Enviado por Nairo Alméri – sex, 15.02.2019 |às 23h59
CORREGO DO FEIJÃO, BRUMADINHO (MG) – Apoio de esquipes de
empresa especializada em desmonte de estruturas. Essa uma das dependências para militares das equipes do Corpo de @Bombeiros avancem nos resgate de corpos
de desaparecidos junto a usina ITM (de tratamento de minério), que fica cerca
de 400 metros a jusante da barragem de rejeito de minério de ferro B1, uma das
duas que se romperam dia 25 de janeiro na Mina Córrego do @Feijão, pertencente à @VALE S/A. A companhia tem ações do capital negociadas nas Bolsas @Nyse e @B3 (@Bovespa). Nessa
tragédia, pelas estatísticas da Defesa Civil de MG, 163 morreram pessoas e 147 estão
desaparecidas (14/02/2019).
“Temos(primeiro) que retirar a lama (de minério), na Pera
(anel ferroviário) e na ITM. (Mas, isso) Uma empresa especializada vai ter que
fazer a desmontagem das estruturas (metálicas da ITM). Se os bombeiros forem fazer a retirada, é risco de acidentes”, advertiu, em palestra para a
comunidade, na quinta-feira, o comandante do Centro de Operações, tenente-coronel
Passos, do Corpo de Bombeiros de MG. Naquela usina de tratamento, vem informando
o comando do CBMG, foi encontrado um corpo. Mas os trabalhos não avançaram em
função das circunstâncias: as estruturas de ferro da instalação ficaram retorcidas,
com até 1m de diâmetro, e soterradas 30 metros, em alguns locais. Sem a retirada
do minério, com uso de máquinas pesadas, supervisionada permanente pelos bombeiros, não tem como fazer buscas por mais corpos e uso de cães farejadores. Mas
há uma outra etapa preliminar: a Vale tem que drenar a água que está em “barragens”
que a própria lama criou fora da barragem rompida, quando parou em obstáculos.
O oficial disse que “o trabalho será lento”, pois, não há
mais corpos em superfície na extensão de 7 km do rastro deixado pela lama nem nas
águas do Rio Paraopeba. O trabalho, em tese, será a retirada do rejeito, a “investigação
minuciosa” do material, por até três buscas e uso de cães farejadores, explicou um outro oficial, capitão Farah. Depois dessa busca, o material é considerado “rejeito”
e entregue à Vale, que será responsável pela deposição final em local “com
manejo planejado”. “É serviço lento e pesado. E desmonte de estrutura gera
atenção, para a gente não sofrer acidente”, pontuou o coronel Passos,
lembrando que, dias atrás, foi preciso o uso de “rompedor” (equipamento
hidráulico) para retirar uma laje de 50 centímetros de largura.
“A pressão de desmontar rápido é nossa... Tem lugar que dá
para entrar com o cão (farejador). Tem lugar que não dá”, disse o comandante do
Centro de Operações. Ao pedir compreensão da população das localidades
atingidas pela lama (Córrego do Feijão e do bairro Parque da Cachoeira) e de
familiares de localidade de Brumadinho e cidades que tiveram parentes mortos e
desaparecidos, o coronel Passos ilustrou assim a fase atual (de buscas por
escavações): antes, se encontrava 20 a 30 corpos por dia, na superfície, agora,
1 ou máximo três.
Perfil NAIRO ALMÉRI
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