Ex-ministro em governos da ditadura militar (Governo Médici,
da Fazenda; e, João Figueiredo, Agricultura e Planejamento), o economista
Antônio Delfim Netto atropelou, em 1984, a candidatura de seu colega Mário
Andreazza (ministro Interior; Governo João Figueiredo, e Transportes, governos
Costa e Silva e Médici) como candidato dos militares à Presidência da
República, nas últimas eleições indiretas ao Palácio do Planalto.
Maluf
Último ditador do regime iniciado no golpe militar de 1964,
o general Figueiredo (1979-85) tinha Andreazza como seu candidato para
concorrer pelo PDS (partido que apoiava os militares) naquela que foi a reunião
do Colégio Eleitoral (formado por deputados federais e senadores e delegados
dos partidos). Porém, surgiu a candidatura do deputado federal Paulo Maluf
(ex-governador indireto de São Paulo). Andreazza, então, teve que ir à
convenção. Foi derrotado.
Troco
A ala dissidente do PDS (os contra Maluf) formou aliança com
o PMDB e mais partidos da oposição, que concorriam unidos com Tancredo Neves,
ex-governador (eleito) de Minas. Tancredo venceu. Mas, na véspera da posse, o
líder da oposição adoeceu e morreu logo depois. Assumiu e governou todo o
mandato José Sarney, o vice, indicado pelos dissidentes do PDS.
Foi Delfim
O racha no PDS teve um articulador. Em seu blog, o
ex-ministro da Indústria, Comércio e Turismo do Governo Figueiredo, o mineiro João
Camilo Penna, que também foi atropelado por Delfim e largou a pasta, em 1984,
faz o seguinte relato em crônica dedicada ao ex-ministro (Transportes) e
ex-senador (falecido em 2011) Eliseu Resende: “Abro parênteses para falar sobre
Mario Andreazza, colega no ministério do presidente Figueiredo e
amigo próximo. Com espírito público e capacidade de trabalho,
Andreazza esteve perto de ser candidato à Presidência da República em
1984, mas foi sabotado por Delfim (que Andreazza havia promovido
junto ao presidente Figueiredo para seu ministério), que preferiu Paulo
Maluf. Amargurado, Andreazza recolheu-se a modesto apartamento, em modesto
bairro do Rio. Algumas vezes, o visitei, doente, pobre e
honrado”.
De Maluf a Lula
A partir de 1986, Delfim elegeu-se por cinco legislaturas
seguidas como deputado federal de São Paulo. Concorrendo sempre em siglas de partidos
liderados por Maluf. No transcurso do último mandato, bandeou para o PMDB e foi
“consultor” de Lula, presidente eleito pelo PT, até então eterno adversário de
Maluf. No fervor da campanha para Prefeitura de São Paulo, em 2012, Lula foi à
casa de Maluf selar apoio para o atual prefeito Fernando Haddad (PT). O líder petista
posou com o aliado para fotos e filmagens da mídia.
Enviado por Nairo Alméri – ter, 04.6.2013 | às 10h24
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