sábado, 16 de fevereiro de 2019

VALE (TRAGÉDIA) - DESMONTE DE ESTRUTURAS


Enviado por Nairo Alméri – sex, 15.02.2019 |às 23h59
CORREGO DO FEIJÃO, BRUMADINHO (MG) – Apoio de esquipes de empresa especializada em desmonte de estruturas. Essa uma das dependências para militares das equipes do Corpo de @Bombeiros avancem nos resgate de corpos de desaparecidos junto a usina ITM (de tratamento de minério), que fica cerca de 400 metros a jusante da barragem de rejeito de minério de ferro B1, uma das duas que se romperam dia 25 de janeiro na  Mina Córrego do @Feijão, pertencente à @VALE S/A. A companhia tem ações do capital negociadas nas Bolsas @Nyse e @B3 (@Bovespa). Nessa tragédia, pelas estatísticas da Defesa Civil de MG, 163 morreram pessoas e 147 estão desaparecidas (14/02/2019).
“Temos(primeiro) que retirar a lama (de minério), na Pera (anel ferroviário) e na ITM. (Mas, isso) Uma empresa especializada vai ter que fazer a desmontagem das estruturas (metálicas da ITM). Se os bombeiros forem fazer a retirada, é risco de acidentes”, advertiu, em palestra para a comunidade, na quinta-feira, o comandante do Centro de Operações, tenente-coronel Passos, do Corpo de Bombeiros de MG. Naquela usina de tratamento, vem informando o comando do CBMG, foi encontrado um corpo. Mas os trabalhos não avançaram em função das circunstâncias: as estruturas de ferro da instalação ficaram retorcidas, com até 1m de diâmetro, e soterradas 30 metros, em alguns locais. Sem a retirada do minério, com uso de máquinas pesadas, supervisionada permanente pelos bombeiros, não tem como fazer buscas por mais corpos e uso de cães farejadores. Mas há uma outra etapa preliminar: a Vale tem que drenar a água que está em “barragens” que a própria lama criou fora da barragem rompida, quando parou em obstáculos.
O oficial disse que “o trabalho será lento”, pois, não há mais corpos em superfície na extensão de 7 km do rastro deixado pela lama nem nas águas do Rio Paraopeba. O trabalho, em tese, será a retirada do rejeito, a “investigação minuciosa” do material, por até três buscas e uso de cães farejadores, explicou um outro oficial, capitão Farah. Depois dessa busca, o material é considerado “rejeito” e entregue à Vale, que será responsável pela deposição final em local “com manejo planejado”. “É serviço lento e pesado. E desmonte de estrutura gera atenção, para a gente não sofrer acidente”, pontuou o coronel Passos, lembrando que, dias atrás, foi preciso o uso de “rompedor” (equipamento hidráulico) para retirar uma laje de 50 centímetros de largura.
“A pressão de desmontar rápido é nossa... Tem lugar que dá para entrar com o cão (farejador). Tem lugar que não dá”, disse o comandante do Centro de Operações. Ao pedir compreensão da população das localidades atingidas pela lama (Córrego do Feijão e do bairro Parque da Cachoeira) e de familiares de localidade de Brumadinho e cidades que tiveram parentes mortos e desaparecidos, o coronel Passos ilustrou assim a fase atual (de buscas por escavações): antes, se encontrava 20 a 30 corpos por dia, na superfície, agora, 1 ou máximo três.

Perfil NAIRO ALMÉRI

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