Enviado por Nairo Alméri – seg, 24.2.2014
| às 6h50
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), de
Araxá (MG), programou para o triênio 2014-2016, investimentos de US$ 1 bilhão,
com destaques para novas áreas de recuperação de minerais e outra usina de
concentração. O diretor-presidente da companhia, Tadeu Carneiro, fez o anúncio
no Fórum Brasileiro de Mineração, sexta-feira, em Belo Horizonte, ao chamar a
atenção para necessidade maior das indústrias do setor em investimentos em
tecnologias cada vez mais apuradas e que propiciem o máximo em rentabilidade
dos recursos minerais explorados. “Se continuarmos a fazer o mesmo que estamos
fazendo hoje (exploração dos recursos naturais com baixa tecnologia), vamos
precisar de duas Terras. (Mas) A grande notícia é que só temos uma Terra.
Então, teremos que fazer mais com menos”, disse.
Terras raras
A CBMM é o maior produtor mundial de nióbio para diversos
fins na siderurgia. Tadeu Carneiro comentou que a mineração precisa,
urgentemente, de novas tecnologias em recuperação de “valores de lamas” em
partículas menores que 2 micros e chamou a atenção para fato de que “10% de
todo o valor de minério no mundo estão em forma de lama”. Ele apresentou, pela
1ª vez, uma fotografia da planta piloto pronta para concentração da monazita
(mineral que contém 17 elementos químicos conhecidos por terras raras), com 2
mil m2 de área, que “acabou de ser comissionada”. A tecnologia para separar o
minério foi toda desenvolvida “lá em casa (na CBMM)”, disse, lembrando que “há
uma corrida tecnológica no mundo. (No Brasil) Raro é a tecnologia”.
Teores
No minério explorado pela CBMM para obtenção do concentrado
de nióbio, de acordo com o seu presidente, as “terras raras” estão no rejeito.
Explicou o minério lavrado pela companhia contém 4% de báriopirocloro, onde
está o nióbio. O nióbio representará entre 2,5% a 3% do minério na mina. A
monazita também é 4% do minério. Depois que retira o nióbio, em cada 100 quilos
de minério, tem 97 de rejeito com terras raras.
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