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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Indústria de celulose

28/12/2012

Em rápida conversa, o economista Paulo Brant, diretor presidente da Celulose Nipo-Brasileira S/A (Cenibra) e ex-economista Chefe do BDMG, mostra um rosário de dados que colocam o Brasil como debutante em negócios da cadeia global da celulose. Apesar da minúscula extensão territorial, comparada com a do Brasil, o Japão, por exemplo, supera em muito os de nosso país em vários aspectos da cadeia. No país do Oriente, são ao redor de 10 milhões de hectares de florestas plantadas. No Brasil, 6,5 milhões ha (Anuário Estatístico da Abraf 2012 – base 2011), sendo 74,8% com eucalipto, e, 25,2%, pinus. As florestas representaram R$ 53,91 bilhões em VBP (valor bruto da produção).
A Finlândia, país coberto por neve, é melhor posicionado que o Brasil como fabricante de produtos florestais. E olha que o país da Europa utiliza florestas nativas (22,5 milhões ha – FAO, 2006) de pinus, distribuídas por pequenas propriedades agrícolas. “E o (primeiro) corte da árvore (naquele país) ocorre com 60 anos. Aqui (no Brasil), com seis anos”, observa Brant. Ele defende que o Governo dê incentivos às empresas que são produtoras de fato, como a indústria de celulose, que “são verdadeiras indústrias químicas”. Empresas de aparelhos celulares, beneficiadas com linhas de crédito e incentivos fiscais, seriam apenas “linhas de montagens (de peças de terceiros)”.

Valores
O Brasil possuía, em 2006, 478 milhões ha florestais totais. Naquele ano, de acordo com a própria FAO, o mercado mundial de produtos florestais foi de US$ 204 bilhões. O Brasil participou com US$ 5,653 bilhões – atrás do Canadá (US$ 28,471 bilhões), Alemanha (US$ 19,047 bilhões), Estados Unidos (US$ 18,481 bilhões), Suécia (US$ 14,375 bilhões), Finlândia (US$ 14,342 bilhões), Rússia (US$ 8,634 bilhões), China (US$ 8,293 bilhões), França (US$ 7,633 bilhões), Áustria (US$ 6,649 bilhões) e Indonésia (US$ 6,174 bilhões).

Contratação
O presidente da Cenibra aponta no cultivo intensivo do eucalipto, mesclado à preservação de áreas nativas, uma forma de correção de solos degradados (“uma ação ambiental efetiva”) e de fixação do agricultor e seus familiares no campo. No momento, a companhia, dona de 255,2 mil ha (50,5% cultivados, 40,4% “reserva natural” e 9% infraestrutura etc. – balanço patrimonial de 2011) executa programa de contratação direta de 3.500 dos 7 mil funcionários terceirizados que mantinha na área das florestas. 

Perfil
A planta industrial de celulose de fibra curta branqueada da Cenibra fica em  Timóteo (MG), no Vale do Rio Doce, e está em produção há 35 anos. Foi fundada em joint venture da antiga CVRD (Cia. Vale do Rio Doce, atual Vale S/A), ainda eststal, com a holding JBP – Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development, atualmente controladora de 100% do seu capital. A empresa produz 1,2 milhões t/ano celulose (nível mantido desde 2009), mais de 45% comercializadas no Japão e demais mercados da Ásia, e tem faturamento anual de R$ 1,238 bilhão (2011). Os números constam do balanço patrimonial de 2011.

Resultados do Brasil
Na semana passada, a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Abracelpa) deu conhecimento de dados preliminares da produção brasileira de celulose para os 11 primeiros meses, de 12,7 milhões t, e, para papel, 9,3 milhões t. Ficaram estáveis na comparação com o período de 2011, mas com ganhos de 9% na receita, de US$ 6,6 bilhões. Em 2011, o Brasil ocupou 21% do mercado global de celulose – foi o terceiro produto e o 1º fabricante comercializados (Abraf – Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas).

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Boeing, Dassault e Saab

Na primeira semana de fevereiro de 2013, enquanto o Congresso Nacional se ocupar do Orçamento Geral da União  (OGU), a presidente Dilma vai preparar terreno para reagendar a discussão da compra dos 36 caças para a FAB. Na pista das ofertas estão a Boeing (EUA), com o F-18, a Dessault (França), com o Rafale, e a Saab (Suécia), com o Gripen NG. O pacote desse negócio, deixado pelo ex-presidente Lula, beirava os US$ 5 bilhões (equivalente à previsão orçamentária prevista para Belo Horizonte para 2013). Como se acostumou a desautorizar postulados até seus, a presidente, então, colocará por terra a sua notícia, quando passou por Moscou, há três semanas, a de que, mais uma vez, suspenderia aquelas tratativas. A justificativa de que é preciso esperar um fôlego na economia – o PIB anda em baixa – não agradou na caserna, da mesma forma o rumor de uma possível abertura para os russos. Mas se os russos entrarem no páreo, acalma um brigadeiro-do-ar aposentado, seria apenas para baixar preços. E justifica: “O Brasil não tem a tradição de confiar (nos russos) em matéria de segurança territorial”.

Estrada virou commodity
Em breve o mercado terá conhecimento do desvio de uma estrada municipal, em Minas, para que uma empresa possa retirar minério de ferro que está depositado por baixo. Depois, a estrada deverá retornar ao seu curso, um caminho aberto no Século XIX. Tudo licenciado.

Codemig
A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) receberá inscrições entre 9 de fevereiro e 13 de março para o concurso público de formação de “cadastro de reserva” que selecionará 36 profissionais com formação de níveis superior e médio. Os salários chegam a até R$ 5.100 mensais.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vale – minério do minério

26/12/2012
Desde fins da década de 1980, a Vale, via controlada Minas da Serra Geral, que extraia minério de ferro nas minas Timbopeba e Capanema (minas exauridas), em Ouro Preto e Mariana, aplica a tecnologia de recuperação de ‘rejeito’ de minério de ferro, com ganhos de 30%. Fazia isso com escala econômica. E desde a década passada, não se fala mais em ‘rejeito’ em lavra de minério de ferro. Do Centro de Desenvolvimento Mineral (CDM), complexo de laboratórios para testes e ensaios com vários materiais e finalidades (na prática, um centro de pesquisas científicas e tecnológicas), que a empresa mantém em Santa Luzia (o KM-13, na BR-381), surge uma nova técnica para beneficiamento de itabiritos bem pobres, abaixo de 22% de teor de ferro. “Não vamos perder nem o fino de minério”, ilustrou, para o blog, um técnico do CDM. Completou que a novidade supera em muito a técnica do “peneiramento” via aproveitamento da “umidade do ambiente”, aplicada, há algum tempo, pela Vale na Serra dos Carajás, no Pará.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Universitário A+A

23/12/2012
Em Belo Horizonte, um universitário de 19 anos faz três cursos simultâneos: engenharias mecânica e aeronáutica e curso de piloto.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Bancos não ficarão como os automóveis: muito iguais

22/12/2002

O HSBC Bank Brasil aposta fichas no "aconselhamento" aos clientes que já estavam acima da nova C brasileira. O executivo da conta de patrimônios do HSBC, Gilberto Posso, está gastando horas de vôo na implantação dessa cultura na rede do banco. Não acredita que, em determinado momento, os bancos top ficarão muito iguais nos serviços, como ocorre com os automóveis em seus "segmentos".

sábado, 22 de dezembro de 2012

2013, o ano das terras devolutas

22/12/2012

Escritórios de advocacia, em Minas Gerais, se preparam para grandes batalhas na Justiça envolvendo clientes reflorestadores de grandes áreas com origem em terras devolutas da União e/ou Estado. Em 2013, terão muitas petições para protocolar na Justiça. Em Minas, o estoque seria de 11 milhões de hectares de terras públicas (João Paulo Stédile – “O massacre de Felisburgo, impune até hoje”, 21/11/2012, site carosamigos.com.br). Os advogados de grandes companhias reflorestadoras acreditam que o Governo abrirá muito palanque em 2013 (véspera de ano eleitoral) no campo da reforma agrária.

Quem pode cobiçar
Os olhos dos sem-terras não estarão sozinhos na vigília das ações do Governo. O governo de Minas (Iter-MG) lista como candidatos a ocupação de terras devolutas “as prefeituras municipais, igrejas, fundações e quaisquer outras entidades com interesses sociais poderão requerer terras urbanas ou rurais devolutas do Estado, desde que essas sejam destinadas exclusivamente ao atendimento de necessidades da população (fins sociais)” (sic).

Endividamento indireto da PBH

21/12/2012
Criada pela Lei Nº 1.033, de 25/11/2010, e constituída em 29/11/2011, a PBH Ativos S/A é uma sociedade anônima de capital fechado e 100% controlados pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e duas estatais municipais (Prodabel - Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte S/A e a BHTrans - Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A). A sociedade foi constituída para “complementar políticas públicas, dando apoio sistemático à Prefeitura de Belo Horizonte na realização de operações financeiras estruturadas e atividades afins”. Pois bem. A PBH Ativos fará, dia 26, AGE para aprovação de operação financeira calçada em direitos creditórios gerados em créditos tributários e não tributário. Entre corretores de valores mobiliários da capital estima-se que a estatal prepara operação em três etapas, podendo beirar R$ 700 milhões, algo ao redor de 7% da previsão orçamentária da PBH para 2013 – cerca de 10 bilhões

Transferência de ativos da PBH

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011, a PBH Ativos tinha capital social de R$ 350 mil. Como contabilizou prejuízos acumulados de R$ 243.355, o seu patrimônio líquido fechou em R$ 106.645. A AGE de constituição autoriza o capital da sociedade ser elevado a até R$ 500 milhões. Mas a estatal poderá rápido melhorar seu perfil financeiro, pois tem, no objeto social, em seu Estatuto, 12 itens que permitem operações quase equivalentes a um banco de investimentos e negócios. Entre eles está que poderá até constituir uma carteira de ativos fixos via recebimento de bens públicos a título de integralização de capital pelo município de Belo Horizonte. Esses ativos, porém, poderão parar em domínio de terceiros, da iniciativa privada, uma vez que PBH Ativos está autorizada a ser parte em projetos de parcerias público-privada (PPPs) e dar garantias.

Alienação

Pelo estatuto, a PBH Ativos, além das operações financeiras para melhorar a performance do caixa da Prefeitura, pode, conforme o Estatuto Social: “b) auxiliar o Tesouro municipal na captação de recursos financeiros, podendo, para tanto, colocar no mercado obrigações de emissão própria, receber, adquirir, alienar e dar em garantia ativos, créditos, títulos e valores mobiliários da Companhia”.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Proteção de dados na nuvem

20/12/2012
Em maio, a “Information Week” apresentou uma discussão sobre o “serviço em nuvem”, nova opção da web para armazenamento e proteção de dados. Trouxe alerta para o fato de que as corporações estão utilizando nesse expediente as mesmas práticas de proteção anteriores contra vazamentos de dados.

Ainda há falhas
A publicação chamava atenção para algo mais sério: “Ainda assim, há inúmeras maneiras menos óbvias de vazamento de dados e pesquisas em andamento mostram que clientes de serviços em nuvem – mesmo serviços em nuvem seguros – precisam se preocupar com seus dados. Por exemplo, sistemas de gerenciamento de acesso e identidade podem travar a senha e as credenciais do usuário, mas não avalia o fato de que a fonte de acesso e sua frequência é uma informação valiosa. Em outros casos, chamadas de APIs para um serviço podem carregar informações sobre quais recursos uma empresa acessa, bem como outros detalhes”.

Risco maior
Citado pela “Information Week”, o vice-presidente de Soluções e Segurança para Provedor de Aplicativos de Segurança em Nuvem (Radware) da Cloud Security Alliance (CSA), Carl Herberger, disse que “esses ataques chamados de ‘canais laterais de ataque’ na rede, não são novos, mas com a popularidade dos serviços em nuvem estão se tornando mais sérios”.

Desafios para TI em pauta
É isso que a CSA, instalada em Santa Clara (Califórnia – EUA), no Vale do Silício, colocará em discussão na 2ª Innovation Conference 2013, dia 24 de janeiro. Além de questões para fomentar a educação e transparência de emergência e tecnologias inovadoras para segurança na nuvem, o evento pautará “os desafios atuais, as melhores práticas, inovações e tendências na computação em nuvem e segurança”.

Público
A conferência da CSA é direcionada para arquitetos de TI, executivos, start-ups e líderes da indústria.

Caladão
Turistas que optam pelo acesso ao Museu Inhotim, em Brumadinho, pela BR-40, enfrentam frequentes “áreas sombreadas” (falta de sinal) das operadoras de celular - TIM, Oi, Vivo e Claro.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Novo fôlego para a Mercedes-Benz em Juiz de Fora

18/12/2012
Nos primeiros dias de maio, a multinacional Mercedes-Benz do Brasil, com matriz na Alemanha, fez sua terceira inauguração da planta em Juiz de Fora. A primeira foi em 1998. Tentava, assim, apagar dois fracassos no segmento de veículos de passeio – para os mercados interno e exterior. Desta vez, colocou uma linha para caminhões. Em 1998, investiu mais de US$ 800 milhões (valor histórico). Agora, US$ 220 milhões em linhas para caminhões leves e pesados, com capacidade para 50 mil unidades/ano.
Mas o mercado dos caminhões não bombou como previam os executivos da Alemanha. A unidade de Juiz de Fora conheceu novas retrações e as metas viraram discursos esquecidos pela matriz. Afim de ser enquadrado na linha de financiamento Finame (BNDES - mínimo de 60% de peças nacionais), o caminhão pesado Actros tinha uma cronograma de nacionalização crescente: sairia de 52%, em maio, para 64%, em 2013, e, em 2014, 72%. Esse foi o previsto pelo vice-presidente e COO of Mercedes-Benz Trucks (Caminhões), Ronald Linsmayer.
O futuro da planta de Juiz de Fora será medido no tratamento que a subsidiária brasileira dará ao projeto das áreas de montagem bruta das cabines e pintura (essas etapas são executadas em São Bernardo). A previsão, em maio, era que entrariam em operação em janeiro de 2013. Nestes dias, surge a expectativa da retomada no nicho de caminhões, em 2013, por conta de uma safra recorde. Ela traz novo fôlego para Juiz de Fora.

Marcopolo
Maior encarroçadora de ônibus da América Latina, a Marcopolo, de Caxias do Sul (RS), assumiu a maioria do capital social da Metalsur Carrocerias S.R.L. A operação foi fechada via coligada Metalpar. A operação, de US$ 9 milhões, consolidará a Marcopolo na fabricação de carrocerias de ônibus rodoviários na Argentina. A nova coligada da empresa gaúcha monta ônibus de dois andares.

Recorde cooperativo no PR
As cooperativas do Paraná devem encerrar o ano com crescimento de até 15% no faturamento sobre 2011, com R$ 37 bilhões. A previsão é do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. As cooperativas do PR têm ao redor de 1 milhão de cooperados e, neste ano, geraram 100 mil novos empregos, fechando com 1,6 milhão de ocupações.


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

PT aplica lei de véspera do AI-5

16/12/2012
A ditadura militar, surgida em Golpe de Estado, foi de 31 de março (ou 1º de abril) de 1964 a 15 de março de 1985, data em que o general João Figueiredo deixou o Planalto pelos fundos, para não entregar a faixa presidencial a José Sarney (atual presidente do Senado). Este foi golpista (era da Arena, partido dos militares). Em 1984, porém, deu às costas aos ditadores e virou vice de Tancredo Neves (MDB – partido da oposição). Tancredo adoeceu, não tomou posse, morreu em abril de 1985 e Sarney cumpriu o mandato.
Tancredo e Sarney foram eleitos como os dois últimos (dos cinco) generais que ocuparam o Planalto: eleição indireta, em “colegiado eleitoral”.
Criado em 1980, o Partido dos Trabalhadores (PT) brigou quatro eleições, desde 1989, e sempre com Lula até entrar no Planalto. A partir de 2003, Lula cumpriu dois mandatos seguidos e fez a sucessora, Dilma Rousseff. Ex-metalúrgico do ABC Paulista, Lula surgiu quando o general Geisel sinalizava com a “distensão” política (1978): anistia de políticos (1979) e eleições livres para governadores (1982). Na prática, Lula foi uma invenção da mídia opositora aos generais: ela o vigiava (protegia) 24 horas. Isso a partir de 12 de maio de 1978, quando liderou a greve de São Bernardo. Foi preso e solto. Nunca torturado, pois Geisel não toleraria.
O PT empunhava um rosário de dogmas. Em nome da democracia plena, apontava “maracutaias” (Lula), compras de votos, desvios de verbas públicas etc. Minoria no Congresso, pedia CPIs e, quando um governo admitia, antecipava que acabariam em pizzas – em nada.
Pois bem. Da posse de Lula, em 2003, até hoje, o PT vive de abafar escândalos de seus políticos, “blindar” ministros e impedir as CPIs. Além de transformar investigações em pizzas.
O PT se faz cego para aqueles 20 anos de estrada. Em pleno dezembro de 2012, permite ao IBGE ameaçar com a Lei 5.534, de 14/11/1968, todo cidadão que se recusar a participar da PNAD 2012. A lei antecede 30 dias ao Ato Institucional Nº 5 (AI-5), de 13/12/1968, a incubadora da ditadura para crimes bárbaros e fechamento do Congresso Nacional. Quem não atende ao IBGE, recebe, via Correio, cópia daquela lei, baixada pelo general Costa e Silva (morto), Delfim Netto, Jarbas Passarinho e outros. Ameaça com multa de até 10 vezes o valor do salário mínimo, podendo dobrar, sem excluir a obrigatoriedade com o IBGE. Se o “infrator” for servidor público, poderá perder “um mês de seu vencimento ou salário”.
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 15 de dezembro de 2012

Startups brasileiras fora do interesse

15/12/2012
A Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) faz uma análise, com base em publicação do “The New York Times”, que mostra que, ao mesmo tempo em que as startups brasileiras passaram a despertar interesse de empresas de capital de risco do Vale do Silício, na Califórnia (EUA), segmentos promissores da área de tecnologia têm sido ignorados. A Anpei salienta que empresas privadas investem em e-commerce e outras áreas, mas rejeitam campos como nanotecnologia, robótica e tecnologia da informação.  
Diante disso, o governo brasileiro determinou ao BNDES a criação do fundo Criatec, para dar sustentação às novas empresas de base tecnológica, não deixando apenas por conta das venture capital (empresas de investimento de capital de risco) para área de P,D&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica). 
Acima de US$ 10 milhões 
A Anpei informa que alguns investidores estrangeiros começam a avaliar a carteira do Criatec, mas não demonstram interesse em startup brasileira com faturamento inferior a US$ 10 milhões anuais. 
Husqvarna no Brasil
A BMW Group Brasil colocou o executivo Matteo Mônaco Villano no comando da Husqvarna no país. Formando em Administração de Empresas e pós-graduado em Marketing, Villano está no setor automotivo desde 1998, começando pelo setor de autopeças da Siemens VDO. 
Mercadante 
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, continua bem na foto. Quinta-feira, em Moscou, como em outras viagens da presidente Dilma Rousseff ao exterior, ele estava ao seu lado na entrevista. Enquanto isso, Guido Mantega, da Fazenda, e Fernando Pimentel, ficaram por aqui descascando seus pepinos. Mantega, de um PIB cada vez mais ‘Pibinho’, e Pimentel, contornando denúncias contra sua gestão na Prefeitura de Belo Horizonte. 
Milho
O Ministério da Agricultura divulgou o zoneamento agrícola de risco climático para a cultura de milho consorciado com braquiária, utilizado em práticas sustentáveis como no Sistema de Plantio Direto. Anunciou também os zoneamentos para amendoim, aveia, canola, cevada (de sequeiro e irrigada), feijão (3ª safra), milho e trigo (de sequeiro e irrigado).
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Belo Horizonte será hub da Energisa para América Latina

14/12/2012
No período 2013-2022, o Grupo Energisa (antigo Grupo Cataguazes-Leopoldina) investirá no país R$ 3 bilhões. Parte das decisões para esses investimentos, que se estenderão do Sudeste ao Nordeste, será tomada em Belo Horizonte, onde a Energisa Geração inaugurará, na segunda-feira, a sua nova sede.
A Energisa Geração direciona suas atividades no desenvolvimento de projetos e construção de empreendimentos de energia renovável. A opção pela capital mineira leva em conta a “logística” para negócios no país e América Latina. “A Energisa Geração está em fase de expansão. Temos investimentos de geração renovável em Minas, Rio, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte, e estamos estudando a implantação de usinas em países vizinhos”, explica o presidente da Geração, Eduardo Alves Mantovani.

Geração
Com atividades herdadas da Cataguazes-Leopoldina (Cia. Força e Luz Cataguazes-Leopoldina), iniciadas em 1905, com pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), na Zona da Mata, em Minas, o Grupo Energisa informa que retomou os investimentos na área, no Rio de Janeiro e Minas Gerais. No setor de energia renovável, o grupo tem projetos para energia eólica - cinco parques no Rio Grande do Norte, e de biomassa, em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Exército (1)
Recentemente, o jornal  “O Estado de S.Paulo” publicou que o Exército Brasileiro (Brazilian Army) só possui munição para uma hora de guerra.

Exército (2)
A situação parece mais grave. O 4º Distrito Militar, da 4ª Região Militar do Exército, licitou “próteses auditivas”.

Matemática
Os aficionados pela Matemática terão um evento especial no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, de 21 a 26 de janeiro, com a realização do 2º Colóquio de Matemática do Sudeste. Da programação constam sessões temáticas em Equações Diferenciais Parciais, Geometria, Geometria Algébrica e Singularidades, Topologia, Olimpíada e ProfMat. Haverá também oito minicursos.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Clusters no agronegócio

13/12/2012
Lançado pela Editora CRV, com 216 páginas, o livro “Planejamento Estratégico em Arranjos Produtivos Locais” formula uma série de soluções para cadeias do agronegócio. Foi elaborado a partir de estudos de dez pesquisadores ligados à Universidade de São Paulo (USP) em segmentos da cana-de-açúcar, fruticultura, caprinocultura, sisal e tilápia no Estado da Bahia. Os pesquisadores são ligados ao AgroFEA Ribeirão Preto - Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) e ao Markestrat - Centro de Pesquisas em Marketing e Estratégia (da mesma faculdade).

Agricultura de precisão
Vai até o dia 14, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba (SP), a XX Jornada de atualização em Agricultura de Precisão, com discussões de conceitos associados à Agricultura de Precisão.

Via satélite
A jornada na Esalq discutirá inovações em técnicas para gerenciamento das lavouras (sistemas de navegação por satélites e de informação geográfica, mapeamento da produtividade das culturas, monitores e sensores de análise de dados e tomada de decisão), mecanização da aplicação localizada de insumos e assuntos conexos.

Agrotóxicos (1)
Está aberta a temporada da aplicação de agrotóxicos nas lavouras de cereais. De 2010 para 2011, a lavoura brasileira registrou aumento de 3% no consumo de agrotóxicos e fertilizantes, de 827,8 toneladas para 852,8 toneladas (Sindag/Anda).

Agrotóxicos (2)
As campanhas, no país, de prevenção contra intoxicação não são uniformes. Em 1996, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimava a ocorrência de 3 milhões de intoxicações agudas por agrotóxicos, com 220 mil mortes por ano, das quais 70% no Terceiro Mundo - Brasil era o 8º maior consumidor de agrotóxicos por hectare no mundo. Em 2007, foram, respectivamente, 7 milhões e 70 mil.

Agrotóxicos (3)
Em 2011, o Brasil teve 8 mil casos de intoxicações por agrotóxicos (Fiocruz/Sistema Nacional de Informação de Agravos Notificados). Mas, para cada notificação, a estimativa era de 50 não comunicados.
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Vale pode sair das minas de baixa produção

11/12/2012
Depois que indagado aqui, no dia 6 de novembro, “O que mais a Vale venderá?” – abordagem para as vendas Vale Manganèse France SAS, na França, e a Vale Manganese Norway AS, na Noruega –, na semana passada, em Londres o presidente da companhia, Murilo Ferreira, fez nova oferta: a de negociação de 50% ou mais do capital social da Vale Logística Integrada (VLI - Valley Integrated Logistics VLI).

Fazendo caixa
A empresa pretende captar, nessa operação, acima de US$ 1 bilhão. O valor praticamente banca o projeto de ferrovia no Máli, na fronteira com Moçambique, na África: 136 quilômetros novos, modernização de outros 99 quilômetros, construção de 45 pontes ferroviárias e três viadutos rodoviários. A ferrovia ligará a um sistema portuário de Moçambique e atenderá principalmente ao transporte de carvão mineral.

Minas de baixa produção
Mas a desmobilização de ativos pela Vale não para por aí. Com o frequente discurso de busca de melhor performance nos resultados, diretores de sindicatos Metabase (dos trabalhadores em minas), dentro do Quadrilátero Ferrífero, em Minas, não descartam a probabilidade de a companhia sair também das lavras de minério de ferro com produção inferior a 5 milhões de toneladas/ano. Mas manteria direito de preferência de compra da produção. Com isso reduziria custos operacionais de produção.

Bom exemplo capixaba
Na estrutura da administração direta do governo do Espírito Santo, algumas secretarias que gozam de status em outros estados foram aglomeradas, surgindo a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (SECTIT). Se funcionar, e parece que sim, a julgar pelo crescimento da economia do Estado, deveria ser imitado por outras unidades da federação.

Ceise Br
A diretoria do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), com sede em Sertãozinho (SP), para o triênio 2013-15 será presidido por Antônio Eduardo Tonielo Filho. O novo dirigente (engenheiro agrônomo pós-graduado em Administração de Empresas) é diretor das usinas Virálcool, de Pitangueiras, e Santa Inês, de Sertãozinho.


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

Zagope

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Choro de fabricantes de bens de capital

09/12/2012
A economia vai bem e mal em dois segmentos importantes. Isso é o que traduzem os discursos de dirigentes de entidades setoriais de peso. No dia, pegando carona no ‘pibinho’, de 0,6% no último trimestre, o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, deu alma e cor de catástrofe para indicadores que põe à flor da pele nervos de empresários do setor, formado por 4.500 indústrias de bens de capital (produção de máquinas que fabricam bens de consumo e/ou componentes de peças, conjuntos e equipamentos e geram serviços). Os parques fabris das associadas estagnaram 25% da capacidade, exclusivamente por falta de encomendas. Não se discute preço. Para dar sustentação à alegoria do choro, Velloso exibe uma cronologia: a entrega dos contratos em carteira nas indústrias, que era de 22 semanas (150 dias, ou cinco meses), em 2010, baixou para 15 (105 dias, ou 3,5 meses). Se ele é menor, é porque a demanda recuou. Frisou que muitas estão se transformando em importadoras de bens de capital.

... e festa dos usuários
Ruim para as indústrias, bom para quem demanda os bens de capital, por conta da lei de mercado da oferta e procura. É a conclusão que se tira do anúncio da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, para a feira e congresso Construction Expo 2013 (junho de 2013), que reúne fabricantes, lessors (locadoras) e usuários de máquinas para construção. “A área de edificações no Brasil está em plena expansão”, informa a entidade, debruçada sobre pesquisa encomendada à consultoria Ernst & Young Terco. Destaca que o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento imobiliário brasileiro saltará dos R$ 170 bilhões/ano para R$ 270 bilhões antes de 2022.

Hotéis, hospitais e shoppings
“Nos outros segmentos de edificações, a situação não é diferente”, destaca nota da Sobratema, que aponta, em pesquisa própria, investimentos na área da hotelaria e resorts de R$ 39,3 bilhões até 2017. Em hospitais e shopping centers serão, respectivamente, R$ 822,7 milhões e R$ 654,5 milhões.

Usiminas Mineração
A mineradora do Grupo Usiminas abriu audiência pública para expansão nas intervenções na Mina Central, na serra Itatiaiuçu. Interferirá em interesses de proprietários rurais em Itatiaiuçu e Mateus Leme

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 8 de dezembro de 2012

Estrela do economista Mercadante em alta

08/12/2012
Nas viagens da presidente Dilma Rousseff pela Ásia, o economista e ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esteve sempre ao lado da chefe. Em 30 de novembro, na dissecação do veto de Dilma às propostas de alterações no fatiamento do royalty do petróleo, tinha os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmman, na mesa. Mas quem mais deu o tom do Planalto e fórmulas para partilha orçamentária foi Mercadante. Nesta semana, ele compareceu até em uma sessão de degustação dos melhores cafés de Minas Gerais preparada para a presidente, em Brasília.

Pedido da mídia
Sei não. Agora até a mídia internacional (a importante revista “The Economist”, de Londres) sugere a Dilma a troca do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em vantagem
O economista do PT paulistano está bem na foto. Melhor que o principal concorrente numa possível vacância na Fazenda, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Ex-prefeito de Belo Horizonte e também economista, Pimentel é de corrente oposta à do colega do MEC dentro do partido.

De fora
A degustação dos cafés de Minas foi preparada pelo Instituto Federal Sul de Minas (IFSuldeMinas), de Pouso Alegre, durante o 7º Encontro Nacional da Indústria (Enai). Era um território para Pimentel surfar.

Congresso ISSCT
Nos dias 20 e 21 de junho de 2013, será realizado o Pré-Congresso da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists), com visitas técnicas de participantes internacionais a cinco usinas e dois centros de pesquisa no interior de São Paulo. Nas visitas, receberão informações do funcionamento da agroindústria sucroenergética e da tecnologia científica aplicada no país. O congresso, organizado pela STAB Nacional - Sociedade dos Técnicos Açucareiros Alcooleiros do Brasil, terá a sua 28ª edição, de 24 a 27 de junho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Bancos
Agências de dois bancos concorrentes dividirão imóvel em construção no Jardim Canadá, bairro de Nova Lima às margens da BR-040.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Palanques da Anpei

07/12/2012
Será de 3 a 5 de junho de 2013, em Vitória (ES), a XIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica 2013 XIII Conference Anpei Technological Innovation 2013), organizada pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). Os eventos da entidade versam exclusivamente sobre inovação nas empresas brasileiras. Na próxima, o tema central será “Inovação Competitiva e Aberta: Transformando o Brasil”.

Promessas...
As duas últimas conferencias da Anpei tiveram enorme peso para o governo. Na penúltima, quando era ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação o economista e ex-senador Aloizio Mercadante (PT-SP), houve uma chuva de compromissos, como colocar acima de 3% do PIB os investimentos do governo na área. Durante a XI Anpei, em junho de 2011, foi efusivamente aplaudido por cientistas e pesquisadores que estão no chão das indústrias.

Vazias
Pouco antes, em março, dentro do campus da UFRJ, Mercadante tinha sido incisivo em afirmar que o MCT iria priorizar investimentos em tecnologia e inovação. Disse que o Brasil realizava esforços para ter avanços tecnológicos, mas que não era tudo. “Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2009 foram da ordem de US$ 24,2 bilhões, mas isso representa apenas pouco mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB)”, afirmou Mercadante. Saiu do MCTI e o compromisso virou voz sem eco.

Com votos
Agora, no Ministério da Educação, praia mais atraente para quem não pretende largar a política, Mercadante, de cara, fez discurso por 100% dos royalties do petróleo para a educação. Em três meses, teve resultado. Não levou a comissão dos poços em produção, mas assegurou a integralidade daquela comissão extraída em poços futuros na camada do pré-sal. A proposta está engajada nas eleições de 2014.

Furnas
O projeto “Furnas nas Escolas”, para capacitação de educadores e sensibilização de alunos para as questões ambientais, fechou 2012 com o envolvimento de 6 mil alunos e 500 professores, de 31 instituições de ensino em cinco municípios de Minas na área de influência da hidrelétrica de Furnas. Sob o tema “Energia Eficiente”, os alunos, todos de escolas públicas e dos ensinos Médio e Fundamental, participaram de programações com palestras, promoveram feiras culturais, com montagem de um aquecedor solar e distribuição de mudas cultivadas no horto florestal da usina. Como resultado, foi criado um livreto de poesias, editado e distribuído por Furnas.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Entrada de capital

06/12/2012
O país continua refém do chamado capital estrangeiro especulativo, que chega para ficar poucos dias em papéis da Bolsa ou engordando em títulos públicos do Tesouro Nacional (financia dívidas e déficits fiscais constantes da União). Por enquanto, dinheiro graúdo que tem batido em fuga da Europa procura apenas os ganhos dos ativos assegurados pelos juros altos da Selic (taxas de juros básicos do Banco Central) e das variações do Ibovespa (Bolsa de Valores).

Saída
Em outubro, o “saldo de capital estrangeiro” na Bovespa foi negativo em R$ 1,2 bilhão, ou seja, os investidores de fora “fizeram lucros” – ou fugiram do pregão -, causando perdas de 3,56% (no Ibovespa). O lucro, claro, foi cobrir obrigações em outras praças.

Passagem rápida
Do volume de compra e venda em outubro, no total de R$ 292,667 bilhões, os investidores estrangeiros compareceram com 20,98%. O percentual representou R$ 121,593 bilhões. E neste valor, 91,33% (R$ 111,060 bilhões) foram investimentos à vista, que, no linguajar popular, significa: liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) no segundo dia útil ao fechamento da transação, e, liquidação financeira (pagamento), no terceiro dia útil após a operação (mas condicionada à liquidação física).

Pouco na produção
Recursos novos estrangeiros que buscam o setor produtivo têm sido troco miúdo frente aos milhões que entram de noite e saem de dia da Bolsa. É o caso dos investimentos da Ammann (Ammann Group), da Suíça, e líder mundial em usinas de asfalto, que reservou R$ 15 milhões para investir em unidade de compactadores e pavimentadores, e a Irmãos Tavares, de Portugal, R$ 20 milhões para fábrica de equipamentos de construção civil, no Rio Grande do Sul.

Agrotóxicos
A presidente da Confederação da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu, quer que o governo revogue as restrições à pulverização aérea das lavouras de arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo com defensivos agrícolas que contenham princípios ativos imidacloprido, tiametoxam e clotianidina. As restrições, até 30 de junho de 2013, foram definidas pelo Mapa/Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Trilhos de fora

05/12/2012
Depois de quatro editais cancelados, sendo três neste ano, incluindo a suspensão por irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a estatal Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S/A se prepara para a quinta tentativa (pregão 011/12) de compra de trilhos para trechos em expansão da Ferrovia Norte-Sul. O material, 95.436 toneladas, será para cobrir extensão de 680 quilômetros, nos estado de Goiás e São Paulo. A concorrência está prevista para daqui a 40 dias, em 14 de janeiro. Os trilhos UIC-60 (60 E 2) não são fabricados no Brasil.

Goiás-São Paulo
O trecho da expansão, na extensão Sul da Norte-Sul, é tratado por Estrada de Ferro EF-151, entre Ouro Verde (GO) e Estrela D’Oeste (SP). O processo de compra dos trilhos se arrasta desde 2010.

Nacionalização
A licitação da Valec engloba as etapas de “descarga do navio, remoção do cais para o terminal, armazenamento e nacionalização”.

Da China
Os trilhos UIC 60 seguem padrão da Europa e são fornecidos, entre outras, por siderúrgicas da Alemanha e da China.

PIS/Cofins
A partir de 1º de janeiro, as empresas terão que adequar a escrituração fiscal digital do PIS/Pasep e da Cofins ao sistema eletrônico. O descumprimento da determinação do governo implicará em multas mensais cumulativas de R$ 5 mil, podendo evoluir para R$ 627 mil. A medida da Receita é para minimizar a sonegação de impostos.

Milho
No dia 13, em Brasília, representantes do Ministério da Agricultura e da sociedade em geral (dos produtores de milho, criadores de aves de corte, ovos, suínos, indústrias de ração, consumo humano e comerciantes) se reunirão para estabelecer a dinâmica da comercialização da safra atual de milho e a perspectiva para 2012/13.

Carbocloro
A Carbocloro, empresa do setor químico (joint venture da Unipar – União de Indústrias Petroquímicas S.A com a Occidental Chemical Corporation) adquiriu a solução SAP® Sales OnDemand, do segmento de inteligência para gestores e profissionais de vendas que trabalham remotamente e para os demais colaboradores da área comercial, entre as quais serviços ao cliente (SAC), assistência técnica, logística, comercio exterior e marketing.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Perguntem à Andrade Gutierrez

04/12/2012
Muita encenação nessa história das concessões das hidrelétricas que vencerão. Tem muito de coisa só para inglês ver. Perguntem àquele que foi, nos anos das décadas de 1980 e 1990, o principal executivo do Grupo Andrade Gutierrez, Eduardo Borges Andrade, se ele aprovaria a entrada do conglomerado (ocorrida em 2010) em 33% do capital do Grupo Cemig para, no dia seguinte, deixar de ser dono de alguns bilhões de reais em ativos fixos.

Não perde dinheiro
É bom não se perder de vista que o Grupo Andrade Gutierrez não está apenas nos mercados de construção pesada, serviços (telecomunicações é o principal), concessões e geração de energia. Tem negócios também no mercado financeiro, com fundos de investimento.

BNDES banca piscina
Às margens da BR-040, no sentido Belo Horizonte-Rio, em Nova Lima, uma loja exibe enormes piscinas em fibra de vidro para venda. Daquelas que é só fazer o buraco e jogá-la dentro, encher de água e refrescar o corpo. Nada de mais. O curioso é faixa colocada na loja, anunciando que “aceita” Cartão BNDES. Financiamento público que falta em boas escolas, bons hospitais, rodovias seguras etc. A tal loja está estrategicamente no caminho dos grandes condomínios horizontais fechados da APA Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Tutto brasiliano
No dia 12 de novembro de 2008, o engenheiro italiano Valentino Rizzioli, então presidente da Case New Holland (CNH), 1º vice-presidente da Anfavea e um dos principais executivos do Grupo Fiat, na América Latina, recebeu o título de Cidadão Honorário de Minas Gerais. No último dia 22 (de novembro), a mulher dele, Silvana Rizzioli, ex-presidente da Fundação Fiat, recebeu o título de Cidadã Honorária do Estado de Minas Gerais.

Qualidade das sementes
O Ministério da Agricultura abriu consulta pública para dois projetos de Instrução Normativa (IN) para garantir a qualidade das sementes utilizadas na agricultura brasileira. A consulta será por 120 dias, a contar de 28 de novembro. A medidas resultantes valerão a partir da safra 2013/2014.

Novo partido
Quarta-feira (5), no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, nascerá o Partido Solidariedade.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 1 de dezembro de 2012

E a MP 585 não virou pirita

01/12/2012
No final de outubro, a presidente Dilma fez uma média com os estados e municípios endividados, criando um falso pires com R$ 1,950 bilhão de ajuda com a Medida Provisória 585/2012. O Planalto, como sempre, jogou tintura ideológica: é para compensar perdas de ICMS nas exportações de industrializados, conforme a Lei Kandir (ex-ministro do Planejamento do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB). A MP foi publicada no “Diário Oficial da União – DOU”, de 24 de outubro, destinando 75% para os Estados e 25% aos municípios. O texto foi aprovado na quarta-feira, em comissão mista do Congresso.

Caberá a Minas Gerais uma participação com o coeficiente de 24,81413%. As outras parcelas maiores irão para o Mato Grosso (12,18280%), Pará (10,09752%), Espírito Santo (8,01977%), Rio Grande do Sul (6,53598%), Rio de Janeiro (5,62655%), São Paulo (5,36643%) e Goiás (5,22028%).

Mas se fossem levados a ferro e fogo os artigos da MP 585, ninguém levaria um só vintém e a medida teria virado “ouro de tolo” - minério que parece ouro, a pirita. As minúcias criavam um verdadeiro ajuste contábil entre Estados e municípios com a União. Não sobraria nada. O repasse passaria, antes de tudo, por um pente-fino contábil: subtração das dívidas vencidas e não pagas, com prioridades, pela ordem, à União, com garantia da União (inclui dívida externa) e junto às entidades da administração federal indireta. Na sequência, a vez seria para débitos da administração direta da unidade federada, seguidas por dívidas com a administração indireta. Além disso, a União poderia também descontar parcelas vincendas de dívidas estaduais e/ou municipais.
Mas o Ministério da Fazenda informou que fizera a transferência de 100% dos recursos, abrindo mão das prerrogativas dos descontos das dívidas.
 
Cadastro Ambiental Rural
O Paraná, que sempre saiu na frente contra o novo Código Florestal, também faz vanguarda em outras frentes. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) entregou ao Ministério do Meio Ambiente proposta de termo de cooperação técnica para a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Estado.

POV(O) abandonado
Parece que, de forma proposital, o Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) abandonou (deixou entregue aos vândalos e marginais) vários Postos de Observação e Vigilância (POV) na cidade.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte