07/11/2012
A propósito do prejuízo de R$ 38 bilhões no primeiro semestre, contabilizado pelos bancos com a inadimplência, conforme levantamento da Austin Rating e que foi noticiado na “Folha”, vale ler aquilo que a diretoria do Banco Fibra fez constar no relatório do balanço semestral. Controlado do Grupo Vicunha (acionista majoritário no grupo siderúrgico CSN), o banco deu sinal de alerta maiúsculo ao setor automotivo. O banco tinha na carteira de varejo 42% dos contratos de operações de créditos (e garantias) que totalizaram R$ 8,7 bilhões, crescimento de apenas 3% frente ao mesmo período de 2011.
Inadimplência vista pelo BC
O que chama atenção no relatório do Fibra, datado de 29 de agosto, é a sua postura frente ao levantamento do Banco Central para a crescente inadimplência (acima de 90 dias), que no segmento de veículos tinha mais que dobrado em 18 meses: de 2,5%, em dezembro de 2010, para 6,%, em junho, com pico 6,1% em maio último.
A reação do banco
A instituição financeira do Vicunha destacava: “Para o Banco Fibra, cuja carteira é 42% direcionada para o varejo, isso significou um crescimento de 92% nas despesas de provisão no 1S12 (1º semestre de 2012), quando comparadas ao mesmo período do ano anterior, para R$ 203 milhões. Esse cenário acabou por se traduzir em um modesto crescimento da carteira total de 3%, e nas decisões estratégicas de, a partir do segundo trimestre de 2012, descontinuar a originação (sic) de créditos consignados devido à baixa rentabilidade do negócio, e de reduzir ainda mais o ritmo de crescimento da carteira de veículos”.
Círculo vicioso
A inadimplência dos tomadores de financiamento na aquisição de bens de consumo, claro, tem origem no custo elevado do dinheiro e no desemprego. Os empréstimos são longos porque os bens de consumo são caros, no caso dos automóveis, até o dobro do preço de um similar nos Estados Unidos. Em parte (apenas), os carros são absurdamente caros devido à elevada carga tributária – voragem fiscal do governo federal.
Nova Rodoviária
A Prefeitura de Belo Horizonte foi alertada que a nova rodoviária, no Bairro São Gabriel, ficará esgotada antes de 2022. A solução seria um terminal metropolitano rodoferroviário. E iria, claro, por -falta de espaço, para fora da capital.
Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte
Meu carissimo Nairo: Tenho acompanhado o teu blog. Parabéns pela iniciativa. É um prazer ler os comentários.
ResponderExcluir(So não se esqueça de dormir de vez em quando...)
Um abraço, Milton Rego