Enviado por Nairo
Alméri – qua, 18.06.2014 | às 0h25
A orientação da presidente Dilma Rousseff (PT),
pré-candidata à reeleição, para a Receita Federal é dar velocidade na restituição
do imposto de renda retido na fonte das pessoas físicas. A malha fina também
deverá ser abrandada. Milagre de um ano de eleições. No primeiro lote liberado
este semana, conforme a Receita, figuram 1.361.028 contribuintes (declarações deste
ano e daquelas que de outros exercícios fiscais retidas). Para eles, o
desembolso previsto será de R$ 2 bilhões.
Economistas
Um diretor de Relações com Investidores (RI) de importante
companhia aberta (com ações do capital social listadas no pregão da
BM&FBovespa) faz crítica pertinente: “Jornalista quer saber como solucionar
problemas da economia do país, mas só houve economistas de bancos. E nosso
maior problema é dinheiro caro para investimentos”. Ele tem razão. A todo
instante está um “economista chefe” deste ou daquele banco dando pitacos pelas
indústrias (dizendo o que é melhor para segmento manufatureiro) em estúdios de
tevês, citado em reportagens, assinando colunas etc.
Só no BNDES
Aquele economista com os pés no chão da fábrica tem razão,
pois os bancos privados, por exemplo, não concorrem com as linhas de longo prazo,
para investimentos fixos e para formação de capital de giro, do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem o PSI – Programa de
Sustentação dos Investimentos. A fonte mais segura do PSI é via FAT – Fundo de
Amparo ao Trabalhador, que gere a conta do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço. O PSI empresta com juros anuais de 4%, para inovação, 6% para
caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e
de bens de capital, e, 8%, para contratos de exportação.
Zonas de conforto
Os bancos privados, no máximo, operam como repassadores do
BNDES, que cobra “remuneração básica” de 0,9% ao ano e 0,5% de intermediação
financeira. A remuneração do banco repassador é negociação livre com o tomador
do empréstimo. O risco do BNDES, nessas intermediações, é zero, ou seja, é 100%
do banco comercial privado repassador.
US$ 1,6 bi do Fonplata
Fonplata é sigla para Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da
Bacia do Prata. Criado em 1974, tem sede em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia,
capital de US$ 1,6 bilhão. Seus recursos são destinados às melhorias das
infraestruturas urbanas em países da Bacia do Prata, principalmente das cidades
de fronteira. Seria o caso de melhorias em cidades do Acre, que estão recebendo
uma avalanche de refugiados do Haiti. O Fonplata é gerido pelo Brasil, Argentina,
Bolívia, Paraguai e Uruguai e tem características de um Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) dentro da Bacia do Prata. O fundo recebe aportes do BID e
opera no limite estatutário de US$ 250 milhões anuais em aprovações.
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