtra
os alunos que estudaram em escolas caríssimas — e um ou outro gênio ou
iluminado de escolas públicas. E desde sempre havia um esforço para se
buscar uma alternativa a ele.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Ponto para democracia
Enviado por Nairo Alméri – Quar, 20.3.2013 | às
17h50
20.3.2013
Texto escrito por José de Souza Castro:
Alívio para os blogueiros em geral e, em especial, para a
Cris, que está comemorando dez anos na atividade.
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que
acompanhou o voto do relator do processo que acabou com a Lei de Imprensa
(Carlos Ayres Britto), suspendeu em caráter liminar, a condenação do blogueiro
Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, decidida pelo Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em ação movida pelos advogados do
banqueiro Daniel Dantas. O jornalista livrou-se de uma multa de R$ 250
mil, um valor que raros blogueiros podem pagar. (Eu, certamente, não.)
terça-feira, 19 de março de 2013
BNDES vai segurar (mais) Eike
Enviado por Nairo Alméri – ter, 19.3.2013 | às 14h14
19.3.2013
Em junho de
2012, ele era partido para qualquer meganegócio na América do Sul. Na porta de
seu escritório, tinha overbooking na
fila de espera dos players
internacionais. Esse era o cotidiano de Eike Batista, controlador do Grupo EBX,
que, na década passada, viveu dias gloriosos de Midas da economia contemporânea
brasileira. Porém, a lentidão dos projetos de suas empresas, muitos transferidos
mofando no papel, renderam, também no curto prazo, a liderança no ranking das perdas bilionárias na
BM&FBovespa. Ele coleciona também bilionárias multas com o Fisco.
Em junho de
2012, Eike era o 7º bilionário do planeta. Exibia uma carteira de investimentos
de R$ 15 bilhões em setores básicos e estratégicos (mineração, petróleo e gás,
hotelaria, geração de energia infraestrutura portuária etc.). Mas os tropeços e
a confiança dos investidores afastam da vaidade bilionária do empresário um
sonho para 2015: ser o maior bilionário do planeta.
A Bloomberg, em sua pesquisa de bilionários dos
tops, avaliou as perdas das empresas Eike
ao longo dos últimos doze meses em US$ 23,8 bilhões (valiam US$ 34,5 bilhões).
Com a sobra, de US$ 10,7 bilhões, a agência tirou um degrau do empresário entre
os bilionários brasileiros. Ao olhar para cima, agora, o dono do Grupo EBX enxerga
Paulo Lemann (Anheuser-Busch InBev), montado em US$ 19,1 bilhões, Dirce Camargo Corrêa (Camargo
Correa), com US$ 14,3 bilhões, e, Joseph Safra (Banco Safra), US$ 11,8 bilhões.
No mundo, perdeu o cartão dos 100 mais ricos.
OGX no fundo
Depois de
partir nacos substanciais de ativos da MMX (minério de ferro), em 2007, Eike
abriu espaços a players estratégicos
em várias “X”. Recentemente, bateu o martelo com a E.ON (Alemanha) em fatia
respeitável da holding na geração de
energia, a MPX. Agora, vai para esteira a OGX, de petróleo e gás. A empresa
micou em muitos milhares de barris/dia de petróleo quando se compara prognósticos
da publicidade com os volumes extraídos do mar. A OGX despencou de uma avaliação
R$ 70 bilhões, em 2010, para R$ 16 bilhões, em outubro 2012, e chega ao fundo do poço, em R$ 8 bilhões. “Está quase
pelo valor dos investimentos”, ironiza um adviser
de óleo e gás.
Também LLX
Eike sente a
brisa do tsunami da crise na proa de seus sonhos. Ela começa a romper o
quebra-mar de proteção da joia do império EBX, a LLX, da área de logística. Tida
como “inegociável”, Eike foi convencido que, sozinho, não terá caixa para conclusão
do megaprojeto (mais de US$ 5 bilhões) em infraestrutura do Superporto do Açu,
em São João da Barra (RJ). Nesse site, planejou usinas de pellets de minério de ferro e de aço, geração de energia e até
montadora de veículos. Em 2020, receberia investimentos adicionais em dólares
equivalentes a R$ 22 bilhões (março 2012).
BNDES
Além do banco
BTG Pactual, que voltou para dentro da EBX e destravou o pacto com a E.NO, o
BNDES terá um novo papel no grupo. Não será mais apenas o de credor (papéis de
mais de R$ 10 bilhões), emprestará “aval de credibilidade”. Neste capítulo, são
atores o governador fluminense, Sérgio Cabral, a presidente Dilma Rousseff, e o
presidente do banco público, Luciano Coutinho. Bem antes, Coutinho tomava café
da manhã de olho no tabuleiro dos negócios de Eike, tentando enxergar um “X” para
todas as questões do grupo.
Pressa
A presidente
Dilma retorna do Vaticano, onde foi para o beija-mão do novo chefe de Estado, o
papa Francisco, na esperança de encontrar sinal de fumaça cinzenta nas
conversar de Coutinho com Eike. Investidores, depois dos fiéis católicos, porém,
ainda enxergam muita fumaça negra nos gráficos de opções para os papéis das
empresas da EBX. Mas, são, certamente, todos sabedores que ações surfam no mercado
de riscos.
Razão
Entre as consultorias
para investidores, a avaliação é que o Governo Dilma não aguentaria, pensando
nas eleições de 2014, administrar duas crises ao mesmo tempo: EBX e Petrobras.
Japoneses
O engenheiro
Eliezer Batista, pai de Eike, ex-ministro (Minas e Energia) e ex-presidente da
Vale (duas vezes, quando era estatal – antiga Cia. Vale do Rio Doce), terá
japoneses na agenda. Por sua importância na abertura de mercados para o Brasil,
quando presidiu a Vale, Eliezer tinha o papel de “embaixador” para a economia
externa do país, principalmente na Ásia. Eliezer participa das empresas do
filho.
Fórum mundial da ciência
Enviado por Nairo Alméri – seg, 19.03.2013 | 14h14
Recife sediará o 5º Encontro
Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência
Site Fapemig – 15.3.2013
Com o tema central “Oceanos, Clima e
Desenvolvimento”, a cidade de Recife (PE) irá realizar entre os dias 14 e 16 de
abril o 5º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência. O evento será
na sede da Regional Nordeste do Ministério da Ciência e Tecnologia e contará
com a presença de palestrantes internacionais, especialistas na área climática
e representantes de instituições de ciência e tecnologia do Nordeste.
Leia mais: http://www.fapemig.br/
segunda-feira, 18 de março de 2013
Gerdau também reviu
Enviado por Nairo Alméri – seg, 18.03.2013 | 14h46
18.3.2013
Mais um grupo gaúcho líder de segmento
revisou seu plano estratégico de investimentos. Depois da Randon (implementos
rodoviários) anunciar que colocou em stand
by (para revisão) o plano de
investimentos de R$ 2,1 bilhões a R$ 2,5 bilhões, para o quinquênio 2013-2017,
a Gerdau S/A (produção de aço nas Américas) comunica estar "seletiva"
nos investimentos. E mais: baixou para R$ 8,5 bilhões esses gastos para o mesmo
período, conforme relatório individual e da principal empresa-holding, a
Metalúrgica Gerdau S/A. No ano passado, a controlada fez investimentos no ativo
imobilizado (infraestrutura fixa e bens de capital – equipamentos operacionais)
de R$ 3,1 bilhões (71% em instalações no país). O Grupo Gerdau deu grau de
relevância, em sua decisão, às "incertezas" da economia global. O
grupo controlado pela família de Jorge Gerdau Johannpeter operou, em 2012, com
queda de 4% na produção de aços longos e chapas. As vendas físicas se retraíram
3%, de 19,164 milhões de toneladas para 18,594 milhões de toneladas. Nas das
plantas do Brasil, de um total de 7,299 milhões de toneladas (+5%), a maior
queda foi com as exportações, de 23% - para 1,979 milhão de toneladas.
Despesas financeiras
Nas demonstrações financeiras, a holding e a Metalúrgica Gerdau
atribuíram perdas nos resultado líquido às perdas operacionais e financeiras. As
duas lançaram a mesma receita líquida, de R$ 37,981 bilhões (+7,27%). Mas a
Gerdau contabilizou no balanço lucro líquido de R$ 1,496 bilhão (-28,7%), e, a
Metalúrgica, R$ 1,332 bilhão (-32,7%). Do resultado operacional, de R$ 2,320 bilhões
(-19,2%), a Metalúrgica deduziu, além de variação cambial e perdas (com instrumentos
financeiros), R$ 1,133 bilhão (R$ 1,131 bilhão, em 2012) como despesas
financeiras. Na mesma análise, a holding,
para o lucro operacional de R$ 2,348 bilhões (-19,4%), abateu R$ 952 milhões
(R$ 970 milhões, em 2012).
Dívidas de R$ 14,6 bilhões
A holding Gerdau apresentou no balanço dívida bruta consolidada de R$
14,669 bilhões (+7,19%), sendo R$ 2,583 bilhões (17,6% do total) com vencimento
em 2013. Com a dedução da equivalência de caixa e receitas financeiras
previstas, em 31 de dezembro passado, o endividamento líquido do Grupo Gerdau
era de R$ 12,172 bilhões, crescimento de 33,6% sobre o encerramento fiscal de
2011 (R$ 9,106 bilhões). A Metalúrgica Gerdau exibiu R$ 3,888 bilhões em
endividamentos (120,7% a mais que o R$ 1,761 bilhão, em 2011) para quitação
neste exercício, sendo R$ 1,957bilhão em títulos na moeda nacional contratada
no país, R$ 1,462 bilhão com empresas no exterior e, R$ 469 milhões, em moeda
estrangeira titulada no Brasil.
sexta-feira, 15 de março de 2013
A ONG Brasil
15.3.2013
Enviado por Nairo Alméri – sex, 15.03.2013 |
14h31 - Modificado 18.3.2013 | às 14h15
No primeiro dia de seu pontificado, de
Chefe de Estado do Vaticano, o papa Francisco alertou para o risco da transformação
da igreja católica em uma "ONG piedosa". O que diria ele se ficasse
por um dia sentado na mesa da Presidência do Brasil, no Planalto, onde tem dez
ONGs atrás de cada porta?!.. Depois de consertar o Vaticano, bem que ele podia enviar
uma cópia da bula para o Brasil, principalmente para o Planalto, Congresso e
Judiciário.
300 mil
No Brasil, seriam mais de 400 mil ONGs e
assemelhadas. As que mais mamam nas tetas públicas (da União, Estados e
Municípios) têm elos com partidos políticos, ligação parentes dos políticos e
sindicatos de trabalhadores, notadamente os vinculados à Central Única dos Trabalhadores
(CUT), braço direito da militância ideológica do Partido dos Trabalhadores (PT),
no poder há 10 anos consecutivos. Em 2005, pelos dados oficiais, existiam no
Brasil 338 mil entidades sem fins lucrativos, o equivalente a 5,6% do total de
entidade públicas e privadas (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA;
“A complexa relação entre Estado e ONGs”).
Nas eleições
Em 2010 (ano das eleições presidenciais,
para governadores, senadores e deputados federais e estaduais), a União
(Tesouro Nacional – dinheiro dos impostos em poder do Governo federal) entregou
R$ 4,106 bilhões (valor de março de 2011) às entidades privadas sem fins
lucrativos (EPSLs). A soma foi 86,6% superior à verba de 1999. A Associação
Brasileira das Organizações não Governamentais (Abong) mostra crescimento na
dependência das ONGs em relação aos recursos públicos: em 2003 (primeiro ano do
Governo do PT), 16,7% das 200 mil ONGs associadas tinham entre 41% e 100% dos
orçamentos bancados por “recursos federais”. Em 2007, o universo das
dependentes naquela variável tinha crescido para 37,4%.
Religião
Em 2010,
pelas estatísticas da Abong, o cenário
no Brasil era o seguinte: 290,7 mil
Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil), com predominância
para as seguintes áreas: religião (28,5%), associações
patronais e profissionais (15,5%) e desenvolvimento e defesa de direitos
(14,6%).
quarta-feira, 13 de março de 2013
Motivos de Dilma
Enviado por Nairo Alméri - quar, 13.2.2013 | às 13h02 - modificado às 13h05
13.3.2013
A briga interna no Partido dos Trabalhadores (PT), com uma corrente insistindo pela candadatura do ex-presidente Lula, em 2014, contrariando o projeto pessoal de sua afilhada e presidente, Dilma Rousseff, que quer disputar a reeleição, é a sequência natural do resultado das eleições para prefeito em São Paulo. A fervura deu uma amenizada com as festas de final de ano, férias e Carnaval. E se Lula começar a viajar pelo país, conforme prometera, vai complicar mais ainda a vida de Dilma. Isso justifica, então, a campanha aberta por Dilma no day after a festa dos petistas paulistas para os 33 anos de fundação PT, mês passado, em São Paulo. O cenário foi tratado aqui, por outro ângulo, em 28/10/2012 (ver abaixo).
Em 2008, empresários da Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pensaram em lançar Roger Agnelli, então poderoso executivo, por força do cargo de presidente da Vale S/A, candidato ao Governo do Rio de Janeiro, em 2010. Lula, ainda presidente, satanizou a vida de Agnelli, porque queria reeleger Sérgio Cabral (PMDB).
O líder petista pressionou com discursos nacionalistas contra a multinacional brasileira. Acusava a ex-estatal federal de gerar mais empregos no exterior que no país. E usou do poder do cargo esculhambar com o executivo nos corredores do Bradesco, que é líder na holding, a Valepar, do bloco de controle do capital social da mineradora.
O ainda presidente da Vale percebeu que seria descartado logo, após quase dez anos de "bons serviços" - assumiu a empresa com lucro anual de R$ 8 bilhões e entregou nos R$ 30 bilhões. Saiu no dia 20 de maio de 2011.
Resumindo a ópera: Lula queria Agnelli fora da Vale não por problemas na administração que realizava, pois dava bons dividendos à União, que continua acionista. A questão era a enorme proximidade do executivo com o atual senador Aécio Neves (PSDB), na época governador de Minas.
Aécio, em 2010, fez o seu vice, Antonio Anastasia (PSDB), seu sucessor. Com Anastasia, em Minas, e, se vingasse a candidatura Agnelli, no Rio de Janeiro, e fosse vitoriosa, isso melhoraria o páreo para Aécio, virtual pré-candidato tucano na corrida presidencial em 2014. Lula foi alertado para isso, pois pensava firme em eleger Dilma Rousseff e retornar ao final do primeiro mandato dela.
O PT, então, evitou um problema enorme ao manobrar com sucesso, em 2010, contra os projetos da Vale, pois segurou o poder da máquina administrativa - o PMDB é partido da 'base aliada'. Agora, por ironia, cria um imbróglio com o sucesso do ex-ministro (de Lula) Fernando Haddad, na corrida pela prefeitura de São Paulo (cidade mais rica da América Latina). Este foi praticamente carregado nas costas pelo ex-presidente, que vê sua estrela brilhar. Acontece que Dilma caiu no gosto da militância do PT e alargou margens nos partidos da 'base aliada', ao impor marca própria no Planalto, afastando quase todos os ministros herdados e a sombra do padrinho Lula, embora não deixe de consultá-lo para decisões populares importantes (que pode ser uma estratégia).
No final da apuração, ontem, dos votos dos paulistanos, o PT passou a ter dois virtuais candidatos em 2014: Dilma e o ex-presidente Lula. Seja quem for, a maior empreitada, agora do partido, será reaproximar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, o mais paparicado por Aécio nestas eleições. Aliás, os dois foram aliados e vitoriosos, em primeiro turno, na corrida para a prefeitura de Belo Horizonte, com a reeleição de Marcio Lacerda (PSB).
Sonho tucano
O PSB, que registrou crescimento expressivo em número de prefeituras, na capital mineira rompeu com o PT, do qual é aliado nacional (em 2008, a tríplice aliança PT-PSDB-PSB puxou um carrocel de partidos e elegeu Márcio Lacerda). O governador de Pernambuco, com o partido melhor na foto do cenário político, não aceita, por enquanto, pose de vice para as chapas que irão às urnas em 2014 disputar a cadeira do Planalto em 2014. Ter Campos como vice é o sonho de consumo de Aécio.
13.3.2013
A briga interna no Partido dos Trabalhadores (PT), com uma corrente insistindo pela candadatura do ex-presidente Lula, em 2014, contrariando o projeto pessoal de sua afilhada e presidente, Dilma Rousseff, que quer disputar a reeleição, é a sequência natural do resultado das eleições para prefeito em São Paulo. A fervura deu uma amenizada com as festas de final de ano, férias e Carnaval. E se Lula começar a viajar pelo país, conforme prometera, vai complicar mais ainda a vida de Dilma. Isso justifica, então, a campanha aberta por Dilma no day after a festa dos petistas paulistas para os 33 anos de fundação PT, mês passado, em São Paulo. O cenário foi tratado aqui, por outro ângulo, em 28/10/2012 (ver abaixo).
DOMINGO, 28 DE OUTUBRO DE 2012
Lula vira 'pedra no caminho' de Dilma
Em 2008, empresários da Federação das Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pensaram em lançar Roger Agnelli, então poderoso executivo, por força do cargo de presidente da Vale S/A, candidato ao Governo do Rio de Janeiro, em 2010. Lula, ainda presidente, satanizou a vida de Agnelli, porque queria reeleger Sérgio Cabral (PMDB).
O líder petista pressionou com discursos nacionalistas contra a multinacional brasileira. Acusava a ex-estatal federal de gerar mais empregos no exterior que no país. E usou do poder do cargo esculhambar com o executivo nos corredores do Bradesco, que é líder na holding, a Valepar, do bloco de controle do capital social da mineradora.
O ainda presidente da Vale percebeu que seria descartado logo, após quase dez anos de "bons serviços" - assumiu a empresa com lucro anual de R$ 8 bilhões e entregou nos R$ 30 bilhões. Saiu no dia 20 de maio de 2011.
Resumindo a ópera: Lula queria Agnelli fora da Vale não por problemas na administração que realizava, pois dava bons dividendos à União, que continua acionista. A questão era a enorme proximidade do executivo com o atual senador Aécio Neves (PSDB), na época governador de Minas.
Aécio, em 2010, fez o seu vice, Antonio Anastasia (PSDB), seu sucessor. Com Anastasia, em Minas, e, se vingasse a candidatura Agnelli, no Rio de Janeiro, e fosse vitoriosa, isso melhoraria o páreo para Aécio, virtual pré-candidato tucano na corrida presidencial em 2014. Lula foi alertado para isso, pois pensava firme em eleger Dilma Rousseff e retornar ao final do primeiro mandato dela.
O PT, então, evitou um problema enorme ao manobrar com sucesso, em 2010, contra os projetos da Vale, pois segurou o poder da máquina administrativa - o PMDB é partido da 'base aliada'. Agora, por ironia, cria um imbróglio com o sucesso do ex-ministro (de Lula) Fernando Haddad, na corrida pela prefeitura de São Paulo (cidade mais rica da América Latina). Este foi praticamente carregado nas costas pelo ex-presidente, que vê sua estrela brilhar. Acontece que Dilma caiu no gosto da militância do PT e alargou margens nos partidos da 'base aliada', ao impor marca própria no Planalto, afastando quase todos os ministros herdados e a sombra do padrinho Lula, embora não deixe de consultá-lo para decisões populares importantes (que pode ser uma estratégia).
No final da apuração, ontem, dos votos dos paulistanos, o PT passou a ter dois virtuais candidatos em 2014: Dilma e o ex-presidente Lula. Seja quem for, a maior empreitada, agora do partido, será reaproximar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, o mais paparicado por Aécio nestas eleições. Aliás, os dois foram aliados e vitoriosos, em primeiro turno, na corrida para a prefeitura de Belo Horizonte, com a reeleição de Marcio Lacerda (PSB).
Sonho tucano
O PSB, que registrou crescimento expressivo em número de prefeituras, na capital mineira rompeu com o PT, do qual é aliado nacional (em 2008, a tríplice aliança PT-PSDB-PSB puxou um carrocel de partidos e elegeu Márcio Lacerda). O governador de Pernambuco, com o partido melhor na foto do cenário político, não aceita, por enquanto, pose de vice para as chapas que irão às urnas em 2014 disputar a cadeira do Planalto em 2014. Ter Campos como vice é o sonho de consumo de Aécio.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Exército e o pré-sal
11.3.2013
Enviado por Nairo Alméri – seg, 11.3.2012 | às
14h22
O Centro de Estudos Estratégicos do
Exército (CEEx - do Estado-Maior do Exército, o EME) comemora, em 2013, seu 10º
aniversário. O CEEx/EME turbinou ações que estavam, até então, na esfera no
Centro de Estudos Estratégicos da Escola de Comando e Estado Estado-Maior do
Exército (CEE/ECEME). Criado em 2000, a principal missão do CEE/ECEME é
"estudar problemas de segurança internacional e nacional, em seus aspectos
políticos, militares, econômicos, culturais e tecnológicos". A atuação do
CEE/ECEME sobre estudos acadêmicos e pesquisas em unidades do Exército é ampla
e, em 2007, assumiu a Seção de Pós-graduação da Escola, com a missão de "alinhar
a pesquisa acadêmica feita por todos os alunos dos diversos cursos com a
pesquisa aplicada pelo Exército".
Tímido em P,D&I
A
filosofia do CEE/ECEME, de atuação acadêmica sem barreiras com instituições nacionais
de pesquisas, está bem clara em seus, digamos, estatutos. Falta, porém, maior
desenvoltura interna e na linha de frente para pesquisa, desenvolvimento e
inovação tecnológica (P,D&I) com o setor produtivo nacional. Em outubro
passado, o "Ciclo de Ciência, Tecnologia e Inovação" para alunos do 1º
Ano do Curso de Altos Estudos Militares (CAEM), foi apenas um briefing de quatro sessões. A alta academia
do EME fica ausente, por exemplo, das conferências da Associação Nacional de
Pesquisa e Desenvolvimento em Empresas de Inovação (Anpei), que terá sua XIII
Conferência Anual, em junho, em Vitória (ES). Neste ano, o tema escolhido pela
Anpei é “Inovação Competitiva e Aberta: Transformando o Brasil”.
Além do pré-sal
Mas o Comando Exército pretende
energizar a passagem do 10º Aniversário do CEEx/EME. Uma fonte do blog e ligada
à instituição da Praia Vermelha, no Rio, diz que deverá ficar conhecido um
amplo estudo para metas em "defesa nacional". E mais: avançaria nas
questões econômicas do “mar azul” – além dentro e fora da plataforma continental.
Livro
Virou leitura obrigatória de
cabeceira entre os formandos da ECEME o
livro "Defesa nacional para o Século XXI: política internacional,
estratégica e tecnologia". A obra, organizado pelos pesquisadores Edison
Benedito da Silva Filho e Rodrigo Fracalossi de Moraes e oficialmente apresentada
na academia no começo de novembro passado, foi lançada (no mesmo mês) pelo Ipea.
Para baixar na integra: www.ipea.gov.brsexta-feira, 8 de março de 2013
Custo Brasil
Por Nairo Alméri –
qui, 8-3.2013 | às 14h16
80.03.2013
A Arezzo Indústria e Comércio S.A., importante griffe
nacional de calçados, cintos e acessórios femininos, com fabricação e varejo (tem
franquias nos dois setores) e ações do capital social listadas na Bolsa de
Valores, apresentou no balanço patrimonial de 2012 receita bruta consolidada de
R$ 1,070 bilhão. O resultado foi um crescimento nominal (sem descontar a
inflação) de 28,1%. Os gastos com salários, benefícios e FGTS cresceram 27,4%
sobre 2011, mas ficou estável o comprometimento da receita bruta na sua liquidação, em 8,58% (8,63%, em 2011). O total da carga tributária direta para as três esferas arrecadadoras
(União, Estados e Municípios) sobre a receita variou de 12,20%, em 2011, para
13,35%. Os custos com insumos adquiridos de terceiros continuaram elevados: 65,3%
da receita, mas ligeiramente abaixo de 2011, de 66,8%. O lucro líquido da companhia
fechou 2012 em R$ 96,8 milhões, 5,7% de crescimento. A Arezzo tem sede em Belo
Horizonte e opera empresas controladas no país e exterior.
Randon
Enviado por Nairo
Alméri – qui, 8-3.2013 | às 14h16
O Grupo Randon, de Caxias do Sul (RS), não pretende colocar
em linha de montagem vagões ferroviários para o transporte de passageiros. Continuará
apenas no nicho de cargas. E a pergunta é: por que não interessaria, neste
momento, a Randon, que construirá, a partir de 2014, uma nova fábrica (modular)
de vagões ferroviários, o negócio de equipamentos para passageiros? O questionamento
faz sentido diante do fato que o setor de infraestrutura para o transporte
ferroviário de passageiros, incluindo os vagões, receberá aportes acima de U$ 40 bilhões nos próximos seis anos. Do valor (base de dados do Governo federal,
ANTF e Abifer), entre U$ 15 bilhões a U$ 20 bilhões no projeto do trem de alta
velocidade (TAV) na ligação São Paulo-Campinas-Rio. Outros U$ 10 bilhões irão
para os trens metropolitanos da capital paulista. O restante será pulverizado
pelas demais regiões metropolitanas, incluindo grandes centros fora das
capitais. Depois, viria outro grande projeto de TAV, o do ramal Belo Horizonte-São
Paulo-Curitiba, com extensão superior ao trecho São Paulo-Campinas-Rio.
Accelerate Brazil
O desinteresse por vagões de passageiros foi declarado pelo diretor
corporativo de Implementos e Veículos da Randon, Noberto José Fabris, na
apresentação de resultados dia 28. A nova fábrica de vagões, em Araraquara
(SP), custará R$ 200 milhões. Como nada é definitivo,
é aguardar a configuração dos novos rumos que o setor de ferroviário de passageiros terá a partir dos debates em 17 dos 21 eventos para a ferrovia brasileira que restam este ano. Em maio, no Rio, serão dois de abrangência geral: Rail
and Metro: Latin America, de 7 a 9, e Accelerate Brazil – Expo-Fórum Infraestrutura e
Investimentos, 7 e 8.
Um planeta desconhecido
Enviado por Nairo
Alméri – qui, 8-3.2013 | às 14h16
Ao menos 70% das espécies da Terra são desconhecidas
25/02/2013
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Embora o conhecimento sobre a
biodiversidade do planeta ainda esteja muito fragmentado, estima-se que já
tenham sido descritos aproximadamente 1,75 milhão de espécies diferentes de
seres vivos – incluindo microrganismos, plantas e animais. O número pode
impressionar os mais desavisados, mas representa, nas hipóteses mais otimistas,
apenas 30% das formas de vida existentes na Terra.
Lei mais http://agencia.fapesp.br/16867
ITA seleciona professores
Enviado por Nairo
Alméri – qui, 8-3.2013 | às 14h16
As inscrição vão até 4 de abril. Serão selecionados 13 professores. Lei mais: www.ita.br/concurso2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
Há 40 anos, Fiat e Cenibra
Enviado por Nairo Alméri
- quar, 6.3.2013 | às 15h33
06.03.2013
Neste ano, duas importantes
companhias de capital estrangeiro instaladas em Minas Gerais emplacarão 40 anos
dos termos protocolares finais para suas existências. Em 14 de março de 2013,
no Governo Rondon Pacheco, foi consignada com a Fiat S.p.A a decisão pela
construção da Fiat Automóveis, em Betim. O chefe da casa italiana, Giovanni
Agnelli, assinou o protocolo no Palácio da Liberdade, tendo o Governo de Minas
como acionista – quase metade do capital. No mesmo ano, em 13 de setembro, a
Companhia Vale do Rio Doce (CVRD – atual Vale S/A), sendo majoritária, celebrou acordo com a holding Japan Brazil
Paper and Poulp Resources Development Co., Ltd (JBP), para a construção da Celulose Nipo-Brasileira
– Cenibra, em Belo Oriente. Há algum tempo, o Governo de Minas e a Vale saíram
das sociedades, deixando 100% do capital com os antigos sócios.
As ‘bolivarianas’
do Mercosul
Enviado
por Nairo Alméri - quar, 6.3.2013 | às 15h33 - modificado às 18h46
06.03.2013
No ano
passado, puxando pelo cabresto Cristina Kirchner, da Argentina, a presidente
Dilma Rousseff se intrometeu em assuntos internos constitucionais do Paraguai,
que promovia o julgamento de retirada do mandato do presidente Fernando Lugo. A deposição seguiu o rito da Constituição paraguaia. O chanceler brasileiro, Antônio
Patriota, desembarcou e Assunção, “levando uma forte mensagem da presidente
Dilma Rousseff contra o que está se passando, algo inaceitável para o Brasil” (Agência
Efe, 21.6.2012).
Lugo
caiu. Dilma usou o episódio como uma deixa para suspender o Paraguai nas
votações do bloco. O Congresso do Paraguai acusava a “revolução bolivariana” do
presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de desrespeito às liberdades democráticas.
Por isso obstruía seu ingresso no Mercosul. Com Paraguai excluído das decisões,
Dilma e Kirchner abriram caminho para a entrada triunfal (em Brasília) da
Venezuela .
Agora, morre Chávez (anúncio oficial foi na tarde
de ontem) e a Constituição venezuelana não será respeitada. A Presidência do país
e as novas eleições, em 30 dias, deveriam ser comandadas pelo atual presidente
da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, uma vez que Chávez não tomou posse (estava
doente, em Cuba) no começo de janeiro. Mas os comandantes militares se declararam
pelo continuísmo do “chavismo” e entregaram todas as tarefas ao vice da Venezuela, Nicolás Maduro, que governou
nestes dois meses do 4º mandato de Chávez. Maduro, apresentado por
Chávez como seu “herdeiro” de sua “revolução”, será candidato. Cabello é “chavista”
e não saiu em defesa da Constituição.
E então,
senhoras presidentes Kirchner e Dilma? Além das lágrimas por Chávez, dirão (em
solo venezuelano) que se trata de assunto interno do povo da Venezuela? No
Paraguai também era um assunto interno, no qual foi respeitada a Constituição!
terça-feira, 5 de março de 2013
Sonda IT
Enviado por Nairo Alméri - ter, 05.3.2013 | às 11h41
05.3.2013
A multinacional chilena Sonda IT, do
segmento de soluções em tecnologia da informação (TI), contratou o executivo
André Leite para comandar a área de negócios de SAP. O novo diretor respondia
pelo setor de business intelligence, para o Brasil, na Softtek. A Sonda IT
completará 40 anos de mercado em 2014, está no Brasil desde 1989, tem US$ 2
bilhões captados na Bolsa de Santiago (Chile) e se apresenta como “maior companhia
latino-americana de soluções e serviços de IT
Trator coreano
Enviado por Nairo Alméri – ter,
5.03.2013 | às 11h41
Projeto do Grupo LS Mtron, o 13º maior
grupo industrial e empresarial da Coreia do Sul (faturamento global de US$ 30
bilhões anuais), a pedra fundamental da futura fábrica de tratores da multinacional LS Tractor no país foi lançada dia 27, em Garuva (SC). O
investimento anunciado é de US$ 30 milhões. Vai ofertar equipamentos com
potência entre 25 CV e 100 CV. Essa faixa responderia por 70% das vendas de
tratores no país. O presidente da LS Mtron, Jae Seol Shim, participou do evento.
Mãe (jornalista) de jornalista
Enviado por Nairo alméri – ter,
5.02.2013 | às 11h41
Por Sônia Araraipe - 06 de fevereiro de 2013
Poder, pão e inflação
Enviado por Nairo Alméri – ter, 3.2013 | às 11h41
INFLAÇÃO DOMADA ? POR QUEM ?
Por Nelson Tucci – São Paulo, quarta-feira,
27 de fevereiro de 2013
D. Dilma não deve saber quanto custa um
pãozinho. É, refiro-me ao pão francês, que tem esse nome em São Paulo e na
antiga Tabela da SUNAB , mas que é também conhecido como
"cassetinho" pelos gaúchos e por “pão de trigo” entre os catarinas.
Enfim...
sexta-feira, 1 de março de 2013
Randon pela Randon
Enviado por Nairo Alméri – 01.3.2013 |
às 18h50 - alterado às 21h55
01.3.2013
Caxias do Sul (RS) – Após um tour matinal pelas dependências de uma
das principais fábricas, a Fras-le S/A (autopeças – maior fornecedor de freios
do país para a indústria automotiva, ferroviária e aviação e material de fricção
em geral da América do Sul) e nas pistas do campo de provas (recebe veículos
civis e militares de todas as montadoras instaladas no país), a caravana de
jornalistas do Sul e Sudeste chega ao núcleo do principal complexo do Grupo
Randon, Interlagos. Fomos convidados para a apresentação dos resultados do
balanço patrimonial de 2012. Mas eles não eram mais novidade, pois desde a
véspera, a quarta-feira (27), a Bolsa de Valores tornara público os valores
consolidados da holding das onze
empresas (inclui 17 fábricas de implementos rodoviários, autopeças, vagões,
caminhões especiais e máquinas rodoviárias, das quais seis no exterior - Argentina,
Estados Unidos, Argélia, Egito, Quênia e China), a Randon S/A – Implementos e
Participações. Alguns veículos deram lapadas nos números macros. Nada a reparar, pois é a lei: companhia de capital aberto e com ações
listadas em Bolsa deve comunicar seus fatos relevantes primeiro à BM&FBovespa.
Como nos dez anos anteriores, a
diretoria estava lá, entre galpões e prédios administrativos, para as boas
vindas aos jornalistas e posar para a foto do 11º Encontro com a Imprensa e
Convidados.
Há algum tempo, o time de comando da
Randon foi profissionalizado. Mescla executivos filhos de Raul Randon (fundador
do Grupo Randon e presidente do Conselho de Administração) e profissionais de
mercado. Nestes anos todos, se apresentam como um coral gregoriano bem
ensaiado, no qual prevalecem os fundamentos das vozes ocupando seus tempos, do
agudo para o grave: soprano, contralto, tenor e baixo. Tem voz para o recado aos
investidores e alfinetadas nas políticas públicas e estruturais da economia; a
que coloca um tom ligeiramente abaixo; e, as intermediárias, em maioria, para
detalhamentos operacionais – financeiros e de produção. Não há muita novidade
no rito. A as partes, diretoria e jornalistas, se conhecem um pouco.
Contramão do mercado
A leitura simples dos números da Randon,
então, perdeu lugar. Desde o último dia de fevereiro, eles são figuras
provocadoras de análises. É o caso do valor nominal (não deflacionado) dos
investimentos (R$ 276,9 milhões), que a diretoria manteve e que ficaram 11,5%
acima de 2011, enquanto as receitas bruta (R$ 5,350 bilhões) e líquida (R$
3,501 bilhões) encolheram, respectivamente, 16,2% 15,7%. As perdas foram,
principalmente, por conta das retrações dos negócios no país para caminhões (-40,5%)
e semirreboques (-20%) e na contratação de frete com reflexo para veículos
rebocados (-11,6%). Conjugadas com as indefinições nos juros das linhas de
créditos do BNDES (principalmente para o PSI – Programa de Sustentação de
Investimentos), elas pesaram em nichos importantes para a Randon, conforme
notas encaminhadas à Bolsa e reafirmadas por seus diretores. Em 2012, a
montagem de caminhões foi de 132.820 unidades, 540,5% inferior a 2011
(223.388).
Impactos do ERP
Mesmo prevendo que seria um exercício
fiscal desfavorável (“2012 foi, sim, um ano de muitas dificuldades. O pior ano
de resultados dos últimos dez ou onze anos” – Alexandre Randon, vice-presidente
das empresas Randon), a Randon seguiu com investimentos que considerou
imprescindíveis, como no sistema integrado de gerenciamento de produção e
administração ERP, do SAP (R$ 100 milhões). A assimilação da nova linguagem foi
também a causa perdas de receitas na Fras-le (líder na América do Sul em freios
e materiais de fricção em geral) e na principal empresa do grupo, a Randon Implementos.
Nesta última, houve oscilações em sua participação de mercado (caiu para 28,8%,
no primeiro trimestre, e encerrou em 30,4% - abaixo da média histórica de 35%).
Antes da implantação do ERP, principalmente no exterior, o grupo operava vários
“sistemas diferentes”, comentou o presidente da Randon, Abramo Randon. Ele
aponta essa uniformidade com um dos referenciais para prever resultados melhores
que os de 2012.
80% de ocupação
O número um entre os executivos da
Randon faz sua aposta em cima de negócios fechados neste trimestre, como a licitação
vencida de entrega de 775 retroescavadeiras para o Governo, no nível de ocupação,
de 80% da capacidade, das fábricas de implementos (reboques, semirreboques e
carretas) e na operação em três turnos na Fras-le.
5ª maior do mundo
Além de líder no país (entre 150
fabricantes) e na América do Sul no mercado de implementos rodoviários, a
Randon é o 5º maior do planeta, atrás de uma indústria da China, duas dos
Estados Unidos e uma da Alemanha. As fábricas estão com capacidade de produção
diária para 118 a 120 semirreboques/dia, 100 a 102 carretas e seis a sete
vagões, informou o diretor corporativo para Implementos e Veículos, Norberto
José Fabris. Até outubro de 2012, o grupo tinham colocado no mercado perto de 4
mil vagões de cargas.
Fatores favoráveis
“Vamos colher bons frutos”, diz otimista
David Randon, para quem a queda de 84,2% no lucro líquido do ano passado, para
R$ 42,6milhões – abaixo de 25% do resultado médio no período 2008-11, de R$ 169
milhões – é página virada. Somando com ele, o diretor corporativo de Relações
com Investidores, Astor Schmitt, que despejou uma avalanche de críticas às
posturas políticas do Governo, em 2012, aponta fatores positivos para 2013:
definição, para até o final do ano, nas reduções no IPI para máquinas
automotivas, e nos juros do BNDES no PSI (3% ao ano, neste semestre, e, 4%, no
segundo). Por enquanto, Schmitt assegura que a Randon segue a previsão de
“especialistas e Governo”, de crescimento de 3% do PIB (foi de 0,9% em 2012) neste
exercício e de colheita recorde nas lavouras. “Nós estamos trabalhando com essa
variável”, diz.
Safra e Argentina
O diretor de RI da Randon alia ainda os
fatores favoráveis na agricultura da Argentina, onde “todas as restrições (para
exportações de bens brasileiros) estão superadas”. Incluiu também a absorção do
impacto negativo que foi a transição da tecnologia dos motores, de Euro III
para Euro V, causou nas vendas de caminhões em 2012 (houve antecipação de
compras em 2011, em função das incertezas na prorrogação de taxas baixas para o
PSI, em 2012). A expectativa é a de que serão produzidos no país entre 170 mil
e 175 mil caminhões (20% a 25% a mais) e 60 mil implementos rodoviários.
Reavaliação nos investimentos
Mas o otimismo coletivo transmitido
pelos executivos da Randon (“Sempre procuramos pensar olhando para o futuro”,
David), não supera uma característica imprimida ao longo de seis décadas por
Raul Randon: política conservadora. E isso pesou na decisão da reavaliação no
Plano Quinquenal de investimentos, anunciado, há mais tempo, para R$2,5
bilhões. “Lá na frente é que vamos planejar se será de cinco ou para 6 anos”,
sinalizou o presidente.
Menos de 50%
De momento, o certo é, neste ano, a redução
para menos de 50% do valor investido em 2012 - de R$ 276,9 milhões para R$ 130
milhões. Schmitt frisa que eles serão “essencialmente” no Brasil, pois no
exterior foram concluídos.
Fábrica de Araraquara
O maior investimento em planta nova no
país será a fábrica de vagões e reboques para cana-de-açúcar em Araraquara
(SP). Anunciada, em maio de 2012, como um negócio de R$ 500 milhões, o valor
foi refeito, nas palavras do presidente da Randon, para R$ 200 milhões. As
obras devem ser tocadas a partir de 2014 e concluídas em cinco anos. Essa
unidade elevará a atual capacidade instalada em vagões de cargas da Randon de
800 unidades/ano para 2 mil. Em 2012, a empresa “faturou” 862 vagões (913, em
2011). Araraquara absorverá também a linha de reboques para transporte de cana-de-açúcar
nas usinas de álcool.
Fica em Caxias
O diretor de RI fez questão de assegura
que o grupo manterá o nível de 80% de todas as atividades em Caxias do Sul. David
diz não ter mais espaço físico para crescer no município. Então, quando a
fábrica de Araraquara estiver concluída, a unidade vagões será transferida para
lá, abrindo espaços na sede para o crescimento das outras áreas.
Dever pouco
Os executivos da área financeira da
Randon não definiram origem dos recursos para o Plano Quinquenal – citaram
facilidades com BNDES e Finep. Mas Schmitt deu a dica para aquilo que não
deverá ocorrer: a opção do Grupo Randon sempre foi a de baixa alavancagem, ou
seja, não contratar muito dinheiro no mercado de bancos.
Como está
O endividamento líquido (descontados o
equivalente aos recursos em caixa e a receber) consolidado, em 31 de dezembro,
era de R$ 760,4 milhões, ou seja, um múltiplo de 2,7 vezes o Ebitda (lucro antes
dos juros, impostos, depreciações e amortizações – ou geração operacional de
caixa). É tido como baixo, mas ficou bem acima do 0,69, em 2012, e, bem mais
que 0,13, em 2010. “Mas vamos baixar para menos de uma vez”, assegurou Schmitt.
Isso significa olhar mais para um dos ensinamentos de Raul Randon: posição
conservadora de sempre dever pouco na praça bancária.
Oferta de
dinheiro
O diretor Financeiro da Randon S/A (holding), Geraldo Santa Catharina, observa
que a “dita estrutura de capital conservadora abre espaços” para facilitar os
investimentos e manter uma “boa bancabilidade” (negociar com bancos privados).
Lembrou que, no final de dezembro, a empresa fez uma colocação de R$ 300
milhões em debêntures simples (não conversíveis em ações em com resgate para
sete anos), com recursos para alongamento da dívida. A valorização das ações
preferenciais da companhia foi de 48,9%, em 2012, sete vezes acima do
desempenho do Ibovespa (principal indicador da BM&FBovespa), de 7,3% e funciona
como espelho para investidores e bancos de negócios. É visível que o grupo se
cerca do cuidado para não deixar espaços às invisíveis “vozes do mercado”. Prefere
a Randon pela Randon.
Volumes
vendidos
No período 2008-12, o Grupo Randon
investiu R$ 1,251 bilhão e o patrimônio líquido consolidado, incluindo as joint ventures, dobrou, de R$ 907
milhões para R$ 1,857 bilhão. Para este ano, as projeções macros do grupo são:
receita bruta, R$ 6 bilhões (retorna ao nível de 2011 - R$ 6,385 bilhões);
receita líquida, R$ 4,1 bilhões; exportações, US$ 300 milhões (US$ 264 milhões,
em 2012, queda de 10,3%); receitas geradas no exterior, US$ 92 milhões (US$
121,9 milhões, mais 12%); importações, US$ 120 milhões; e investimentos, R$ 130
milhões.
Mesmo nível de 2011
Por áreas principais, as receitas brutas
da Randon com veículos e implementos diminuíram 11%, para R$ 1,849 bilhão
(21.106 rebocados – menos 17,8%; 1.085 especiais – mais 30,3%; e, 862 vagões –
menos 5,6%). Em autopeças, a receita, de R$ 1,572 bilhão, mostrou queda de 22%
(vendidas 73.400 t de materiais de fricção – menos 6,7%; 745.347 freios – menos
33,5%; 81.816 sistemas de acoplamento – menos 28,9%; 319.973 sistemas de
suspensão e rodagem; e, 21.629 t de fundidos – mais 30,9%).
Dispensas
A Randon, que opera também
um consórcio e banco, encerrou 2012 com 11.166 funcionários, 9,8% a menos. No
corte de 1.217, 40% trabalhavam na área de autopeças e, 18%, de veículos
rebocados.
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