Enviado por Nairo Alméri – seg,
23/9/2013 – às15h54
Há menos de
duas semanas, o Expominas foi palco a 50ª conferência anual da Organização
Internacional do Café (OIC), que marcou a Semana Internacional do Café. Na
abertura, a maioria dos discursos convergiu para dois pontos: inovação
tecnológica e transparência nas estatísticas. Na manhã de hoje, na abertura solene
do 15º Congresso Brasileiro de Mineração e Exposição Internacional de
Mineração, realizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o tema
dos investimentos em tecnologia reapareceu em diversos discursos. O relator da
Comissão da Câmara para o Novo Marco da Mineração, deputado André Quintão, ao demonstrar
que a União destina pouco para tecnologia mineral, disse que o Cetem recebe R$
35 milhões para atender ao setor, contra R$ 1,5 bilhão na área do petróleo. “Não
se vai explorar terras raras se não tivermos tecnologia”, enfatizou.
Reações burocratas
O ministro
das Minas e Energia, Edison Lobão, que ouviu, ocupando a mesma mesa, a
advertência de Quintão, mesma linha de outras autoridades do setor e políticos,
fez o encerramento da sessão sem responder. Optou por um discurso
administrativo. Foi exatamente o que fizera, dia 9, no mesmo auditório, dentro
do centro de exposições Expominas, em Belo Horizonte, o ministro da Agricultura,
Antônio Andrade, na abertura da Semana Internacional do Café. Ambos apresentaram
balanços ministeriais velhos, sem a menor importância.
Baixa
tecnologia
Os dois
ministros parecem ignorar que, no 1º semestre, o país registrou déficit de US$
46,8 bilhões em produtos industrializados de média e alta tecnologia. As
exportações de café e minério in natura,
exaltadas por eles, figuram como produtos de baixa tecnologia.
US$ 2
trilhões
Talvez Lobão
e Andrade também desconheçam fatos importantes em pesquisa, desenvolvimento e
inovação tecnológica (P,D&I) em plena ebulição no mundo da tecnologia. Um
desses fatos levou a Rússia a avaliar e revisar, a cada semestre, a sua
política para biotecnologia (medida adotada em 19 de julho – via decreto ). O
Governo de Moscou estima que, até 2030, apenas na produção de bens de consumo a
partir da tecnologia da biotecnologia, os investimentos globais somarão US$ 2
trilhões – 50% do PIB brasileiro. A indústria russa tem menos de 1% desse
mercado e, por decreto, aplicará todos os meios da tecnologia para virar para
abrir a próxima década acima de 1%.
Metso
O novo
presidente global do Grupo Metso para área da mineração será o brasileiro João
Ney Colagrossi. A Metso é fabricante de equipamentos para de mineração e, no
Brasil, tem unidade fabril em Sorocaba (SP), a Mteso Brasil Indústria e Comércio. O anúncio será feito quinta-feira,
na Exposibram.
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