sábado, 2 de fevereiro de 2019

VALE - MPF ORIENTA POPULAÇÃO

Enviado por Nairo Alméri - sab, 02.02.2019 | às 13h04
(Da conta Facebook)



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VALE - MPF ORIENTA POPULAÇÃO

CÓRREGO DO FEIJÃO, Brumadinho (MG) - Ontem (01/02), a menos de 300 metros de onde estacionou a avalanche de rejeito de minério de ferro das barragens da Vale que se romperam (25), foi realizada a reunião da Associação Comunitária com representantes públicos: da Defesa Civil Estadual, Secretaria de Estado de Impacto Social, dos Ministérios Público Federal e Estadual, da Defensoria Pública e da Prefeitura Municipal de Brumadinho. Sob a cobertura de um Lava Jato, estavam cerca de 40 pessoas. Pauta principal: retorno às atividades econômicas,  acesso à sede do município e indenizações das perdas Gerais (plantações, gado, bens imóveis, desvalorização, das propriedades etc.).

Um cidadão (não quis se identificar. Veja, abaixo, como reagiu) anunciou que a Ministra das Mulheres, Famílias e Direitos Humanos, Damares Alves, virá ao arraial do Córrego do Feijão. “A ministra, nos  próximos dias estará aqui”.

- CADASTRO - O procurador regional dos Direitos Humanos do @MPF, Hélder Magano da Silva, orientou os moradores como devem proceder nas ações de reparo: para perdas econômicas individuais (como meios de sustento, por perda de produção e/ou acesso ao local de trabalho) e, de forma coletiva, riscos que sofreram, perdas patrimoniais etc. Um procurador do MPE, que pediu para não ser identificado, detalhou como fazer as duas frentes: uma listagem com nome, telefone e identidade, para as “perdas per capitas”, um cadastro geral (individual) que será o caminho para pedidos de maiores montas de indenização pela @VALE S/A. “Não misturem as coisas, por favor. Uma coisa é buscar soluções para o imediato, outra, é o longo prazo”, advertiu.  “A defensoria pública só pode atuar em ações coletivas. Agora, vocês devem buscar pelos direitos emergenciais de renda. Não é hora para outras coisas”, insistiu.

- GOVERNO DE MINAS - O representante da Secretaria de Estado de Impacto Social (para RMBH), Alexandre Canuto, assumiu a responsabilidade pelo atendimento da listagem e do cadastramento, dentro do Córrego do Feijão.

-CHEGA DE CONVERSA - A reunião, iniciada por volta das 17h, teve um momento de exaltação do vice-presidente da Associação, Luciano Cassemiro Lopes. “Tudo bem! Vocês se apresentaram e falaram, falaram... Mas não apresentaram um plano de ação para nós. A gente quer saber: qual o plano de ação que vocês têm em mãos. As pessoas não estão conseguindo chegar nos empregos. A comunidade não pode ficar aqui só ouvindo. Qual vai a ação que nós vamos mover. Se apresentar, vocês já se apresentaram. Vamos ser mais diretos naquilo que vocês vão fazer”. A partir daí a reunião evoluiu. As duas estradas de acesso à sede de @Brumadinho se encontram em trevo, 2 km antes do local em que a lama de minerio passou por cima e atingiu o Rio Paraopeba. Esse local fica a 5 km à montante da cidade.

- DESOBSTRUÇÃO - O coordenador-adjunto da Defesa Civil do Estado, tenente-coronel Flávio Godinho, informou-me que amanhã as máquinas vão desobstruir a estrada que liga Brumadinho à BR-O40, a 1 km do trevo para Ouro Preto. O porta-voz da Polícia Militar, major Santiago, complentou que a estrada (mesmo municipal) é responsabilidade da Polícia Rodoviária Estadual, mas que a liberação deverá ser ordenada pelo DER-MG.

- SEGUNDA-FEIRA - Os dois oficiais admitiram a conclusa da desobstrução da rodovia até amanhã e provável liberação na segunda-feira. “O DER decidirá”

- QUIS EXPULSAR JORNALISTA - Cheguei ao local da reunião entre 17h15 e  17h20. Uma das organizadoras me pergunta se poderia colocar meu nome na lista e eu assinar. Ponderei que estava ali para reportar o evento. Então, preferia ser visto como jornalista (e estava com a Carteira da FENAJ dentro de um porta-crachá pendurado no pescoço). Ela concordou. Naquele instante, acabava de falar o representante da Defesa Civil, o tenente Paulo Canuto. Em sequência, começa a falar o cidadão que anunciou a vinda da ministra @Damares. Ele não se identificou (mas, certamente, fora apresentado na abertura). Quando terminou, dirijo-me a ele para saber seu nome e o órgão que representava. “Não dou entrevista !“.  Ponderei não queria entrevistá-lo, apenas saber a identidade e órgão, afinal ele compareceu a uma reunião pública e anunciou a vinda de uma ministra de Estado.

- “... PARA FORA!” - “Olha! Ponha ele daqui para fora!”, reagiu, duas vezes,  aos gritos, e com o indicador apontado para mim. Ele deu a ordem ao presidente da Associação. Antes da reação do dirigente comunitário. Antes de ouvir resposta de Luciano Lopes,  disse-me (gritando) que fora convidado para uma reunião com a comunidade, não com a imprensa. E me pergunta. “Você é da comunidade”. Respondi que as duas coisas: jornalista e da comunidade.

- REAGI - Sem perder o sentido do jornalismo, reagi em defesa da informação e questionamento a quem se apresenta como representante do Serviço Público. “Esta reunião é pública, eu fui convidado. E s sua atitude é do tempo da ditadura”. Ele não se fez por satisfeito e perguntou ao presidente da Associação sobre minha condição morador. Ouviu a resposta afirmativa e calou. Hoje, pela manhã, perguntei a Luciano Lopes, o nome e órgão do cidadão (destacado da foto: camisa clara, relógio no pulso e canela no bolso - ao lado esquerdo: representante do Governo de Minas(de crachá), o presidente da Associação e, de colete preto, o tenente da Defesa Civil). “Nem eu sei! Também, não guardo nome desse povo!”
- Por complicações no uso do iPhone - dei um comando doido e ele “morre”, não postei esse assunto ontem.

(Fotos no link)

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