Informalidade e os vícios da formalidade
Enviado por Nairo Alméri - sáb, 14.4.2018 | às 23h54
Em 2015, era comum, nos cruzamentos de trânsito de Belo Horizonte (MG), pessoas, desempregadas ou não, vendendo lotes de cinco panos de alvejados, para limpeza de chão, por R$ 10,00. A recessão apertou mais, eles incorporaram às plaquetas a palavra "promoção". A crise não arredou pé e surgiram placas com o ilusório R$ 9,99. Com arroxo persistente, o preço atendeu à lei de mercado, da demanda e procura (mais evidente quando a falta de grana é geral e passa a valer gastar só com o necessário), e virou R$ 7,00.
Gatilho pronto
Há dois meses, diante de tanta propaganda do governo em cima do pífio 0,9% no PIB de 2017 e o fim da recessão, as placas retornaram os R$ 9,99. Mas conservaram a palavra "promoção", ou seja, a qualquer momento, poderá surgir um reajuste - recuperação da margem perdida no longo período da crise.
Vícios da formalidade
Ou seja, até os 'empreendedores' das atividades mais informais da informalidade assimilaram vícios e mentiras da economia formal: "promoção" enganosa dos postos de gasolina (placa "promoção" é permanente, e elevação nos preços a cada 30, 40 dias) e golpe dos supermercados, farmácias, lojas do vestuário etc., com preços terminados nos R$ 0,99 - e apropriação indébita do troco de R$ 0,01, quando a liquidação for em espécie!
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