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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Congresso arma show para Petrobras

Enviado por Nairo Alméri – qui, 11.09.2014 | às 8h13 - modificado às 8h16
Foi sempre uma farsa a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os desvios de dinheiro, superfaturamentos e a engenharia de pagamentos de propinas dentro da Petrobras, cujos atores (além dele próprio) o ex-diretor de Distribuição, no período 2004-2012, Paulo Roberto Costa, começa a revelar para a Polícia Federal. Essa CPMI é dominada pelo PT e PMDB, partidos da sustentação da presidente Dilma Rousseff, que presidiu o Conselho de Administração da Petrobras por longos anos, no período dos roubos.
Paulo Roberto Costa relacionou três governadores, ministros de Estado e uma penca de quase 40 parlamentares, além dos figurões do “mensalão” do PT (que estão condenados pelo STF e presos, e os que foram absolvidos pela mesma corte). As revelações direcionam para cálculos de até R$ 15 bilhões em subtraídos de forma ilícita do caixa da estatal. A maior farra dos beneficiados com os roubos teria ocorrido no projeto da refinaria de Pernambuco, cujo custo deu espetacular salto dos US$ 2 bilhões para US$ 20 bilhões, está atrasado cinco anos e sem data definida para conclusão. 
O ex-executivo, que está preso no Paraná, criou um imbróglio eleitoral do tamanho do país para a presidente Dilma e sua tentativa de permanecer sentada no Planalto, pois envolveu as duas administrações de seu antecessor e padrinho, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Este, então, não tem como sair em defesa da pupila.
Sem rumo, o Planalto e a cúpula do PT pressionaram o PMDB, que tem a presidência da CPMI, a convocar o ex-executivo para depor novamente. Será uma tentativa de intimidá-lo e desqualifica-lo, e retirar a campanha de Dilma do cenário da corrupção montada dentro da Petrobras. O show está marcado para o dia 17 (quarta-feira). Esse escândalo foi descoberto dentro da Operação Lava Jato, da PF.

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