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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CBMM exportará 60% a mais


Enviado por Nairo Alméri - qui, 26/9/2013 |às 10h11

Apesar de sua enorme importância na siderurgia, como uma das mais nobres ligas (propriedades: dá mais leveza e resistência aos materiais ligados), o ferronióbio não participa em mais que 10% da produção mundial dos aços – 1,2 bilhão de toneladas, em 2011. A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), instalada em Araxá (MG), é a maio produtora mundial de nióbio e exportador. Em 2011, a companhia traçou metas arrojadas para 2015: expandir as vendas externas em 60%, o que representa atingir 99 mil toneladas. A CBMM, que produz 90% do nióbio do planeta, destina, em média, um quarto das vendas externas para a China. As indústrias automobilística, naval, aeroespacial, construção civil e mecânica são grandes clientes dos aços microligados com ferronióbio.


Produção

O aumento nas exportações coincidira com o término da conclusão de investimentos de R$ 1 bilhão no complexo da cidade mineira do Alto Paranaíba. Na linha da metalurgia – a produção de nióbio -, o crescimento será na proporção do aumento das exportações: acréscimo de 66,6%, atingindo 150 mil toneladas anuais. 


Terras-raras

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), entre os projetos executados no Brasil voltados para a mineração com, terras-raras, das quais a China lidera, destacou o da CBMM, que faz a recuperação no nióbio, em escala piloto, a capacidade inicial, conforme relatos daquele departamento (agosto de 2012), a empresa adquiriu escala para 1,2 mil t/ano em concentrados (1% da produção mundial), podendo duplicar em concentrados A companhia afirma que encontrou a solução para obter as terras-raras do nióbio. O DNPM ressaltava que não se deveria avaliar a instalação da CBMM pela capacidade apenas, mas comparar com aquilo que o país produzira em 2011: 239 toneladas. A companhia tinha realizado investimentos próprios da ordem de R$ 50 milhões. 


Melhor em 2012

No dia 29 passado, em entrevista, o diretor presidente da CBMM, Tadeu Carneiro, usou uma expressão que interpreta bem a paciência da companhia em consolidar novos mercados em um nicho onde o que conta não volume, mas a qualidade (pureza) do produto. “A CBMM surgiu e cresceu em paralelo com a demanda de nióbio”, disse à “IstoÉ Dinheiro”. No mercado da China, principal cliente (de todas as companhias globais), a companhia investiu na qualificação de técnicos locais de nível superior que desempenham atividades afins na aplicação das ligas metálicas. Os esforços da companhia apareceram nos resultados da pesquisa da “IstoÉ Dinheiro”, sendo eleita, no segmento mineração, líder na premiação “As Melhores da Dinheiro”. Seu destaque foi o crescimento de 10% nas vendas de nióbio, em 2012, quando o mercado apresentou estagnação de 4%. 


Reservas

O Brasil concentra 98% das reservas (medias) de nióbio do mundo, com 842,4 milhões de toneladas. Em Minas Gerais, estão 75% das reservas nacionais e o país participa com 90% do nióbio exportado no mundo. A CBMM, isolada, tem 80% do mercado global de nióbio, seguida por Imagold (10%) e Anglo American (8%), conforme o DNPM (2013). “As reservas da CBMM alcançam 433 milhões de toneladas de minério intemperizado, com teor médio de 2,5% de Nb2O5”. (“Desenvolvimento de Estudos para Elaboração do Plano Duodecenal – 2010-2030) de Geologia, Mineração e Transformação Mineral”, J.Mendo Consultoria, página 14). 


‘Osso humano’ de nióbio

Enviado por Nairo Alméri - qui, 26/9/2013 |às 10h11

Há dois anos, pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) avançaram nos estudos para aplicação de nióbio na fabricação de prótese. Eles desenvolveram uma prótese que combina nióbio e titânio, que, além de reproduzir “semelhanças” ao osso humano, apresentou níveis satisfatórios de biocompatibilidade. Há mais tempo, a “Folha de S.Paulo” noticiou que ela poderia ser aplicada sem riscos de efeito colateral. A prótese foi desenvolvida em laboratórios de Metalurgia Física e Solidificação da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM/Unicamp), num ciclo de pesquisa que conta quase duas décadas. A Unicamp deverá apresentar novos resultados das pesquisas, apoiadas por Fapesp, Capes e CNPq.
Em 2009, a “Inovação Tecnológica”, em sua versão on line, publicou a seguinte conclusão de pesquisadores a respeito da aplicação de ligas titânio na medicina: “O titânio é classificado como um biomaterial, pois apresenta excelente compatibilidade com o organismo, alta resistência mecânica, boa flexibilidade e elevada resistência à corrosão. Por conta desses atributos, leva vantagens sobre outros metais também usados na produção de próteses, como o aço inoxidável (...)”.



Enviado por Nairo Alméri – qui, 26/9/2013 | às 10h11

UFMG e Petrobras usam nióbio para transformar glicerina em 'petroquímica verde'

 Por Luana Macieira, Boletim UFMG - quinta-feira, 22 de agosto de 2013, às 5h51

O processo de produção do biodiesel (combustível renovável gerado a partir de fontes vegetais) dá origem a uma glicerina impura e de baixo valor de mercado. Para reverter tal quadro, pesquisadores do Departamento de Química da UFMG e da Petrobras desenvolveram uma técnica para transformar esse material em composto mais rentável e com novas aplicações no mercado.

A nova alternativa de uso da glicerina surgiu por meio de uma reação de oxidação, utilizando o nióbio (Nb) como catalisador do processo químico. A glicerina resultante da produção de biodiesel é composta por três grupos de hidroxila (OH), que se ligam ao óxido de nióbio (NP2O5). Leia Mais 


Samarco

Enviado por Nairo Alméri – qui, 26.9.2013 | às 10h11

Com os projetos dos terceiros concentrador de minério de ferro e mineroduto, ambos na Mina de Germano, em Mariana (MG), e da quarta usina de pellets (P4P), em Anchieta (ES), a Samarco cria relações compromissos nem sempre visíveis. Pelo cronograma de três anos de obras, as novas unidades entrarão em operação em janeiro de 2014. Nesse período, apenas com terceirizados no P4P, serão gastos R$ 1,7 milhão em “carboneutralização” de 150 mil t de CO2. O mais expressivo, porém, será àquilo que a mineradora, controlada da Vale e da BHP Billiton, pagarão em impostos nas três esferas – União, estados de Minas Gerais e Espírito Santo: R$ 590,8 milhões, para investimentos de R$ 6,4 bilhões. O valor equivale à receita bruta de 2012 da companhia, de R$ 6,610 bilhões. Essas obras ocuparão 13.500 trabalhadores – 1.500 diretos e indiretos na operação. 


Aumento de capacidade

As capacidades da Samarco no complexo terá a seguinte evolução: concentrador de minério, expansão de 24 milhões t/ano de minério para 33,5 milhões t/ano; mineroduto (400 km ligação Germano-Ponta Ubu), de 24 milhões t/ano para 44 milhões t/ano; e, usinas de pellets, de 22,5 milhões t/ano para 30,5 milhões t/ano. O aumento na capacidade produtiva saltará 37%. Toda a produção de pellets da empresa, de 22,25 milhões t/ano, é despachada para 25 países.

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