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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Promoções aéreas e panes

25/01/2013
As promoções que as companhias áreas despejam em cima da “nova Classe C” – ou C-2 -, oferecendo passagens mais baratas (em alguns trechos com preços até menos de 50% que o do bilhete de ônibus), como forma de manter elevada a taxa de ocupação de seus voos, prejudica o conjunto do atendimento e conforto. Primeiro, retiraram o lanche - agora só pagando pelo sanduba, numa tabela tipo McDonald’s. Depois, veio o pedágio (taxa extra) para quem quiser a poltrona na fileira com maior espaço para as pernas, a das saídas de emergência. Enquanto isso, panes nas aeronaves começam a ficar corriqueiras – banalizadas. E ninguém olha, cobra, pune etc!
Calor no Boeing da Gol
Ontem (24), os passageiros do voo 1264 (17h23), Congonhas-Confins, da Gol, amargaram, pelo menos, 30 minutos de calor insuportável dentro do Boieng 737-700, enquanto aguardavam pela decolagem. Os passageiros protestaram – mães diziam que seus filhos começavam a passar mal. Da cabine, o comandante admitiu o “problema”, mas assegurou que, quando os motores (turbinas) fossem ligados, o ar condicionado seria normalizado. Se o “normal”, numa escala de zero a 10, fosse o 10, ficou entre 4 e 6 durante os 50 minutos do voo. Alguns, entre os passageiros que desembarcaram em Confins, entraram no ônibus da linha Conexão, para o Centro de Belo Horizonte. Entre estes, o comentário mais ouvido era: “Está (o ar condicionado do ônibus) bem melhor que dentro do avião”.
Não quer ônibus, nem comer pastel 
Seria bom que as companhias da aviação civil passassem a olhar mais para o conforto (lembram com o era um prazer viajar - contar pros amigos - pela Varig, até a década de 1990?) e segurança dos passageiros. Quem opta pelo deslocamento em avião, quer, primeiro, mais conforto  (poltronas mais afastadas, ar condicionado e todos demais equipamentos com manutenção em dia e funcionando e algum agrado - não precisa servir almoço), segurança e pontualidade. Se não fosse por isso, pegaria um busão, sem se importar com os solavancos patrocinados pelos buracos das rodovias (péssimas rodovias - nem tanto as com as concessões privatizadas), e se lambuzaria feliz em pastéis das paradas de beira de estrada (postos de gasolina com suas mesas cobertas por grossas toalhas de plásticos, cheias de restos de comida e invadidas por moscas).
Alô, ANAC e Infraero!
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), enfim, o Governo federal, precisam fiscalizar (até investigar) de forma mais responsável os itens conforto e a segurança dos passageiros dentro dos aviões. Principalmente neste ano (2013), pois os administradores das companhias vão querer retirar das suas costas o conjunto dos bilhões de reais em prejuízos (balanços patrimoniais fechados no vermelho) de 2012. Ou então, que o Governo privatize essa fiscalização para empresas internacionais sérias e competentes - do Japão, por exemplo. 
Wizard faz escola
A publicidade que a empresa de curso de idiomas Wizard faz na fuselagem de jato Embraer 195 da Azul, colou sua marca lá, poderá ser copiada por outras companhias. Estão na fila uma de café solúvel e outra de cerveja. O período das vacas gordas para esse negócio irá até os jogos da Olimpíada do Rio, em 2016, com a perspectiva de intenso tráfego de turistas nacionais e internacionais por diversas partes do país.

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