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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Indústria bélica terá que ir à luta (2)

18/10/2012
O chefe do Departamento de Produto de Defesa (Deprod) do Ministério da Defesa, general de divisão Aderico Mattioli, em sua palestra no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), avaliou que o programa “Brasil maior” contemplou melhor a questão da defesa e que isso teria sido consequência da importância que o país adquiriu nas relações internacionais tanto como fornecedor de commodities primárias quanto de semiacabados e acabados. “Começamos a perceber (na atenção do governo) maior espaço em defesa, depois do equilíbrio na economia”, disse.

Planos estratégicos
Eixo da modernização das Forças Armadas, o Plano de Articulação e Equipamento da Defesa (PAED), desdobramento da Estratégia Nacional de Defesa (END), lançada em 2008, normatizada com a criação, em 2010, do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), foi o centro da palestra do general. Ele “unifica” a doutrina estratégica e operacional do Exército, Marinha e Aeronáutica, disse.
Com a Lei 20.598/12 foi iniciado o processo da regulamentação dos processos de compras pelos diversos ministérios, incluindo os envolvidos em P,D&I para defesa e saúde. Falta apenas o Ministério da Fazenda responder. As tratativas do PAED abrangem áreas da sociedade – federações de indústrias, associações, empresas, centros de pesquisa – no desenvolvimento de produtos e compras para defesa, como também os três planos mais estratégicos: nuclear (liderado pela Marinha), espacial (Aeronáutica) e cibernético (Exército).

Setor privado envolvido
No novo conceito de defesa para o país, diz Mattioli, não cabe mais ocupação apenas dos militares: “Defesa entregue a militares é coisa do passado. Não existe mais”. Para facilitar aos fornecedores será adotada a catalogação de produtos comuns e específicos das três armas. “(A catalogação) Vai permitir uma linguagem comum: falar a mesma linguagem”, justificou o general. Acrescentou que os produtos de defesa no Brasil deverão ter “rotas e concepções” conhecidas pelas três armas.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

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