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domingo, 30 de junho de 2013

Mercadante x João Santana

Enviado por Nairo Alméri – dom, 30.06.2013 | 23h21

Quando a popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu oito pontos nas pesquisas do Datafola, no começo do mês, o seu marqueteiro, João Santana, pediu que ela fosse para televisão. Ela foi. Os protestos continuaram. Agora, o mesmo instituto revela que Dilma caiu 27 pontos. O marqueteiro retorna à cena. Mas, desta vez, dividindo a cúpula do PT. Ele sugere que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, saia de cena.
Mercadante criou para si o posto de primeiro-ministro do PT, no Governo, assumindo a missão de formar, dentro do Congresso, a tropa de choque que empunhará a bandeira do plebiscito da reforma política. O ministro atropelou suas colegas de áreas afins, a da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Mas João Santana considera a imagem de Mercadante desaconselhável para a presidente Dilma neste momento político. Ele avalia o ministro como impopular, até mesmo em setores de São Paulo, onde pretende ser o candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes. E mais: transmitiria imagem autoritária, lembrando o ex-ministro José Dirceu.
A agenda da presidente Dilma para amanhã permitirá deixará mais clara a extensão dos poderes que ela atribuiu para Mercadante nesta crise. A presidente se ocupará, a um só tempo, com a reunião ministerial, o seu fato político doméstico, e a greve geral dos caminhoneiros, coordenada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC).
Mesmo antes de se saber quem será vencedor, entre João Santana e Mercadante, a cúpula do PT tem uma certeza: a crise atingiu também as estruturas do partido. A constatação vem do fato de que a militância ainda não atendeu, como em outras ocasiões, à convocação de ir para as ruas defender a presidente Dilma. 

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