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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

BOMBEIROS E PM - TRAGÉDIA DA VALE

Enviado por Nairo Alméri - seg, 25.2.2019 | às 19h11 - alterado
(Da conta Facebook)
CÓRREGO DO FEIJÃO HOMENAGEIA BOMBEIROS - TRAGÉDIA DA VALE S/A

CÓRREGO DO FEIJÃO, @Brumadinho (MG) - Crianças do grupo (Escola Municipal Nossa Senhora das Dores), hinos Nacional e de Brumadinho cantados, 16 cruzes no gramado da pracinha, oração, leitura de cartas de crianças, homenagem ao Corpo de @Bombeiros de Minas Gerais, balões brancos no céu e caminhada até o muro do cemitério, onde familiares, amigos e vizinhos chamaram pelos nomes os seus entes queridos mortos e desaparecidos... Assim, foram os momentos que antecederam e posteriores às 12h28, o instante em que, no dia 25 de janeiro, se romperam as barragens de rejeitos de minério de ferro na Mina Córrego do @Feijão, da @VALE S/A, iniciando uma tragédia sem precedentes na história da mineração da América do Sul.

Localidade mais próxima do lugar da tragédia, com imóveis e propriedades destruídos pela lama de minério (assim como o bairro Parque da Cachoeira), a área urbana deste arraial fica a menos de 1 km da Portaria da Vale. A proximidade da vida das pessoas daqui com a mineração era tal que, pela janela ou porta da sala ou da cozinha, o Pico dos Três Irmãos (serra que é o símbolo natural do município e onde está a mina da Vale) está permanentemente dentro de suas casas. Mas foi dessa paisagem, antes tão admirada, que o mundo acabou para famílias, amigos e vizinhos de algumas dezenas dos 179 mortos e 131 desaparecidos (Defesa Civil 24.02.2019). Entre essas vítimas das barragens rompidas (B1, dentro da mina, e B4 e B3, lado de fora - à jusante de onde ficava a Pousada Nova Estância), estão empregados da Vale, de empresas terceirizadas e de fornecedores de bens e serviços,  turistas e pessoas que transitavam nas estradas e moradores no interior de suas casas.

POLÍTICOS E CNBB AUSENTES -  O Córrego do Feijão, neste trigésimo dia, foi esquecido. Menos pelos militares do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de MInas Gerais. Sem emissário do Vaticano (ou CNBB), sem prefeito, sem vereador, sem secretários (municipais e estaduais), sem deputado, sem senador, sem governador,... sem políticos (autoridades). A dor do povo deste lugar foi abraçada, confortada, pelo @CBMG e pela @PMMG. “... Os Bombeiros, nossos heróis. Suportaram a chuva, o cansaço. Nosso muito obrigado!”, traduziu a encarregada pelo cerimonial e uma das coordenadoras do ato cívico, Sara Souza, o agradecimento popular daqui. As crianças abraçaram os “heróis” e entregaram cartas.

Primeiro a comandar o Centro de Operações do CBMG de busca das vítimas, o tenente-coronel Ângelo, agradeceu a homenagem  e deixou uma mensagem que, certamente, tocou no coração desta gente, muito religiosa: “Peço muitas orações (para todos os familiares das vítimas)”. Emocionados, com olhos marejados em lágrimas, representantes dos bombeiros saíram o ato cívico para as buscas de mais corpos das vítimas, trabalho que poderá demorar mais alguns meses.



Fotos: https://www.facebook.com/100007915682261/posts/2272663536340814?sfns=xmo




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